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HISTORIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

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O índio era alvo da disputa entre os jesuítas, que queriam convertê-lo ao cristianismo, e os colonos, que o escravizavam para a execução de trabalhos forçados. Tanto os jesuítas quanto os caçadores de escravos penetraram pelo interior da colônia portuguesa para “capturá-lo”. 
Tendo em vista a dificuldade que os jesuítas encontravam para realizar a sua obra evangelizadora nas tribos indígenas, eles acabaram por criar as chamadas missões. 
 
 
 
 O poder ideológico
Se dá através da educação nos colégios e nas missões, e da moral católica disseminada por toda a sociedade colonial. A Companhia de Jesus determinava o que era certo e errado em termos de comportamento e costumes. À Igreja Católica interessava formar o “homem de fé”, enquanto que para Portugal, em pleno período iluminista, já não interessava mais este tipo de educação. Após a expulsão dos jesuítas, foram destruídos muitos livros e manuscritos pertencentes àquela ordem religiosa.
 
 Bonaparte havia tomado o poder na França em 1799 e tinha como um dos objetivos, na sua escalada militar, tornar o seu país o maior Império que o mundo já tinha conhecido. Sob os símbolos da bandeira tricolor francesa, o hino revolucionário da “marselhesa” e o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” o exército napoleônico praticamente não possuía um adversário à altura que o impedisse de avançar, invadir, derrotar e dominar aqueles países que se colocavam à frente de seus planos. Como parte da sua estratégia de enfraquecer a economia inglesa, Napoleão Bonaparte decretou o chamado Bloqueio Continental, que proibia os países do continente europeu de comercializarem com a Inglaterra. Assim, sem o seu principal mercado consumidor, a Inglaterra reduziria os seus lucros, abrindo espaço para a nascente manufatura francesa. 
Para aqueles países que desobedecessem ao Bloqueio Continental, Napoleão ameaçava com a invasão de seu exército e a destituição da dinastia absolutista até então no poder. 
Portugal e Espanha, dois tradicionais aliados comerciais 
da Inglaterra, se recusam a aderir ao bloqueio imposto 
por Napoleão e, em resposta, o imperador francês cumpre 
a promessa, invadindo a Península Ibérica e depondo 
as monarquias absolutistas que ali governavam.
 Criação de uma biblioteca 
Com os quase 60 mil volumes trazidos nos navios que trouxeram a Família Real e a Corte Portuguesa para o Brasil. Aquela biblioteca daria origem à futura Biblioteca Nacional, localizada no Rio de Janeiro, hoje uma das maiores bibliotecas do mundo.    
Criação do Jardim Botânico (1810)
Com a sua extensa variedade de exemplares da flora tropical atraiu uma série de pesquisadores e estudiosos estrangeiros interessados no estudo da botânica.
A Missão Cultural Francesa (1816)
Teve como principal destaque o artista Jean Baptiste Debret, que através das suas telas retratou modos e costumes da vida urbana da cidade do Rio de Janeiro.
Criação do Museu Real (1818)
Mais tarde daria origem ao Museu Nacional.
 De acordo com Maria de Lourdes de Albuquerque de Fávaro: “Estas escolas tiveram duas características marcantes: primeiramente, apresentavam um nítido caráter profissionalizante, e, em segundo lugar, foram criadas e organizadas como um serviço público, mantido e controlado pelo Governo, visando à preparação de pessoal para desempenhar diferentes funções na Corte. Daí ter-se tornado quase lugar comum a afirmativa que as primeiras escolas superiores brasileiras nasceram e se estruturaram com um caráter nitidamente prático e imediatista”.
Bahia
1808 - Curso de Cirurgia
1808 - Curso de Economia
1812 - Curso de Agricultura, com estudos de Botânica 
e o Jardim Botânico
1817 - Curso de Química, abrangendo Química Industrial, Geologia e Mineralogia.
1818 - Curso de Desenho Industrial
Rio de Janeiro
1808 - Academia Real de Marinha Curso de Cirurgia e Anatomia
1810 - Academia Real Militar 
1812 - Laboratório de Química
1814 - Curso de Agricultura 
1816 - Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, transformada em 1820 na Real Academia de Pintura, Escultura e Arquitetura Civil.
 
 
 
 Chama atenção a exigência feita aos professores pouco qualificados para o exercício do magistério, ou seja, que eles deveriam complementar a sua formação arcando com as suas próprias despesas. 
Neste ponto, o estado simplesmente se isenta de investir e direcionar a capacitação dos profissionais de ensino. Não podemos esquecer que predominavam no país os professores régios, os mestre-escola, decorrentes da reforma pombalina do século XVIII.
 O ensino secundário ficou caracterizado no Brasil Império como propedêutico, ou seja, o ensino cujo principal objetivo era preparar os jovens para obterem uma vaga no nível de ensino seguinte, possuindo pouco compromisso com uma educação de caráter prático e geral, voltada para conhecimentos mais próximos da realidade social do país. 
 Interessante destacar que ao longo de quase cinquenta anos de existência, as escolas normais eram espaços frequentados quase que exclusivamente por homens. Hoje, quando percebemos que o magistério, no primeiro segmento do ensino fundamental, é essencialmente uma profissão feminina, uma questão surge à mente: como e por que se deu a feminização do magistério?

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