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Jornada de Trabalho

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Para você, atitudes empresariais como estas são necessárias para a sobrevivência da empresa em um mercado cada vez mais competitivo? 
Como ser forte, na concorrência acirrada com outras empresas, respeitando-se também os direitos trabalhistas?
 Como conciliar a necessidade de otimização do lucro e redução de custos, inerente ao ambiente empresarial, com o oferecimento de um ambiente de trabalho que assegura padrões de saúde e bem-estar? 
Será que falta fiscalização dos órgãos competentes, para se garantir esses direitos?
Uma Jornada de Trabalho mais justa, representou a primeira grande luta dos trabalhadores. Se acompanharmos os fatos relatados nos livros no período da Pré-Revolução Industrial, nós poderemos ver com bastante clareza que esse período tem como uma das suas características a existência de Jornadas excessivas. Inclusive, encontramos trabalhando no mesmo local algumas mulheres grávidas, crianças, idosos, doentes... E a primeira reivindicação dessa classe trabalhista foi a respeito da diminuição da jornada de trabalho.
“Na década de 30, alguns países já criaram a suas leis fixando uma jornada de trabalho máxima de até 40 horas semanais. No Brasil, ao contrário, manteve uma jornada de 48 horas semanais – além do acréscimo de 12 horas semanais permitidas pela lei - até 1988, quando a Constituição foi alterada. Só então a jornada máxima passou para 8 horas diárias e 4 horas aos sábados - totalizando 44 semanais.” – Revista Super Interessante (Brasileiro não gosta de Trabalhar?)
 Assim a nova Constituição Federal passou a determina que o montante de horas trabalhadas não pode exceder o limite de 8 horas por dia ou 44 horas semanais, exceto se for por compensação de horários, característica do banco de horas, regulamentado em acordo, ou redução da jornada, negociada por meio de acordos coletivos ou convenções coletivas de trabalho. 
Portanto a Constituição criada em 1988, empoe os limites para a duração do trabalho colocando assim um limite de até onde as empresas podem ir e protegendo a parte mais frágil da relação trabalhista, o empregado. A diminuição dessa jornada de trabalho foi muito importante, pois assim se tem a proteção do trabalhador que antes se encontrava totalmente subordinado às vontades de seu empregador, e agora existem normas de direito do trabalho que evitam a ocorrência de doenças relacionadas ao excesso de trabalho (um exemplo prático se encontra no filme “Tempos Modernos”) e dão mais dignidade ao trabalhador.
Continuando a ler os artigos da Constituição encontramos as normas relativas às Horas Extras à Jornada de Trabalho, determinando que se caso o empregado exceda o limite mínimo, o mesmo deva receber o adicional de horas extras que valem, no mínimo, 50% do valor das horas normais sendo esse e as demais normas, direitos trabalhistas mínimos, inegáveis e irredutíveis a qualquer trabalhador.
Um fato curioso que achei interessante é que, apesar de o Brasil ainda ter uma das maiores Jornadas de Trabalho Mundiais, pesquisas afirmam que nós também somos os dos povos menos produtivos do mundo e isso até me soou meio decepcionante termos esse “rótulo” no mercado internacional.
Mas voltando a falar sobre a Constituição Federal, existe um ponto muito importante em um de seus artigos, pois a partir no momento que ela fala “mediante a acordo ou convenção coletiva de trabalho” eu, como empresa, tenho a possibilidade de flexibilizar essa norma. 
Sendo assim podemos dizer que, exige-se dos órgãos competentes uma maior fiscalização não só das multinacionais, mas também das grandes e pequenas empresas nacionais, pois um trabalhador que tem em casa uma esposa e filhos passando fome, aceita qualquer contrato mesmo se esse for para ter uma carga horária exaustiva que não tem a correspondência devida com o seu salário.
Hoje, existem muitas empresas que trabalham no mesmo ramo, oferecendo produtos e serviços semelhantes. No momento em que se procuram mais lucros, os olhos dos gestores não olham diretamente para a redução de custos, de gastos ou coisas do tipo, a primeira ideia é de se exigir mais do funcionário, e como já dito, quem precisa de emprego aceita qualquer coisa. Então, posso dizer que a concorrência é cruel sim, só que injustamente a balança sempre vai pender para o lado mais fraco e apesar de, historicamente, o período de a Escravidão ter sido abolido, ainda encontramos, em algumas empresas, vestígios desse período histórico.
Erroneamente temos a ideia de que para se alcançar mais resultados se faz necessário que se exija mais dos empregados, mas é justamente ao contrário. Funcionários exaustos vão trabalhar mal sem “chicotadas” ou com elas. Quando o funcionário está desmotivado com seu trabalho, cobrar mais dele é a pior medida que se pode ser tomada.
Uma forma de aumentar a produção é estimular os funcionários, ou até mesmo escutá-los esperando saber qual é a opinião deles sobre o seu trabalho. Uma empresa quebrou esse paradigma quando percebeu que após o horário de almoço o nível de produção de seus funcionários caia drasticamente. Tentando descobrir o motivo dessa queda da produção, ela propôs uma investigação para descobrir as causa.
O que ficou constatado? Que após o almoço, os empregados são vítimas daquela famosa “lombeira” que até nós mesmo passamos por isso. O Resultado foi surpreendente. A empresa decidiu dar ao funcionário alguns minutos para ele cochilar depois do almoço. A conclusão foi que, com esse simples ato de prestar atenção nas necessidades do funcionário, a empresa conseguiu rapidamente elevar seus lucros, pois a cada “hora do cochilo” ela tinha toda a sua equipe revigorada novamente para a rotina de trabalho. O sucesso da empresa não está relacionado com a quantidade de horas que se trabalha, mas sim com a motivação que se tem ao trabalhar.

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