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* IFMT - CAMPUS SÃO VICENTE NÚCLEO AVANÇADO CAMPO VERDE TECNOLOGIA E PRODUÇÃO DE SEMENTES Agronomia integral e noturno – 8° semestre DESENVOLVIMENTO (MATURAÇÃO) DA SEMENTE Prof. Fernanda M. Dias Campo Verde, novembro de 2014 * 1. MATURAÇÃO DE SEMENTES O estudo de maturação de sementes, teve um grande impulso nas décadas de 60 e 70, com trabalhos visando ponto de colheita. O armazenamento se inicia no campo no momento em que a semente atinge seu ponto de maturidade fisiológica. Neste estágio a semente atinge a sua máxima qualidade, máxima germinação, máximo vigor e máxima matéria seca. * VIGOR DE SEMENTES Soma das propriedades que determinam o nível potencial das atividades e desempenho da sementes ou do lote de sementes durante a germinação e emergência da plântula. * * * Ao atingir a maturidade fisiológica a semente apresenta seu máximo desempenho, e que vai mantê-lo através do armazenamento por um maior espaço de tempo. O conteúdo de reservas é máximo e o teor de água é muito alto (variando de 30 a 50%, dependendo da espécie). Sementes de soja apresentam cerca de 50 a 55% de umidade nesta fase, enquanto as de milho de 35 a 40%. Assim, as reservas acumuladas podem ser consumidas pela respiração intensa da semente com teor de água tão elevado. * PONTO DE MATURIDADE FISIOLÓGICA: é aquele que as sementes se desligam da planta mãe, cessa a translocação dos fotossintetizantes, e a partir daí, a planta aciona mecanismos para promover a desidratação das sementes. O processo de maturação envolve uma série de modificações entre as quais se destacam: aumentos de tamanho, redução do teor de água, aumento na germinação, vigor e matéria seca. * Ocorre inicialmente uma alteração pelo aumento no número de células e pelo aumento no volume. Este aumento no volume ocorre pela deposição dos assimilados. Posteriormente há uma redução no tamanho pela desidratação. 2. ALTERAÇÕES NO TAMANHO * * Período necessário para sementes de diferentes espécies atinjam o máximo tamanho, a partir do florescimento. Fonte: Carvalho & Nakagawa (2000). * O teor de água nas sementes sofre um pequeno acréscimo na fase inicial de sua formação, para facilitar a deposição dos assimilados, e vai reduzindo com o aumento na deposição. De acordo com a espécie varia de 80- 90% em sua fase inicial. A redução acelera quando atinge a maturidade fisiológica, quando a planta aciona os mecanismos de dessecação. Nesta fase, se observam amarelecimento e abscisão foliar, mudança na coloração dos frutos entre outros. O teor de água decresce até 16-20% quando então entra em equilíbrio com o ambiente. 3. ALTERAÇÕES NO TEOR DE ÁGUA * FIGURA: Modificações no conteúdo de água de sementes de frutos secos, durante o processo de maturação. Fonte: Carvalho & Nakagawa (2000). * O potencial germinativo das sementes varia com a espécie, onde em algumas sementes apresentam capacidade de germinar cedo. Em algumas sementes a germinação aparece, mas é bloqueada por ação de hormônios para evitar o processo de viviparidade, retornando quando a semente inicia o processo de dessecação. 4. ALTERAÇÕES NO POTENCIAL GERMINATIVO * O vigor das sementes acompanha o acúmulo de matéria seca. A partir do momento em que o material de reserva vai sendo acumulado tem se o acréscimo do vigor e vai aumentando com o desenvolvimento da semente. 5. ALTERAÇÕES NO VIGOR * * A matéria seca aumenta com a deposição de assimilados até um máximo, diminuindo no final devido ao gasto com a taxa respiratória. De modo geral a máxima massa de matéria seca é associada a máxima germinação e máximo vigor, neste ponto a semente atingiu o ponto de maturidade fisiológica. No ponto de maturidade fisiológica cessa a translocação de assimilados. 6. ALTERAÇÕES NA MATÉRIA SECA * FIGURA: Modificações no conteúdo de matéria seca de sementes, durante o processo de maturação. Fonte: Carvalho & Nakagawa (2000). * máxima matéria seca; queda brusca no teor de água da semente; mudança de cor em frutos e sementes maduras; paralisação da acumulação de assimilados; 7. FATORES QUE INDICAM MATURIDADE FISIOLÓGICA * TABELA: Viabilidade de sementes de soja em alguns estádios de maturação. Fonte: Adams & Rinne (1981) * TABELA: Momento e teor de água na maturidade fisiológica das sementes de algumas espécies cultivadas, em condições brasileiras. após a antese / 2. após a semeadura /3. após o florescimento /4. após a frutificação Fonte: Carvalho e Nakagawa, 1998). * TABELA: Teores de água nas sementes compatíveis com a colheita mecânica. * FIGURA:Fases de acúmulo de matéria seca e redução no teor de água de sementes durante a maturação. Fonte: Carvalho & Nakagawa (2000). * * 1. GERMINAÇÃO DE SEMENTES Germinação: retomada do crescimento do eixo embrionário, que teve suas funções paralisadas por ocasião da maturação e dessecação. Do ponto de vista botânico, a germinação se caracteriza pela protusão da raiz primária. Do ponto de vista de tecnologia de sementes a germinação se caracteriza pelo desenvolvimento do eixo embrionário, inferindo ao analista, condições da semente se transformar em uma plântula normal em condições de campo. * A plântula deve apresentar todas as estruturas essenciais bem desenvolvidas; A germinação compreende uma série de eventos desde a absorção de água, reações de quebra e síntese de compostos, alongamento de células e tecidos, assimilação e emergência da plântula. * FIGURA: * Embebição; Digestão de reserva; Síntese de compostos; Emergência das estruturas da plântula. 1.1. GERMINAÇÃO DO PONTO DE VISTA FISIOLÓGICO * Reidratação; Aumento da respiração; Digestão das reservas; Mobilização e transporte das reservas; Crescimento e diferenciação dos tecidos. 1.2. GERMINAÇÃO DO PONTO DE VISTA FISIOLÓGICO-BIOQUÍMICO * Embebição é o processo de absorção de água pelas sementes. aumento do volume e da semente; volume de água absorvida é grande, em relação ao peso de matéria seca da semente; liberação de calor; 1.3. EMBEBIÇÃO * FASE I: Absorção rápida de água pelas sementes. É um processo de difusão e ocorre nas sementes vivas ou não. A absorção se dá através da diferença de potencial onde a água vai de um local de maior para um de menor concentração. A fase I é crítica para o início da germinação, onde a falta ou excesso de água podem prejudicar as sementes. No entanto, estes dois fatores agem diferentemente, pois com relação a falta de água, há possibilidade da semente se recuperar caso as condições sejam alteradas num tempo não muito longo. 1.4. ETAPAS DA GERMINAÇÃO * Excesso de água pode causar os danos de embebição, com ruptura de células e a possibilidade de ocasionar anormalidades em plântulas e até a morte da semente. FASE II: caracteriza-se por uma paralisação na absorção de água. Nesta fase, ocorre a reorganização das membranas e digestão das reservas. Há um aumento na taxa respiratória das sementes. * FASE III: é o início da absorção ativa de água. Somente ocorre nas sementes vivas. Para muitas espécies é o início visível da germinação. Nesta fase a falta de água pode causar a morte das sementes. Ocorre o transporte e assimilação dos compostos nas plantas de crescimento. * EPÍGEA: os cotilédones leva a estrutura acima deles acima da superfície do solo. HIPÓGEA: os cotilédones permanecem abaixo da superfície do solo e o epicótilo e a plúmula emergem, muitas vezes protegidos por uma estrutura tubular. 1.5. TIPOS DE GERMINAÇÃO * FIGURA: Germinação epigeal em dicotiledônea (feijão). Fonte: Carvalho & Nakagawa (2000). * FIGURA: Germinação hipogeal em monocotiledônea (milho). Fonte: Carvalho & Nakagawa (2000). * FIGURA: Germinação hipogeal em dicotiledônea (guandu). Fonte: Carvalho & Nakagawa (2000). * TABELA: Diferentes espécies que apresentam germinação epígea e hipógea. * FIGURA: Queda de germinação de sementes de feijão em função da ocorrência de chuvas, por ocasião da maturidade fisiológica Fonte: Neubem & Carvalho (1976). * EXTERNOS água temperatura oxigênio luz INTERNOS longevidade vigor danos mecânicos teor de água maturidade 1.6. FATORES QUE AFETAM A GERMINAÇÃO * a água absorvida pela semente geralmente amolece os tegumentos e provoca o aumento do volume do embrião e dos tecidos de reserva, isto resulta na ruptura dos tegumentos; a água favorece a penetração do oxigênio na semente, as paredes das células são impermeáveis à gases mas se tiverem absorvido considerável quantidade de água os gases podem difundir por elas. a água dilui o protoplasma tornando possível ou permitindo que suas funções sejam ativadas. 1.7. FUNÇÕES DA ÁGUA NO PROCESSO DE GERMINAÇÃO * d) as células vivas não podem conduzir ativamente qualquer de suas funções normais, sendo que seus protoplasmas contenham considerável quantidade de água. e) a água torna possível a transferência dos nutrientes solúveis dos tecidos de reserva para os pontos de crescimento do embrião. * TABELA: Teores de água na semente, mínimos necessários para o início da germinação. * a velocidade de germinação decresce progressivamente à medida que o teor de umidade do solo decresce. a porcentagem de germinação de algumas espécies é reduzida à medida que se aproxima do ponto de murcha permanente. 1.8. UMIDADE E GERMINAÇÃO * temperatura mínima: abaixo da qual a semente não germina. temperatura máxima: acima dela não há germinação. temperatura letal: provoca a morte da semente, pela ação do calor. temperatura ótima: onde a germinação se processa mais rapidamente. 1.9. TEMPERATURA NA GERMINAÇÃO * TABELA: Variação na temperatura para germinação de diferentes espécies * TABELA: Porcentagem de germinação de 4 lotes de sementes de cenoura à temperatura entre 5 ºC e 25 ºC * A embebição à temperatura de 15ºC ou inferior, causa redução na sobrevivência das plântulas e no crescimento das sobreviventes. Para o eixo embrionário, os primeiros 30 minutos de embebição são críticos. Temperaturas baixas neste período reduzem drasticamente a sobrevivência e o crescimento. Tegumentos intactos atuam como agentes protetores contra injúrias no resfriamento, atrasando a embebição durante o período de resfriamento. 1.10. DANOS DE RESFRIAMENTO * fernanda.dias@svc.ifmt.edu.br 66 - 81238444 *
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