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4 helenismo

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Prof. Ms. Maria Cristina Leite Gomes
2011
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A invasão macedônica primeiro e sua posterior fragmentação deram origem a 2 consequências notáveis:
Abriram grandes áreas geográficas á cultura helênica;
Acabaram com a estrutura política dos estados gregos
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Alexandria e Rodes superam Atenas em todos os ramos de cultura e saber – exceto na retórica e filosofia;
Atenas continuou a ser a sede central do pensamento filosófico, não apena porque a Academia e o Liceu continuavam funcionando, mas pela presença de novas escolas:
O Jardim de Epicuro
A Stoa de Zenão
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A comunidade política era o único âmbito em que a vida política e a integração cívica eram possíveis para um grego;
A participação ativa na organização e destino da sua própria polis era uma dimensão essencial da vida;
Quando essa dimensão se esfacela, para muitos gregos significou uma mutilação e a necessidade de buscar novo sentido para sua vida.
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As duas novas escolas (Jardim e Stoa) pretendem responder a esta necessidade;
A liberdade social, política e cívica está irremediavelmente perdida;
Será substituída por outro tipo de liberdade: da pessoa que se baste a si próprio.
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Epicuro (-341 – -270) 
Nasceu em Samos
17 anos foi para Atenas
Cumpriu serviço militar e depois dedicou-se por 10 anos ao estudo da filosofia.
-310 – foi expulso de Mitilene onde ensinava
Depois foi expulso de Lâmpsaco
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-306 volta a Atenas e funda sua escola – O Jardim
O Jardim era uma escola de filosofia; uma comunidade de amigos; uma verdadeira seita que reunia homens e mulheres, livres e escravos;
Conservou-se de seus escritos: várias cartas (Carta a Meneceu é a principal); máximas morais e alguns fragmentos;
Principal seguidor: Lucrécio
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Quanto à liberdade individual, Epicuro é radical:
O homem sábio não intervém em política, desinteressa-se dela, refugiando-se em uma vida privada na companhia de amigos.
A comunidade de amigos substitui a comunidade política e Epicuro instaura um verdadeiro culto à Amizade – valor supremo da vida humana.
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Zenão de Cicio (-334 – -262)
Filho de um mercador que leva de Atenas alguns tratados socráticos;
Aos 22 anos segue para Atenas, estuda em várias escolas.
Por volta do ano -300 funda sua escola, nas cercanias dos portões (Stoa) de Atenas.
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Em seus escritos já se encontram a clássica divisão estóica da filosofia em lógica, física e ética, a primazia da ética e a união de filosofia e vida.
O homem sábio intervém de fato na política, mesmo quando sua autêntica liberdade seja pessoal e interior.
Principal representante: Sêneca 
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Epicuro preparava seus discípulos para viverem em comunidades apolíticas de amigos;
Estoicismo preparava-os para se converterem em políticos austeros e rígidos funcionários. 
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2 formas de se entender a moral:
Moral teórica: deduz normas a partir do estudo da natureza humana. Como é assunto prático, a teoria não é, muitas vezes, suficiente para determinar a ação.
Moral paradigmática: Propõe modelos ou exemplos a seguir. Tem importância psicológica inconteste, usados pela religião, pela política, etc..
Não são excludentes – ao contrário, se complementam.
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Estóicos e Epicuristas deixaram retratos do sábio ideal, de qual seria o a comportamento e atitude de um homem sábio:
De modo geral só o sábio é feliz! E é característica deste: o autodomínio, a constância e a simplicidade.
Diferenças:
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Atitude diferente ante a clemência: 
Estóico é intransigente até ao extremo – “o sábio não concederá perdão a ninguém, pois quem perdoa sugere que aquele que cometeu a falta não é por ela responsável... Também não terá clemência, pois esta implica o perdão do castigo justo...”
Não eram partidários nem da anistia, nem do indulto...
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Atitude diferente ante a clemência: 
Epicurista – mostra-se sempre inclinado aà clemência
“o sábio castigará por vezes os seus servos, mas estará sempre disposto a sentir compaixão e a perdoar”.
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O objetivo fundamental das 2 escolas é a moral – a ordenação da conduta humana de tal modo que seja possível alcançar uma vida feliz. Mas o que é Felicidade:
Epicurista – consecução do prazer sabiamente administrado juntamente com o afastamento da dor.
Estóico – A autêntica felicidade consiste na virtude, no autodomínio e fortaleza de ânimo, que tornam o sábio imperturbável ante à desgraça e ao destino (ataraxia).
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Epicurista – lei fundamental da natureza humana é a busca do prazer (hedon).
Estóico – natureza humana é racional – viver de acordo com a razão.
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Epicurista – segue atomismo de Demócrito, com variação, mas sempre a teoria atômica. Mas seu interesse reside naquilo que pode contribuir para a felicidade humana, ou no que o impede desse gozo:
o temor do destino – que não existe
O temor da morte – alma mortal
Temor dos deuses – não se ocupam dos homens
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Estóico – filosofia de Heráclito, pregou o mais rigoroso determinismo. Tudo está determinado e nada pode ser feito para mudar o rumo dos acontecimentos – “aquele que nada contra a corrente só se cansa”
Aceitar o destino e o destino é a providência.
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Nasceu em Córdova em -4
Foi educado em Roma.
Político, carreira de muitas flutuações.
Foi tutor de Nero, acusado pro esse, em 65 de conspirar contra ele. Cometeu suicídio a mando do Imperador.
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Em sua filosofia defende um estoicismo clássico
Sua atenção deteve-se em questões práticas.
Aliado a um moralismo puro, tende a afastar-se de um panteísmo e se aproximar de uma concepção personalista de deus.
Lenda de um Sêneca cristão, que mantinha correspondência com S. Paulo.
Principais obras: Cartas Morais e Ensaios Morais.
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