Relatorio do Experimento I

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Experimento: Utilização de diferentes vidrarias - I 
Data da Realização: 
 14/08/2018 
Participantes do Grupo 
Nome Matrícula Turma 
Andreza de França Assunção 201804025259 
Angélica C. Peçanha 201001331877 
Angelo Barcelos Barbarioli 201707035131 
Bryan Aguiar Penna Matsuda 201602853436 
Fernanda Rodrigues Guimarães 201512469491 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A química é uma ciência experimental e se dedica grande parte a transformações das substâncias e 
das relações entre estrutura e reatividade. Os princípios fundamentais da química são baseados em 
experimentos, motivo pelo qual deve-se ser empenhado grande esforço de aprendizagem por parte 
do estudante de química, aperfeiçoando os métodos de execução de trabalho, para isso é primordial 
que se tenha noções fundamentais para utilização das vidrarias em um laboratório. 
As vidrarias de laboratórios são subdivididas nas classes volumétricas e gerais. As volumétricas são 
todas as vidrarias que possibilitam a medição precisa de líquidos reagentes, geralmente no estado 
líquido, já as gerais são usadas para dissolver substâncias, preparar soluções e efetuar reações. 
Essas vidrarias não são indicadas para medição, porém apresentam escala para que se possa ter 
uma noção de quantidade. 
Segundo os autores Fonseca e Brasilino (2007), para executar qualquer experimento na química há 
uma variedade de equipamentos e vidrarias de laboratório, a maioria muito simples, mas com 
finalidades específicas. O emprego de um dado equipamento ou material depende dos objetivos e 
das condições em que a experiência será executada. Para a medição de volumes, existem dois tipos 
de vidrarias, as graduadas, que permitem medir vários volumes, e as aferidas, que medem um único 
volume padronizado. E a escolha vai depender do grau de precisão exigido. 
 
A medida do volume é feita comparando-se o nível do líquido com os traços 
marcados na parede do recipiente. A leitura do nível para líquidos 
transparentes deve ser feita observando- se o menisco, estando os olhos 
do operador na direção da escala graduada, para evitar erro de paralaxe. 
Com líquidos escuros a leitura é feita na parte superior do menisco. 
(CONSTANTINO; SILVA; DONATE, 2004, p. 21) 
 
Para Brown, LeMay e Bursten (2005), o termo precisão trata-se do grau de aproximação entre os 
valores de medidas individuais. E exatidão corresponde à aproximação entre medidas individuais e o 
valor que se aceita como correto ou verdadeiro. Mesmo que se encontrem medidas elas podem ser 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Macaé 
Relatório de Experimento 
CCE0032 - Química Experimental I – Professor: Bárbara Diniz 
também inexatas. Para que se tenha confiança na exatidão das medidas são realizadas várias 
tentativas diferentes em um mesmo experimento. 
 
2. OBJETIVOS 
 
Conhecer e saber manipular as principais vidrarias, instrumentos e utensílios utilizados em laboratório 
Conhecer e identificar a precisão das vidrarias de laboratório 
Usar a balança de pesagem corretamente 
Utilizar corretamente cada um dos materiais no laboratório 
 
3. MATERIAIS UTILIZADOS 
 
Balança de Precisão, Provetas de 25 e 50mL, Béquer de 40mL, Pipeta Graduada de 25mL, Pipeta 
Volumétrica de 25mL, Bureta de 25mL, Pera de Sucção, Suporte Universal, Argola para Funil, Água 
Destilada/Areia, Pisseta, Vidro de Relógio Funil de Vidro, Filtro de Papel, Espátula, Bastão de Vidro, 
Cronômetro. 
 
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
Procedimento 1: Comparando os vários equipamentos para medição de volume 
1. Utilizando uma pipeta volumétrica e uma pera, foram medidos 25mL de água destilada e 
posteriormente transferido este volume para um béquer; 
2. A água destilada passada para o béquer do item 1, foi transferida para uma pipeta graduada e o 
volume encontrado foi de 25mL. Após isso a água foi transferida novamente para o béquer; 
3. Na sequência, a água contida no béquer do item 2 foi transferida para uma proveta e o volume 
encontrado foi de 24,5mL. A água foi passada para o béquer novamente; 
4. Por último a água destilada do béquer do item anterior foi transferida para uma bureta, presa em 
um suporte universal, e o menisco ficou na linha de 21,5mL. 
Procedimento 2: Utilização da balança e filtração 
1. Uma balança de precisão foi utilizada para pesar 0,2513g de areia com vidro de relógio. A tara da 
balança foi programada manualmente, pesando primeiro o vidro de relógio de 36,14grs, para acerto 
da pesagem dos grãos. A precisão da balança era decimal logo foram medidos 0,25g. 
2. Esta areia foi transferida para um béquer de 50mL, depois adicionados 40mL de água destilada e 
misturados com um bastão de vidro. 
3. Um filtro de papel foi dobrado no modelo pregueado, colocado em um funil de vidro, sustentado em 
um suporte universal com argola e embaixo um béquer. A mistura do item anterior foi colocada no 
funil com filtro utilizando a técnica de filtração simples. O tempo da filtração foi cronometrado e 
observado 1min25s até a maior parte da mistura ser filtrada. O outro grupo que fez filtração com 
dobradura simples, cronometrou o tempo total de 07min30s. Os dois valores foram anotados. 
5. DISCUSSÃO E RESULTADOS 
 
Na ciência os termos exatidão e precisão são diferentes e o que explica essa diferença é o fato de 
exatidão se tratar de um resultado onde é encontrado um valor mais próximo do valor referencial ou 
real, enquanto a precisão está relacionada com a repetição de vários resultados encontrados, 
próximos uns dos outros. 
Na primeira medição foi utilizada uma pipeta volumétrica para coletar o líquido e na segunda medição 
uma pipeta graduada, considerada um dos equipamentos de medição mais confiáveis e os 25mL 
coletados inicialmente foram identificados na pipeta graduada, o que confirmou sua precisão. 
Na etapa seguinte a proveta foi utilizada para medir o mesmo líquido e uma diferença de 0,5mL foi 
observada. Por último uma maior discrepância foi encontrada, utilizando uma bureta para medição do 
mesmo líquido, foram aferidos 21,5mL. Em todos os instrumentos usados no experimento, foram 
observados seus meniscos para as corretas leituras. 
No segundo procedimento pôde ser constatado uma grande diferença de tempo entre a filtração com 
dobradura pregueada e dobradura simples. 
 
6. CONCLUSÃO 
 
A atividade em laboratório é cercada por muitas questões que direcionam a resultados analíticos 
diferentes. E para que estes sejam confiáveis, a correta utilização dos equipamentos é imprescindível. 
As diferenças entre os resultados obtidos no primeiro experimento podem ser explicadas pelos 
seguintes fatores: perda de líquido nas transferências entre uma medição e outra, confiabilidade e 
precisão dos instrumentos utilizados e tipos de instrumentos usados para medir volumes variáveis e 
volumes definidos. Ainda há o fato da calibração dos instrumentos, visto que estes podem ser 
desajustados por aquecimento em estufa, uso de ácido ou base muito forte, entre outros. 
As pipetas foram os instrumentos que apresentaram resultados mais próximos do inicial, não 
coincidentemente são os mais precisos. Concluiu-se que a proveta apresentou uma pequena 
diferença por ser menos confiável. E a bureta teve uma diferença de medição de 3,5mL, porém uma 
das principais funções deste instrumento é a dispensa de volumes rigorosamente conhecidos em 
tarefas como a titulação de soluções. Para correta medição de um volume de valor nominal na bureta 
seria necessário fazer sua calibração e ambientação antes, para que o líquido pudesse ser medido a 
partir da marca 0 (zero), portanto o valor encontrado neste experimento não pôde ser comparado com 
os demais. Foi considerado também a perda de líquido na transferência como um dos fatores 
contribuintes para a divergência entre os resultados. 
No segundo experimento foi observado que o filtro com a dobradura pregueada filtrou com maior 
rapidez.A porosidade do filtro é a responsável pela retenção das partículas dos sólidos que 
permitem a passagem do líquido. Durante a filtração a areia acumulada na parede do filtro torna o 
processo mais lento. Logo, a técnica com filtro de papel pregueado é a mais eficiente, pois as 
dobras aumentam a área de superfície de filtração, acelerando o processo. 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
DA SILVA G. V. J.; CONSTANTINO M. G.; DONATE P. M. - Fundamentos de Química Experimental 
- Vol. 53, Ed. USP, 2004. 
 
FONSECA, M. G. da; BRASILINO, M. das G. A - Apostila de química básica experimental - 
Centro de Ciências Exatas e da Natureza da Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, 2007. 
T. L. BROWN; H. E. LEMAY, JR; B. E. BURSTEN - Química, A Ciência Central - Pearson Prentice 
Hall. 9ª. Edição, São Paulo, 2005. 
UNESP. Vidrarias. Disponível em: <www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm> - Acesso em: 15 de agosto 
de 2018. 
 
UNESP. Laboratório DE Química Geral I. Disponível em: 
<http://www2.fc.unesp.br/lvq/LVQ_experimentos/quimica_geral_1/qg1_experimento3.pdf> - Acesso 
em: 15 de agosto de 2018. 
 
UFSM. Análises Volumétricas. Disponível em: <http://www3.ufsm.br/laequi/wp-
content/uploads/2010/09/Aula3-Calibr.pdf> - Acesso em: 17 de agosto de 2018. 
 
Bio Trabalho. Vidrarias e Acessórios laboratoriais. Disponível em: <http://bio-
trabalho.blogspot.com/2011/11/vidrarias-e-acessorios-laboratoriais.html> - Acesso em: 17 de agosto 
de 2018. 
 
RELACRE. Guia Relacre. Calibração de Material Volumétrico. Disponível em: 
<http://www.relacre.pt/assets/relacreassets/files/commissionsandpublications/GuiaRELACRE1_Ed_3
.pdf> - Acesso em: 20 de agosto de 2018. 
 
PORTAL LABIQ. Filtração Simples. Disponível em: 
<http://labiq.iq.usp.br/paginas_view.php?idPagina=4&idTopico=68#.W3tc9NJKjIU> - Acesso em: 20 
de agosto de 2018.