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19 ANÁLISE REAL Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 Unidade II 5 10 15 2 TEOREMAS SOBRE SEQUÊNCIAS 2.1 Propriedades e teoremas sobre sequências Enunciaremos aqui algumas propriedades e teoremas importantes sobre sequências. Em alguns momentos omitiremos a demonstração dos fatos. 2.1.1 Teorema Unicidade do limite. Se lim a an = e lim a bn = , então a = b. Demonstração: dado que ε > 0, como lim a an = , existe n N1∈ tal que se n n a an> ⇒ − <1 2 | | ε . Para esse mesmo ε, como lim a bn = , existe n N2 ∈ tal que se n n a bn> ⇒ − <2 2 | | ε . Tomemos n n n0 1 2=max{ , } . Assim, se n > n0, temos: | | | | | | | |a b a a a b a a a bn n n n− = − + − ≤ − + − < + = ε ε ε 2 2 . Essa última desigualdade vale qualquer que seja ε > 0. Em particular, se tomarmos ε = 1 n , temos que: | |a b n − < 1 , para qualquer n > n0, de onde podemos concluir que a = b. 20 Unidade II Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 2.1.2 Definição Uma sequência (an) se diz limitada inferiormente se existe um número real A tal que A < an para qualquer n. Uma sequência (an) é limitada superiormente se existe um número real B de forma que an < B para qualquer n. Uma sequência é limitada se for limitada inferior e superiormente. Obs.: se (an) é limitada, existe um número M tal que |an| < M, para qualquer n. Exemplos 1) A sequência an = n é limitada inferiormente (por exemplo, pelo número 0), mas não é limitada superiormente. 2) A sequência an = -n2 é limitada superiormente (por exemplo, pelo número 1), mas não inferiormente. 3 A sequência a nn = 1 é limitada. 4) A sequência an n= − +( )1 1 é limitada. 2.1.3 Teorema Toda sequência convergente é limitada. Demonstração: seja lim a an = . Dado que ε > 0, existe n0 ∈ N tal que se n n a an> ⇒ − <0 | | ε , ou seja, a a an− < < +ε ε . Restaram então finitos índices para os quais os an podem não pertencer ao intervalo (a - ε, a + ε), a saber, a a an1 2 0, , ..., . Tomemos o menor (A) e o maior (B), elementos do conjunto { , , ..., , , }a a a a an1 2 0 − +ε ε . Logo A a Bn≤ ≤ , o que conclui a demonstração. 5 10 15 20 25 21 ANÁLISE REAL Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 Obs.: a recíproca do teorema anterior não é verdadeira, de fato, a sequência an = (-1)n+1 é limitada, mas não é convergente. O que sempre vale é o seguinte: se uma sequência não é limitada, ela é divergente. 2.1.4 Teorema Se lim a an = 0 e (bn) é uma sequência limitada, então lima bn n = 0 . Demonstração: Como (bn) é limitada, existe M tal que | | ,b M nn ≤ ∀ . De lim a an = 0, dado que ε > 0, existe n0 ∈ N tal que, se n > n0, tem-se | |a Mn < ε . Assim, se n > n0, | | | || |a b a b M Mn n n n− = < =0 ε ε , o que prova que lima bn n = 0 . Exemplo 5) Seja a n e b nn n= = 1 cos . Sabemos que lim a an = 0 e que (bn) é limitada. Logo, pelo teorema anterior, lim lim cosa b n nn n = = 1 0 . 2.1.5 Teorema Se lim ( )ƒ x a= quando x tende ao infinito e se ƒ ( )n an= quando n é inteiro, então lim a an = . Exemplos 6) Calculemos lim 1 np para p > 0. 5 10 15 20 22 Unidade II Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 Da teoria de cálculo de uma variável, sabemos que lim 1 0 xp = , se p > 0. Portanto, pelo teorema anterior, lim 1 0 np = . 7) Calculemos agora lim lnn n . Tomando a função de variável x correspondente, isto é, f x x x ( ) ln= , podemos utilizar a regra de L’Hospital, como segue: lim ln lim ( / ) lim x x x x = = =1 1 1 0 Portanto, pelo teorema anterior, segue que lim lnn n = 0 . 2.1.6 Teorema Se lim| |an = 0 , então lim a an = 0. Demonstração: como lim| |an = 0 , dado que ε > 0, existe n0 ∈ N tal que se n > n0 tem-se || | |an − <0 ε . Mas || | | || || | | | |a a a an n n n− = = = −0 0 , ou seja, sempre que n > n0 tem-se | |an − <0 ε , o que implica que lim a an = 0. Exemplo 8) Vamos calcular, se possível, lim ( )−1n n . Temos que lim ( ) lim − = =1 1 0 n n n . Portanto, pelo teorema anterior, segue que lim ( )− =1 0 n n . 2.1.7 Teorema Teorema do confronto ou do sanduíche. Se an < bn < cn para n > n0 e se lim lima a cn n= = , então limb an = . 5 10 15 23 ANÁLISE REAL Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 Exemplo 9) Calculemos, se possível, lim sen n n . Temos que − ≤ ≤ ⇒ − ≤ ≤1 1 1 1sen senn n n n n , qualquer que seja n. Como lim lim − = =1 0 1 n n , segue pelo teorema anterior que lim senn n = 0 . 2.1.8 Teorema A sequência (rn) é convergente se -1 < r < 1 e divergente para qualquer outro valor de r e, ainda, lim , , r se r se r n = − < ≤ = 0 1 1 1 1 Exemplos 10) lim lim 1 3 1 3 0n n = = 11) lim lim 4 3 4 4 3 1n n n+ = = ∞ 2.1.9 Teorema Se (an) e (bn) forem sequências convergentes e c uma constante qualquer, então valem: i a b a b ii ca c a iii a b a n n n n n n n n n ) lim( ) lim lim ) lim lim ) lim lim l ± = ± = = iim ) lim lim lim , lim b iv a b a b se b n n n n n n= ≠ 0 5 10 15 24 Unidade II Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 2.2 Sequências monótonas e subsequências 2.2.1 Definição Uma sequência (an) é dita crescente se a a nn n< ∀+1, . Se vale a a nn n≤ ∀+1, , ela é dita não decrescente. Uma sequência (an) é dita decrescente se a a nn n> ∀+1, . Se vale a a nn n≥ ∀+1, , ela é dita não decrescente. Em qualquer dos casos, ela é chamada de monótona. Exemplos 12) A sequência a nn = + 2 1 é decrescente. Verifique! 13) A sequência a nn = +2 1 é crescente. Verifique! 2.2.2 Definição Uma subsequência de uma sequência (an) é a restrição da função que define a sequência a um subconjunto infinito do conjunto dos naturais. Notação: (ank); os elementos dessa subsequência são an1,an2,...ank,... Exemplo 14) Dada a sequência a nn = 1 , podemos definir a subsequência a nn2 1 2 = (a sequência original, restrita aos índices pares) ou, outro exemplo, a nn2 1 1 2 1− = − (sequência original, restrita aos índices ímpares). 2.2.3 Teorema Se lim a an = , então toda subsequência de (an) converge para o número a. 5 10 15 20 25 ANÁLISE REAL Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 05/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 Demonstração: seja ( , , ..., , ...)a a an n nk1 2 uma subsequência de (an). Como lim a an = , dado que ε > 0, existe n0 ∈ N tal que se n n a an> ⇒ − <0 | | ε . Mas os índices da subsequência formam um conjunto infinito, logo, existe um n nk0 0> . Assim, se n n n n a ak k k nk< ⇒ > ⇒ − <0 0 | | ε , o que prova que a subsequência converge para a. 2.2.4 Corolário Se lim a an = , então para todo k ∈ N tem-se lima an k+ = . Demonstração: de fato, ( , , ..., , ...)a a ak k n k1 2+ + + é subsequência de (an). Obs.: existem duas aplicações bastante úteis dos dois teoremas anteriores. Uma é mostra que uma dada sequência não converge, bastando para isso exibir duas subsequências com limites diferentes. Outra é para determinar o limite de uma sequência, sabendo-se de antemão que esse limite existe. Exemplos 15) Dada a sequência an = cos (nπ), há duas subsequências que destacamos: ( ) ( , , , , ...) ( ) ( , , , , ...)a e an n2 2 111111 1 1 1 1 1= = − − − − −− . A primeira converge para 1 e a segunda para –1. Logo, a sequência original não tem limite. 16) Suponhamos que sabemos que existe o limite da sequência (mais à frente veremos o porquê) a n nn n n= = 1/ e que seja a esse limite. Como n nn1 1/ ,> ∀ então a > 1. 5 10 15 20 26 Unidade II Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 5 10 15 20 25 Tomemos a subsequência a nn n 2 1 22= ( ) / . Pelo teorema 2.2.3, essa subsequência também converge para a. Temos então: a n n n nn n n n n n2 1 2 2 1 1 1 1 12 2 2 2= = = =lim[( ) ] lim[( ) ] lim . lim lim/ / / / / / == a , pois lim /2 11 n = . Logo, a2 = a e como a > 1 ⇒ a = 1. Ou seja lim /n n1 1= . Axioma da completividade: se S é um conjunto não vazio de números reais que tem limitante superior M, então S tem um limitante superior b que é mínimo, isto é, se M for outro limitante superior, então b < M. 2.2.5 Teorema Toda sequência monótona e limitada é convergente. Demonstração: suponhamos que (an) seja crescente. Como ela é limitada, o conjunto de seus valores, S = {a1, a2,...,an,...}, é limitado superiormente. Pelo axioma da completividade, S tem um supremo, digamos a. Dado que ε > 0, o número a - ε não é limitante superior de S (pois a é o menor deles). Portanto, a an0 > − ε para algum n0 inteiro. Como a sequência é crescente, temos que an > an0 para cada n > n0. Logo, se n > n0, an > a - ε, então 0 < a - an < ε, pois an < a. Portanto, |a - an|< ε sempre que n > n0. Isso prova que lim a an = . Se a sequência for decrescente, a demonstração é análoga. 27 ANÁLISE REAL Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 Exemplo 17) A sequência dada por a e a an n1 12 2= = ++ é crescente e limitada superiormente pelo número 3 (verifique!), logo, pelo teorema anterior é convergente. Seja a o seu limite. Temos que: a a a a an n n= = + = + = ++lim lim lim1 2 2 2 . Portanto, a a a a a ou a= + ⇒ − − = ⇒ = = −2 2 0 2 12 . Mas a sequência é de termos positivos, logo, a = 2, isto é, o limite dessa sequência é igual a 2. 2.3 Exercícios 1. Suponha que uma sequência (an) convergente é tal que lim an=a e lim an=b, podemos concluir que: a) a > b b) a < b c) a = b d) a = b = 1 e) a = b = 1/2 2. A sequência dada por a n n n = + 3 3 1 é: a) Crescente b) Decrescente c) Não decrescente 28 Unidade II Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 d) Não crescente e) Nem crescente nem decrescente 3. A sequência dada por a n n = 1 2 é: a) Limitada superiormente, mas não inferiormente b) Limitada inferiormente, mas não superiormente c) Limitada e convergente d) Nem limitada inferiormente nem limitada superiormente e) Uma sequência limitada, mas não convergente 4. Um dos teoremas sobre convergência de sequências diz que: a) Toda sequência limitada é convergente b) Toda sequência convergente não é limitada c) Toda sequência limitada é divergente d) Toda sequência convergente é limitada e) Toda sequência é limitada e convergente 5. Como lim x xe x→∞ = ∞ , podemos concluir que lim n ne n→∞ é igual a: a) 0 b) 1 c) 1/2 d) ∞ e) É o número e 29 ANÁLISE REAL Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 6. O limite da sequência a nn n= − ++( )1 11 é: a) 0 b) 1 c) Não existe d) 1/2 e) 1/3 7. Sabendo que lim 1 0 3n = , então: a) lim ( )− = +1 0 1 3 n n b) lim ( )− = − +1 1 1 3 n n c) lim ( )− = +1 1 1 3 n n d) lim ( )− +1 1 3 n n não existe e) lim ( )− +1 1 3 n n é um número maior que 1 8. Sendo lim0 = 0 e lim 1 0 n = , então lim sen n n 2 é igual a: a) Infinito 30 Unidade II Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 b) 2 c) 1 d) 0 e) 1/2 9. A sequência an n= 1 3 é: a) Convergente com limite 1/3 b) Convergente com limite 0 c) Convergente com limite 1 d) Convergente com limite 2/3 e) Divergente 10. Sabendo que lim 1 03n = , então lim 1 8 3n é igual a: a) 1/8 b) 1/2 c) 0 d) Não existe e) 1/64 31 ANÁLISE REAL Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 Resolução dos exercícios 1. A alternativa correta é a C. Se existe o limite, ele é único e a sequência será convergente. Caso contrário, será divergente. Rever os exemplos e a teoria para confi rmar. 2. A alternativa correta é a A. A sequência é crescente. Para n ≥ 0 sabemos que n3 e n3+1 têm mesmo sinal, logo n n 3 3 1 0 + > . Por outro lado, o denominador é maior que o numerador, o que nos permite concluir que n n 3 3 1 1 + < . Com base nessas duas análises parciais concluímos que 0 1 1 3 3< + <n n . Você ainda pode usar o Excel para apoiar, numericamente, seu pensamento analítico. Mas não se esqueça de que a disciplina é Análise. Você precisa, aqui, desenvolver, lapidar e fortalecer o raciocínio analítico. n 1 0,5 2 0,888888889 3 0,964285714 4 0,984615385 5 0,992063492 6 0,995391705 7 0,997093023 8 0,998050682 9 0,998630137 10 0,999000999 11 0,999249249 12 0,999421631 13 0,999545041 14 0,999635701 1000 0,999999999 32 Unidade II Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M aria - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 3. A alternativa correta é a C. Limitada e convergente. Ela é limitada, uma vez que todos os termos estão entre 0 e 1, e é convergente, uma vez que lim = 12nse aproxima de 0. 4. A alternativa correta é a D. Toda sequência convergente é limitada, conforme o item 2.1.3 Teorema do livro-texto. Voltemos ao Teorema. Demonstração: seja lim a an = . Dado que ε > 0, existe n0 ∈ N tal que se n n a an> ⇒ − <0 | | ε , ou seja, a a an− < < +ε ε . Restaram então finitos índices para os quais os an podem não pertencer ao intervalo (a - ε, a + ε), a saber, a a an1 2 0, , ..., . Tomemos o menor (A) e o maior (B), elementos do conjunto { , , ..., , , }a a a a an1 2 0 − +ε ε . Logo A a Bn≤ ≤ , o que conclui a demonstração. Obs.: a recíproca do teorema anterior não é verdadeira, de fato, a sequência an = (-1)n+1 é limitada, mas não é convergente. O que sempre vale é o seguinte: se uma sequência não é limitada, ela é divergente. 5. A alternativa correta é a D. Veja o item 2.1.5 Teorema do livro-texto. 6. A alternativa correta é a C. Esta sequência tende a 0 e a 1, logo, não pode ter limite. 33 ANÁLISE REAL Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 7. A alternativa correta é a A. Pois (–1)n+1 é limitada e lim 1 0 3n = . Conforme o item 2.1.4 Teorema do livro-texto. Estude o teorema abaixo: Teorema: se lim a an = 0 e (bn) é uma sequência limitada, então lima bn n = 0 . Demonstração: como (bn) é limitada, existe M tal que | | ,b M nn ≤ ∀ . De lim a an = 0, dado que ε > 0, existe n0 ∈ N tal que, se n > n0, tem-se | |a Mn < ε . Assim, se n > n0, | | | || |a b a b M Mn n n n− = < =0 ε ε , o que prova que lima bn n = 0 . 8. A alternativa correta é a D, conforme o teorema do sanduíche (veja abaixo do gráfico). Sabendo que lim sen2n é limitada e lim 1 0 n = , então lim sen n n 2 0= Abaixo apresentamos o gráfico de f(x) = sen2x para você confirmar visualmente que ela é uma função limitada. y 1 π x 34 Unidade II Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 Logo, a sequência sen2n também é limitada. Teorema do sanduíche: se an ≤ bn ≤ cn para n > n0 e se lim an = a = lim cn então lim bn = a. Vejamos: temos − ≤ ≤ ⇒ − ≤ ≤ ∀1 1 1 12 2 sen n n sen n n n n lim , Como lim lim , − = =1 0 1 n n segue pelo teorema do sanduíche que limsen n n 2 0= . 9. A alternativa correta é a B. Para confirmar essa resposta, basta revisar o item 2.1.8 Teorema do livro-texto. Vamos relembrá-lo: Teorema: a sequência (rn) é convergente se -1 < r ≤ 1 e divergente para qualquer outro valor de r e, ainda, lim , , r se r se r n = − < ≤ = 0 1 1 1 1 Exemplos 1) lim lim 1 3 1 3 0n n = = 2) lim lim 4 3 4 4 3 1n n n+ = = ∞ 35 ANÁLISE REAL Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 10. A alternativa correta é a C. Basta revisar o item 2.1.9 Teorema do livro-texto. Vamos relembrá-lo: Teorema: se (an) e (bn) forem sequências convergentes e c uma constante qualquer, então valem: i a b a b ii ca c a iii a b a n n n n n n n n n ) lim( ) lim lim ) lim lim ) lim lim l ± = ± = = iim ) lim lim lim , lim b iv a b a b se b n n n n n n= ≠ 0 Vale o item iii e também vale o teorema 2.2.3 do livro-texto. Antes de lembrar o teorema, vejamos a definição de uma subsequência. Uma subsequência de uma sequência (an) é a restrição da função que define a sequência a um subconjunto infinito do conjunto dos naturais. Notação: (ank); os elementos dessa subsequência são an1,an2,...ank,... O teorema que acabamos de citar diz que toda subsequência tem que convergir para o mesmo limite. Estude-o novamente, esse é um resultado importante. Teorema: se lim a an = , então toda subsequência de (an) converge para o número a. Demonstração: seja ( , , ..., , ...)a a an n nk1 2 uma subsequência de (an). 36 Unidade II Re vi sã o: T at ia ne - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 03 /0 9 // 2 ª R ev is ão : A na M ar ia - C or re çã o: M ár ci o - 14 /1 2/ 10 Como lim a an = , dado que ε > 0, existe n0 ∈ N tal que se n n a an> ⇒ − <0 | | ε . Mas os índices da subsequência formam um conjunto infinito, logo, existe um n nk0 0> . Assim, se n n n n a ak k k nk< ⇒ > ⇒ − <0 0 | | ε , o que prova que a subsequência converge para a.
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