Buscar

PETIÇÃO+PENAL+SEÇÃO+5

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SR JUIZ DA VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR DA COMARCA DE RONDONOPOLIS/MT.
PROCESSO N° (...)
GABRIEL MATOS, já qualificado nos autos em epígrafe que lhe promove a Justiça Pública. Por seu defensor (...) advogado regularmente inscrito na OAB (...) sob o n° (...), com escritório na Rua (...), n°(...), bairro (...), CEP (...), cidade/estado, vem respeitosamente por meio do seu procurador abaixo assinado, propor o seguinte:
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
Nos termos do Art.403, § 3° do Código de Processo Penal, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS 
 O Réu foi denunciado pelo Ministério Público, em tese, pela prática do delito de Ameaça, previsto no Art.147 do código Penal.
 A audiência de instrução ocorreu em 10 de maio de 2018, ás 16hr30min, foram ouvidas a Vítima, as testemunhas de acusação, as testemunhas de defesa.
 Todas as perguntas formuladas pela defesa concernente à discussão havida entre a Vítima e o Réu foram indeferidas pela MM juiz, sob a argumentação de que as perguntas foram constituídas em opinião pessoal das testemunhas, cerceando e prejudicando assim a defesa do Réu.
 Não havendo diligencias complementares, o juiz encerrou a audiência de instrução criminal, determinando a abertura de vistas sucessivas ás partes para apresentação de alegações finais por meio de memoriais escritos nos termos do Art. 403, § 3° do CPP.
O pleito, todavia, não merece acolhida, fazendo-se imperativa a absolvição do réu. De fato, a prática delitiva não restou comprovada, não há nos autos elementos que comprovem o delito ora alegado, ocorrendo em ausência de justa causa.
PRELIMINAR DE NULIDADE E NULIDADE DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL 
 Preliminarmente cumpre se destacar o cerceamento de defesa ocorrido de em face do INDEFERIMENTO de TODAS, não de uma, mas TODAS as perguntas formuladas para testemunhas de defesa acerca da discussão havida entre e Réu e a Vítima, ofendendo garantias Constitucionais da AMPLA DEFESA E O CONTRADITÓRIO e ainda do DEVIDO PROCESSO LEGAL, dispostos no Art. 5°, incisos LIV e LV da CF.
 O ato acarretou grande prejuízo ao Réu, pois pode influenciar na sentença.
 Ao indeferir, incidiu o MM juiz na inteligência do disposto no Art.212 do CPP, pois trata se questionamento pertinente até mesmo para corroborar dosimetria da pena cominada que por ventura vier a ser imposta.
 Requer a Vossa Ex. ª a nulidade do processo consoante Art. 563 do CPP e a Súmula 523 do STF.
DO DIREITO 
DA ABSOLVIÇÃO PELA INSUFISIÊNCIA DE PROVAS 
 Não há autos elementos de prova que demonstram que o Réu seja autor do fato delituoso, devendo prevalecer o princípio da presunção de inocência e do “ in dubio pro reo”.
 Verifica se nos autos a existência de teses antagônicas, haja vista a única existente é a alegação da Vítima contra a palavra do Réu.
 Requer a absolvição do Réu nos termos que do Art.386, VI do CPP.
DO PEDIDO
Diante do exposto requer:
a- que se absolva o Réu por ausência de tipicidade, por ser um ato que não configura crime, nos termos do Art. 386,III.
b- caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, que seja o Réu absolvido por não existir provas nos autos, sendo narrado pela Vítima mera alegação. 
c-Requer ainda a Vossa Excelência a nulidade do processo consoante Art. 563 do CPP e a Súmula 523 do STF.
Pede deferimento 
Rondonópolis, (...) de (...) de 2018.
____________________________________
 OAB/MT

Continue navegando