Buscar

Apostila de Contabilidade e Exercicios

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
C  U  R  S  O 
D E 
AUDITORIA DE DESEMPENHO 
Uma Abordagem Estratégica  
 
   
 
   
                                                                    ALDEMIR RODRIGUES MARTINS 
                                                                                        BRASÍLIA DF, 5 DE JULHO​   Abril/2000   
2 
 
 
 
RESUMO 
 
O Professor Barruch Lev citado por WEBBER (2000) em seu artigo ​New Math ​for a                             
New Economy​, afirma que “... os sistemas contábeis e de demonstrações financeiras                       
que são usados atualmente datam de mais de 500 anos. Estes sistemas não são                           
apenas parte da velha economia, mas sim parte da velha, velha economia.” 
 
As demonstrações financeiras tradicionais, portanto, não atendem mais às                 
demandas da sociedade atual, na qual o conceito do valor é criado a partir de ativos                               
intangíveis como por exemplo idéias, marcas e métodos de trabalho. 
 
A proposta deste artigo é demonstrar o gerenciamento de custos e de desempenho                         
que visam substancialmente o aumento da lucratividade e a melhoria do                     
desempenho das empresas, tendo como referencial o enfoque estratégico do                   
processo de tomada de decisão. 
   
3 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO  1 
 
2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS                               2 
2.1. O QUE É E PARA QUE SERVE  2 
67676200.67676240. OS RELATÓRIOS PADRONIZADOS
 3 
67676200.67676241. ÍNDICES E ANÁLISES DECORRENTES
 5 
67676200.67676242. ANÁLISES COMPARATIVAS
 7 
67676200.67676243. AS LIMITAÇÕES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
 8 
 
67677136. CUSTEIO BASEADO NA ATIVIDADE
12 
 
67677137. VALOR ECONÔMICO AGREGADO
15 
 
67677138. BALANCED SCORECARD
16 
 
67677139. INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS E SOCIAIS 
19 
4 
 
 
 
67677140. CONCLUSÃO
22 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 23 
 
 
 
 
   
5 
 
 
1. INTRODUÇÃO  
 
Vivemos atualmente numa época de incertezas e desafios em que os gestores                       
são obrigados a tomar decisões importantes cada vez mais depressa nas                     
organizações. 
Um sistema de custos eficaz é um dos principais elementos que embasa o                         
processo de tomada de decisão. 
Neste ambiente cresce a consciência de que as demonstrações financeiras                   
tradicionais são ainda necessárias porém não mais suficientes para prover uma                     
avaliação efetiva de desempenho de uma organização 
Inicialmente serão apresentadas as demonstrações financeiras tradicionais, sua               
utilização e suas limitações. 
Em seguida será apresentada a metodologia de custeio baseada na atividade –                       
sistema ABC (do inglês Activity Based Cost), cujo foco, diferentemente dos                     
sistemas de custeio de tradicionais baseados no produto, está direcionado para                     
os processos e atividades que geram os produtos. 
Após uma rápida passagem pelo indicador de valor econômico agregado – EVA                       
(do inglês Economic Value Added), será feita uma abordagem sobre o Balanced                       
Scorecard que contempla medidas financeiras e não financeiras interligadas que                   
direcionam o rumo de uma organização. 
Por último, será apresentada a idéia de informações estratégicas e sociais                     
(balanço social), característica de organizações com visão mais abrangente do                   
negócio e de suas implicações para a sociedade. 
2.  
6 
 
 
ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS  
 
2.1. O QUE É E PARA QUE SERVE 
As demonstrações financeiras, compostas pelo balanço patrimonial, pela               
demonstração de resultados do exercício, pela demonstração de lucros ou                   
prejuízos acumulados e pela demonstração das origens e aplicações de                   
recursos, representam, em conjunto, segundo BRIGHAM e HOUSTON (1999)                 
a “​visão contábil das operações e da situação financeira da empresa​”. 
 
Para ROSS et ali (1998) as demonstrações financeiras são, “​o principal                     
instrumento de transmissão de informação financeira tanto dentro da empresa                   
quanto fora​”. 
 
As demonstrações financeiras e suas análises focalizam os seguintes                 
principais objetivos: 
❑ Atendimento das determinações legais (Brasil lei 6404/76), das               
autoridades tributárias. 
❑ Fornecimento de informações contábeis para apoios e suportar as                 
decisões de investidores. 
❑ Possibilitar aos administradores, informações algumas vezes únicas, de               
desempenho da organização e de suporte aos processos internos de                   
tomada de decisão relativa ao futuro empresarial. 
As demonstrações financeiras, tendo em vista que são elaboradas de                   
conformidade com uma única lei e com base em “​princípios contábeis                     
geralmente aceitos​” possibilitam também a comparação do “desempenho”               
entre empresas distintas. 
   
7 
 
 
67677648.67677696. OS RELATÓRIOS PADRONIZADOS 
A seguir é apresentado um resumo das principais características de cada um                       
dos relatórios padronizados que compõem o conjunto de demonstrações                 
financeiras.  
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
Este relatório representa uma fotografia contábil da empresa em um                   
determinado momento. Considerado pelos analistas como a principal               
demonstração financeira, o balanço patrimonial é apresentado por duas                 
colunas: a da esquerda que sintetiza os “ativos” que a empresa possui e a da                             
direita que mostra o que a empresa deve (exigibilidades) e o seu patrimônio                         
líquido). O balanço patrimonial, representado pela fig. 2.2.a e caracterizado                   
pela chamada equação ou identidade do balanço: 
 
ATIVOS = EXIGIBILIDADES + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.2.a ­ Balanço Patrimonial 
Fonte (ROSS et all (1999, PG. 39) 
 
8 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO 
Este demonstrativo, contém todas as operações realizadas em um                 
determinado período, geralmente mês, trimestre ou ano, possibilitando avaliar                 
o desempenho da empresa no período. 
A demonstração de resultados é representada por: 
 
RECEITA – DESPESAS = LUCRO 
 
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS 
A demonstração de lucros e prejuízos acumulados tem por objetivos mostrar                     
a variação dos lucros acumulados entre as datas de dois balanços                     
patrimoniais, ou seja, a cada balanço, quanto do lucro foi retido pela empresa                         
para que possa ser reinvestido no negócio. 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS  
Este demonstrativo tem por objetivo mostrar, para um período, como a                     
empresa obteve caixa (origens) bem como o mesmo foi desembolsado                   
(aplicações). 
Estas informações são retiradas do balanço com base nas seguintes regras: 
Um aumento no ativo ou uma redução na exigibilidade ou no patrimônio                       
líquido representa uma aplicação de caixa ou recurso e o contrário, ou seja,                         
redução do ativo ou aumento da exigibilidade ou do patrimônio líquido                     
representa uma fonte de caixa.   
Exemplos:Fontes de Recursos 
❑ Aumento a fornecedores 
❑ Aumento do Capital Social 
❑ Redução de Estoques  
Aplicações de Recursos 
❑ Aumento de Contas a Receber 
9 
 
 
❑ Redução de Títulos a Pagar 
❑ Aumento de Estoques  
 
67677648.67677697. ÍNDICES E ANÁLISES DECORRENTES 
A partir das demonstrações financeiras, vários índices são obtidos e utilizados                     
pelos administradores e investidores para avaliar a saúde financeira da                   
organização. 
Como se verá mais adiante (item 2.5) estes índices não possibilitam uma                       
análise completa do desempenho empresarial, porém, em alguns casos são                   
a única opção. 
Além disto estes índices possibilitam comparações entre empresas e da                   
empresa em análise com valores de referência. 
O conjunto de índices a seguir apresentados, é um resumo obtido a partir de                           
BRIGHAM e HOUSTON (1999) e ROSS  et all (1998).  
 
ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE 
Um dos mais conhecidos e utilizados, este índice possibilita avaliar a                     
capacidade da empresa de pagar suas contas no curto prazo. 
 
 
  
 
ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA 
Representa a capacidade de pagamento das contas no curto prazo sem                     
considerar a necessidade de venda dos estoques.  
O cálculo da liquidez sem os estoques justifica­se pelo fato de que: 
❑ Os estoques geralmente são os ativos de menor liquidez 
❑ Os valores contábeis dos estoques, em decorrência, por exemplo, da                   
qualidade e obsolecência, são menos confiáveis como medida de valor de                     
mercado. 
 
10 
 
 
 
 
   
11 
 
 
ÍNDICE DE GIRO DO ESTOQUE  
Partindo do princípio de que estoques excedentes são improdutivos, este                   
índice dá uma visão da eficiência com que a empresa usa seus estoques.  
 
 
 
ÍNDICE DE GIRO DE CONTAS A RECEBER   
Este índice possibilita avaliar a velocidade com que a empresa cobra suas                       
dívidas.  
 
 
 
GIRO DO ATIVO TOTAL  
O giro do ativo total dá a idéia da eficiência da utilização do ativo total.  
 
 
 
 
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL 
Este índice mostra quanto do financiamento total da empresa foi fornecido por                       
terceiros.  
 
 
 
 
 
ÍNDICE DE COBERTURA DE JUROS 
Com este índice é possível avaliar a capacidade da empresa de atender as                         
suas despesas anuais de juros.  
 
 
12 
 
 
 
 
 
ÍNDICE DE COBERTURA DE CAIXA 
Semelhante ao índice Cobertura de Juros, porém considerando a depreciação                   
(que efetivamente não é desembolsada) o que mostra melhor a capacidade                     
de pagamento dos juros.  
 
 
 
ÍNDICES DE RENTABILIDADE 
Como conseqüência das ações e políticas empresariais, que podem ser                   
analisadas pelos índices anteriormente apresentados, ocorrem os resultados               
da organização cuja rentabilidade é expressa pelos índices a seguir definidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67677648.67677698. ANÁLISES COMPARATIVAS 
As demonstrações financeiras e os índices delas decorrentes possibilitam,                 
também a realização de análises comparativas de dois tipos: 
   
13 
 
 
ANÁLISE DE TENDÊNCIAS 
Este tipo de análise possibilita informações para a tomada de decisão dos                       
administradores e dos investidores, tendo por base o comportamento dos                   
índices financeiros da organização nos últimos anos. 
 
ANÁLISE COMPARATIVA DE REFERÊNCIA 
Com esta análise é possível comparar os resultados da organização com os                       
de outra do mesmo ramo, cujos índices são definidos como valores de                       
referência de desempenho. 
É possível também, com este método, fazer a comparação de resultados                     
e desempenho entre unidades e/ou filiais de um organização. 
 
 
 
67677648.67677699. AS LIMITAÇÕES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
Na era da informação e do conhecimento caracterizada por um nível de                       
mudanças cada vez mais rápido, por inovações tecnológicas, por nível de                     
obsolescência elevado e por clientes cada vez mais exigentes, a missão do                       
administrador de “maximizar o valor de mercado do capital dos proprietários                     
existentes “ (ROSS et all, 1998) não pode ser alcançado somente com a                         
análise de índices financeiros, em virtude das limitações em responder as                     
questões hoje necessárias ao desempenho satisfatório das organizações.               
Dentre esta limitações destacam­se:  
Para KAPLAN e COOPER (1998), estes demonstrativos, além de não                   
possibilitarem aos administradores a definição de um novo e rentável caminho                     
para o futuro, pois relatam o passado, eles têm as seguintes lacunas: 
❑ Os custos dos produtos são distorcidos; 
❑ Os gastos com obtenção de clientes, quando apresentados, são também                   
bastante distorcidos; 
14 
 
 
❑ Os custos não são levantados por atividades ou processos e sim por                       
centro de responsabilidades sem distinção de atividades primárias (ligadas                 
ao produto) ou secundários (de apoio); 
❑ Não oferecem condições de melhoria dos produtos, processos,               
aprendizado e relacionamento com clientes e 
❑ As informações além de serem essencialmente financeiras e insuficientes                 
para a tomada de decisão nesta época de acirrada competição, chegam                     
com atraso para os gerentes. 
 
Na visão de BRIGHAM e HOUSTON (1999) são as seguintes, as principais                       
limitações das análises de demonstrações financeiras. 
❑ Os números apresentados nos balanços são históricos e muitas vezes                   
bastante diferentes dos valores de mercado; 
❑ O contas a receber, pode apresentar contas incobráveis, o que                   
dependendo dos valores, distorcem o resultado das análises; 
❑ A qualidade dos estoques não pode ser verificada e, dependendo da                     
quantidade de itens com defeitos e/ou obsoletos, mais uma vez, os                     
números não são confiáveis; 
❑ Ainda que realizadas com base nos “​princípios contábeis geralmente                 
aceitos​” as demonstrações diferem, por exemplo, de país para país                   
induzindo a análises comparativas equivocadas e 
❑ As empresas podem utilizar técnicas de “maquiagem” para fazer com que                     
suas demonstrações financeiras pareçam melhores do que realmente são.                 
Por exemplo, empréstimos feitos quase no fim do período e pagos no                       
início  do outro, para melhorar os índices de liquidez.  
 
Em ROSS et all (1998) as limitações apresentadas são bastante semelhantes                     
as mostradas por BRIGHAM e HOUSTON (1999) nas quais é acrescida a                       
limitação relativa à pequena ajuda que as demonstrações financeiras                 
proporcionam no processo de análise de valor e de risco. 
 
15 
 
 
No artigo “​A Stakeholder Approach to Strategic Performance Management​”,                 
ATKINSON et all (1999) mostram que o uso das demonstrações financeiras                     
para análise de desempenho empresarial apresenta as seguintes falhas:  
❑ Não são adequadas para o processo estratégico de tomada de decisão; 
❑ Não podem ser usadas paraprevisão, uma vez que são baseadas                     
exclusivamente em dados históricos; 
❑ Ignora totalmente as importantes questões relativas à satisfação do cliente                   
e  
❑ Não oferece informações relativas aos processos e pessoas da                 
organização. 
 
WEBBER (2000), ROEHM e CASTELLANO (1999) e TIPPING (1999) além de                     
algumas limitações  já citadas, acrescentam as seguintes: 
❑ O sistema contábil e suas demonstrações financeiras são antigos (500                   
anos) e não responde às questões da nova Economia na qual a criação                         
de valor está associada a valores intangíveis, tais como idéias, valor das                       
marcas e formas de trabalho. 
❑ Indicadores financeiros não fornecem as informações necessárias para o                 
acompanhamento e ações gerenciais de melhoria dos processo. 
❑ Os demonstrativos financeiros mostram, um tempo depois, o que                 
aconteceu sem explicar porque aconteceu, inviabilizando, portanto, o               
levantamento das relações causa e efeito, tão importante nos processos                   
de análise e melhoria de desempenho. 
 
A necessidade de se complementar as análises de desempenho com outros                     
indicadores, além dos financeiros, fica evidente face às limitações dos mesmos                     
e, para exemplificar, é a seguir transcrita de “Gerenciamento Estratégico e as                       
Informações Contábeis”, do professor SOUZA (1996) uma “mensagem” de                 
Luca Paccioli, o inventor da Contabilidade: “... ​no século XV, quando inventei o                         
tratado das partidas dobradas, não existiam computadores e as relações                   
comerciais eram primitivas. A competitividade não se revestia de sofisticação                   
16 
 
 
mercadológica e era praticada sob os rudimentos das leis de mercado. Na                       
época não se falava na globalização da economia... E a tecnologia avançada                       
detonadora das técnicas de comércio, só em sonho passava pela cabeça das                       
pessoas. Tudo isto aconteceu e vocês muito pouco inovaram. Se eu                     
convivesse com vocês e inventasse as partidas dobradas em 1996, certametne                     
acrescentaria muito mais à ciência contábil. A realidade é que a minha                       
contribuição aconteceu no século XV, agora é a vez de vocês. Espero que                         
assumam a responsabilidade, inovem, e não me decepcionem ​...”  
 
Mostrar algumas “inovações” na área da contabilidade gerencial é o objetivo                     
dos próximos capítulos. 
 
   
17 
 
 
67678120. CUSTEIO BASEADO NA ATIVIDADE 
 
Com o objetivo de fornecer informações adicionais e necessárias àquelas das                     
demonstrações financeiras, para o processo de tomada de decisão foi criado                     
por KAPLAN e COOPER (1998) o sistema de custeio baseado na atividade ­                         
sistema ABC (do inglês Activity Based Cost) que, diferentemente dos sistemas                     
de custeios tradicionais, não tem o foco na alocação de custos a produtos, mas                           
sim em buscar respostas a quatro questionamentos:  
 
❑ Quais as atividades que estão sendo realizadas na empresa? 
 
❑ Qual é o custo para a realização destas atividades e dos processos de                         
negócio da empresa? 
 
❑ Quais as razões que justificam a realização destas atividades e os processos                       
de negócio? 
 
❑ Quanto de cada atividade é necessária para produtos, serviços e clientes? 
 
 
 
Segundo estes autores, ​“um modelo ABC é um mapa econômico das despesas e                         
lucratividades da organização baseado nas atividades organizacionais. Referir­se               
a ele como um mapa econômico baseado na atividade e não como um sistema                           
de custeio, talvez estabeleça seu propósito. É possível chegar de um lugar a                         
outro sem um mapa?... quando um território é novo e as condições mudaram                         
muito em relação à experiência anterior, um sistema de informações, assim como                       
um bom mapa ou bons projeto, tem valor inestimável​”. 
 
18 
 
 
As figuras 3a e 3b mostram de forma esquemática as principais diferenças entre                         
os sistemas de custeio tradicional (foco no custo do produto) e os sistemas ABC                           
(foco nas atividades, produtos, serviços e clientes). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura  3a – Sistema de Custeio Tradicional  
Fonte: KAPLAN e COOPER (1998, pg. 98) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura  3b – Sistema de Custeio Baseado na Atividade 
Fonte: KAPLAN e COOPER (1998, pg. 99) 
 
19 
 
 
A implantação de um sistema ABC, com as respostas às quatro questões colocadas                         
no início deste capítulo, possibilitam aos gerentes, além do conhecimento e custos                       
de atividades e processos, decisões e ações de melhoria de desempenho                     
empresarial que incluem, entre outras, o lançamento de novos produtos, alteração                     
e/ou eliminação de atividades, produtos e até processos, fortalecimento de                   
competências e habilidades, etc... 
 
Para GEISHECKER (1997) os sistemas ABC proporcionam informação,               
racionalização e orientação para o mercado, hoje, três elementos essenciais de                     
vantagem competitiva para as organizações. Segundo ela o benefício mais                   
expressivo dos sistemas ABC “é a capacidade de reunir todas as informações                       
necessárias para a operação da empresa.” 
 
A implantação de um sistema ABC é feita com base em quatro etapas seqüenciais                           
(KAPLAN e COOPER, 1998):  
❑ Desenvolvimento  de um dicionário das atividades da empresa; 
❑ Determinação de quanto a organização gasta em cada uma das atividades; 
❑ Identificação dos produtos, serviços  e clientes da organização e 
❑ Seleção de geradores de custo da atividade que associam os custos da mesma                         
aos produtos, serviços e clientes. 
 
É certo que os sistemas ABC não preenchem todas as lacunas das demonstrações                         
financeiras , para suporte à tomada de decisões dos administradores, mas sem                       
dúvida respondem  a algumas relativas à: 
❑ Relacionamento com clientes; 
❑ Estrutura de custos mais próximos da realidade e 
❑ Melhoria de processos. 
 
   
20 
 
 
 
67678121. VALOR ECONÔMICO AGREGADO 
 
Para resolver mais uma lacuna das demonstrações financeiras, qual seja a de                       
não considerar o custo de utilização do capital próprio, foi criado pela Stern                         
Stwart & Co, o índice Valor Econômico Agregado – EVA (do inglês Economic                         
Value Added).   
Segundo BRIGHAM e HOUSTON (1999), o lucro operacional é superestimado e                     
com o EVA calcula­se a verdadeira lucratividade de uma operação. 
Sua forma de cálculo é bastante simples, basta subtrair do lucro operacional pós                         
imposto de renda, o custo do capital próprio, utilizando­se para isto uma taxa                         
média de mercado.  
UM EXEMPLO:  
Capital próprio empregado  840.000,00  R$ 
Lucro pós imposto de renda     86.000,00  R$ 
Custo do capital a 12% 100.800,00  R$ 
EVA   (14.800,00) R$ 
 
Este indicadorde fácil cálculo tem sido usado pelas empresas como um                       
direcionador estratégico e segundo KAPLAN e COOPER (1998) se for utilizado                     
em conjunto com o sistema ABC calculado no nível de atividades, produtos e                         
clientes possibilita aos gerentes ações de melhoria direcionadas e específicas                   
em atividades, produtos ou clientes e não de forma generalizada em uma                       
unidade ou na empresa, como normalmente acontece quando se usam os                     
tradicionais sistemas contábeis.  
 
   
21 
 
 
67678122. BALANCED SCORECARD 
 
Face as limitações do uso exclusivo de indicadores financeiros no processo de                       
análise e melhoria do desempenho empresarial, KAPLAN e NORTON (1997)                   
desenvolveram o Balanced Scorecard – BSC o qual, além das medidas                     
financeiras contempla também a mensuração de produtos em fase de criação e                       
testes pré­produção, inovação em processos, competências, habilidades,             
motivação e flexibilidade dos funcionários, lealdade dos clientes e tecnologia/                   
sistemas de informação. 
 
No BSC as medidas financeiras do desempenho passado são complementadas                   
com medidas voltadas ao desempenho futuro uma vez que o mesmo é                       
desenvolvido com base na visão e estratégia da empresa. 
 
O BSC por estar correlacionado com a visão e estratégia é um instrumento                         
gerencial estratégico, que permite aos administradores tomar decisões levando                 
em conta relações de causa e efeito (integração) de indicadores em quatro                       
perspectivas: 
❑ Financeira 
Que objetiva mostrar como os acionistas enxergam a empresa 
❑ Clientes 
Cujo objetivo é mostrar como a empresa é vista pelos clientes 
❑ Processos de Negócio  
Que focaliza os processos críticos  onde é fundamental ter excelência 
❑ Aprendizado e Conhecimento 
Que mostra a capacidade interna da empresa de mudar e melhorar 
 
 
Estas medidas podem também ser utilizadas para a articulação e comunicação                     
da visão e estratégias da empresa bem como para o desdobramento das                       
estratégias até o nível de execução individual de tarefas. 
22 
 
 
A figura 5a a seguir mostra a estrutura básica de mensurações no BSC                         
interrelaçionadas com a  visão e estratégia.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5a​  ​Inter­relações no BSC  
Fonte: KAPLAN e COOPER (1998, pg. 10) 
 
 
Com base no exposto e conforme palavra de seus autores, o BSC “preserva os                           
indicadores financeiros como síntese final do desempenho gerencial e                 
organizacional, mas incorpora um conjunto de medidas genérico e integrado que                     
23 
 
 
vincula o desempenho sob a ótica dos clientes, processo internos, funcionários e                       
sistemas  ao sucesso financeiro a longo prazo”.  
 
Assim pode­se observar uma cadeia de relações de causa e efeito que permeia                         
as quatro  perspectivas do BSC conforme mostrado na figura  5b. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura  5b ­​ ​Exemplo de relações de causa e efeito entre as mensurações 
Fonte HSM – palestra Kaplan 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
6. INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS E SOCIAIS  
 
6.1. INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS E SOCIAIS 
Tendo por princípio que as informações constantes nas demonstrações                 
financeiras são insuficientes para as decisões dos investidores, as empresas                   
tem colocado em seus balanços anuais informações complementares que                 
visam preencher algumas das lacunas já citadas.  
 
Como exemplo podem ser citados os balanços da CEB ­ Companhia                     
Energética de Brasília, da INFRAERO – Empresa Brasileira de                 
Infra­estrutura Aeroportuária e ELETRONORTE – Centrais Elétricas do               
Norte do Brasil S.A. onde são mostrados, entre outros, os seguintes dados                       
e indicadores não financeiros:  
❑ Metas estratégicas  
❑ Investimentos em pesquisa  
❑ Investimentos em desenvolvimento de pessoal  
❑ Contratos de longo prazo 
❑ Caracterização e segmentação dos clientes 
❑ Nível de satisfação dos clientes 
❑ Processo de gestão da qualidade 
❑ Processo de gestão ambiental 
❑ Ações sociais e de desenvolvimento da comunidade 
 
 
 
6.2. BALANÇO SOCIAL  
 
25 
 
 
​Amplia­se no mundo a consciência quanto à responsabilidade social das                     
organizações. O conceito de responsabilidade social pressupõe que a                 
comunidade e a sociedade sejam reconhecidas como partes interessadas                 
das organizações. 
 
Dessa forma estas últimas passam a investir em programas de preservação                     
do meio ambiente ou que contribuam para a qualidade de vida de seus                         
trabalhadores e da comunidade onde as organizações encontram­se               
inseridas. 
 
Ao final de um determinado período a empresa contabiliza os benefícios                     
proporcionados pela sua atuação em relação aos custos para a sociedade                     
ou vantagens extraídas do ambiente em que atua, em um documento                     
denominado balanço social.  
Embora não exista um padrão para apresentação dos resultados, sejam                   
quantitativos ou qualitativos, o balanço social deve ser algo similar a um                       
balanço financeiro adaptado ao campo social. 
 
O Projeto de Lei nº 3.116 de 1997 de autoria de Martha Suplicy e outros,                             
estabelece a exigência de apresentação do balanço social às empresas                   
públicas em geral e às empresas privadas com mais de cem empregados. 
 
O balanço social proposto pela lei deve conter informações relativas à: 
01 ­ Demonstrações financeiras 
02 ­ Número de empregados  
03 ­ Encargos sociais 
04 ­ Tributos pagos   
05 ­ Alimentação dos empregados 
06 – Educação dos empregados  
07 ­ Saúde dos empregados 
08 ­ Segurança no trabalho 
26 
 
 
09 ­ Seguros 
10 ­ Previdência 
11 ­ Investimentos na comunidade  
12 ­ Investimentos em meio ambiente 
 
É válido ressaltar que o Projeto de Lei 3.116 faz menção à França que,                           
desde 1977, impõe às empresas a obrigatoriedade da elaboração do                   
balanço social. 
 
Embora este Projeto de Lei esteja atualmente paralisado no Congresso                   
Nacional observa­se já uma tendência à elaboração, análise e divulgação do                     
balanço social por empresas que buscam na transparência de atuação uma                     
maneira de demonstrar que além de metas de lucratividade e rentabilidade                     
têm também preocupação com os benefícios para as demais partes                   
interessadas.   
  
   
27 
 
 
7. CONCLUSÃO 
 
Nesse artigo buscou­se mostrar a necessidade de uma nova abordagem para a                       
contabilidade de custos tradicional tendo em vista a dinâmica das mudanças em                       
curso. 
Conforme apresentado, tais informações podem estar vinculadas a sistemas de                   
custos ABC, indicadores de Valor Econômico Agregado – EVA, Balanced                   
Scorecard  e informaçõesestratégicas e sociais.  
O Balanced Scorecard por se tratar de um sistema de indicadores financeiros e                         
não financeiros correlacionados permite grande visibilidade para avaliação de                 
desempenho e para a gestão estratégica sendo hoje um instrumento de gestão                       
bastante utilizado pelas empresas classe mundial, contudo todas as formas                   
citadas possuem importância, de acordo com o perfil de cada organização. 
A questão que causa grande desconforto está no fato de que as demonstrações                         
financeiras tradicionais, a despeito de toda as limitações apontadas, ainda são o                       
mecanismo de avaliação de desempenho e tomada de decisão, mais                   
freqüentemente utilizado pelas organizações. 
Como continuidade, sugere­se a ampliação do estudo, incorporando               
informações adicionais tais como a análise de riscos e a mensuração dos ativos                         
intangíveis de uma organização de forma a tornar as avaliações de desempenho                       
e o processo de tomada de decisão efetivos. 
 
28 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA  
 
 
1. ATKINSON et all. A Stakeholder Approach to Strategic Performance                 
Management. ​SLOAN Management Review​. Spring 1997, volume 38, n 3                   
P25– 37. 
 
2. BRIGHAM, Eugene e HOUSTON, Joel. ​Fundamentos da Administração               
Moderna​. Tradução Maria Costa e Silva. Rio de Janeiro: Campus, 1998. 
 
3. CEB. ​Relatório de Administração – 1999​. Correio Braziliense de 26/03/2000.                   
P 14­15. 
 
4. ELETRONORTE. ​Relatório Anual​.1998. 
 
5. GEISHECKER, Mary. Tecnologia Melhora o ABC; ​HSM Management​.               
Novembro­Dezembro/1997, P 18­22. 
 
6. INFRAERO. ​Relatório de Administração –1999​. Correio Braziliense de               
16/03/2000. P 16­17. 
 
7. KAPLAN, Robert e NORTON, David. ​A Estratégia em ação: Balanced                   
Scorecard​. Tradução Luiz Euclydes Trindade Frazão Filho. Rio de Janeiro:                   
Campus, 1997. 
 
8. KAPLAN, Robert COOPER, Robin. ​Custo e Desempenho : Administre seus                   
Custos para ser Mais Competitivo​. São Paulo: Futura, 1998. 
 
9. KAPLAN, Robert. Dos Custos à Performance; ​HSM Management​.               
Março­Abril/1999, nº 13. 
 
29 
 
 
10. LEI n. 6404. ​Dispõe Sobre as Sociedades por Ações.                 
http:/infojur.ccj.ufsc.Br/arquivos/Direito_Comercial/lei6304_76.htm​.    
 
11. ROEHM, Harpper e CASTELLANO, Joseph. The Danger of Relying on                   
Accounting Numbers Alone. ​MANAGEMENT Accounting Quarterly. ​Fall 1999.               
http:/www.mamag.com/roehm.htm​.   Impresso em 27/03/2000. 
 
12. ROSS, Stephen et all. ​Princípios de Administração Financeira​. Tradução                 
Antonio Sanvicente. São Paulo: Atlas: 1998. 
 
13. SOUZA, Natólio. ​O Gerenciamento e as Informações Contábeis.               
http:/​//www3.netville.com.br/~selecta/art7.html​. 1996​  Impresso em 22/04/2000. 
 
14. SUPLICY, Marta et all. ​Projeto de Lei n. 3116​. Diário da Câmara dos                         
Deputados. 06/06/1997. P 15276­15278 
 
15. TIPPING, Michael. ​New Views of Performance​.           
http:/www.pbviews.com/magazine/articles/PerformanceArticle.html​. 1999. Impresso em       
28/03/2000. 
 
16. WEBBER, Alan. New Math for a New Economy. ​PERFORM Performance                   
Measurement. ​Fall 2000. ​http://www.pbviews.com/magazine/articles/new_math.html​.       
Impresso em 05/04/2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS E DE SUA  
OBSERVÂNCIA 
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE (PFC) os                 
enunciados por esta Resolução. 
§1º A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no                     
exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras                     
de Contabilidade (NBC). 
§ 2º Na aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade há situações                     
concretas, a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. 
CAPÍTULO II 
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE  E DA ENUMERAÇÃO 
Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das                     
doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento                     
predominante nos universos cientifico e profissional de nosso País. Concernem,                   
pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o                             
patrimônio das Entidades. 
Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade: 
 I ­  o da ENTIDADE; 
II ­  o da CONTINUIDADE; 
III ­  o da OPORTUNIDADE; 
IV ­  o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
V ­  o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; 
VI ­  o da COMPETÊNCIA e 
VII ­  o da PRUDENCIA. 
 
 
 
 
Seção I 
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da                       
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de                     
um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,               
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma                     
31 
 
 
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins                       
lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com                     
aquele dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
Parágrafo único. O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é                       
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em                       
nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico­contábil. 
Seção II 
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou                           
provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das                   
mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. 
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos,                           
o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da                       
ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
§ 2º A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta                       
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à                       
quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de                     
constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado. 
Seção III 
O PRINCIPIO DA OPORTUNIDADE 
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere­se, simultaneamente, à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, 
determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
Parágrafo único. Como resultado da observância do Principio da OPORTUNIDADE: 
I ­ desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser                         
feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência; 
 
II ­ o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando                     
os aspectos físicos e monetários; 
III ­ o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no                         
patrimônio daENTIDADE, em um período de tempo determinado, base necessária                     
para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão. 
Seção IV 
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais                       
das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do                         
País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores,                   
inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da                 
ENTIDADE. 
Parágrafo único. Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta: 
32 
 
 
I ­ a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de                             
entrada, considerando­se como tais os resultantes do consenso com os agentes                     
externos ou da imposição destes; 
II ­ uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter                             
alterados seus valores intrínsecos, admitindo­se, tão­somente, sua decomposição               
em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos                     
patrimoniais; 
III ­ o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do                           
patrimônio, inclusive quando da saída deste; 
IV ­ os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VALOR                       
ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas                       
atualiza e mantém atualizado o valor de entrada; 
V ­ o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais                             
constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos. 
Seção V 
O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA 
Art. 8º Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser                           
reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal                   
dos valores dos componentes patrimoniais. 
Parágrafo único. São resultantes da adoção do Princípio da ATUALIZAÇÃO                   
MONETÁRIA: 
 
I ­ a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa                         
unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
II ­ para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações                           
originais (art. 7º), é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a                         
fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes                   
patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; 
III ­ a atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão­somente, o                       
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de                     
indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da                         
moeda nacional em um dado período. 
Seção VI 
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do                             
período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,                 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no                           
passivo resultam em aumento ou diminuição no Patrimônio Líquido, estabelecendo                   
diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância                 
do Princípio da OPORTUNIDADE. 
33 
 
 
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é                       
conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
§ 3º As receitas consideram­se realizadas: 
I ­ nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou                       
assumirem compromisso firme de efetivá­lo, quer pela investidura na propriedade de                     
bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por                     
esta prestados; 
II ­ quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo,                               
sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
III ­ pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de                       
terceiros; 
IV ­ no recebimento efetivo de doações e subvenções. 
§ 4º Consideram­se incorridas as despesas: 
I ­ quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua                           
propriedade para terceiro; 
 
II ­ pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; 
III ­ pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. 
Seção VII 
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
Art. 10. 0 Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os                           
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se                         
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações                 
patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido. 
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor                             
patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante                 
dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica                             
às mutações posteriores, constituindo­se ordenamento indispensável à correta               
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição                         
dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que                     
envolvem incertezas de grau variável. 
Art. 11. A inobservância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade constitui                   
infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto­Lei nº 9.295, de 27 de maio                                   
de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. 
Art. 12. Revogada a Resolução CFC nº 530­81, esta Resolução entra em vigor a                           
partir de 1º de janeiro de 1994. 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRÁFICO I 
A ­ CONTAS PATRIMONIAIS 
 
1 A T I V O 
   
35 
 
 
10 ATIVO CIRCULANTE 
100 DISPONIBILIDADES 
100.1 Caixa 
100.2 Bancos Conta Movimento 
100.3 Aplicações de Liquidez Imediata 
 
101 CONTAS A RECEBER 
101.1 Clientes 
101.2 Duplicatas a Receber 
101.3 (­) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 
101.4 Promissórias a Receber 
   
102 IMPOSTOS A RECUPERAR 
102.1 Imposto de Renda a Recuperar 
   
103 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS A CURTO PRAZO 
103.1 Ações de Outras Empresas 
 
104 ESTOQUES 
104.1 Estoque de Mercadorias 
104.2 Estoque de Material de Expediente 
104.3 Estoque de Material de Limpeza 
 
105 DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE 
105.1 Aluguéis Passivos a Vencer 
105.2 Juros Passivos a Vencer 
105.3 Prêmios de Seguro a Vencer 
105.4 Propaganda e Publicidade a Vencer 
 
11 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
110 CONTAS A RECEBER 
110.1 Clientes 
110.2 Duplicatas a Receber 
110.3 Promissórias a Receber 
12 ATIVO PERMANENTE 
120 INVESTIMENTOS 
120.1 Participações em Outras Empresas 
120.2 Imóveis de Renda 
 
121 ATIVO IMOBILIZADO 
TANGÍVEL (MATERIAL) 
121.1 Computadores 
121.2 (­) Depreciação Acumulada de Computadores 
36121.3 Imóveis 
121.4 (­) Depreciação Acumulada de Imóveis 
121.5 Instalações 
121.6 (­) Depreciação Acumulada de Instalações 
121.7 Móveis e Utensílios 
   
 
121.8 (­) Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios 
121.9 Veículos 
121.10 (­) Depreciação Acumulada de Veículos 
INTANGÍVEL (IMATERIAL) 
121.11 Benfeitorias em Bens de Terceiros 
121.12 (­) Amortização Acumulada em Benfeitorias em Bens de 
Terceiros 
122 ATIVO DIFERIDO 
122.1 Gastos de Organização 
122.2 (­) Amortização Acumulada de Gastos de Organização 
 
 
 
2 P A S S I V O 
 
 
 
20 PASSIVO CIRCULANTE 
200 OBRIGAÇÕES A FORNECEDORES 
200.1 Fornecedores 
200.2 Duplicatas a Pagar 
 
201 OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS 
201.1 Promissórias a Pagar 
   
202 OBRIGAÇÕES FISCAIS 
202.1 COFINS a Recolher 
202.2 ICMS a Recolher 
202.3 Impostos e Taxas a Recolher 
202.4 PIS sobre Faturamento a Recolher 
 
203 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS 
203.1 Contribuições de Previdência a Recolher 
203.2 FGTS a Recolher 
203.3 Salários a Pagar 
 
204 OUTRAS OBRIGAÇÕES 
204.1 Aluguéis a Pagar 
204.2 Dividendos a Pagar 
37 
 
 
 
205 PROVISÕES 
205.1 Provisão para Contribuição Social 
205.2 Provisão para Imposto de Renda 
 
21 PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
210 OBRIGAÇÕES A FORNECEDORES 
210.1 Fornecedores 
210.2 Duplicatas a Pagar 
 
211 OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS 
211.1 Promissórias a Pagar 
   
 
22 RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
220.1 Aluguéis Ativos a Vencer 
220.2 Outras Receitas a Vencer 
220.3 (­) Custos ou Perdas Correspondentes 
23 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
230 CAPITAL SOCIAL 
230.1 Capital 
230.2 (­) Titular conta Capital a Realizar 
 
231 RESERVAS 
231.1 Reserva Legal 
 
232 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
232.1 (+ ou ­) Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 
 
 
B ­ CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS 
 
COMPENSAÇÃO DO ATIVO 
14 CONTAS DE COMPENSAÇÃO 
140.1 Seguros Contratados 
140.2 Títulos em Cobrança 
 
COMPENSAÇÃO DO PASSIVO 
 
24 CONTAS DE COMPENSAÇÃO 
240.1 Contratos de Seguros 
38 
 
 
240.2 Endossos para Cobrança  
 
 
 
GRÁFICO II 
C ­ CONTAS DE RESULTADO 
 
3 D E S P E S A S  E  C U S T O S 
 
30 DESPESAS OPERACIONAIS 
300 DESPESAS COM VENDAS 
PESSOAL 
300.1 Café e Lanches 
300.2 Comissões sobre Vendas 
300.3 Transporte 
300.4 FGTS 
300.5 Contribuições de Previdência 
300.6 Encargos Sociais 
300.7 Salários 
 
 
 
OUTRAS 
300.8 Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa 
300.9 Fretes e Carretos 
300.10 Propaganda e Publicidade 
300.11 Despesas Eventuais 
 
301 DESPESAS FINANCEIRAS 
301.1 Descontos Concedidos 
301.2 Despesas Bancárias 
301.3 Juros Passivos 
 
302 DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS 
PESSOAL 
302.1 Transporte 
302.2 Encargos Sociais 
302.3 Retiradas Pró­Labore 
302.4 Salários 
302.5 Outras Despesas com Pessoal 
302.6 Honorários da Diretoria 
GERAIS 
302.7 Água e Esgoto 
302.8 Aluguéis Passivos 
302.9 Amortização 
302.10 Combustíveis 
302.11 Depreciação 
39 
 
 
302.12 Despesas Postais 
302.13 Energia Elétrica 
302.14 Fretes e Carretos 
302.15 Material de Expediente 
302.16 Material de Limpeza 
302.17 Prêmios de Seguro 
302.18 Telefone 
302.19 Despesas Eventuais 
TRIBUTÁRIAS 
302.20 Impostos e Taxas 
OUTRAS 
302.21 Serviços de Terceiros 
302.22 Despesas Eventuais 
 
303 OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS 
303.1 Multas Fiscais 
303.2 Perdas na Realização de Investimentos  
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 CUSTOS OPERACIONAIS 
310 CUSTOS DAS COMPRAS 
310.1 Compras de Mercadorias 
310.2 Fretes e Seguros sobre Compras 
310.3 (­) Compras Anuladas 
310.4 (­) Descontos Incondicionais Obtidos 
310.5 (­) Abatimentos sobre Compras 
32 DESPESAS NÃO­OPERACIONAIS 
320.1 Perdas em Transações do Ativo Permanente 
 
4  R E C E I T A S 
 
40 RECEITAS OPERACIONAIS 
400 RECEITA BRUTA 
400.1 Vendas de Mercadorias 
40 
 
 
400.2 Receitas de Serviços 
400.3 (­) Vendas Anuladas 
400.4 (­) Descontos Incondicionais Concedidos 
400.5 (­) Abatimentos sobre Vendas 
400.6 (­) Impostos sobre Serviços (ISS) 
400.7 (­) Tributos sobre Vendas 
 
401 RECEITAS FINANCEIRAS 
401.1 Descontos Obtidos 
401.2 Juros Ativos 
401.3 Rendimentos sobre Aplicações Financeiras 
 
402 OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 
402.1 Aluguéis Ativos 
402.2 Perdas Recuperadas 
402.3 Receitas Eventuais 
41 RECEITAS NÃO­OPERACIONAIS 
410.1 Ganhos em Transações do Ativo Permanente 
 
5  CONTAS DE APURAÇÃO DO RESULTADO 
 
50 RESULTADO BRUTO 
500.1 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 
500.2 Custo dos Serviços Prestados 
500.3 Resultado da Conta Mercadorias (RCM) 
500.4 Lucro sobre Vendas (Lucro Bruto) 
500.5 (­) Prejuízos sobre Vendas 
51 RESULTADO LÍQUIDO 
510.1 Resultado do Exercício  
 
 
 
 
3. Informações sobre o Elenco de Contas 
3.1. Informações sobre o Gráfico I 
 
3.1.1. Ativo 
 
No Ativo, as Contas representativas de Bens e Direitos, devem                   
ser classificadas obedecendo­se a ordem decrescente do grau               
de liquidez. 
Grau de liquidez é o maior ou menor prazo no qual Bens e                         
Direitos   podem ser transformados em dinheiro. 
41 
 
 
As contas Caixa e Bancos conta Movimento são as que                   
possuem maior grau de liquidez, dentre as demais. Por este                   
motivo são as primeiras que figuram no Ativo. 
As contas Clientes e Duplicatas a Receber, serão               
transformadas em dinheiro quando forem recebidas; a conta               
Estoque de Mercadorias, será transformada em dinheiro             
quando ocorrem vendas de mercadorias à vista e assim por                   
diante. 
ATIVO CIRCULANTE 
Neste grupo são classificadas as Contas que representam os                 
valores numerários (dinheiro em caixa e em banco), os Bens                   
destinados à venda ou a consumo próprio e os Direitos cujos                     
vencimentos ocorrem durante o exercício seguinte ao do               
Balanço em que as Contas estejam sendo classificadas. 
Você pode observar que, obedecendo a ordem decrescente do                 
grau de liquidez das Contas, dividimos o Ativo Circulante nos                   
seguintes subgrupos: 
Disponibilidades ­ representam dinheiro em Caixa, em bancos               
e em aplicações de liquidez imediata. 
Contas a Receber ­ representam Direitos decorrentes,             
normalmente, de vendas de mercadorias ou de prestação de                 
serviços a prazo. São classificadas também neste grupo, as                 
Contas que representam os adiantamentos concedidos a             
empregados, a fornecedores além de outros Direitos que não                 
se enquadram nos demais subgrupos do Ativo Circulante.   
Impostos a Recuperar ­ neste subgrupo, são classificadas as                 
Contas que representam Direitos junto aos Governos             
Municipal, Estadual ou Federal. Decorrem de impostos             
recolhidos antecipadamente ou indevidamente ou, ainda que,             
por força da legislação gerem para a empresa direito de                   
compensação no curso do exercício seguinte. 
Estoques ­ neste subgrupo são classificadas Contas que               
representam os estoques de Bens destinados à venda ou ao                   
consumo da empresa. 
42 
 
 
Investimentos Temporários a Curto Prazo ­ neste subgrupo               
devem ser classificadas as Contas que representam as               
aplicações efetuadas pela empresa na compra de títulos               
representativos do Capital de outras empresas quando não               
haja intenção de manter essas aplicações na empresa por mais                   
de um ano. Se, por ventura, esses títulos permanecerem naempresa por mais de um ano, eles deverão ser reclassificados                   
no Ativo Permanente, subgrupo Investimentos. 
Despesas do Exercício Seguinte ­ neste subgrupo são               
classificadas as Contas que representam as Despesas do               
exercício seguinte, pagas no exercício atual, ou seja, as                 
Despesas pagas antecipadamente. 
 
 
 
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
Neste grupo devem ser classificadas as Contas representativas               
de Direitos cujos vencimentos ocorram após o término do                 
exercício social seguinte ao do Balanço em que as contas                   
estejam sendo classificadas. 
NOTA: 
. Você já notou que por várias vezes até aqui, sempre que nos                         
referimos a classificação de Contas representativas de Direitos               
ou de Obrigações, quer no Plano de Contas, quer no Balanço                     
Patrimonial, dissemos uma das seguintes frases: “cujos             
vencimentos ocorram durante o exercício seguinte ao do               
Balanço” ; “cujos vencimentos ocorram após o término do                 
exercício seguinte ao do Balanço. Isto significa que o                 
parâmetro para considerar o Direito ou a Obrigação como                 
vencível a curto ou longo prazo, é a data do Balanço no qual a                           
Conta está sendo classificada. Assim, por exemplo, se a                 
empresa assume no dia 10 de novembro de X1 um                   
compromisso para pagar no dia 20 de janeiro de X3 (436 dias),                       
no Balanço a ser levantado em 31/12/X1 essa Obrigação será                   
classificada no Passivo Exigível a Longo Prazo e no Balanço                   
de 31 de dezembro de X2, essa mesma Obrigação será                   
43 
 
 
classificada no Passivo Circulante, pois nessa data, faltará               
apenas 20 dias para vencimento do compromisso,             
enquadrando­se a respectiva Conta no rol das Obrigações               
cujos vencimentos ocorram durante o exercício seguinte ao do                 
Balanço. 
ATIVO PERMANENTE 
Este grupo é o oposto do Ativo Circulante. Enquanto no Ativo                     
Circulante são classificadas Contas que representam Bens e               
Direitos que estão em circulação constante na empresa, neste                 
grupo são classificadas Contas representativas de Bens e               
Direitos que correspondem a: 
Investimentos ­ recursos aplicados na aquisição de títulos               
representativos do Capital de outras empresas desde que a                 
empresa tenha intenção de ficar com esses títulos por mais de                     
um ano; recursos aplicados na aquisição de bens destinados a                   
gerar Rendas para a empresa, independentemente das suas               
atividades operacionais; recursos aplicados na aquisição de             
obras de arte etc.. 
Ativo Imobilizado ­ recursos aplicados na aquisição de bens                 
de uso da empresa como Móveis e Utensílios, Veículos,                 
Computadores etc.. Classificam­se, ainda, neste subgrupo, as             
Contas representativas de Bens imateriais como é o caso da                   
conta Benfeitorias em Bens de Terceiros. 
Ativo Diferido ­ recursos aplicados em Gastos que               
contribuirão para a formação do custo de mais de um exercício                     
social como ocorre, principalmente, com os Gastos de               
Organização, Reorganização ou Modernização. 
3.1.2. PASSIVO 
 
No ​Passivo são classificadas as Contas representativas das               
Obrigações e do Patrimônio Líquido. 
As Obrigações, também denominadas de ​Passivo Exigível​,             
são os Capitais de Terceiros, enquanto que o ​Patrimônio                 
Líquido​ representa os Capitais Próprios. 
44 
 
 
No Balanço, no lado do Passivo, inicialmente devem ser                 
classificadas as Contas representativas das Obrigações e, em               
seguida, as representativas do Patrimônio Liquido. 
 
As Contas de   Obrigações devem   ser   classificadas   na   ordem 
decrescente do grau de exigibilidade. 
 
Grau de exigibilidade representa o maior ou menor prazo em                   
que a Obrigação deve ser paga. 
Assim, as Obrigações devem ser classificadas em três grupos: 
PASSIVO CIRCULANTE 
Neste grupo são classificadas todas as Contas que               
representam Obrigações, cujos vencimentos ocorram durante o             
exercício seguinte ao do Balanço em que as Contas estejam                   
sendo classificadas. Esse grupo poderá conter subdivisões, de               
acordo com a natureza de cada Obrigação: 
Obrigações a Fornecedores ­ representam compromissos           
decorrentes das compras de mercadorias a prazo. 
Obrigações Financeiras ­ representam os compromissos           
assumidos na obtenção de recursos financeiros para a               
empresa, como é o caso de empréstimos efetuados junto a                   
estabelecimentos bancários. 
Obrigações Trabalhistas ­ representam compromissos         
decorrentes dos serviços prestados pêlos empregados da             
empresa. 
Obrigações Fiscais ­ representam compromissos junto aos             
Governos Federal, Estadual ou Municipal. 
Outras Obrigações ­ neste subgrupo são classificados os               
compromissos que não se enquadram nos demais subgrupos               
do Passivo Circulante. 
Provisões ­ compreendem os compromissos que a empresa               
tem, cujos valores podem ser previamente calculados, porém,               
quando forem pagos podem sofrer alguma alteração para mais                 
ou para menos. As Provisões mais comuns são: Provisão para                   
Imposto de Renda, Provisão para Férias, Provisão para               
Décimo Terceiro Salário etc.. 
45 
 
 
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
Neste grupo são classificadas as Contas representativas das               
Obrigações cujos vencimentos ocorram após o término do               
exercício social seguinte ao do Balanço em que as Contas                   
estiverem sendo classificadas. Poderá conter as mesmas             
subdivisões do Passivo Circulante. 
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
Neste grupo são classificadas todas as Contas que               
representem Receitas recebidas antecipadamente, isto é,           
Receitas de exercícios futuros recebidas no exercício atual. 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Neste grupo as Contas que representam os Capitais Próprios,                 
podem ser classificadas em três subgrupos: 
Capital Social ­​ composto pela Conta que representa o Capital da empresa. 
​Reservas ­ composto pelas Contas representativas das Reservas constituídas                   
em decorrência de Lei ou da vontade do proprietário, dos sócios ou dos                         
administradores. 
Lucros ou Prejuízos Acumulados ­ neste subgrupo, a conta Lucros ou                       
Prejuízos Acumulados representa o lucro ou o prejuízo apurado no exercício,                     
acrescido ou diminuído ao lucro ou prejuízo acumulado, apurado em exercícios                     
anteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE GESTÃO CONTÁBIL 
 
 
46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: ALDEMIR R MARTINS. 
aldemirrodrigues@bol.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília, 2006 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
Ementa 03 
Objetivo 03 
1.Conceitos gerais de contabilidade 04 
3 Exercícios .  19 
4. Princípios Contábeis 31 
5. Auditoria 35 
Artigos 40 
         Referência Bibliográfica 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMENTA 
 
Conteúdo: 
           ​Conceitos gerais de contabilidade,gestão contábil, contabilidade gerencial e auditoria de 
desempenho. 
 
 
 
OBJETIVO 
 
Conteúdo:  
 
PRINCIPAIS OBJETIVOS DOS SISTEMAS CONTÁBEIS:  
1. Formulação das estratégias gerais e dos planos de longo                 
prazo  
2. Decisões de alocação de recursos com ênfase no produto                 
e no cliente, tanto quanto no preço  
3. Planejamento e controle de custo das operações e               
atividades  
4. Mensuração da performance e avaliação das pessoas  
       5. Adequação com a regulamentação externa e as exigências legais de publicação dos   demonstrativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Item 
CONTABILIDADE GERAL (OU FINANCEIRA): 
Professor Aldemir Martins 
 
1. AULAS DE CONTABILIDADE 
1­ Lei 6404/76 de 15/12/76 
É Lei que regulamenta as SOCIEDADES ANÔNIMAS. 
A­Sociedade Anônima: 
i)  De capital aberto: São aquelas que possuem ações comercializadas em Bolsa. 
ii) De capital fechado: São aquelas que não possuem ações comercializadas na Bolsa. 
2. CONCEITO DE CONTABILIDADE 
  É a ciência que estuda, controla e avalia o patrimônio e suas variações. 
  Para a prova, o conceito de Contabilidade é o do Congresso de Contabilidade de l934, que é : 
"É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à                                   
administração pública". 
3. TEORIA PATRIMONIALISTA E MATERIALISTA 
  Contas Patrimoniais ou Integrais: Bens, Direitos e Obrigações. 
  Contas Diferenciais, de resultado ou variação: Despesas e Receitas. 
 
  Azienda = Patrimônio 
  Entidade econômico­administrativa = Empresa 
49 
 
 
4. BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES 
  Bens 
A.1) Características 
I) É tudo que pode ser avaliado em moeda. 
II) Tem de estar devidamente documentado. 
III) O objeto tem que ser lícito. 
A.2) Bens Tangíveis (Materiais) 
É aquilo que você pode ver, tocar. 
Ex.: Veículos, Mercadorias, Imóveis, Dinheiro,etc.  
A.3) Bens Intangíveis (Imateriais) 
É aquilo que você não pode ver, tocar 
Ex.: Marcas, Patentes, Direito Autoral, Ponto Comercial,etc. 
  Direitos 
São valores a receber–Títulos, Promissórias, Duplicatas – ou a recolher – Impostos. 
  Obrigações 
São valores a pagar (vencer) – Salários, Títulos, Promissórias, Duplicatas – ou a recolher –,                             
Impostos. 
5. DESPESA E RECEITA 
  Despesa  
É todo gasto não recuperável. 
  Toda despesa é debitada. 
  Receita 
É o ganho (ou perda) obtido nas transações comerciais. 
  Toda Receita é Creditada. 
  Superávit  Lucro  e  Déficit  Prejuízo. 
  Superávit e Déficit: Planejamento. 
  Lucro ou Prejuízo: Ganho(Perda) obtido nas transações comerciais. 
6. ATO E FATO ADMINISTRATIVO 
  ​Ato 
É a vontade, e a vontade para contabilidade não tem como ser registrada. 
  ​Fato 
​É o ato concretizado e devidamente documentado de forma legal. 
B.1) Elementos: 
B.1.1) Quantitativos: Componentes patrimoniais (Contas) 
B.1.2) Qualitativos: Valores dados as Contas 
 
Os fatos podem ser: 
 
Permutativos​ – quando não alteram o patrimônio liquido­ ex. compra de um automóvel a vista.  
d­ veículos 
c – caixa 
 
Modificativos – quando alteram o patrimônio liquido – ex. integralização de capital social em                           
dinheiro. 
D – caixa 
C – capital social 
 
50 
 
 
Mistos – quando alteram o patrimônio liquido, sendo ao mesmo tempo um fato permutativo e                             
modificativo. Ex. pagamento de duplicata com juros. 
d­ juros passivos 
c – duplicata a pagar 
c – caixa. 
  
7. ABRANGÊNCIA DA CONTABILIDADE 
A Contabilidade abrange todas as Entidades Econômico­Administrativas e interessa a qualquer                     
pessoa que tenha vínculo com a empresa.  
8. ATIVO E PASSIVO 
 
  Obrigações = Capital de terceiros 
  Patrimônio Líquido = Capital Próprio 
  Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido 
  SL= B + D ­ O 
  Obrigações = Passivo Real ou Passivo Exigível 
  Patrimônio Líquido = Passivo Fictício 
  Crédito = Origem (de onde sai o recurso) 
  Débito = Aplicação (onde é investido) 
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 
1­Classifique os elementos constantes no quadro abaixo em: 
A­ Bens/Direitos ou Obrigações 
B­ Positivo ou Negativo 
C­ Ativo ou Passivo 
D­ Débito ou Crédito 
 
9. PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
A pessoa Física do Sócio (bens pessoais) não se confundem com os bens da pessoa Jurídica . 
10. MÉTODOS 
  ​Das partidas dobradas:​ A cada débito corresponde um crédito de igual valor. 
  ​Das partidas simples: Existe somente um lançamento (Ex.: Economia Informal).Carlos                   
comprou um cigarro. Pg.(pago) 
11. NATUREZA ECONÔMICA DA CONTABILIDADE ­ APURAR O  
LUCRO OU  PREJUÍZO 
A­ Objeto:​ É o patrimônio. 
B­ Objetivo:​ Estudar a gestão deste patrimônio. 
C­ Finalidade:​ Fornecer informações que auxiliem no processo decisório. 
D­ Elementos 
D.1) Positivos: Bens e Direitos 
51 
 
 
D.2) Negativos: Obrigações 
E­ Técnicas contábeis 
E.1) Escrituração: Registro dos fatos que envolvem o Patrimônio. 
E.2) Demonstrações: Exposição dos fatos através de Balanço Patrimonial, Balancetes,                   
Demonstração de apuração de resultado,etc. 
E.3) Auditoria: Interpretação das demonstrações contábeis. 
E.4) Análise de balanço: Exame e verificação dos registros e das demonstrações contábeis. 
F­ Contas 
i) Sintética : Bancos conta movimento. 
ii) Analítica : Banco do Brasil ag.123. 
G­ Seqüência 
DIÁRIO 
RAZÃO 
 
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
 
Demais Demonstrações e Relatórios        BALANÇO PATRIMONIAL 
G.1) Diário 
G.1.1) Características Intrínsecas (por dentro) 
i)  Não pode ter rasuras, borrões ou  entrelinhas. 
ii)  Deve estar em ordem cronológica dos acontecimentos. 
  Princípio da Oportunidade (Resolução CFC 750, Art 6º)  
G.1.2) Características extrínsecas (por fora)  
i)  Numeração tipográfica. 
ii) Deve ter termo de abertura e encerramento.  
iii)  Registro em órgão competente (junta comercial, após a declaração do  IR). 
G.1.3) Lançamentos: 4 fórmulas 
1a ) 1 Débito para um Crédito 
2a ) 1 Débito para 2 ou mais Créditos 
3a ) 2 ou mais Débitos para 1 Crédito 
4a ) 2 ou mais Débitos para 2 ou mais Créditos 
G.2) Razão 
Conjunto de Razonetes, onde você  transcreve os lançamentos do livro Diário. 
  O livro Razão é importante para a Contabilidade, pois ele fornece os saldos das contas. 
52 
 
 
  Este livro é obrigatório, por causa do IR, para as empresas que apuram o Lucro "Real". 
12. BALANÇO PATRIMONIAL 
Está dividido em ​Ativo​ e ​Passivo. 
A­ Ativo 
A.1) 1º Grupo= Circulante 
A.1.1) 1º Subgrupo= Disponível 
São os valores disponíveis de imediato. São Bens. 
Contas: Caixa, Banco Conta Movimento, Aplicação de liquidez imediata. 
A.1.2) 2º Subgrupo: Créditos  
São os valores a receber ou recuperar até o final do exercício seguinte. São Direitos. São contas                                 
de curto prazo. 
Contas: Títulos a Receber, Promissórias a Receber, Adiantamento a Empregados, Impostos a                       
Recuperar, Duplicatas a Receber. 
A.1.3) 3º Subgrupo: Estoques 
São os Bens (não duráveis) adquiridos pela empresa para revenda e lucro. 
Contas: Mercadorias (Bens para revenda), Material de Consumo, Material de Estoque. 
A.1.4) 4º Subgrupo: Despesas Pagas Antecipadamente  
São as despesas pagas que independem de sua contraprestação. São Direitos. 
Contas: Seguros a Vencer. 
 
A.2) 2º Grupo= Realizável a Longo Prazo 
São os valores a receber após o final do exercício seguinte. São Direitos. 
Contas: Títulos a Receber, Notas Promissórias a Receber, Duplicatas a Receber, Adiantamento a                         
Sóciose a Diretores, Adiantamento a Coligadas ou Controladas. 
A.3) 3º Grupo= Permanente 
São os Bens e Direitos adquiridos pela empresa em caráter permanente. 
A.3.1) 1º Subgrupo= Investimentos 
São os Bens e Direitos adquiridos pela empresa fora de sua atividade fim. São Bens. 
Contas: Obra de Arte, Aquário, Investimentos em Coligadas ou Controladas. 
A.3.2) 2º Subgrupo= Imobilizado 
São os Bens e Direitos adquiridos pela empresa para uso na manutenção de sua atividade. São                               
Bens.  
Contas: Veículos, Imóveis, Móveis e Utensílios, Terrenos, Instalações.  
A.3.3) 3º Subgrupo= Diferido 
São as Despesas realizadas pela empresa as quais servirão para a formação de mais de um                               
período. São Direitos. 
Contas: Despesas de Pesquisa, Despesas Pré­Operacionais, Despesas de Organização. 
53 
 
 
B­ Passivo 
Vem disposto em ordem crescente do grau de vencimento das exigibilidades. 
B.1) 1º Grupo= Circulante  
São as Obrigações vencíveis até o final do exercício seguinte.  São Obrigações. 
Contas: Títulos a Vencer, Notas Promissórias a Pagar, Impostos a Recolher, Duplicatas a Vencer. 
B.2) 2º Grupo= Exigível a Longo Prazo 
São todas as Obrigações vencíveis após o final do exercício seguinte. São Obrigações. 
Contas: Títulos a Vencer, Notas Promissórias a Pagar, Duplicatas a Vencer, Salários a Pagar. 
B.3) 3º Grupo= Resultado de Exercício Futuro 
São as Receitas que independem de sua contra prestação. 
Contas: Aluguéis recebidos antecipadamente. 
B.4) 4º Grupo= Patrimônio Líquido 
B.4.1) 1º Subgrupo= Capital Social 
Também chamado de capital subscrito ou capital integralizado 
B.4.2) 2º Subgrupo= Reservas 
i) Reserva Legal: Obrigatória por lei (5% do lucro, desde que não ultrapasse 20% do capital                             
social).  
  Só se tem reserva legal se houver lucro. 
ii) Reserva Estatutária 
iii) Reserva de Capital 
iv) Reserva de Lucros 
v) Reserva de Reavaliação. 
B.4.3) 3º Subgrupo= Lucros ou Prejuízos acumulados  
É a diferença entre a Despesa e a Receita. 
Contas: Ações em tesouraria (Conta Retificadora). 
 
13. CONTAS RETIFICADORAS 
A­ Depreciação 
Desgaste natural que os Bens sofrem. 
A.1) Formas de Depreciação 
1­ Pelo uso; 
2­ Ação da natureza; 
3­ Obsolescência (Tornar­se Obsoleto). 
A.2) Características 
Analisar o desgaste dos Bens Tangíveis (não todos). 
54 
 
 
OBS.: Princípio da Prudência: Na dúvida entre 2 valores adota­se o menor para o Ativo e o maior                                   
para o Passivo. 
A.3) Lançamento  
(D) Despesa de Depreciação (ou Depreciação):  
É lançado no Resultado do exercício 
B) a Depreciação acumulada 
Conta Retificadora do Ativo 
A.4) Bens do Ativo Imobilizado 
 
A.5) Tipos de Depreciação 
A.5.1) Depreciação Normal 
É a depreciação do Bem, quando este é usado em 1 turno (8 horas) somente. 
A.5.2) Depreciação Acelerada 
É a depreciação do Bem, quando este é usado em 2 ou 3 turnos (16 ou 24 horas) . 
B­ Amortização 
É o desgaste dos Bens Intangíveis ou Imateriais (Marcas, Patentes, Direitos autorais, Fundo de                           
comércio). 
B.1) Lançamento  
(D)Amortização  
É lançado no Resultado do exercício 
© a Amortização de Marcas e Patentes Acumulada 
Conta Retificadora de Bens Intangíveis 
  Exaustão 
É o Desgaste dos Bens Naturais, sejam eles vegetais ou minerais, exceto água mineral e jazidas. 
  Os bens naturais animais são Depreciáveis. 
Água mineral e jazidas não são lançados como exauríveis devido à dificuldade de seu cálculo. 
Tudo que for de difícil cálculo não entra na Exaustão. 
14. EXEMPLOS DE LANÇAMENTOS QUE PODEM VIR NA PROVA 
A­  Despesas Gerais  
a Banco 
B­ Caixa  
a Diversos 
a Mercadorias 
a Lucro 
C­ Diversos  
a Capital social 
Mercadorias 
Caixa 
D­ Diversos  
55 
 
 
a Diversos 
Caixa 
Banco 
a Mercadorias 
a Lucro 
  Sempre que tivermos na frente da conta a letra a (EX.: a Diversos), esta conta sempre será                                 
Crédito. 
E­  Duplicatas a receber 17.000 
Depreciação Acumulada de Veículos  5.000 
Veículos 15.000 
Resultado não operacionais               7.000 
Neste caso, consideramos sempre a 1ª coluna como Débito e a 2ª como Crédito. 
15. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS IMPOSTOS 
I) ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) 
Imposto Estadual 
  Alíquota variável 
Imposto recuperável 
Imposto por dentro 
Imposto para o comércio 
II) IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) 
Imposto Federal 
Alíquota variável 
Imposto recuperável 
Imposto por fora 
Imposto para quem produz 
III) ISS (Imposto sobre Serviços) 
  Imposto Municipal 
Alíquota variável 
Imposto não­recuperável 
Imposto por fora 
IV) PIS (Programa de Integração Social) 
  Imposto Federal 
Alíquota fixa(0,65%) 
Imposto não­recuperável 
Imposto por fora 
V) COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) 
Imposto Federal 
Alíquota fixa( 3%) 
56 
 
 
Imposto recuperável 
Imposto por fora 
 
16. FATORES QUE ALTERAM O VALOR DAS COMPRAS 
(+) Compras Brutas 
(+) Fretes e Carretos 
(­) Descontos/ Abatimentos 
(­) Devolução/ Cancelamento 
(­) Impostos recuperáveis sobre compras 
(=) Compra Líquida: C 
CMV = EI + C ­ EF, onde CMV é custo das mercadorias vendidas; EI é estoque inicial; C é                                       
compra líquida e EF é estoque final. 
17. FATORES QUE ALTERAM O VALOR DAS VENDAS 
(+)  Receita Bruta 
(­) Descontos/ Abatimentos 
(­) Devolução/ Cancelamento 
(­) Impostos sobre vendas 
(­) PIS sobre o faturamento 
(­) COFINS 
(=) Venda Líquida: V 
RCM= V­CMV, onde RCM é resultado com mercadorias; V é venda líquida e CMV é custo das                                 
mercadorias vendidas.  
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 
1­ No encerramento do exercício social, as contas que registram operações com mercadorias se                         
apresentavam com os seguintes saldos: 
CONTAS R$ 
 Mercadorias 3.000,00 
 Compras 25.000,00 
 Fretes e Carretos sobre Compras 2.000,00 
 Vendas 33.000,00 
 Vendas Canceladas 5.000,00 
 Impostos Incidentes sobre Vendas 5.000,00 
 Estoques Final de Mercadorias para Revenda 6.000,00 
Feitas as apurações devidas, verifica­se que o RCM é: 
a)  2.000; 
57 
 
 
b)  4.000; 
c)  5.000; 
d)  0; 
e)  9.000   
R: Compras: 25.000 + 2.000 = 27.000 
Estoque Inicial: 3.000 
Estoque Final: 6.000 
CMV = EI + C ­ EF = 3.000 + 27.000 ­ 6.000 = 24.000 
Vendas: 33.000 ­ 4.000 ­ 5.000 = 24.000 
RCM: V ­ CMV = 24.000 ­ 24.000 = 0 
18. ERROS DE ESCRITURAÇÃO (LANÇAMENTO) 
I) Estorno (corrigir o lançamento) 
Exemplo: 
(D)Caixa R$ 10.000,00 
(C) a Capital Social R$ 10.000,00 
Não era R$ 10.000,00 e sim R$ 8.000,00. 
(D)Caixa R$ 8.000,00 
© a Capital Social R$ 8.000,00 
II) Complemento 
Exemplo: 
(D)Caixa R$ 10.000,00 
© a Capital Social R$ 10.000,00 
Não era R$ 10000,00 e sim R$ 11.000,00. 
(D)Caixa R$ 1.000,00 
© a Capital Social R$ 1.000,00 
III) Ressalva 
Exemplo: 
(D) Caixa R$ 10.000,00 
© a Capital Social R$ 10.000,00 
Onde se lê R$ 1.000,00, entenda­se R$ 12.000.  
Não era R$ 10.000,00 e sim R$ 12.000,00. 
19. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE 
I) PEPS (FIFO) ­ primeiro que entra é o primeiro que sai. 
Exemplo: 
1) Estoque inicial: 10 unidades (R$ 10,00) 
58 
 
 
2) Compra: 5 unidades (R$ 15,00) 
3) Compra: 20 unidades (R$ 20,00) 
4) Venda: 30 unidades (R$ 40,00) 
5) Compra: 40 unidades (R$ 30,00) 
6) Venda: 30 unidades (R$ 50,00) 
SIGLAS: 
C: Compra; V: Venda; S.I: Saldo inicial; Q: Quantidade; 
C.U: Custo unitário; OP. : Operação