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1ª Prova de Mineralogia (01.02.2012)

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Prova de Mineralogia 2012
Nome:……………………………………………………………………..
1) Você recebeu um relatório onde estão descritas algumas lâminas delgadas, entre elas a lâmina 2012. Segundo a descrição desta lâmina ela é constituída por: 25% de plagioclásio, 20% de wollastonita, 15% de diopsídio, 15% de idocrásio, 10% de almandina, 7% de quartzo, 3 % de feldspato potássico. 5% de sodalita e traços de heulandita e cancrinita. Segundo a sua avaliação a associação mineral descrita na lâmina está correta? Justifique a sua resposta e de as características que permitem identificar os minerais citados acima. (1,0)
Não é possível. A wollastonita (CaSiO3), diopsídio (Ca(Mg,Fe)Si2O6) e idocrásio (Ca10(Mg,Fe)2Al4(SiO4)5(Si2O7)5(OH,F)4) são minerais encontrados normalmente em rochas calco-silicatadas (formadas por metamorfismo de contato e regional), podem estar associadas a plagioclásio cálcico. O feldspato potássico (KAlSi3O8), a sodalita (Na8Al6Si6O24Cl2) e ao cancrinita (Na6Ca2Al6Si6O24(CO3)2) são comuns em rochas alcalinas ígneas (nefelina sienitos, pegmatitos em nefelina sienitos, etc), normalmente substituindo a nefelina ou sodalita). A heulandita ((Ca,Al2)Al2Si7O18.6H2O) é uma zeólita (origem hidrotermal) comum em vesículas e cavidades de rochas básicas. A almandina (Fe3Al2(SiO4)3) é uma granada ferrífera (produto de metamorfismo de rochas argilosas e pelíticas) e não pode ocorrer neste tipo de rocha. O quartzo pode ocorrer junto a almandina e na rocha calco-silicatada.
plagioclásio: Triclínico, classe pinacoidal (1). Normalmente maciço, em massas cliváveis, ou granular; em agregados policristalinos e densos. Os cristais são tabulares, raros. Possui geminação comum segundo as Leis da Albita, Pericline e Carlsbad. Também apresenta geminação semelhante a Lei Manebach. Propriedades físicas: cl perfeita {001}, menos perfeita {010}, {110} também observada; fr conchoidal a irregular; quebradiço; D = 6-6,5; dr = 2,66-2,7 g/cm3; insolúvel em ácidos. Transparente a translúcido; branco, amarelado, rosado, cinzento a esverdeado, vermelho carne; tr branco; br vítreo, sub-vítreo a nacarado. Propriedades ópticas: Cor: incolor em lâmina delgada. Relevo: baixo positivo, n > bálsamo. Orientação: o ângulo de extinção varia entre 12º-27º. Biaxial (+) ou (-). ( = 1,543-1,556, ( = 1,547-1,559, ( = 1,552-1,563, ( = 0,0070-0,0090. 2V = 78º-90º (andesina de baixa temperatura), 2V = 73º-80º (andesina de alta temperatura). Dispersão: fraca, r > v.
wollastonita: Monoclínico, classe prismática (2/m) ou Triclínico, classe pinacoidal (1). Normalmente fibro-radial, clivável, granular, compacto ou maciço; em agregados fibrosos ou colunares. Os cristais são tabulares || {100} ou {001} a aciculares, prismáticos curtos a longos, de até 20 cm. As seções transversais são quase retangulares. Possui geminação comum [010] com plano de composição {100}. Propriedades físicas: cl perfeita {100}, boa {001}, {102}, dando fragmentos da clivagem paralelos ao eixo b, (100)^(001) = 84,5º; fr estilhaçada, concoidal a irregular; quebradiço; D = 4,5-5,5; dr = 2,80-3,09 g/cm3; fluorescente com cor laranja; dificilmente decomposta em HCl com separação de SiO2. Transparente a translúcido; incolor, branco, cinzento ou rosa claro, marrom, vermelho, amarelo, verde pálido; tr branco; br vítreo a sedoso quando fibroso, nacarado em superfícies de clivagem. Propriedades ópticas: Cor: incolor em seção delgada. Orientação: X ( c = 30º-44°, Y ( b = 0º-5°, Z ( a = 37º-50°. Extinção: paralela ou quase paralela nas seções longitudinais, obliqua nas seções transversais. Biaxial (-). ( = 1,616-1,640, ( = 1,628-1,650, ( = 1,631-1,653, ( = 0,0130-0,0150. 2V = 36º-60º. Dispersão: fraca, r > v.
diopsídio: Monoclínico, classe prismática (2/m). Normalmente aparece em cristais subeuédricos de hábito prismático curto; com seções transversais quase quadradas (as seções transversais apresentam quatro ou oito lados). Os cristais são prismáticos compridos a curtos, colunares a tabulares, de até 50 cm. Granular, colunar, lamelar ou maciço. Freqüentemente apresenta geminação simples ou de repetição (múltipla) sobre {100} ou {010}. Propriedades físicas: cl boa {110}, (110)^(110) ~87º, partição {100} e talvez em {010}; fr concoidal a irregular; quebradiço; D = 5,5-6,5; dr = 3,22-3,38 g/cm3. Transparente a opaco; branco, incolor, castanho, cinza-claro, verde pálido ou verde-escuro, mais raro azul; tr branco, cinza, cinza-verde; br vítreo a fosco. Propriedades ópticas: Cor: incolor em seção delgada, pode ser também cinza pálido a verde brilhante. Relevo: moderdado positivo, n > bálsamo. Orientação: Y = b, Z ( c = -38º em (010), Z ( a = -22º. Extinção: o ângulo máximo de extinção em seções paralelas ao eixo c varia de -37º a -44º. Nas seções transversais a extinção é simétrica as marcas de clivagem. Biaxial (+). ( = 1,664, ( = 1,672, ( = 1,694, ( = 0,0300. 2V = 59º. Dispersão: fraca a moderada, r > v.
idocrásio: Tetragonal, classe bipiramidal-ditetragonal (4/m 2/m 2/m) ou Monoclínico, classe prismática (2/m). Os cristais são normalmente prismáticos curtos ou longos, de até 15 cm, estriados verticalmente. As formas mais comuns são os prismas de primeira {110} e de segunda {100} ordens, bipirâmide de primeira ordem {111} e base {001}. Alguns cristais mostram desenvolvimento mais complexo, com outros prismas, bipirâmides e formas ditetragonais. Ocorre como agregados de cristais bem formados, colunares, estriados; também granular, maciço. Propriedades físicas: cl fraca {110}, muito fraca {100} e {001}; fr subconcoidal a irregular; quebradiço; D = 6-7; dr = 3,32-3,45 g/cm3; parcialmente decomposta em HCl, depois de calcinada é atacada pelos ácidos minerais; E.F. 3, funde com ebulição, formando um vidro esverdeado ou pardacento, no tubo fechado desprende água. Transparente a translúcido; amarelo, verde, castanho e mais raramente incolor a branco, azul, violeta, verde azulado, rosa, vermelho, preto, normalmente zonado; tr branco; brilho vítreo resinoso. Propriedades ópticas: Cor: incolor a amarelo, verde a marrom pálido em lâmina delgada. Pleocroismo: fraco, O = incolor a amarelado, E = amarelado, esverdeado, amarronzado. Extinção: paralela. Uniaxial (-) ou Uniaxial (+), exemplos biaxiais são comuns. ( = 1,700-1,746, ( = 1,703-1,752, ( = 0,0030-0,0060. Dispersão: forte.
almandina: Isométrico, classe hexaoctaédrica (4/m 3 2/m). Tipicamante forma cristais trapezoédricos ou dodecaedricos bem formados, de até 1 m. Também como grãos arredondados e maciço. Propriedades físicas: sem clivagem; partição {110}; fr subconchoidal; quebradiça; D = 7-7,5; dr = 4,25-4,318 g/cm3; solubilidade difícil em HF, E.F. 3. Transparente a translúcido; vermelha-escura, vermelho amarronzado, vermelho violeta, preta, pode ser zonada; tr branco; br vítreo a resinoso. Propriedades ópticas: Cor: incolor, rósea, amarela ou castanha, em seção delgada. Isotrópico, n = 1,830. Anômalemente Biaxial. Dispersão: fraca.
quartzo: Trigonal, classe trapezoédrica-trigonal (32). Os cristais são normalmente prismáticos, com as faces do prisma estriadas horizontalmente. Normalmente são terminados por uma combinação de romboedros (+) e (-), ás vezes com aspecto de bipirâmide hexagonal. Pode formar cristais alongados, com formas pontiagudas e afiladas; cristais torcidos ou curvos. Maciço e em agregados com granulação variada. Propriedades físicas: sem clivagem, pode apresentar clivagem muito ruim raramente observável, em {1011}, {0111}, {1010}, e partição romboédrica; fr conchoidal; quebradiço; D = 7, variável pela direção e forma; dr = 2,65 g/cm3, 2,59-2,63 g/cm3 quando maciço; insolúvel em ácidos, com exceção do HF; piezoelétrico e piroelétrico, pode ser triboluminescente. Transparente a quase opaco; incolor ou branco, pode ser também púrpura, preto, cinza, leitoso, amarelo, marrom, azul, etc, devido a composição química ou a inclusões; tr branco; br vítreo, graxo a fosco quando maciço. Propriedades ópticas: Cor: incolor em seção delgada. Mostra extinção paralela a face dos cristais. A seção basal permanece escura em todasas posições. Uniaxial (+). ( = 1,553, ( = 1,544, ( = 0,0090.
feldspato potássico: Triclínico, classe pinacoidal (1). Forma cristais prismáticos a tabulares, agregados granulares a maciços. Os cristais primáticos são alongados segundo [001] ou [100]. Pode exibir exssoluções de albita. O microclínio raramente ocorre sem geminação, por vezes apresenta a geminação da albita ou da periclina. Na maioria das vezes, apresenta ambas as geminações, gerando um quadriculado ou axadrezado bem conhecido e característico. Propriedades físicas: cl perfeitas {001} e {010}, com ângulo de interseção de ~90º, fr irregular; quebradiço; D = 6-6,5; dr = 2,54-2,63 g/cm3; insolúvel em ácidos. Transparente a translúcido; branco, cinza-claro, amarelo claro, vermelho ou verde, azul; tr branco; br vítreo, perolado nas superfícies de clivagem. Propriedades ópticas: Cor: incolor em seção delgada. Orientação: o ângulo de extinção em (001) = 15º-20º, e em (010) = 5º. Biaxial (-), raramente Biaxial (+). ( = 1,514-1,529, ( = 1,518-1,533, ( = 1,521-1,539, ( = 0,0070-0,0100. 2V = 66º-103º.
sodalita: Isométrico, classe hexatetraédrica (43m). Normalmente maciço ou granular encravado em outros grãos. Os cristais são tipicamente dodecaédricos de 10 cm. Possui geminação comum em {111}, formando prismas pseudo-hexagonais. Propriedades físicas: cl fraca {110}; fr conchoidal a irregular; quebradiço; D = 5,5-6; dr = 2,27-2,33 g/cm3; facilmente solúvel por HCl sem gelatinização; pode emitir um odor de H2S em fraturas; apresenta catodoluminescência vermelho-laranja brilhante e fluorescência sob LW e SW UV, com fosforescência amarelada. Transparente a translúcido; incolor, branco, rosa pálido, amarelado, amarelo cinzento, azul claro a azul escuro, verde, esverdeado, cinza, avermelhado; tr branco; br vítreo a gorduroso. Propriedades ópticas: Cor: incolor a cinza, rosa muito pálido ou azul em lâmina delgada. Isotrópico. n = 1,483-1,487.
heulandita: Monoclínico, classe prismática (2/m). Freqüentemente em massas foliadas ou de cristais em forma de ataúde, granulares a densas. Os cristais são prismáticos a tabulares (( {010}, alongados ou em forma de ataúde. Possui geminação sobre {100} e também como plano de contato. Propriedades físicas: cl perfeita {010}; fr subconchoidal a irregular; quebradiço; D = 3,5-4; dr = 2,1-2,2 g/cm3; facilmente decomposto por HCl sem gelatinização. Transparente a translúcido; incolor, branco, branco amarronzado, branco acinzentado, branco avermelhado, amarelado, rosado, vermelho, castanho; tr branco; br vítreo, nacarado em {010}. Propriedades ópticas: Cor: incolor em lâmina delgada. Orientação: Z = b, X ( a = 0º-34º, Y ( c = 0º-32º. Biaxial (+). ( = 1,491-1,505, ( = 1,493-1,503, ( = 1,500-1,512, ( = 0,0070-0,0090. 2V = 0º-55º. Dispersão: distinta, cruzada, r > v.
cancrinita: Hexagonal, classe piramidal-hexagonal (6). Normalmente maciço. Forma massas cristalinas granulares e maciças. Os cristais são prismáticos, raros, terminados por pirâmide, de até 2 cm. Possui geminação rara, lamelar. Propriedades físicas: cl {1010} perfeita, gerando um tênue aspecto de muscovita, fraca {0001}; fr conchoidal a irregular; quebradiço; D = 5-6; dr = 2,42-2,51 g/cm3; gelatiniza-se em ácidos, efervesce em HCl. Transparente a translúcido; incolor, branca, azul clara a azul acinzentada claro, amarelo, amarelo-mel, laranja, avermelhada, cinza; tr branco; br vítreo, nacarado ou gorduroso. Propriedades ópticas: Cor: incolor em lâmina delgada. Uniaxial (-) ou (+). ( = 1,495-1,503, ( = 1,507-1,528, ( = 0,0120-0,0250.
2) O diagrama abaixo mostra os campos de estabilidade dos minerais do grupo da sílica. (1,0)
	
	a) no diagrama o que correspondem os campos 1, 2, 3, 4, 5 e 6?
b) de as características que permitem diferenciar os polimorfos entre si.
1 = stishovita
2 = coesita
3 = quartzo alfa
4 = quartzo beta
5 = tridimita
6 = cristobalita
7 = fusão
Normalmente nas modificações polimórficas de alta pressão tem densidades mais altas que os polimorfos de baixa pressão, devido a um maior empacotamento na estrutura dos minerais de alta pressão. Modificações polimórficas de alta temperatura costumam ter densidades mais baixas que os polimorfos de baixa temperatura, devido à dilatação da estrutura a uma temperatura mais elevada, resultado de uma agitação térmica assimétrica dos átomos. Logo densidadade da stishovita > coesita > quartzo alfa > quartzo beta > tridimita ~ cristobalita.
Se o empacotamento é mais denso a tendência é que possua dureza maior (ligações mais fortes). Logo a dureza entre os polimorfos de alta pressão é maior.
Se o empacotamento é mais denso o tamanho da cela unitária é menor. A tendência é que os polimorfos de alta pressão possuem cela unitária menor.
3) Linnus C. Pauling (1901-1994) formulou em 1968 regras empíricas muito importantes deduzidas para a descrição cristaloquímica da estrutura dos cristais, sobretudo dos ligados ionicamente. Das cinco regras formuladas, quais são as três mais importantes? (1,0)
4) Em trabalhos de campo, em geral não é possível uso de técnicas de análise laboratorial. São necessárias via de regra, técnicas simples de identificação. Existe via de regra, um roteiro para a identificação dos minerais. Liste, de modo coerente, as observações e/ou características usadas para a identificação dos minerais durante os trabalhos de campo. Defina cada característica usada na descrição dos minerais. (1,0)
5) Uma amiga sua ganhou uma jóia constituída por uma “pedra lapidada”, transparente, de brilho vítreo e de cor verde. Segundo o vendedor a dureza desta pedra é maior que 7,5 e menor que 9. Cite pelo menos três minerais que podem corresponder a esta gema e como você os identificaria. Cite também as características químicas, físicas e ópticas que permitem identificá-los. (1,0)
6) Você mandou analisar uma lâmina de rocha granítica alcalina em um laboratório de microssonda eletrônica. Abaixo são mostrados os resultados das análises das principais fases minerais.
	
	(1)
	(2)
	(3)
	(4)
	(5)
	SiO2
	48,99
	36,25
	51,35
	63,68
	99,99
	TiO2
	0,77
	3,39
	1,1
	0,01
	0,0001
	Al2O3
	1,66
	13,90
	2,15
	19,57
	0,0008
	Fe2O3
	7,52
	6,80
	28,66
	0,29
	0,0000
	FeO
	26,56
	14,81
	2,24
	0,24
	
	MnO
	0,94
	0,49
	
	
	0,00002
	MgO
	0,45
	11,80
	0,1
	0,05
	
	CaO
	0,93
	0,00
	1,25
	0,4
	
	BaO
	
	
	
	0,34
	
	Na2O
	6,94
	0,10
	12,66
	1,56
	0,0004
	K2O
	3,67
	9,57
	0,15
	14,21
	0,0002
	Li2O
	
	0,03
	
	
	0,0005
	F
	0,21
	
	
	
	
	Cl
	
	0,06
	
	
	
	H2O+
	
	2,80
	0,12
	0,04
	
	H2O-
	
	
	0,17
	0,07
	
	H2O
	1,64
	
	
	
	
	-O=F2
	0,09
	
	
	
	
	Total
	100,19
	100
	99,95
	100,46
	99,997
Quais são os minerais analisados? Quais as características ópticas, físicas, etc que permitem diferenciá-los entre si?
8) Quais as formas, classe e sistema de simetria e a projeção ortogonal das projeções estereográficas mostradas abaixo.
�
9) Associe: (1,0)
	1) piromorfita
	12
	Normalmente maciço com textura foliar ou fibrosa. Os cristais são prismáticos a aciculares, alongados e estriados || [001]. É facilmente reconhecido pela dureza baixa, clivagem perfeita, hábito de tendência tabular, cor e gênese (normalmente é encontrado em veios hidrotermais em depósitos de baixa a alta temperautura). É fonte de bismuto.
	2) lawsonita
	14
	Normalmente granular, maciço. Os cristais são raros, piramidais ou pseudo-hexagonais, também tabulares espessos. Mineral de origem sedimentar. É um dos últimos produtos da evaporação de soluções salinas; também de origem supergêna como produto de uma reação de sais mais antigos com soluções ricas em potássio. Normalmente contém bromo e vestígios de rubídio, que são beneficiáveis.
	3) apofilita
	16
	Normalmente estalactítico, em crostas reniformes e/ou em veios tipo cross-vein. Maciço, granular. Os cristais são prismáticos curtos a tabulares espessos, de até 2 cm. Caracteriza-sepor sua cor azul, sabor metálico e nauseante; solubilidade em água (ao dissolver-se dá cor azul a disolução).
	4) pirofilita
	18
	Os cristais são usualmente quadrados, de hábito tabular achatados em [001], com base bem desenvolvida, chegando a formar cristais bastante delgados; podem ser alongados. É reconhecido pela sua cor laranja a amarela, brilho intenso, hábito tabular e associação com outros minerais de Pb. É fonte de menor importância de Mo e também de Pb.
	5) petalita
	20
	Normalmente ocorre em drusas em cavidades. Granular, maciço. Os cristais são delgados com arestas cortantes; tipicamente achatados, com forma de cabeça de machado, de até 20 cm. É semelhnate a titanita.
	6) escapolita
	19
	Os cristais são prismáticos curtos ou tabulares, muitas vezes com desenvolvimento complexo, de até 12 cm. Botroídal ou globular. Criptocristalino granular, compacto e maciço, assemehando-se à porcelana. Mineral secundário encontrado em rochas máficas ígneas; ocorre em geodos ou tufos; em skarns; em serpentinitos e hornblenda xistos. Também em fendas e cavidades de basaltos e diabásios. Cristais bem formados e de boa qualidade são usados como gema, pode constituir mineral de minério de boro.
	7) analcima
	17
	Aparentemente amorfo. Maciço, botrioidal, reniforme, estalactítico e como incrustações e grãos disseminados. Raramente forma cristais prismáticos. Mineral secundário, encontrado em pequenos veios de rochas vulcânicas parcialmente decompostas por processos hidrotermais (baixa temperatura). É usado como pedra preciosa e de adorno.
	8) cabazita
	15
	Constituí massas normalmente cliváveis, nodulares e compactas. Também granular, maciço. Os cristais são equidimensionais a prismáticos curtos; pseudo-romboédricos ou psedo-octaédricos. É um constituinte comum em depósitos de boratos formados em ambientes lacustrinos alcalinos em clima árido, deficientes em sódio e carbonato, tipicamente sob condições brandas. É usado para a obtenção do ácido bórico.
	9) gelo
	13
	Os cristais são tetraédricos, às vezes como grupos paralelos de cristais. As formas comuns são o tetraédro, o tritetraedro, o dodecaedro e o cubo. Forma agregados granulares ou maciço, granular, compacto. É um mineral de minério de Ag e Cu e também de Sb.
	10) anatásio
	2
	Granular, maciço. Forma cristais tabulares ou prismáticos. Em seção delgada os cristais normalmente são euédricos de hábito variado, normalmente com seções rômbicas (110(110 = 67º) ou retangulares. Está limitada a uma paragênese de baixa temperatura e alta pressão, sendo comum nos xistos azuis (glaucofânio xisto). Forma-se também sobre plagioclásios durante a saussaritização em gabros e diabásios; raramente em eclogitos.
	11) pentlandita
	4
	Normalmente forma agregados folheados e lamelares, radiais e aciculares, esferulíticos. Maciço, compacto. É caracterizado pela dureza baixa, untuosidade e associação com minerais aluminosos (como cianita e andaluzita) e quartzo e o processo geológico de formação (hidrotermalismo e/ou metamorfismo de baixo grau).
	12) bismutinita
	6
	Forma agregados granulares. Os cristais são geralmente grossos ou com aparência fibrosa indistinta. As seções transversais são quadradas. As espécies ricas em Na são quase insolúveis em HCl e as ricas em Ca decompõem-se em HCl, sem formar geléia. Caracteriza-se por seus cristais com seção quadrada e quatro direções de clivagem a 45o, aparência fibrosa e caráter Uniaxial (-). É de origem metamórfica e metassomática (numa extensa gama de rochas que sofreram metamorfismo regional e/ou metassomatismo).
	13) tetraedrita
	8
	Granular, maciço. Forma agregados granulares a densos. Os cristais são pseudo-romboédricos, romboédricos que se assemelham a cubos. Podem ser tabulares e com formas complexas devido à geminação. Ocorre em cavidades de rochas vulcânicas (basaltos, andesitos), muitas vezes com phillipsita. Raramente em calcários, em fraturas em xistos e mármores juntamente com estilbita e laumontita. É abundante em depósitos recentes de certas fontes termais; também em camadas de depósitos de lago (camadas de tufo), produto de alteração de vidro vulcânico.
	14) carnallita
	10
	Normalmente forma cristais bipiramidais, freqüentemente altamente modificados; piramidais ou tabulares; menos comum prismáticos. Ás vezes ocorre como cristais bipiramidais de aspecto octaédrico (octaedrita). É facilmente reconhecido pela forma bipiramidal (pseudo-octaédrica). Pode ser usado como gema ou fonte de titânio.
	15) colemanita
	11
	Maciço, normalmente em agregados granulares. As vezes em cristais grandes de até 10 cm; também incluso e misturado com outros sulfetos. É semelhante à pirrotita na aparência, distinguindo-se pela partição octaédrica e pela falta de magnetismo. É importante mineral de minério de Ni.
	16) calcantita
	9
	Mineral hexagonal (6/m 2/m 2/m). Ocorre em cristais incolores ou brancos, às vezes em tons esverdeados a azulados. Estalactítico, maciço, granular e em crostas ou placas. Os cristais são prismáticos hexagonais, estrelados, esqueletais, achatados em [0001]. Sem clivagem, com fratura concoidal, quebradiço, D = 1,5. Transparente a translúcido; incolor, branco e azul quando contém inclusões; tr branco; br vítreo.
	17) turquesa
	7
	Ocorre sob a forma de cristais icositetraédricos ou trapezoédricos, de até 25 cm, bem formados. Forma massas compactas, às vezes, com complexa geminação. Forma também agregados granulares e densos, compactos, maciços, normalmente exibindo estrutura concentrica. Quando primária pode ser confundida com leucita, que apresenta índice de refração ligeiramente superior. Difere da sodalita pela ausência de cor e divisibilidade. Mineral encontrado em vesículas de rochas ígneas intermediárias e máficas (tipicamente basaltos e fonolitos), formada através de soluções hidrotermais tardias ou disseminada devido à alteração.
	18) wulfenita
	5
	Normalmente maciço, clivável. Forma cristais tabulares segundo {010} ou prismáticos, podendo ser alongados segundo o eixo a. Algumas faces podem ser estriadas. É semelhante ao espodumênio na aparência. É usado em vidros, cerâmica e para a extração de lítio
	19) datolita
	3
	Usualmente, ocorre formando cristais que podem assemelhar-se a uma combinação de cubo e octaedro, mas mostram serem tetragonais pela diferença no brilho entre as faces do prisma e do pinacóide basal. Freqüentemente com faces curvas. Caracreriza-se pela clivagem perfeita {001} originando superfícies com brilho nacarado; hábito tetragonal e cores de interferência anômalas. Mineral que cristaliza na fase final da cristalização magmática e também forma-se por hidrotermalismo sendo encontrado em cavidades de rochas magmáticas (amígdalas ou drusas em basaltos).
	20) axinita
	1
	Normalmente forma massas globulares com estrutura radial, reniformes, agregados aciculares e terrosos. Granular e maciço. Caracteriza-se por sua forma cristalina, seu hábito, sua densidade elevada e associação com alteração de sulfetos de Pb. Caracteriza-se pelas propriedades ópticas (relevo extremamente alto positivo e birrefringência moderada). Mineral de origem secundária resultante da alteração de minerais de Pb, na zona de oxidação; raramente como produto de sublimação vulcânica. Raramente altera-se para cerussita ou mesmo galena.

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