lourenco filho

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LOURENÇO FILHO
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ESCOLA NOVA NO BRASIL
Foi um movimento de renovação do ensino que surgiu no fim do século XIX e ganhou força no início do século XX.
 Nascido na Europa e América do Norte, chegou ao Brasil em 1882, pelas mãos de Rui Barbosa.
 Exerceu grande influência nas mudanças promovidas no ensino na década de 1920, quando o país passava por uma série de transformações sociais, políticas e econômicas. 
Principais educadores: Lourenço Filho, Anísio Teixeira e Fernando de Azevedo
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Na década de 30, Getúlio Vargas assumiu o governo provisório. 
Houve repressão e perseguição no campo educacional em relação ao movimento da Escola Nova.
 A repressao inviabilizava a manutenção das reformas sustentadas pelos envolvidos pelas ideias de John Dewey que se aliaram e elaboraram o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova em 1932
Nesse manifesto se lançaram as bases e diretrizes de uma nova política de educação. Lourenco filho foi um dos principais autores.
O documento defendia a universalização da escola pública, laica e gratuita.
ANÍSIO TEIXEIRA, FERNANDO DE AZEVEDO e LOURENÇO FILHO: pedagogos precursores do movimento da Escola Nova no Brasil e estiveram à frente das principais reformas educacionais do país.
LOURENCO FILHO foi injustamente criticado por ter colaborado com o “Estado Novo” de Getúlio Vargas. 
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Ele foi o educador brasileiro que mais pesquisou sobre o movimento educativo da Escola Nova. 
Era extremamente ativo e preocupado com a escola no contexto social e nas atividades de sala de aula.
No campo da Educação, sua contribuição abrange temas como educação pré-primária, alfabetização infantil e de adultos, ensino secundário, ensino técnico rural, universidade, metodologia de ensino, administração escolar, avaliação educacional, orientação educacional, formação de professores, educação física e literatura infanto-juvenil. 
Há publicação de seus escritos em inglês, francês e espanhol.
Lourenço acreditava que a Era Vargas fosse realmente de modernização. Ou seja, o governo brasileiro daquele momento lhe pareceu oportuno para reformar a educação.
MANIFESTO DOS EDUCADORES: Um dos objetivos fundamentais expressos no Manifesto dos Educadores da Escola Nova era a superação do caráter discriminatório e antidemocrático do ensino brasileiro.
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Neste periodo, a escola profissional era direcionada para os pobres e o ensino acadêmico para a elite. 
Além disso, temiam a força da militância católica, que insistia em instituir o ensino religioso nas escolas, pois para ela a verdadeira educação seria aquela baseada em princípios cristãos. 
Os pensadores católicos criticavam a tendência laica instalada pela República, para eles as escolas leigas “só instruem, não educam”.
Esta nova geração de Educadores foi fortemente influenciada pelos pioneiros da educação e o movimento da Escola Nova no início do século XX: DARCY RIBEIRO, FLORESTAN FERNANDES, PAULO FREIRE.
A “escola nova” representou um esforço na superação da pedagogia da essência, por uma pedagogia da existência.
 Surge assim um modelo que visava combater a educação dogmática e repressora, buscando se diferenciar por ser uma pedagogia que valoriza o indivíduo.
Daí o caráter psicológico exercido pela pedagogia da existência;
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ESCOLA TRDICIONAL X ESCOLA NOVA
	A ESCOLA TRADICIONAL BURGUESA:
Escola não baseada nos interesses da criança. 
Busca constante em combater os impulsos naturais da criança afim de inculcar-lhe virtudes morais;
Rígida formação moral e regime de estudo rigoroso com ensino de gramática e retórica; 
Valorização dos estudos humanísticos privilegiando a cultura greco-latina;
 Os mais famosos internatos são os jesuítas entre os séculos XVI e XVIII na Europa
Essas escolas se destinavam a nobreza e a burguesia ascendente que já aspira tornar-se classe dirigente;
A ESCOLA NOVA:
o aluno e o professor
O aluno é o centro e há uma preocupação com a natureza psicológica da criança.
O professor deve se esforçar por despertar o interesse e provocar a curiosidade, ensino espontâneo.
É sugerido um não-diretivismo, sendo o professor o facilitador da aprendizagem.
O aluno torna-se mais ativo exigindo uma nova metodologia;
O conteúdo precisa ser compreendido e não decorado
 A abstração é um processo a ser atingido pelo próprio aluno a partir da experiência.
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Críticas: ESCOLA TRADICIONAL
 A escola tradicional foi bombardeada por reações de pedagogos ansiosos em mudar o modelo educacional;
No entanto pouco se consegue mudar na estrutura do ensino.
 Esse período de críticas ao ensino tradicional é marcado pela revolução científica que exigia além da formação humanista, um estudo das ciências da natureza.
A escola tradicional teve como principais críticos o pedagogo Alemão Herbart que enfatizava a importância da instrução completa.
ESCOLA NOVA:
O produto é menos importante que o processo do conhecimento.
As atividades são centradas no aluno.
A iniciativa e a espontaneidade são valorizadas, respeitando o ritmo de cada um.
Os programas e horários são maleáveis.
São estimuladas as pesquisas e experiências, partindo assim do concreto para o abstrato.
São escolas que privilegiam a pedagogia da ação.
Valorizam laboratórios, oficinas, hortas e até imprensa.
Tem por objeto o homem integral sendo este não só razão mas sentimentos, emoções e ação.
 É compreendida como um processo válido para o aluno e não para o professor.
Constitui apenas uma das etapas da aprendizagem e não o seu centro ou fim.
Não deve visar só os aspectos intelectuais mas também atitudes e habilidadeS.
Valoriza a cooperação e solidariedade.
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Considerações: ESCOLA NOVA
embate em torno da escola nova nos proporciona uma reflexão a respeito do modelo proposto:
Porque a escola nova não foi capaz de resolver os problemas do ensino? 
Quais são os pontos que tornam negativa a experiência da escola nova? E quais os positivos? 
Pensando nas classes menos favorecidas tanto econômica como intelectualmente, qual seria a real contribuição que a escola nova trás na superação das desigualdades vivenciadas por estas classes?
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LORENÇO FILHO
Nasceu em 10 de março de 1897 na cidade de Porto Ferreira (SP).
Iniciou a vida escolar em Santa Rita do Passa Quatro. Prosseguiu em Campinas, depois em Pirassunga e na capital São Paulo.
Diplomou-se na Escola Normal secundária em 1917.
Em 1915 teve a primeira experiência no ensino público em sua terra natal.
 Iniciou faculdade de medicina para estudar psiquiatria mas abandonou no segundo ano.
Em 1919 ingressa na faculdade de Direito de São Paulo, bacharelou-se em 1929.
Em 1920 lecionou diversas disciplinas pedagógicas na Escola Normal de Piracicaba.
Em 1921 foi nomeado para a cátedra de Psicologia e Pedagogia da Escola Normal de Piracicaba. Onde fundou a Revista de Educação que recebeu seus primeiros artigos. 
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No final de 1921 se casa com Aida de Carvalho, que conhecera em Pirassunga quando ambos eram normalistas.
Em 1922 o governo cearense o convida para ser Diretor da Instrução Pública e leciona a Escola Normal de Fortaleza.
Em 1924 Leciona na escola Norma lde Piracicaba em São Paulo. 
 Como docente lecionou disciplinas ligadas à Psicologia e à Pedagogia por 6 anos.
Nesse momento a influência da Psicologia Experimental é evidente em sua obra. 
Enquanto docente desfrutou da prática administrativa e organizacional dirigindo a reforma da instrução pública no Ceará (1922-1923) e em São Paulo (1931-1932).
Foi em 1932 um dos atores mais importantes do manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Livro: Introdução ao estudo da Escola Nova, no fim da década de 30.
A preocupação com a educação movia Lourenço Filho.
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Desenvolveu seus escritos na vivência da administração e organização do ensino em diversas localidades brasileiras, portanto, se tornou um grande conhecedorda principal ferramenta educacional, a escola.
Suas experiências e viagens Nacionais e internacionais e sua ampla cultura o impulsionou a escrever sobre Geografia e história do Brasil, Psicologia, estatística e Sociologia.
Na década de 30, transferiu-se para o Rio de Janeiro exercendo funções de chefe de gabinete do ministro da Educação Francisco Campos (1931).
Em 1937 Gustavo Capanema o nomeia diretor geral do Departamento Nacional de Educação.
De 1938 – 1946 foi diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos. (INEP) Primeiro diretor Geral do INEP.
Em 1972 o INEP passou a ser Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
Durante a gestão de Anísio Teixeira na Secretaria de Educação do Distrito Federal, dirigiu o Instituto de Educação do Rio de Janeiro.
 
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Sua carreira foi precoce. Com oito anos de idade elaborou seu próprio jornal “O pião” cujo chefe, redator e tipógrafo era ele mesmo.
Desenvolveu diversas obras de orientação, como, cartilhas para apropriação das escolas no ensino da escrita e na didática de sala de aula.
Definia a escola como sendo uma sede com clientela específica de alunos, elementos docentes próprios, e, enfim, atividades prefixadas, segundo o ensino que ministre, seus horários e programas (LOURENÇO FILHO, 2007, p. 25). 
Fosse à escola pública ou particular essa estrutura seria a mesma, pois, deveria estar adaptada às peculiaridades do trato educacional.
Viveu seus últimos anos no Rio de Janeiro. 
Em 03 de Agosto de 1970 aos 73 anos faleceu por conta de um colapso cardíaco.
Uma das principais figuras da Escola Nova no Brasil.
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REFERÊNCIAS
Referências
LOURENÇO FILHO, M. B. Organização e Administração Escolar: curso básico. 8ª edição. Brasília: INEP/MEC, 2007.
SAVIANI, Dermeval. História das idéias pedagógicas no Brasil. – Campinas, SP: Autores Associados, 2007. – (Coleção memória da educação).
Fundação Getúlio Vargas: http://portal.fgv.br/
https://pt.slideshare.net/romoalda/educadores-brasileiros
https://pt.slideshare.net/claudineifrutuoso/escola-tradicional-e-escola-nova