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Fichamento da página 21 à página 44 do livro “Introdução Às Relações Internacionais” de Robert Jackson e Georg Sorensen

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Fichamento da página 21 à página 44 do livro “Introdução Às Relações Internacionais” de Robert Jackson e Georg Sorensen
É importante estudar RI (Relações Internacionais) - cujo estudo, desde o início da Era Moderna na Europa, é focado em organizar politicamente as regiões povoadas do mundo -, principalmente, porque a população mundial está dividida em comunidades políticas territoriais distintas, Estados independentes que influenciam no modo de vida das pessoas. E a RI tem por função a interação entre estes Estados.
Legalmente, os Estados são independentes uns dos outros, mas por conta de mercados internacionais, alianças políticas entre outros, estes estão sempre unidos a mais de um Estado. Quando um país se isola, ou é excluído do sistema estatal (relações entre agrupamentos humanos organizados politicamente, que ocupam territórios distintos, não estão subordinados a nenhum poder ou autoridade superior e desfrutam e exercem um certo grau de independência com relação aos outros (pg.21), geralmente, a população sofre com estas ações.
Há, no mínimo, cinco valores sociais básicos que os Estados supostamente devem defender: segurança, liberdade, ordem, justiça e bem-estar (pg.22). Além do Estado, algumas organizações sociais como família, clãs, etc podem assumir tal responsabilidade. Mas no Estado moderno, quem geralmente garante esses direitos é o próprio Estado.
Geralmente, nós só percebemos a necessidade de coisas como segurança quando estamos sendo ameaçados. Após a primeira guerra mundial, todos se sentiram inseguros e com necessidade de proteção. Sendo assim, foi criada a “liga das nações” após a primeira grande guerra – onde o enfoque era impedir a guerra entre grandes potências. A segunda guerra mundial enfatizou o perigo das guerras entre grandes poderes e também revelou a importância de impedir as potencias de saírem do controle. Não somente em relação à evitar guerras que devemos no preocupar, mas também à crises econômicas.
História do sistema de Estados
A primeira demonstração histórica relativamente clara de um sistema estatal é conhecida como “Hélade” – Grécia Antiga (500 a.C. – 100 a.C.) – abrangia grande número de cidades-Estado, como Atenas, Esparta e Corinto, onde juntas formavam um tipo de sistema estatal, contendo uma linguagem e uma religião comum. Mas, esse “sistema estatal grego” foi destruído pelo Império Romano (200 a.C. – 500 d.C.), que também ruiu. Vindo em seguida, o Império Católico Medieval (Roma) e o Império Bizantino Ortodoxo (Constantinopla; atual Istambul). Sendo assim, de 500 à 1500 o mundo cristão medieval europeu foi dividido geograficamente em dois impérios político-religiosos. Porém estava mais parecido à um império, do que um sistema estatal como vemos hoje em dia. Basicamente, esse império era comandado pelo papa e pelo imperador.
Sabe-se também que a Era Medieval foi marcada pela desordem, tumulto, conflito e violência, cuja origem, acredita-se, é a falta de linhas claras de controle e organização política territorial. (Pg. 34) Temos guerras entre civilizações religiosas, como no caso das cruzadas cristãs contra o mundo islâmico (1096 – 1291) e temos também guerras entre reinados, como na guerra dos cem anos, que aconteceu entre a Inglaterra e a França (1337 – 1453). Porém o conflito mais frequente era dentro do próprio império; era a guerra feudal, que ocorria entre grupos rivais de cavalheiros, cujos líderes apresentavam alguma desavença, sendo essa, geralmente, relativas a defender a fé, resolver conflitos sobre herança, punir criminosos ou cobrar impostos, entre outras.
Voltando aos conceitos de Estados, nos tempos medievais, a segurança, por exemplo, era provida pelos governantes locais e pelos cavaleiros do castelo. A liberdade não era um direito do indivíduo ou da nação; mas dos governantes feudais e de seus seguidores e clientes (pg. 35). A ordem era responsabilidade do imperador, mas esse com sua imposição limitada, resultava em conflitos constantes. A justiça se dava por conta dos governantes políticos e líderes religiosos, mas era algo desigual, sendo assim, a população menos favorecida acabava fazendo justiça com suas próprias mãos.
O bem-estar era associado à segurança e tinha por base laços feudais entre governantes locais e pessoas comuns, que recebiam proteção em troca de uma parte do trabalho, da colheita e de outros recursos e produtos derivados da economia camponesa local. (Pg. 36)
Basicamente, a mudança política do período medieval para o moderno é a transformação, que consolidou a provisão desses valores dentro da estrutura única dentro uma organização social independente e unificada – o Estado soberano. (pg. 36) A mudança para o Estado moderno envolveu a construção do Estado territorial independente, onde haviam muitas disputas por territórios.
Um dos principais efeitos de ascensão do Estado moderno foi o monopólio sobre os meios de operação militar. O rei estabeleceu uma ordem interna, e logo após se tornou o único centro de poder dentro do país. Classes como cavaleiros e barões, que antes controlavam seus próprios exército, passaram a obedecer ao rei. A população era definida como súditos, e mais tarde passariam a ser conhecidos como cidadãos.
Desde a metade do século XVII, os Estados eram considerados os únicos sistemas políticos legítimos europeus. Esses Estados consistiam de Estados contíguos, cuja legitimidade e independência foi reconhecida, porém este reconhecimento não ia além do sistema estatal europeu. Os Estados europeus estavam sujeitas ao direito internacional e às práticas diplomáticas, ou seja, era esperado que os países cumprissem regras, como em um jogo. E também, havia uma balança de poder, onde o objetivo era impedir os Estados de se rebelarem e de competir pela hegemonia que possivelmente restabeleceria um novo império. Mas, mesmo assim, várias potencias tentaram impor sua hegemonia política sobre o continente. Uma de suas mais recentes foi na segunda guerra mundial, quando Hitler tentou estabelecer seu império, mas não obteve sucesso.
O Sistema estatal global e a economia mundial
Enquanto a Europa resistia ao império, para continuar com seu sistema estatal moderno, os Estados ocidentais conseguiram controlar a maior parte do resto do mundo, tanto politicamente, quanto economicamente.
O controle das organizações políticas externas pelos Estados europeus só terminou na metade do século XX, quando os últimos povos não-europeus finalmente se livraram do colonialismo ocidental e adquiriram independência política. (Pg. 40)
A expansão do império ocidental tornou possível, pela primeira vez, a formação e o funcionamento de uma economia e de uma política globais. Em torno de 1500 aconteceu a ampliação do comércio entre o mundo ocidental e o não-ocidental.
Os países europeus, através de barcos, ampliaram seu poder além da Europa. Aos poucos, os continentes americanos foram sendo atraídos para o sistema de comércio internacional, por conta da extração de prata e de outros metais preciosos, do comércio de peles e da produção de bens agrícolas. No final do século XVIII, o império russo, com base no comércio de peles, se ampliava também. Espanha, Portugal, Holanda, Japão, China e entre outros países, também se expandiam.
Sobre o sistema estatal durante a era do imperialismo político e econômico europeu: Os Estados Europeus fizeram acordos convenientes com sistemas políticos europeus, em seguida, os Estados europeus, onde puderam, conquistaram e colonizaram os sistemas políticos não-ocidentais e os subordinaram aos seus impérios. Os impérios conquistados, se tornaram uma fonte básica de riqueza e de poder dos Estados Europeus, o que explica o seu desenvolvimento. No século XVIII, com o sucesso da revolução americana contra o império britânico, desencadeou a transição de um sistema estatal europeu para um sistema estatal ocidental.
O primeiro estágio da globalização do sistema estatal aconteceu via incorporação de países não ocidentais, que não estavam sujeitos ao controle político de um Estado ocidentalimperial. Mesmo escapando da colonização, estes Estados eram obrigados a aceitar as regras do sistema estatal ocidental. (pg. 42)
O segundo estágio da globalização do sistema estatal foi provocado pelo movimento anticolonialista das colônias ligadas aos impérios ocidentais. Nessa luta, líderes políticos nativos reivindicaram a descolonização e a independência com base nas idéias de autodeterminação européias e norte-americanas. (pg. 43)
Em 1945, a ONU possuía 50 países. Já em 1970, sobe para 160 integrantes. Em 1945, cerca de 70% da população mundial era formada por cidadãos ou súditos de Estados independentes. No final da guerra fria, a dissolução da União Soviética e a fragmentação da Iugoslávia e da Tchecoslováquia, marcou o estágio final da globalização do sistema estatal. Com isso, o número de Estados membros da ONU chegou a ser quase de 200 membros, no final do século XX. Em 1995, este cálculo era quase de 100%.
Atualmente, o sistema é uma instituição global que afeta a vida de quase todos na Terra. Com isso, Ri acaba sendo, mais do que nunca, uma disciplina acadêmica universal e necessária.

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