Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
91 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 Unidade IV5 10 15 20 25 30 35 25 PROJETO DE PESQUISA A organização, direção e controle são elementos fundamentais para o êxito do seu projeto de pesquisa, e para isso, é necessário definir seu planejamento, sua elaboração e sua programação. Fazer o projeto de uma pesquisa é o mesmo que o aluno esquematizar todos os procedimentos pelos quais irá passar, até a conclusão do seu trabalho. Ou seja, a definição dos caminhos para abordar certa realidade. Este é o caminho: • Definição do tema (o que pesquisar?). • Qual a importância social para a realização desta pesquisa? (justificativa). • Qual a utilidade pública da realização desta pesquisa? (objetivos). • Quais os procedimentos que adotarei para a realização desta pesquisa? (metodologia). • Quanto tempo vou dedicar à realização desta pesquisa? (cronograma). • Quem será o responsável por esta pesquisa? O projeto para a realização da pesquisa científica precisa ser bem organizado e planejado. A forma organizada e planejada para a pesquisa científica não assegurará, por si só, a grandeza e profundidade e o sucesso da monografia, mas certamente é um bom caminho para uma monografia de qualidade, que 92 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 terá organização, direção e controle, elementos básicos da administração, objetivando que o aluno, ao iniciar o projeto de pesquisa, já tenha em mãos uma visão de todas as fases e o tempo que irá necessitar para a realização, de forma clara e objetiva. Entende-se por planejamento da pesquisa a previsão racional de um evento, atividade, comportamento ou objeto que se pretende realizar a partir da perspectiva científica do pesquisador. Como previsão, deve ser entendida a explicitação do caráter antecipatório de ações e, como tal, atender a uma racionalidade informada pela perspectiva teórico-metodológica da relação entre o sujeito e o objeto da pesquisa. A racionalidade deve- se manifestar através da vinculação estrutural entre o campo teórico e a realidade a ser pesquisada, além de atender ao critério da coerência interna. Mais ainda, deve prever rotinas de pesquisa que tornem possível atingir os objetivos definidos, de tal forma que se consigam os melhores resultados com menor custo (Barreto; Honorato, 1998, p. 59). Segundo Minayo (1999), ao elaborar um projeto de pesquisa, o pesquisador estará lidando com, no mínimo, três dimensões: • Técnica: regras científicas para a construção do projeto. • Ideológica: relaciona-se às escolhas do pesquisador, sempre tendo em vista o momento histórico. • Científica: ultrapassa o senso comum por meio do método científico. A dimensão técnica normaliza os procedimentos tidos como normas científicas para a adequação e preparação de um projeto, isto é, como fazer a escolha adequada de um objeto, como abordá-lo e como escolher os instrumentos necessários para a pesquisa investigativa. Sendo que técnica sempre 93 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 corresponde à preparação e à montagem de instrumentos (Demo, 1991), o projeto de pesquisa é visto como instrumento da investigação. A dimensão ideológica está diretamente relacionada às escolhas do pesquisador. Quando escolhemos o objeto, o que pesquisar, a partir de que base orientadora e teórica e como pesquisar, estamos fazendo escolhas que são, mesmo em ultima instância, ideológicas. Hoje mesmo os cientistas naturais reconhecem que a neutralidade da investigação científica é um mito. A dimensão científica de um projeto de pesquisa articula estas duas dimensões anteriores. A pesquisa científica busca ultrapassar o senso comum (que por si já é uma reconstrução da realidade) por meio do método científico. Como já dito, o método cientifico permite que a realidade social seja reconstruída enquanto objeto de conhecimento, por meio de um processo de categorização (possuidor de características específicas) que une dialeticamente o teórico e o empírico. 25.1 Os objetivos e os procedimentos da elaboração de um projeto de pesquisa A elaboração de um projeto de pesquisa, fundamentalmente tem também por finalidade levar o aluno pesquisador a obter várias respostas sobre a sua pretensão e seus objetivos esperados e pretendidos da questão a qual optou por investigar, para cuja investigação definiu procedimentos, estratégias, planejamentos, cronogramas etc. O projeto de pesquisa tem a sua importância, imensurável, na questão de antecipar de forma planejada o caminho a ser percorrido e, dessa forma, visualizar as dificuldades e possibilitar ao investigador tomar decisões e ações com grande antecedência, 94 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 como mensurar esforços, recursos e empreendimentos que se farão necessários. 25.2 Componentes fundamentais de um projeto de pesquisa São componentes do projeto de pesquisa: 1. Tema. 2. Revisão de literatura. 3. Justificativa. 4. Objetivo geral. 5. Objetivo específico. 6. Hipótese. Exemplo Tema: Adoção. Objetivo geral: Traçar o perfil das famílias que estão na lista de espera para adotar uma criança. Revisão de literatura: Ler o ECA. Objetivo específico: O objetivo específico está dentro de uma ideia geral do contexto. Deve-se ressaltar a ideia específica a ser desenvolvida (perfil das famílias). Justificativa: Muitas crianças abandonadas, muitas famílias querendo adotar. Hipótese: possibilidades de adoção. 26 TEMA É importantíssimo que o foco principal da pesquisa, o qual denominamos tema, ao ser definido para a pesquisa, tenha uma relação estreita de afinidade em relação ao aluno, seja em aspectos pessoais ou sociais. O aluno deverá, com senso 95 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 crítico, ter o controle do tema no que diz respeito às questões de conhecimento, suas características, a importância do tema para a sua vida e para o meio no qual vive. Pela experiência, podemos afirmar que os bons temas estão sempre em evidência em jornais, revistas, conversações, debates etc. Ao mesmo tempo, o aluno deverá optar por um tema que não seja muito utilizado em outros trabalhos na área. Também é importante que o tema esteja de acordo com a capacidade intelectual do pesquisador. Optar por um tema completamente desconhecido apenas aumentaria o nível de dificuldades do aluno pesquisador. Primeiramente, ele terá que conhecer o bem o tema, para apenas depois iniciar os trabalhos. O aluno, no seu dia a dia, principalmente nos seus estudos de Direitos Sociais do Cidadão, disciplina diretamente relacionada com os objetivos principais do curso de serviço social, tem uma série de questionamentosa respeito das desigualdades, das igualdades... enfim, o aluno do curso superior de serviço social é uma das peças fundamentais na aplicabilidade dos direitos da pessoa. Por isso, existem milhares de possibilidades para a escolha de um tema que seja conhecido e cujo resultado do trabalho de pesquisa poderá trazer novidades e até soluções para a vida do cidadão. A definição do tema deve ser embasada em alguns critérios: 1. O valor social e a importância do tema (relevância). 2. A possibilidade de informações sobre o tema e a facilidade de acesso à bibliografia sobre o assunto. 3. A afinidade entre tema, organização e cronograma previsto. 4. A universalidade e territorialidade da pesquisa. a. Local? 96 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 b. Tipo de pesquisa? c. Principais pontos a serem focados? O tema da pesquisa deve sugerir um conjunto de perguntas que vão desvendar a possível problematização da situação. O tema de uma pesquisa será sempre um modo – dentre outros – de o aluno olhar para o problema. O tema individualiza e particulariza um ponto de vista. Não existe um problema associado a um tema. A construção de um problema já é resultado de uma reflexão sobre o tema. As conjecturas abordadas sobre o assunto, a contextualização da situação que deu origem ao tema fazem parte também da construção do problema. 27 REVISÃO DE LITERATURA A revisão de literatura é a base da sustentação para a pesquisa, pois é quando ocorre o rompimento com o senso comum para o conhecimento teórico sobre o tema escolhido. É na investigação teórica que vamos ampliar a visão sobre o que está sendo pesquisado. São ações importantes, neste momento: 1. Estudos, abordagens e levantamento bibliográfico referente ao tema da pesquisa, para que o pesquisador vá se familiarizando com o problema-objeto. 2. Aprofundamento e leitura sobre o resumo dos livros para fazer a seleção. 3. A escolha, a pré-decisão e a seleção reduzirão o número de livros que serão lidos. 97 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 4. Providenciar o fichamento e comentários sobre o que foi lido e destacar o que for fundamental. 5. Indicar separadamente as citações que considerarem interessantes. 6. Elaborar um texto com suas palavras, com base naquilo que foi lido de cada autor. Estabelecer um “diálogo” do pesquisador com os autores. Sistematicamente, todo projeto precisa ter uma razão de ser. Por isso, é sempre necessário analisarmos o contexto. Pois é na compreensão do contexto que estará necessariamente embutido o conhecimento anterior e posterior do tema. O reestudo e a reanálise do contexto levará o aluno a uma revisão de literatura, pois essa é a ferramenta indicada para a saída do senso comum, para o conhecimento específico. 28 JUSTIFICATIVA Às razões pelas quais o aluno definiu-se por determinado assunto dá-se o nome de justificativa, que é a maneira pela qual o aluno demonstrará quais os fundamentos básicos e os motivos de ordem teórica e prática que o levaram a decidir pelo tema. Ou seja, a motivação para a realização da pesquisa. Em outras palavras, o aluno deverá esclarecer por quais razões deseja fazer a pesquisa. Neste ínterim, para esse fundamento, responder por quais motivos deseja fazer a pesquisa, se faz necessária a presença de alguns pontos indicados, para esclarecer esta justificava dentro dos padrões técnicos do projeto de pesquisa. Logicamente, as razões que serão apresentadas em defesa do estudo realizado e a relação do problema estudado com o contexto social deverão explicar os motivos que justificam a pesquisa nos planos teórico e prático. 98 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 Ao prepararmos uma justificativa, necessariamente temos que levar em conta o que pede o resultado final. Isto é, sempre que falarmos em justificativa, temos que partir do principio que quem vai ler nosso trabalho não conhece sobre o assunto. 29 OBJETIVO GERAL Todo o projeto de pesquisa terá, na forma mais ampla da análise, um objetivo “macro” que, podemos dizer, será o mesmo objetivo geral da justificativa, que diz respeito ao resultado que o estudo proporcionará em relação ao objeto. Constitui o resultado intelectual a ser obtido no final da pesquisa. Está relacionado às hipóteses. Para obtermos sucesso no objetivo geral, precisamos ter claro: • Onde faremos a pesquisa. • Será possível fazer a pesquisa? • É preciso ter garantias da possibilidade do campo de pesquisa. 30 OBJETIVO ESPECÍFICO O objetivo específico está dentro de uma ideia geral do trabalho. Deve-se ressaltar a ideia específica a ser desenvolvida. É aqui que a amplitude da proposta de pesquisa tem sua delimitação, que será permitido o avanço da pesquisa em sua profundidade. Devem-se formular vários itens a serem concluídos ou respondidos. Geralmente são vários os objetivos específicos. Exemplo: o tema adoção • Verificar a situação socioeconômica das várias famílias que estão na lista de espera para adoção. 99 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 • Verificar a faixa etária das crianças a serem adotadas. • Verificar situação de convivência dos casais relacionados. • Verificar o grau de instrução dos casais. • Analisar o tempo de espera na lista. 31 HIPÓTESE(S) Ao darmos uma solução concreta a determinado assunto ou estimarmos a definição da causa de determinado fato, estaremos conjecturando por meio de hipóteses. A hipótese pode ser definida como a explicação provisória das causas de um fenômeno. A hipótese tem como função orientar o pesquisador na direção da causa possível, sugerindo as experiências próprias para comprovação ou não do fato. É por meio da(s) hipótese(s) estabelecida(s) que se estrutura todo o caminho a ser percorrido pelo pesquisador. Qualquer hipótese parte de um questionamento ou problematização que conduz a uma afirmação explicativa. Uma hipótese consiste em uma proposição, a qual deve ser expressa em uma frase completa, na qual fique claro e evidente o que se quer dizer sobre o problema. Deve ser clara, específica, isto é, não deve conter informações imprecisas, genéricas, mas referir-se de modo delimitado a determinados aspectos do problema que se analisa. Aqui temos um exemplo de hipótese sobre o tema “adoção”: A maioria das famílias que estão na lista de espera para adotar não possuem filhos. • O tempo de espera para se adotar é de cinco anos. • O poder aquisitivo das famílias que querem adotar é relativamente alto. 100 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 32 METODOLOGIA Aos procedimentos definidos para buscar determinada meta denomina-se metodologia, que é a descrição do caminho a ser percorridopara atingir o objetivo proposto. É uma parte complexa, necessita de muita atenção e cuidado do pesquisador. Na metodologia se contempla a fase exploratória de campo, como a definição dos instrumentos que serão utilizados na coleta de dados e qual o procedimento para a análise dos dados. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista etc.), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. Como já foi dito antes, é de máxima importância saber escolher o tema da pesquisa. Artigos de jornais e revistas, conversações, comentários de colegas, debates, seminários, experiências pessoais e reflexões podem conduzir a bons temas de pesquisa. Além disto, boas leituras também são importantes para a definição de um tema. O assunto a ser abordado não deve ser fácil demais e também não deve ser muito complexo, deve ser adequado à capacidade intelectual do pesquisador. Devem-se evitar temas sobre os quais existam vários e exaustivos trabalhos, pois existe o risco de repetir-se o que já existe sobre o assunto. A pesquisa ou estudo deve apresentar alguma utilidade, alguma importância prática ou teórica. É necessário ser criativo ao enfocar o tema. O trabalho deve ser original, trazer alguma contribuição nova, algo que ainda não foi dito a respeito do assunto. 101 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 A definição e escolha de um tema devem ser feitas segundo alguns critérios: 1. A importância do tema (relevância). 2. A facilidade de acesso à bibliografia sobre o assunto da pesquisa e outras fontes. 3. Possibilidade de desenvolver bem o assunto, dentro dos prazos estipulados e afinidade com o tema. 4. Delimitação da pesquisa: a. Local? b. Tipo de pesquisa? c. Enfoque? Após a definição destes critérios, a escolha do tema torna- se mais fácil e proporciona um começo organizado para a construção do trabalho. 33 APRESENTAÇÃO ESCRITA DO TRABALHO CIENTIFICO O trabalho científico deverá ser apresentado dentro das normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que orienta e disciplina toda e qualquer ação dentro do trabalho. O material que será apresentado na sequência terá por finalidade preparar o aluno, no aspecto de elaboração técnica e didática do trabalho. Para facilitar o estudo, segue um índice. Definições técnicas: dimensões, preparação do texto, paginação, margens e espaços. Células (partes do TCC – trabalho de conclusão de curso): capa, folha de rosto, sumário, prefácio, introdução, desenvolvimento e conclusão. 102 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 33.1 Apresentação gráfica do TCC Na sequência, vem a apresentação gráfica do TCC, num primeiro momento com todos os itens agrupados, demonstrando tratar-se de uma fase que necessita de cuidados especiais no aprendizado do aluno, visto todos os itens terem a sua importância para a formatação e apresentação gráfica do TCC. 33.2 Prefácio Com a evolução tecnológica e, consequentemente, o avanço do ensino superior da Unip – Universidade Paulista – e, definitivamente, com os resultados positivos do EAD, tem sido constante a preocupação com a apresentação dos trabalhos conclusivos dos acadêmicos. A formatação, a forma de apresentação, os cuidados especiais com os itens visuais como capa, papel, margens, diagramação etc. dos trabalhos produzidos no ambiente universitário deixaram de ser somente prerrogativas estéticas. Para isso, há necessidade da adoção de padrões que possibilitem e garantam a apresentação dos trabalhos científicos, bem como o desenvolvimento lógico do seu conteúdo, além do reconhecimento, o que possibilita a ideal comunicação, compreensão e utilização dessas produções pela comunidade interna e externa. O material a seguir comentado e apresentado visa oferecer o suporte básico de normas previstas em nossa legislação, para que o acadêmico possa, de forma competente, executar as tarefas exigidas para a elaboração dos trabalhos acadêmicos, como o trabalho de conclusão de curso. Considerando-se uma ferramenta auxiliar para a elaboração dos trabalhos acadêmicos, este manual não abordou exaustivamente todas as normas, porém possibilita, pela menção destas no corpo do trabalho, que sejam consultadas no ambiente da biblioteca ou via internet. 103 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 A publicação deste conteúdo orientador e fundamental na elaboração do TCC certamente contribuirá na diagramação, paginação, texto, capa, contracapa, prefácio, histórico, margens, enfim todos os elementos adequados à construção de trabalhos universitários, conclusivos, e, em especial, dos TCCs. 34 CONFIGURAÇÃO DO TRABALHO OU ESTRUTURAÇÃO Segundo a ABNT (NBR – 14724): o trabalho de conclusão de curso (TCC) se caracteriza por ser um documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador. A estrutura de um trabalho acadêmico compreende: elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós- textuais. 34.1 Composição pré-TCC 34.1.1 Composição da capa Pode ser confeccionada lisa, revestida em couro, na encadernação tradicional tipo brochura, ou espiral. É obrigatória para a proteção física do trabalho, bem como em sua face estará a primeira forma de identificação do trabalho. Deverão constar na capa as seguintes informações: a) Nome da instituição, curso e departamento (opcional), (alinhado à margem superior da página). b) Nome do autor. c) Título. 104 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 d) Subtítulo, se houver. e) Número de volumes (quando mais de um, constar em cada capa a especificação do respectivo volume). Exemplo: UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE SERVIÇO SOCIAL TURMA Prof. FULANO DE TAL 2010 ALUNO: Fulano de Tal 34.1.2 Componente: folha de rosto A composição da folha de rosto deverá ocorrer conforme a orientação abaixo descrita, contendo os elementos essenciais e indispensáveis para a identificação do TCC, como tema, autor, ano, turma etc. A sequência a ser respeitada deverá ser esta: a) Nome do autor (aluno). b) Título principal do trabalho e, na sequência, subtítulo se houver. c) Definição do trabalho (natureza: tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso). d) Nome do orientador e, se houver, do coorientador. e) Local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado. f) Ano de depósito (da entrega). 105 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |-2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 Exemplo: Folha de rosto FULANO DE TAL Menor Abandonado TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO O MENOR ABANDONADO Professo Orientador: Fulano de Tal Sorocaba 2010 34.1.3 Componente: verso da folha de rosto Não é comum a exigência do verso da folha de rosto nos TCC. Porém, a mesma deverá conter: a ficha catalográfica, que segue as normas técnicas bibliotecárias. Normalmente o bibliotecário, na elaboração da ficha, necessita de: nome do autor do TCC, título e subtítulo do trabalho, números de volumes, nome do orientador, local e data do trabalho, número de folhas do TCC, natureza acadêmica do TCC, unidade de ensino e, finalmente, a instituição onde será apresentado o trabalho e áreas de aplicação. FICHA CATALOGRÁFICA Tal, Fulano de Tema: Adolescentes Abandonados. Autor: Fulano de Tal. TCC sob a orientação do Professor Fulano de Tal – Sorocaba/SP – Universidade Paulista – UNIP, 2010, 214 fls. 106 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 Volume único. Adolescentes abandonados. Redirecionamento dos adolescentes abandonados. 34.1.4 Componente: errata Composto cuja exigência é alternativa. Caso o aluno tenha, por natureza, tendência ao perfeccionismo, poderá eventualmente adotar esse procedimento que antecipará a indicação de possíveis “erros” contidos na literatura do TCC. Essa ferramenta deverá ser inserida imediatamente após a folha de rosto, apresentada e constituída pela referência do trabalho e pelo texto da errata, sendo disposto da seguinte maneira: Exemplo: ERRATA Folha Linha Onde se lê Leia-se 32 3 publiacao publicação 34.1.5 Componente: folha de aprovação Esse procedimento se faz necessário e é obrigatório no conteúdo do TCC, formatado e constituído pelos seguintes itens: a) Nome do autor do trabalho. b) Título do trabalho e subtítulo (se houver). c) Natureza. 107 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 d) Objetivo. e) Nome da instituição a que é submetido. f) Área de concentração. g) Data e aprovação. h) Nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem. i) Data de aprovação e assinaturas dos membros componentes da banca examinadora, colocadas após a aprovação do trabalho. Exemplo: Fulano de Tal Adolescentes Abandonados Trabalho de conclusão de curso devidamente aprovado como fundamento para obtenção do Grau de Bacharel em Serviço Social no curso de serviço social da UNIP – Universidade Paulista. Habilitação: Serviço Social Data de Aprovação ____/____/___________ Banca Examinadora: ______________________ Prof Dr. Fulano de Tal Orientador UNIP- Universidade Paulista 108 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 _____________________ Prof. Dr. Fulano de Tal UNIP- Universidade Paulista ______________________ Prof. Dr. Fulano de Tal UNIP- Universidade Paulista 34.1.6 Componente: dedicatória(s) Elemento opcional, colocado após a folha de aprovação. Geralmente é composto de um texto curto, em que o autor dedica seu trabalho a alguém. 34.1.7 Componente: agradecimento(s) O aluno autor do TCC poderá apresentar uma lista de pessoas para as quais gostaria de prestar um agradecimento em função da colaboração ou participação durante a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso. Não deixar de agradecer ao professor orientador e aos colegas mais próximos. 34.1.8 Componente: epígrafe Componente opcional, colocado após os agradecimentos, onde o autor apresenta uma citação de um trecho em prosa que, de certa forma, embasou a construção do trabalho, seguida da indicação da autoria. 34.1.9 Resumo na língua vernácula Componente obrigatório, constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos, redigidos em parágrafo único, não ultrapassando as 500 palavras, precedido da referência do documento e seguido, logo abaixo, das palavras-chave e/ou descritores, mencionados conforme a NBR 6028. 109 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 Sugere-se ressaltar os objetivos, métodos empregados, resultados e conclusões. 34.1.10 Síntese na língua estrangeira Componente opcional, não obrigatório, de acordo com o que foi definido junto ao professor orientador, com as mesmas características do resumo em língua vernácula, digitado em folha separada (em inglês Abstract, em espanhol Resumén, em francês Résumé, por exemplo). Deve ser seguido das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, na língua estrangeira. 34.1.11 Listas de ilustrações, tabelas, quadros, abreviaturas e siglas Elemento opcional, elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página. Relação de tabelas, gráficos, fórmulas, lâminas, figuras (desenhos, gravuras, mapas, fotografias). É recomendado que sejam feitas listas separadas para cada tipo em particular. 34.1.12 Componente: sumário Elemento obrigatório, que indica e enumera as principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que estas aparecem no texto, acompanhadas do respectivo número da página. Havendo mais de um volume, em cada um deve constar o sumário completo do trabalho, conforme a NBR 6027. É importante diferenciar-se sumário de índice, que é uma lista organizada em ordem alfabética de matérias, nomes de 110 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 pessoas, de fatos, acontecimentos, que aparece no final de publicações, com indicações de sua localização no texto. 34.2 Componentes textuais Elemento do trabalho constituído de três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão. 34.2.1 Componente: iniciação Parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho. 34.2.2 Formatação escrita do conteúdo Componente fundamental do trabalho, refere-se à elaboração detalhada do assunto, que culminará com o texto que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções que variam em função da necessidade de se descrever e melhor esclarecer as informações e procedimentos que compõem o trabalho. É preciso ressaltar o cuidado de não perder a unidade lógica de abordagem determinada pela estrutura e proposta do trabalho. 34.2.3 Dissertação conclusiva Componente no qual está inserida a razão de ser do trabalho,no qual se relatará a ideia principal e se dará, a quem ler, plena convicção do texto, no qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipótese. 34.3 Componentes pós-fase conclusiva 34.3.1 Componentes: referências Componente esclarecedor e referencial do TCC, obrigatório, que padroniza os elementos descritivos retirados de um documento, que permite sua identificação individual. 111 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 A referência é constituída de elementos essenciais e, quando necessário, acrescida de elementos complementares. As referências devem ser organizadas em ordem alfabética, caso as citações no texto obedeçam ao sistema autor-data, ou conforme aparecem no texto, quando utilizado o sistema numérico de chamada. 34.3.2 Componentes: apêndice(s) Componente opcional, que consiste em um texto ou documento elaborado pelo aluno/autor, a fim de complementar sua argumentação. São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Exemplo: APÊNDICE A – Avaliação da neoformação óssea após sete dias de irradiação com laser. APÊNDICE B – Avaliação da neoformação óssea após 14 dias de irradiação com laser. 34.3.3 Componente: anexo(s) Componente opcional, trata-se de um texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Exemplo: ANEXO A – Questionário genérico de avaliação de qualidade de vida “medical outcomes study 36-item short-form health survey (SF-36)”. ANEXO B – Questionário “International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ – SF)”. 112 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 34.3.4 Componente: índice(s) Componente opcional, que tem a finalidade de facilitar ao leitor a localização dos mais variados assuntos contidos dentro do TCC. Consiste em lista de palavras ou frases ordenadas alfabeticamente (autor, título ou assunto) ou sistematicamente (ordenação por classes, numérica ou cronológica), que localiza e remete para as informações contidas no texto. 34.3.5 Componente: glossário Componente opcional. Tem a finalidade de apresentar de forma organizada e separadamente as palavras pouco conhecidas, para fins de conhecimento ou facilitação de estudo, composto por lista alfabética das palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou pouco conhecidas utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições. 35 ORIENTAÇÕES DE APRESENTAÇÃO TEXTUAL 35.1 Componentes: redação e espacejamento O aluno/autor deve ter em mente que a apresentação do seu TCC estará diretamente relacionada à sua redação e espacejamento. A digitação do trabalho deve ser feita em programa editor de textos, com a utilização de um só lado do papel, texto justificado, letra tamanho 12 e fonte Arial em todo o trabalho, com exceção das notas de rodapé, que devem ser apresentadas no tamanho de letra número 10; a impressão deve ser feita em papel branco tamanho padrão A4 (210x297 mm), em espaço entre linhas de 1,5 cm, com exceção das referências, resumo, citação textual longa (mais de três linhas), notas de rodapé, natureza do trabalho, que devem ser escritas com espaço simples. Títulos e capítulos são escritos em caixa alta. Títulos de subseções levam maiúsculas apenas nas letras iniciais das principais palavras. 113 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 O título da subseção deve ser separado do texto que os precede, assim como do texto que os sucede por dois espaços simples. 35.2 Componentes: margens/tamanho do papel Tendo em vista a utilização dos computadores, basicamente ocorreu a padronização da escrita de TCC, sendo que, quanto a margeamento, as padronizações mais frequentes e recomendadas são: • Esquerda: 3,0 cm. • Direita: 2,0 cm. • Superior: 3,0 cm. • Inferior: 2,0 cm. No Computador, ao abrir a coluna “arquivo”, do menu do computador, o operador tem sob sua visualização: Novo Abrir Fechar Salvar Salvar Como Salvar Tudo Localizar Arquivo Resumo Informativo Modelos Configurar Página ... Ao Abrir “Configurar página”, o operador do computador obtém: 114 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 Margem - Tamanho do papel - Origem do papel - Layout Superior Inferior Esquerda Direita Ao Abrir “Tamanho do papel”, obterá: Letter (8 1/2 x 11 pol.) Legal (8 ½ x 14 pol.) Executive (7 ¼ x 10 ½ pol. ) A4 (210 x 297 mm) O tamanho de folha mais utilizado é o A4, tradicional papel sulfite A4. O texto deve ser digitado ou datilografado em espaço duplo. Abrir “Formatar” do menu, para obter as seguintes tarefas: Fonte Parágrafo ... Ao clicar em “Parágrafo”, o operador obterá: Recuos e espaçamento Fluxo de texto Espaçamento Antes Depois Entrelinhas Simples 1,5 115 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 35.3 Componente: paginação Todas as páginas que antecedem ao texto são contadas, mas não numeradas, a partir da folha de rosto. A capa é o único elemento da estrutura do documento que não é contado e nem numerado. A numeração deve aparecer a partir da primeira folha da parte textual (introdução), em algarismo arábico, no canto superior direito da folha, a dois centímetros da borda superior. No caso do trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser mantida uma única sequência de numeração das folhas, do primeiro ao último volume. Havendo apêndice e anexo, as suas folhas devem ser numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal. 36 REFERÊNCIAS As referências foram normalizadas de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT), NBR 6023. Elas podem ter uma ordenação alfabética, cronológica e sistemática (por assunto). Entretanto, sugerimos a adoção da ordenação alfabética ascendente. 36.1 Componente: livro Fazem parte deste tipo de referência os livros, guias, catálogos, dicionários, trabalhos acadêmicos etc. 36.1.1 Livro considerado no todo. Quando a obra tiver apenas um autor. SOBRENOME, Prenome do autor (iniciais ou por extenso). Título: subtítulo. Indicação de responsabilidade, se houver (org.; 116 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 trad.; rev.; coord. etc.). Edição. Local de publicação (cidade): Editora, data. Paginação. Exemplo: CHIAVENATO, I. Introdução à teoria daadministração. 5 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 920 p. EXERCÍCIOS 1) Quais as margens mais utilizadas em TCC? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 2) Qual o formato de papel que basicamente convencionou- se para a elaboração de TCC? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 117 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 3) Quais os dizeres que deverão constar na capa? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 4) O que deverá constar na folha de rosto? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 5) Defina o que deverá constar no verso da folha de rosto. ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 118 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 6) O que deverá constar na folha de aprovação? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ Resolução dos exercícios 1) Considerando-se que o usuário está em frente, olhando para a folha, teremos, para a elaboração do TCC, as seguintes margens: • Esquerda: 3,0 cm. • Direita: 2,0 cm. • Superior: 3,0 cm. • Inferior: 2,0 cm. 2) A folha a ser utilizada na elaboração do TCC é comercialmente conhecida como folha de papel sulfite tamanho A4. 3) Na capa, conhecida como capa dura, deverão constar as seguintes informações: a. Nome da instituição, curso e departamento (opcional), (alinhado à margem superior da página). b. Nome do autor. c. Título. 119 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 d. Subtítulo, se houver. e. Número de volumes (quando mais de um, constar em cada capa a especificação do respectivo volume). 4) Internamente, na chamada folha de rosto, devem constar os seguintes dados: a. Nome do autor (aluno). b. Título principal do trabalho, e, na sequência, subtítulo, se houver. c. Definição do trabalho (natureza: tese, dissertação, TCC). d. Nome do orientador e, se houver, do coorientador. e. Local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado. f. Ano de depósito (da entrega). 5) Pode ser que a instituição de ensino superior, oriente o aluno a utilizar o verso da folha de rosto, Embora não seja comum, a exigência do verso de folha de rosto nos TCC. Porém, se solicitadas as informações de verso de folha, elas deverão conter elementos como a ficha catalográfica, que segue as normas técnicas bibliotecárias. Normalmente o bibliotecário, na elaboração da ficha necessita de: nome do autor do TCC, título e subtítulo do trabalho, números de volumes, nome do orientador, local e data do trabalho, número de folhas do TCC, natureza acadêmica do TCC, unidade de ensino e, por fim, a instituição onde será apresentado o trabalho e áreas de aplicação. 6) No TCC, internamente, na folha de aprovação devem constar os seguintes itens: a. Nome do autor do trabalho. 120 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 b. Título do trabalho e subtítulo (se houver). c. Natureza. d. Objetivo. e. Nome da instituição a que é submetido. f. Área de concentração. g. Data e aprovação. h. Nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem. i. Data de aprovação e assinaturas dos membros componentes da banca examinadora, colocadas após a aprovação do trabalho. Referências bibliográficas ACOSTA, Ana Rojas; VITALE, Maria Amália F. Família: Redes, Laços e Políticas Públicas. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2008. ARISTÓTELES. A Política. Tradução Roberto Leal Ferreira. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Trabalhos acadêmicos: NBR 14724. São Paulo, 2001. ___ Sumário: procedimentos: NBR-6027. São Paulo, 1989. ___ Referências: elaboração: NBR-6023. São Paulo, 2000. ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MÃES SEPARADOS. Guarda Compartilhada: aspectos psicológicos e jurídicos. Porto Alegre: Equilíbrio, 2005 BARRETO, Alcyrus Vieira Pinto; HONORATO, Cezar de Freitas. Manual de sobrevivência na selva acadêmica. Rio de Janeiro: Objeto Direto, 1998. 121 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 BITTENCOUT, Edgard de Moura. Guarda de filhos. São Paulo: Editora Universitária do Direito, 1984. BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Lirismo e Ternura. Revista Vogue Brasil, Carta Editorial, ed.314, jan.2007. CARVALHO, Maria do Carmo Brant (Org.). Família: algumas inquietações. São Paulo: EDUC, 1997. ___ (Org.). Teorias e “teorias” de famílias. São Paulo: EDUC, 1997. DEMO, Pedro. A avaliação qualitativa. São Paulo, Editora Cortez, 1991. DIAS, Maria Luiza. Vivendo em família: relações de afeto e conflito. 6. ed. São Paulo: Moderna, 1995. DIONNE, Hugues. A Pesquisa Ação para o Desenvolvimento local. Trad. Michael Thiollent. Brasília: Liber, 2007. ECA -Estatuto da criança e do adolescente. São Paulo, 2008 EQUIPE ATLAS. Constituição da República Federativa do Brasil: de 5 de outubro de 1998. 2. ed. São Paulo: Atlas S.A., 1993. FÁVERO, Eunice Teresinha (Coord.). A Perda do pátrio poder: aproximações de um estudo socioeconômico. São Paulo: Veras, 2000. ___. Rompimento dos vínculos do pátrio poder: condicionantes socioeconômicos e familiares. São Paulo: Veras, 2001. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio escolar. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. 122 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : Lea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 FRIEDRICH, Georg Wilhelm. Princípios de filosofia do direito. Tradução Norberto de Paulo Lima. São Paulo: Ícone, 1997. GRISARD FILHO, Waldyr. Guarda compartilhada – Um novo modelo de responsabilidade parental. 2. ed. São Paulo: Revista dos tribunais, 2002. GUEIROS, D. A. Família e proteção social: questões atuais e limites da solidariedade familiar. Revista Serviço Social e Sociedade. N. 71. São Paulo: Cortez, 2002. GUEIROS, Dalva A.; OLIVEIRA, Rita de C. S. Direito à convivência familiar. Revista Serviço Social e Sociedade. N. 81. São Paulo: Cortez, 2005. KALOUSTIAN, Sílvio M. (Org.). Família brasileira, a base de tudo. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2005. LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo. Tradução Alex Marins. São Paulo: Martin Claret, 2002. MARTINELLI, Maria Lucia. Pesquisa Qualitativa: um instigante desafio. São Paulo: Veras. 1999. MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes, 1994. Platão. A República. Tradução Anna Lia Amaral. São Paulo: Martins Fontes, 2006. THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1996. Sites <www.apase.org. com> acessado em 15 jun.2009. 123 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 <www.paissepados.org.com>acessado em 02 ago.2009. <www.pailegal.org.com> acessado em 02 ago. 2009. <WWW.wikipedia.org> acessadp em 10 nov. 2009 ANEXO I Elaboração de TCC pela pesquisa qualitativa A seguir, para um aprofundamento no estudo das pesquisas, preparamos um exemplo completo de pesquisa, desde a definição do local a ser pesquisado até a pesquisa, inclusive com os tipos de perguntas que foram feitas. É de fundamental importância o aluno ir tomando contato com esses exemplos reais, pois muito em breve estará a campo, realizando a parte prática desta matéria. 1 Histórico da entidade pesquisada O Clube do Nais (Núcleo de Acolhimento Integrado de Sorocaba) é um local destinado a atender jovens de 12 a 18 anos que tenham cometido atos infracionais de menor potencial ofensivo e que aguardam aplicação de medida socioeducativa pelo Poder Judiciário. A intenção é evitar a reincidência de infrações por parte dos jovens assistidos. É um projeto viabilizado na cidade por meio do Serviço de Obras Sociais (SOS), em parceria com a Prefeitura local e com o apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Promotoria e Vara da Infância e da Juventude, Fundação Casa e a Delegacia da Infância e da Juventude (Diju). O acolhimento é feito por meio de uma proposta de intervenção imediata com atendimento ao(a) adolescente e sua família por uma equipe multidisciplinar (assistente social, terapeuta ocupacional, psicóloga e profissional de educação física). 124 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 Por meio de atividades terapêuticas, pedagógicas, físico- esportivas e artísticas, esses profissionais identificam as dificuldades, necessidades e possíveis motivos que levaram o(a) adolescente a cometer o ato infracional. Durante esse período, é esclarecido ao(a) adolescente e sua família como se desenrola o processo judicial referente à prática do ato infracional, seu direito de defesa e as medidas socioeducativas cabíveis. O(a) adolescente e sua família são encaminhados aos recursos da comunidade para atendimento de todas as necessidades identificadas, nas áreas da assistência social, saúde, educação e assessoria jurídica. O Clube do Nais funciona na antiga sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), na avenida Comendador Pereira Inácio, 2.239. A área total é de 20 mil m², sendo 420 m² do prédio principal. A estrutura conta ainda com um campo de futebol, uma quadra de futebol society, uma quadra poliesportiva, uma piscina, quatro salas de atendimento, recepção e auditório. Trabalham no Nais dois psicólogos, um professor de educação física, uma assistente social, um motorista, um funcionário da área administrativa, uma cozinheira e dois serviçais, que passaram por curso de capacitação ministrado por funcionários do SOS, da Secretaria da Juventude do Município e da Fundação Casa. Para a manutenção do projeto, são gastos mensalmente R$ 30 mil pela Prefeitura, além dos R$ 8 mil do aluguel do local. Os jovens são acolhidos pelo Nais sob livre e espontânea vontade. O encaminhamento dos jovens ao clube é feito pela Delegacia de Infância e Juventude (Diju). O acolhimento é feito por meio de uma proposta de intervenção imediata, 125 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 com atendimento ao adolescente e sua família pela equipe da entidade, que por meio de atividades terapêuticas, pedagógicas, fisicoesportivas e artísticas, identificará as dificuldades, necessidades e possíveis motivos que levaram o adolescente a cometer o ato infracional. O tempo em que os jovens serão assistidos varia entre seis meses a um ano. Durante este período, será esclarecido como se desenrola o processo judicial referente à prática do ato infracional, seu direito de defesa e as medidas socioeducativas cabíveis. O adolescente, junto a sua família, será encaminhado aos recursos da comunidade para atendimento de todas as suas necessidades identificadas, nas áreas de assistência social, saúde, educação e assessoria jurídica. O promotor da infância e da juventude explicou que o desempenho do jovem no Nais irá influenciar na decisão judicial tanto positiva quanto negativamente, podendo determinar até mesmo o arquivamento do processo. Assim explica Farto Neto (2009, p. 7): Conforme previsto no próprio Estatuto da Criança e do Adolescente, os casos de infração grave são os de violência ou grave ameaça. Nestes casos, o jovem será encaminhado diretamente à Fundação Casa. Com a iniciativa de municipalizar o sistema de liberdade assistida, vem a discussão sobre o papel do Núcleo de Acolhimento Integrado de Sorocaba (Nais) neste novo formato. A entidade hoje atende cerca de 150 jovens que cometeram atos infracionais que aguardam o andamento de seus processos. Instalado na antiga sede da Associação Atlética Banco do Brasil, o Nais possui uma infraestrutura privilegiada, cuja utilização, frequentemente, é alvo de críticas. 126 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 2 Metodologia Em nosso trabalho teórico, pesquisamos livros, artigos de jornais e internet, sempre tendo como base o nosso projeto de pesquisa, o qual continha todos os aspectos para se iniciar o trabalho de conclusão de curso. Após definirmos as hipóteses e os objetivos, os métodos de pesquisa e de coleta de dados, elaboramos o formulário para aplicação da pesquisa documental, questionário para as pesquisas quantitativas e o roteiro para a pesquisa qualitatitva. No primeiro momento, idealizamos realizar a pesquisa quanti-qualitativa. Para tal, elaboramos oquestionário contendo perguntas abertas e fechadas. O universo pesquisado foi de 120 adolescentes a partir dos quais obtivemos uma amostra de 15%. Foram pesquisados jovens que se encontram em acompanhamento no mês de outubro de 2009 do Projeto Nais – Núcleo de Acolhimento Integrado de Sorocaba. Inicialmente, o objetivo era aplicar a técnica do gravador com entrevistas individuais, a fim de obter mais informações sobre as vidas destes jovens, com a finalidade de enriquecer os dados da pesquisa. Isto não foi possível, pois os jovens se negaram a participar das entrevistas. Desta forma, foi necessário explicar a eles a finalidade do procedimento. Ainda assim, os jovens seguiram se negando a participar, com receio de se exporem. Para solucionar esta questão, foram formulados questionários com perguntas abertas. Alguns jovens, escolhidos aleatoriamente, concordaram em responder, o que tornou a pesquisa quantitativa. Tal fato acabou por nos revelar dados importantes referentes ao nosso sujeito da pesquisa, dados 127 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 referentes à escolaridade que não foram por nós questionados no início da pesquisa. Idade dos jovens infratores 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 31% 11% 16% 21% 21% Gráfico 1. Observamos que a grande maioria dos jovens autores de atos infracionais que se encontram em acompanhamento no NAIS – Núcleo de Acolhimento Integrado de Sorocaba, possuem idade entre 15 e 17 anos, sendo que muitos destes adolescentes ingressam na vida criminal ainda no inicio da adolescência, sendo um período permeado por muitas transformações biológicas, psicológicas, jurídicas ou sociológicas e também um período pelo qual o jovem sente a necessidade de ser aceito dentro de determinado grupo. Para que haja esta aceitação, muitas vezes este indivíduo acaba por cometer atos infracionais. Escolaridade dos jovens infratores Fundamental incompleto Médio incompleto Não estuda 21% 53% 26% Gráfico 2. A figura acima demonstra que parte dos jovens possui um nível baixo de escolaridade, sendo que a grande maioria apresenta o ensino fundamental incompleto. O número de evasão escolar também é alto. Esta população possui um perfil de alto índice de repetência escolar, apresentam problemas na aprendizagem e também de ordem comportamental, além de alguns casos de transtornos psicológicos. 128 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 Bairros onde residem os jovens infratores Jardim Amérida - 5% Jardim Guadalajara - 5% Jardim Iporanga II - 11% Jardim Novo Horizonte - 5% Jardim Sandra - 5% Jardim Simus - 5% Nova Esperança - 5% Nova sorocaba - 5% Parque Esmeralda - 5% 5% 11% 5% 5% 5% 5% 5% 5%5%5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 11% Vila Asturias - 5% Vila Colorau - 5% Vila Fiori - 5% Vila Formosa - 5% Vila Hortência - 5% Vila João Romão - 5% Vila Zacarias - 11% Vitória Régia I - 5% Gráfico 3. Este gráfico indica o local de residência dos jovens infratores, numa variação de 5% a 11%. Jovens que fazem uso de drogas Sim Não 21% 79% Gráfico 4. Este gráfico indica que o percentual de jovens infratores que fazem uso de drogas é de 21%, sendo assim bem inferior aos que não usam drogas, que representa um total de 79%. Constituição familiar dos jovens infratores 5% Avô Mãe Pai Pais58% 11% 26% Gráfico 5. Este gráfico nos mostra que 58%, ou seja, a maioria dos jovens infratores mora com a mãe, 26% deles moram com os pais, 11% mora somente com o pai, e finalmente 5% moram com o avô. 129 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 Idade do primeiro ato infracional 10 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos Não lembra 11% 16% 26%26% 11% 5% 5% Gráfico 6. Este gráfico retrata a idade da iniciação em atitude infracional, dos jovens pesquisados; 26% iniciaram aos 15 anos, outros 26% aos 14 anos, 16% aos 13 anos, 11% aos 10 anos e outros 11% aos 16 anos, 5% aos 17 anos e outros 5% não lembram com quantos anos iniciaram em ato infracional. Motivo do primeiro ato infracional Amizades Amizades e família Briga Briga na escola Falta de dinheiro 16% 5% 11% 5% 16% 21% 5% 5% 11% 5% Não respondeu Revolta com meu irmão Roubo Sem motivos Venda de drogas Gráfico 7. Observamos neste gráfico que 21% dos jovens que cometeram ato infracional não responderam qual o motivo, 16% responderam que foi por falta de dinheiro, 16% foram levados pelas amizades, 11% foi por briga, outros, 11% foi sem motivo algum, 5% foi por revolta com o irmão, 5% foi por roubo, 5% por venda de drogas, 5% amizades e família, 5% por brigas na escola Relação familiar após ato infracional Boa Ficaram abalados Normal Péssima Regular Ruim31% 16% 21%16% 5% 11% Gráfico 8. Este gráfico nos mostra como ficou a relação dos jovens com seus familiares após terem cometido o ato infracional: 31% disseram que a relação ficou normal, 21% disseram que ficou boa, para 16% dos jovens a relação ficou ruim, para outros 16% a relação com a família ficou abalada, para 11% a relação familiar ficou péssima e para 5% ficou regular. 130 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 Qual ato infracional foi cometido? Desacato Furto Lesão corporal Não respondeu Receptação Tráfico Vários26% 21% 5%11% 16% 5% 16% O Gráfico 9. Verifica-se que 26% dos atos infracionais cometidos foram lesões corporais, 21% dos atos foram furtos, 16% não responderam qual foi o ato, para outros 16% o ato infracional foi tráfico, 11% responderam que foram vários os atos, para 5% foi desacato e para 5% foi receptação. Sexo dos adolecentes infratores Feminino Masculino74% 26% Gráfico 10. Podemos observar que 74% dos adolescentes infratores são do sexo masculino, e 26% do sexo feminino. Reincidência Sim Não 84% 16% Gráfico 11. Neste gráfico observamos que apenas 16% dos jovens infratores são reincidentes, sendo assim 84% dos jovens cometeram ato infracional pela primeira vez. 131 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 3 Conclusão Falar de família, adolescentes e atos infracionais implica olhar para as mudanças e padrões de relacionamentos, uma vez que estes, além de sofrer abalos de todos os lados, são também alvo de marcantes interferências externas. A família continua sendo objeto de idealizações, modelo este que se alterou tanto pela evolução social como também pela exclusão social. Antes, os casamentos eramobrigatórios para se constituir uma família. Porém, tornou-se comum, dentro dos padrões sociais atuais, a família tendo a mulher como provedora do lar, como ficou confirmado em pesquisa. Outro fator que leva à reflexão são os adolescentes envolvidos em atos infracionais. A grande maioria deles reside em bairros periféricos, que acolhem as famílias que são excluídas dos centros urbanos por fatores socioeconômicos, como aluguéis altos, baixos salários e desemprego. Ao nos deparamos com estes fatores determinantes de exclusão, além de outros como o crescimento populacional, e especificamente o crescimento em grande escala da população brasileira adolescente, aliado a um alto grau de evasão escolar, pudemos comprovar o quanto estes jovens estão vulneráveis a diversas situações negativas, como o uso de entorpecentes, o tráfico de drogas e inúmeras formas de abuso. O ECA afirma que as crianças e adolescentes têm que ser vistos como pessoas em desenvolvimento, sujeitos de direito e proteção integral. Lavezzo (2008, p. 17) afirma: Como cidadãos brasileiros, temos como dever, acima de tudo, compreender o Estatuto entre os diversos atores do Sistema de Garantia dos Direitos, seu papel 132 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 político institucional e os mecanismos de ação que o tornem efetivos. Urge que a sociedade aja politicamente, tratando de transformar o lugar destes cidadãos em seu seio. Para que isto aconteça, é preciso uma aceitação de que estas pessoas são membros da sociedade tanto quanto aqueles que possuem mais recursos. Questionário da pesquisa quantitativa 1. Qual é a sua idade? ________________________________________________ 2. Você mora com quem? Como é composta a sua família? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 3. Como é seu circulo de amizades e o meio em que você convive? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ 4. Você estuda? Em qual série? ________________________________________________ 5. Em qual bairro você reside? ________________________________________________ ________________________________________________ 133 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 6. Com quantos anos você começou a praticar atos infracionais? ________________________________________________ 7. Quais os motivos que te levaram a cometer ato(s) infracional(is)? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ 8. Como ficou a sua relação com sua família após o ato infracional? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 9. Você usa ou já utilizou algum tipo de droga? Se já utilizou, como foi este contato? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 10. Você já reincidiu em atos infracionais? Se já, qual foi o motivo e qual foi o ato? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 134 Unidade IV Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 Análise e conhecimento do trabalho EXERCÍCIOS 1) Qual foi o tema definido? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 2) Qual o local da pesquisa? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 3) Qual o tipo de pesquisa que foi realizado? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 4) Qual a conclusão do TCC? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 135 SEMINÁRIO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Re vi sã o: L ea nd ro - D ia gr am aç ão : L éo - 1 8/ 01 /2 01 1 -| |- 2 ªR ev is ão : L ea nd ro - C or re çã o Fa bi o - 31 /0 1/ 11 Resolução dos exercícios 1) O Tema abordado foi sobre Jovens que tenham cometido atos infracionais de menor potencial ofensivo e que aguardam aplicação de medida socioeducativa pelo Poder Judiciário. 2) A pesquisa foi realizada no Clube do Nais, que funciona na antiga sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), na avenida Comendador Pereira Inácio, 2.239, na Cidade de Sorocaba/São Paulo. 3) Foi uma pesquisa documental, com questionário para as pesquisas quantitativas e o roteiro para a pesquisa qualitativa. No primeiro momento, idealizou-se realizar a pesquisa quanti-qualitativa, quando se elaborou o questionário contendo perguntas abertas e fechadas. O universo pesquisado foi de 120 adolescentes, a partir do qual se obteve uma amostra de 15%. Foram pesquisados jovens que se encontraram em acompanhamento no mês de outubro de 2009, no projeto Nais – Núcleo de Acolhimento Integrado de Sorocaba. Inicialmente, o objetivo era aplicar a técnica do gravador com entrevistas individuais, a fim de obter mais informações sobre as vidas destes jovens com a finalidade de enriquecer dados da pesquisa. Isto não foi possível, pois os jovens se negaram a participar das entrevistas. Desta forma, foi necessário explicar a eles a finalidade do procedimento. Ainda assim, os jovens seguiram se negando
Compartilhar