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Unidade III LITERATURA BRASILEIRA POESIA Profa. Ana Lúcia Machado Literatura dessacralizadora Corresponde à desmontagem do sistema vigente. Essa literatura leva à emergência de uma consciência crítica e a inclusão sistemática de temas e processos retirados da cultura popular oral. Os poetas modernistas tentaram captar o discurso do excluído, escutar as vozes até então mantidas marginalizadas. O ano de 1922 é tido como marco de início do nosso Modernismo e nele se comemorou o centenário de nossa independência política. “Canto de regresso à pátria”, de Oswald de Andrade Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que veja a Rua 15 ANDRADE, Oswald. In: GALVÃO, W. N. Modernismo. São Paulo: Global, 2008, p. 118. “Canto de regresso à pátria”, de Oswald de Andrade Paródia; tomada de consciência crítica à terra natal. A identidade nacional não está apenas no indianismo, ou seja, na busca da figura idealizada do primeiro povo americano. “Minha terra tem palmares / onde gorjeia o mar”. O Brasil passou a ser constituído também por outro grupo social: os africanos, que chegaram às terras brasileiras, por mar, na condição de escravos. Na luta contra a escravidão, formaram local de fuga e proteção: os palmares. Literatura dessacralizadora A poesia apresenta uma revolução literária: novas ideias e novas temáticas; fuga das fórmulas e dos preconceitos estabelecidos; ruptura do tradicional; destruição do espírito conservador; atualização de uma consciência criadora. “Na rua do sabão”, de Manuel Bandeira Cai, cai balão Cai, cai balão Na Rua do Sabão! O que custou arranjar aquele balãozinho de papel! Quem fez foi o filho da lavadeira. Um que trabalha na composição do jornal e tosse muito. Comprou o papel de seda, cortou-o com amor, compôs os gomos [oblongos... Depois ajustou o morrão de pez ao bocal de arame. Ei-lo agora que sobe – pequena coisa tocante na escuridão do céu. (continua) “Na rua do sabão”, de Manuel Bandeira Levou tempo para criar fôlego. Bambeava, tremia todo e mudava de cor. A molecada da Rua do Sabão Gritava com maldade: Cai cai balão! Sùbitamente, porém, entesou, enfunou-se e arrancou das mãos que o tenteavam. E foi subindo... para longe... serenamente... Como se o enchesse o soprinho tísico do José. Cai cai balão! (continua) “Na rua do sabão”, de Manuel Bandeira A molecada salteou-o com atiradeiras assobios apupos pedradas. Cai cai balão! Um senhor advertiu que os balões são proibidos pelas posturas municipais. Ele foi subindo... muito serenamente... para muito longe... Não caiu na Rua do Sabão. Caiu muito longe... Caiu no mar – nas águas puras do mar alto. BANDEIRA, Manuel. Bandeira a vida inteira. RJ: Alumbramento, 1986, p. 70. “Na rua do sabão”, de Manuel Bandeira Inclusão da cultura popular: cantiga junina, anunciando assim, de chofre, um motivo popular: “Cai cai balão / Cai cai balão / Na Rua do Sabão!”; predominam no poema os versos brancos, mas se há na abertura uma rima simples e ingênua, é própria de cantigas populares e folclóricas; a canção popular também remonta ao discurso oral, presente nas sociedades mais pobres. Interatividade Sobre literatura brasileira: I. o Romantismo deu à literatura o caráter de literatura nacional, agindo como força sacralizante ao recuperar e solidificar seus mitos fundadores; II. o Modernismo procurou refletir sobre a formação identitária do brasileiro em um processo em permanente movimento de construção / desconstrução; III. na procura do discurso do excluído, o Modernismo caracterizou-se pela dessacralização. Está correta / estão corretas: a) I. b) II. c) I e III. d) I, II e III. e) III. Literatura dessacralizadora Cobra Norato, de Raul Bopp, é o lugar das formas multifacetadas do imaginário oral e popular brasileiro. Esse poema épico, de 1931, é constituído de 33 cantos breves e evoca mitos amazônicos. Fonte: <livrariacultura.com.br> Cobra Norato (1931), de Raul Bopp O núcleo temático é o mito das cobras, o qual procede da Amazônia e parece ter intersecção com o mito da Teiniaguá, a enorme serpente que se escondia nos subterrâneos da igreja de São Miguel. Há, portanto, níveis de hibridação cultural no poema ao subverter ao mesmo tempo a interpretação mítico-popular e a interpretação da Igreja Católica para a lenda da Cobra Grande. Cobra Norato (1931), de Raul Bopp I Um dia eu hei de morar nas terras do Sem-fim Vou andando caminhando caminhando Me misturo no ventre do mato mordendo raízes Depois faço puçanga de flor de tajá de lagoa e mando chamar a Cobra Norato [...] Brinco então de amarrar uma fita no pescoço e estrangulo a Cobra. (continua) Cobra Norato (1931), de Raul Bopp Agora sim me enfio nessa pele de seda elástica e saio a correr mundo Vou visitar a rainha Luzia Quero me casar com sua filha – Então você tem que apagar os olhos primeiro O sono escorregou nas pálpebras pesadas BOPP, Raul. Cobra Norato. 28ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009, p. 3. Cobra Norato (1931), de Raul Bopp Por ser um poema épico, embora com muito lirismo, há necessidade de: um herói – Cobra Norato; um objeto de busca – a filha da rainha Luzia; um opositor – a Cobra Grande; personagens que auxiliem o herói a realizar seu objetivo – o tatu-de-bunda-seca. A viagem de cobra Norato é para decifrar a “floresta cifrada”. Cobra Norato (1931), de Raul Bopp Raul Bopp superpõe: referenciais míticos, poéticos e mágicos (dos contos infantis); falares brasileiros, como o erudito e o popular, misturando vocábulos africanos e indígenas; o ritual antropofágico da devoração cultural e, especialmente, o congraçamento heterogêneo da festa de casamento, da identidade nacional. Cobra Norato (1931), de Raul Bopp XI Acordo A lua nasceu com olheiras O silêncio dói dentro do mato Abriram-se as estrelas As águas grandes se encolheram com sono A noite cansada parou Ai compadre! Tenho vontade de ouvir uma música mole que se estire por dentro do sangue; música com gosto de lua e do corpo da filha da rainha Luzia (continua) Cobra Norato (1931), de Raul Bopp que me faça ouvir de novo a conversa dos rios que trazem queixas do caminho e vozes que vêm de longe surradas de ai ai ai Atravessei o Treme-treme Passei na casa do Minhocão Deixei minha sombra para o Bicho-do-Fundo Só por causa da filha da rainha Luzia BOPP, Raul. Cobra Norato. 28ª ed. RJ: José Olympio, 2009, p. 17. Cobra Norato (1931), de Raul Bopp Raul Bopp evoca o mundo mítico e também o tecnológico, buscando integração do rural e do urbano. Essa busca pode ser verificada em expressões como: “escola das árvores”, “ouvem-se apitos um bate-que-bate”, “riozinho vai pra escola / está estudando geografia”, “uma árvore telegrafou para outra”. As expressões não formam ideias binárias, como mundoarcaico / progresso, floresta / cidade, mas constituem uma tentativa de síntese para o mundo sem hierarquia, seres mitológicos. Interatividade Sobre Cobra Norato, de Raul Bopp: a) é obra romântica e trata dos mitos fundadores. b) busca o tema nas raízes folclóricas do país. c) traz uma visão cientificista do homem. d) faz parte da literatura regional. e) segue a estrutura tradicional de epopeia, ao moldes de Os Lusíadas, de Camões. A poesia e sua relação com o sagrado Até o final do século XIX, a relação entre a literatura (a arte, de forma geral) e a religião baseava-se no modelo confrontativo: acreditava-se que a arte era incompatível com o rigor e a clareza da doutrina. Depois, a arte passou a ser vista com base em valores heurísticos, cognitivos e mesmo espirituais para a reflexão e a prática teológica. Nesse novo modelo, o correlativo, a literatura não é julgada como “literatura cristã”, mas pela relevância que as obras podem ter para a reflexão sobre a religião de maneira geral, com base no lugar e na posição própria em que surgem. Augusto dos Anjos: um místico com Deus A imagem usual que os leitores brasileiros têm do poeta Augusto dos Anjos é de ser um poeta maldito, famoso pelo seu monismo materialista e por seu pessimismo. O materialista é aquele que vê na base material da existência, seja a natureza, universo, sociedade, cultura, corpo e tantos outros aspectos e realidades, a explicação para tudo. Augusto dos Anjos: um místico com Deus O materialista opõe-se ao idealista. A forma mais universal de idealismo é a religiosidade. O materialista não é sinônimo nem de ateu nem de agnóstico; é acreditar na materialidade de todas as coisas (inclusive as do espírito) e na possibilidade de explicar os fatos do mundo com a ajuda de leis científicas. Augusto dos Anjos passou a ser identificado como materialista e, em sua obra poética, assume postura existencial e emprega vocabulário rebuscado e científico. “Versos íntimos”, de Augusto dos Anjos Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão – esta pantera – Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! ANJOS, Augusto dos. Obra completa. RJ: Nova Aguilar, 1994, p. 280. “Versos íntimos”, de Augusto dos Anjos A presença do divino se manifesta sob a forma de um sentimento doloroso de privação espiritual diante da explicação meramente materialista do mundo. Essa manifestação se dá de forma negativa. Os tercetos, principalmente, opõem-se ao mandamento cristão “Ama a teu próximo como a ti mesmo”. Pensamento filosófico brasileiro do final do século XIX e do início do século XX, em que predominava o sanchismo. Francisco Sanches (1552-1623), médico e filósofo, encarna a postura da “alma medieval”. Jorge de Lima: terra sagrada, religião na poesia Poeta cristão como poucos escritores do século XX entre os nacionais e estrangeiros. Influência seminal sobre o poeta exercida pela religiosidade católica de sua infância, haurida junto à paisagem solar de sua terra natal e aos ritos e mitos de seu povo, mas sobretudo ao reencontro com a fé cristã em meio às bruscas transformações sociais e ideológicas do século XX. Jorge de Lima: terra sagrada, religião na poesia A religiosidade presente na fase regional da poesia de Jorge de Lima é telúrica. Pertencer à terra natal é já partilhar as crenças, as rezas e os ritos do povo nativo e, desse modo, permanecer ligado à Fonte divina da qual a terra é dom e de cuja sabedoria esse povo é o guardião ancestral. Poema de Jorge de Lima Louvado seja N. S. Jesus Cristo E a mãe dele – Nossa Senhora, minha madrinha. Louvado seja o que é d’Ele e d’Ele vem: ritos, amitos, benditos, são beneditos! Louvadas sejam suas palavras tão bonitas: Gloria Patri, Aleluia, Salve Rainha e também suas palavras misteriosas: per omnia secula, vita eterna, amen. (continua) Poema de Jorge de Lima Louvado seja este louvado em nome d’Ele E mais louvado que este “louvado” – Jesus Cristo mais a mãe d’Ele – Nossa Senhora, minha madrinha. Louvadas sejam as virtudes teologais e entre elas três seja louvada a Fé. Louvados sejam os santos nacionais martirizados pelos caetés. (continua) Poema de Jorge de Lima Louvadas sejam as coisas religiosas: santas missões e procissões, sermões. Louvado seja o meu país cristão pelo tempo da Páscoa descoberto todo enfeitado como um céu aberto. Louvado seja esse Jesus d’aqui. Jesus camarada, Cristo bonzão, a quem todo brasileiro ofende tanto contando sempre com o seu perdão. LIMA, Jorge de. Obra completa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1958, p. 306-307. Poema de Jorge de Lima Nos versos “Louvado seja o meu país cristão / pelo tempo da Páscoa descoberto / todo enfeitado como um céu aberto”, verificamos a inserção de um eu poético em seu povo de origem. Ser cristão é dádiva de nascença, e nascer no chão pátrio, em contrapartida, é uma bênção, como ressaltam os versos “Louvados sejam os santos nacionais / martirizados pelos caetés”. Poema de Jorge de Lima O poeta recorre ao imaginário provinciano nordestino como forma de resistência aos ideais republicanos que separaram definitivamente os campos eclesial e civil. O “povo cristão”, no poema, concerne ao povo-nação, sujeito coletivo de uma história, língua e estilo de vida, bem como ao povo pobre, excluído dos privilégios do poder e do saber. Interatividade Sobre literatura e religião: a) há distância. b) a literatura é sagrada. c) sua relação muda temporalmente. d) não há religiosidade na literatura. e) não há a temática “religiosidade” em textos literários. Jorge de Lima Um poeta de sensibilidade religiosa mestiça, sondando o imaginário popular cristão-afro-ameríndio, passeando pela mitologia do Nordeste caboclo e espraiando-se pelo campo afrodescendente. Sem paralelo na poesia brasileira de filiação modernista, Jorge de Lima faz menção a elementos míticos e rituais sincretizados com o cristianismo, bem como a elementos do candomblé de matriz africana. Jorge de Lima Poemas de Jorge de Lima que fazem referência ao imaginário religioso popular brasileiro: “Olhado”; “O medo”, “Santa Dica e Diabo brasileiro”; “Benedito Calunga”, “Passarinho cantando”, “Exu comeu Tarubá”, “Obambá e batizado”, “Rei é Oxalá, rainha é Iemanjá”, “Janaína”, “Quando ele vem” e “Para donde que você me leva”. Jorge de Lima A partir de 1932, a temática da obra de Jorge de Lima migra cada vez mais para a cidade grande. O poeta se mudou para o Rio de Janeiro em 1930, onde permaneceu até sua morte, em 1953. Ele de repente se defrontou com os grandes acontecimentos do século XX, vivendo sua maior experiência de desarraigo. Jorge de Lima Fonte: livro-texto Adélia Prado: poesia materno-teologal Bagagem, publicado em 1976, é o primeiro livro de Adélia Prado, considerado original por despontar no contexto político da ditadura, mas comprometido mais com a lírica doméstico-religiosa do que com o lado político-ideológico. Além disso, a obra não se filia aos ideais feministas nem segue o experimentalismo formal, em voga entre os poetas. AdéliaPrado: poesia materno-teologal Nos poemas de Adélia Prado perpassam a fé e a crença, as quais atravessam igualmente as correntes mais puramente humanas da vida cotidiana, descobrindo ali o transcendente. Para Adélia Prado, sua poesia é derivada e nascida da mesma fonte de todo Poema, que é a Palavra de Deus. “Antes do nome”, de Adélia Prado Não me importa a palavra, esta corriqueira. Quero é o esplêndido caos de onde emerge a sintaxe, os sítios escuros onde nasce o “de”, o “aliás”, o “o”, o “porém” e o “que”, esta incompreensível muleta que me apoia. Quem entender a linguagem entende Deus cujo Filho é o Verbo. Morre quem entender. A palavra é disfarce de uma coisa mais grave, surda-muda, foi inventada para ser calada. (continua) “Antes do nome”, de Adélia Prado Em momentos de graça, infrequentíssimos, se poderá apanhá-la: um peixe vivo com a mão. Puro susto e terror. PRADO, Adélia. Poesia reunida. 8ª ed. São Paulo: Siciliano, 1999, p. 22. A inspiração é assumidamente divina. Antes do nome está o Nome que a tudo nomeia e por nada e ninguém pode ser nomeado. “Antes do nome”, de Adélia Prado O Nome apresenta-se impronunciável pelos humanos, mas, de forma misericordiosa, faz-se acessível à carne perecível e mortal, destinada à morte e transpassada de finitude. O ser humano, além de ser um ouvinte da Palavra, é um ser criador e emissor de palavra, um ser de linguagem. A linguagem da fé tem o potencial de criar e transformar a realidade. A palavra pronunciada antes que tudo fosse nomeado será a transcrição teografada dessa Palavra que era “no princípio”, quando só existia “o caos esplendido” – Palavra que um dia se fez carne, o Verbo encarnado. Interatividade “Confeito” Quero comer bolo de noiva, puro açúcar, puro amor carnal disfarçado de corações e sininhos: um branco, outro cor-de-rosa, um branco, outro cor-de-rosa. O poema de Adélia Prado: a) trata de uma questão do mundo masculino. b) rompe com as tradições. c) poetiza o cotidiano. d) foge das referências religiosas. e) assume tom pessimista. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Literatura dessacralizadora �“Canto de regresso à pátria”, de Oswald de Andrade� �“Canto de regresso à pátria”, de Oswald de Andrade� Literatura dessacralizadora �“Na rua do sabão”, de Manuel Bandeira� �“Na rua do sabão”, de Manuel Bandeira� �“Na rua do sabão”, de Manuel Bandeira� �“Na rua do sabão”, de Manuel Bandeira� Interatividade Resposta Literatura dessacralizadora Cobra Norato (1931), de Raul Bopp Cobra Norato (1931), de Raul Bopp Cobra Norato (1931), de Raul Bopp Cobra Norato (1931), de Raul Bopp Cobra Norato (1931), de Raul Bopp Cobra Norato (1931), de Raul Bopp Cobra Norato (1931), de Raul Bopp Cobra Norato (1931), de Raul Bopp Interatividade Resposta A poesia e sua relação com o sagrado Augusto dos Anjos: um místico com Deus Augusto dos Anjos: um místico com Deus �“Versos íntimos”, de Augusto dos Anjos� �“Versos íntimos”, de Augusto dos Anjos� �Jorge de Lima: terra sagrada, religião na poesia� �Jorge de Lima: terra sagrada, religião na poesia� Poema de Jorge de Lima Poema de Jorge de Lima Poema de Jorge de Lima Poema de Jorge de Lima Poema de Jorge de Lima Interatividade Resposta Jorge de Lima Jorge de Lima Jorge de Lima Jorge de Lima �Adélia Prado: poesia materno-teologal� Adélia Prado: poesia materno-teologal �“Antes do nome”, de Adélia Prado� �“Antes do nome”, de Adélia Prado� �“Antes do nome”, de Adélia Prado� Interatividade Resposta Slide Number 48
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