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DEFESA PRELIMINAR PECULATO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) JUIZO DA 9ª VARA FEDERAL DA JUDICIARIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
JOSIANE ALMEIDA, já qualificada nos autos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar DEFESA PRELIMINAR dentro do prazo legal, com fulcro no art. 514 do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
DOS FATOS
A excipiente foi denunciada pelo crime de peculato, baseando-se em fatos ocorridos no dia 08 de julho de 2018, quando a mesma utilizando-se de suas prerrogativas de suas funções e atribuições legais pertinentes ao cargo que ocupa junto a entidade financeira Caixa Economica Federal, localizada em Belo Horizonte-MG, solicitando senha bancária em nome de Margarida de Souza sem a sua autorização. Antecedente a esse fato; e ainda teria requisitado cartão magnético de nº 6031029182091 e, a partir da senha cadastrada , teria efetuado diversos saques, entre julho e agosto do ano corrente em diversos terminais eletrônicos.
Assim, Margarida de Souza, procurou o diretor-geral, Sr. Valdemar, alegando que jamais pediu cartão magnético na referida agência bancária, pedindo esclarecimentos, sobre os saques em sua conta e demais atividades que ela desconhece, assim sendo o Gerente a atendeu prontamente analisando a denúncia e solicitando instauração de procedimento administrativo para apurar os fatos.
 Do procedimento administrativo instaurado, com base em relatórios e testemunhas, constatou-se que Josiane no dia 08 de julho de 2018, teria chegado antes do inicio do expediente bancário, às 08h:30 min, e por meio de sua matricula e senha efetuado, às 9h:00, junto ao inicio do expediente bancário, aplicando o comando de cadastramento de senha bancária da referida, e vinculado a esse ocorrido, alegam ainda que Josiane havia requisitado através de sua matricula o cartão magnético.
Diante desses fatos apurados em sede de procedimento adminsitrativo, com fulcro nos depoimentos de testemunhas, Ministério Púiblico Federal ofereceu denúncia em face de Josiane Almeida.
Diante dos fatos mencionados, a empregada pública foi notificada, e em nenhum momento a mesma foi ouvida ou interrogada, para esclarecimentos dos fatos.
Verifica-se que os indicios contidos nos autos são insuficientes para que se prospere a acusação da acusada como incursa nas penas no art. 312 Código Penal, tratando-se de peculato.
DO DIREITO
Verifica-se que os indicios contidos nos autos são insuficientes para que se prospere a acusação da acusada como incursa nas penas no art. 312 Código Penal, tratando-se de peculato.
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
 Pena - detenção, de três meses a um ano.
 § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
Com fulcro no art. 395 do CPP, III há a ausência de justa causa, ou seja, pois há elementos probatórios
Neste diapasão, o CÓDIGO DE PROCESSO PENAL é enfático ao determinar que:
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
 I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
 II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
 III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
Diante do prazo legal para resposta da denúncia acatada pelo Ministério Público, o Código do Processo Penal nos remete ao seguinte artigo mencionado.
Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.
Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar.
DOS PEDIDOS
Por todo o narrado e com fulcro no artigo 395, inciso III do CPP, requer a acusada Josiane Almeida, que a denúncia ofertada contra a mesma seja rejeitada, por nítida falta de justa causa para o exercício da ação penal.
Nestes Termos em que,
Pede deferimento.
Belo Horizonte - MG, 28 de agosto de 2018.
Assinatura do Advogado
OAB...

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