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Direitos de personalidade

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Questão 1: Quais são as espécies de Direitos da Personalidade? Quais suas principais características?
As espécies de Direito de personalidades consistem na autonomia da vontade, na alteridade e na dignidade de um indivíduo, como por exemplo no direito à imagem, direito à privacidade e direito ao próprio corpo, objetivando apurar a margem de liberdade do particular na realização de negócios jurídicos que tenham por objeto tais direitos, ou seja, até onde o ser humano pode dispor dos direitos de personalidade, e em que circunstâncias ou, ao contrário, até onde tais direitos são indisponíveis. 
	O próprio artigo 11 do Código Civil traz os caracteres inerentes à personalidade, ao prever: “Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”. 
Tem-se, diante da leitura do artigo retro, três características: intransmissibilidade, irrenunciabilidade e indisponibilidade.
a) inatos ou originários, uma vez que são adquiridos assim que a pessoa nasce, independentemente de sua vontade; 
b) vitalícios, perenes ou perpétuos, tendo em vista que duram por toda a vida; 
c) absolutos, “no sentido de que podem ser opostos Erga Omnes”.
Além disso, os direitos da personalidade são imprescritíveis, isto é, não se perdem pelo decurso do prazo, não prescrevem, pois, como direitos personalíssimos que são, sempre serão exercíveis e exercidos. 
A autonomia da vontade é o respeito à autonomia moral de que deve gozar toda pessoa humana. A alteridade representa o reconhecimento do ser humano como entidade única e diferenciada de seus pares, que só ganha forma com a existência do outro. A dignidade é uma qualidade derivada, ou seja, pode existir somente se o ser humano for autônomo em suas vontades e se lhe for reconhecida alteridade perante a comunidade em que vive.
Questão 2: Quais são os principais aspectos do nome? Qual a natureza jurídica do nome?
O nome civil afigura-se como o principal elemento identificador dos indivíduos no meio social, Trata-se de um símbolo da personalidade do indivíduo, capaz de particularizá-lo no contexto da vida social e produzir reflexos na ordem jurídica. Com relevante importância não só para os cidadãos, em suas relações Inter particulares, mas também para o Estado, que possui a necessidade de particularizar os indivíduos na sociedade. 
O nome integra a personalidade por ser o sinal exterior pelo qual se designa, se individualiza e se reconhece a pessoa no seio da família e da sociedade: daí ser inalienável, imprescritível e protegido juridicamente.
A teoria mais aceita e que melhor define a natureza jurídica do nome é aquela que o considera como um direito da personalidade. Seguindo o entendimento de renomados autores, o nome é uma marca do indivíduo, que o identifica dentro da sociedade e da própria família, capaz de ser tutelado erga omnes. A lei brasileira assegura o direito ao nome bem como seu registro, a fim de particularizar a pessoa no mundo jurídico. O nome é direito da personalidade e como tal protegido, pois individualiza a pessoa, distinguindo-as de outras, devendo de preferência incluir o sobrenome da mãe e do pai.
Como regra, o nome civil das pessoas naturais é definitivo, devendo o mesmo ser mantido por toda a vida; contudo, a Lei dos Registros Públicos permite, em algumas situações, a sua alteração, seja para adequá-lo à situação fática do indivíduo, seja para a correção de erros de grafia ou, ainda, em face de situações especiais, tais como, por exemplo, a troca de nome de vitimas e testemunhas para a segurança das mesmas.
Questão 3: O advogado "A", que reside permanentemente na cidade de Campinas, mas mantém escritórios, onde exerce sua profissão, nas cidades de São Paulo e Guarulhos. Nas relações concernentes à profissão, pode ser considerado o domicílio do advogado "A", qual (is) município (s)? Por quê?
Considera-se como domicílio o local certo, no qual a pessoa possa ser localizada, principalmente para fins processuais, em que a pessoa possa ser encontrada para responder, cumprir uma obrigação, atuar como testemunha, dentre outras finalidades necessárias ao andamento de um processo. Enfim, o domicílio é o local onde a pessoa reside com ânimo de ali permanecer, elegendo aquele local, com o ânimo definitivo, conforme estipula o art. 70, do Código Civil.
Em relação ao trabalho podem ser considerados como domicílios do advogado ambos escritórios localizados em São Paulo e Guarulhos, pois o dispositivo legal prevê que se a pessoa exercitar profissões em lugares diversos (Pluralidade domiciliar), cada um deles constituirá domicílio para as suas relações correspondentes. (Artigo 72º Código Civil)
Questão 4: Descreva sobre as teorias da natureza jurídica das pessoas jurídicas.
Pessoa jurídica é o sujeito de direito personificado não-humano. É também chamada de pessoa moral. Como sujeito de direito, tem aptidão para titularizar direitos e obrigações. Por ser personificada, está autorizada a praticar os atos em geral da vida civil – comprar, vender, tomar emprestado, dar em locação etc. -, independentemente de específicas autorizações da lei. Finalmente, como entidade não humana, está excluída da prática dos atos para os quais o atributo da humanidade é pressuposto, como casar, adotar, doar órgãos e outros. Surge a pessoa jurídica, diante da vontade de um ou mais indivíduos, de se criar um ente distinto da pessoa se seus membros para a realização de um determinado fim, vale dizer que esses entes vão possuir vida e patrimônios próprios e o Direito os reconhece como sujeito de direitos e deveres.
Teorias que explicam a Natureza Jurídica das Pessoas Jurídicas:
Pela teoria da ficção, defendida pelo jurista Savigny, a personalidade da pessoa jurídica é uma criação artificial, pois um ente desprovido de vontade não poderia possuir a personalidade, que seria própria dos indivíduos que possuem vontades. Assim, a pessoa jurídica possuiria personalidade por uma ficção jurídica. A pessoa jurídica é, assim, criação artificial da lei para exercer direitos patrimoniais; é pessoa puramente pensada, mas não realmente existente. Só por meio de abstrações se obtém essa personalidade.
As críticas a essa teoria se concentram no fato de que os incapazes, absoluta ou relativamente, possuem personalidade, mesmo sem a vontade, aspecto que torna a teoria insuficiente.
Já a teoria realista tem como um de seus defensores Otto Gierke, um jurista germânico. A teoria afirma que, embora a pessoa jurídica forme um ente distinto da pessoa dos membros que a compõem, existe uma unidade. Assim, a vontade da pessoa jurídica é própria, mas decorre da vontade de seus membros. Dessa forma, acreditam os realistas que a pessoa jurídica existe numa realidade objetiva pois apresenta inúmeros traços que a assemelham às próprias pessoas físicas.