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CADERNO DIREITOS FUNDAMENTAIS BATISTA NEVES

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Meu caderno de Fundamentais
PARTE 01
Direitos fundamentais
Terminologia remete ao conteúdo, o direito é fundamental quando tem proteção constitucional.
Liberdades públicas
No Brasil, durante a época Imperial bem como no Início da República não era usada o temo Direitos Fundamentais e sim, a expressão liberdades públicas. O uso da expressão liberdades públicas advém da reprodução francesa “liberte publique”. Atualmente, se mudou a tradição todavia, a França ainda utiliza. No Brasil, a partir da segunda metade do século ..., seguindo a influência europeia, liberdades públicas passaram a ser sinônimo de direitos fundamentais. O termo liberdades deixou de ser comumente utilizado pois, ele remete a predisposição de abstenção (obrigação de não fazer) e os direitos fundamentais não englobam somente o absenteísmo eles envolvem também a ação.
Direitos humanos
Outras ciências humanam costumam chamar os Direitos Fundamentais de Direitos Humanos seguindo a influência dos instrumentos internacionais. Todavia, comumente o termo Direitos Fundamentais é utilizado no direito constitucional interno e Direitos Humanos no plano internacional. Na linha de raciocínio de utilizar apenas o termo Direitos Humanos segue André Carvalho Ramos e Flávia Piovesano.	Comment by Carolina Meireles: AMOR DA MINHA VIDA DAQUI ATÉ A ETERNIDADE
O uso de Direitos Fundamentais, em tese, configura-se como uma expressão menos ambígua visto que Direitos Humanos pode remeter a uma origem jus naturalista.
Civil Rights
Nos EUA não se fala de Direitos Fundamentais e sim de Civil Rights. A civil rights são ligadas assim como as liberdades públicas aos direitos de igualdade ou de abstenção e, os Direitos Fundamentais vão bem além disso.
Direitos Morais
A noção de Direitos Morais vem de Dworkin, no qual seriam direitos que já obtém consenso a respeito de alguns princípios que são pressupostos para a caracterização do modelo de comunidade, a formação desses direitos reflete um modelo em que a legitimidade do Direito irá decorrer da atuação desta comunidade conforme um rol de princípios fundado na história e que vale para todos a partir do que Dworkin denomina integridade. A ideia de Direitos Morais pode levar a uma contraposição ao Direito Positivo e Direitos fundamentais requer a estabilidade da positivação.
Direitos Naturais
Enquanto os direitos naturais preocupam-se com questões ligadas a origem os direitos fundamentais são o resultado evidenciado pela união estabelecida entre várias concepções filosóficas, jurídicas, incluindo-se nestas o direito natural e o positivo. Assim, para os direitos fundamentais pouco importa a origem, o relevante é o que entendido agora.
Por que Direitos Fundamentais ?
Segundo Dimoulis e Martins, usa-se a expressão direitos fundamentais por: corresponder ao vocabulário da CF, é genérica (pode abranger os direitos individuais e coletivos, os sociais e políticos, de liberdade e de igualdade), indica que nem todos os direitos reconhecidos no ordenamento jurídico são tratados no âmbito do direito constitucional.
PONTO 02: Requisitos – AULA 02
O que torna um direito fundamental? Visto que tem direitos que são fundamentais e outros não
Alguns doutrinadores respondem que:
O ordenamento jurídico: seriam os Direitos Fundamentais em sentido formal
A natureza do Direito: alguns por natureza são e outros não
Noberto Bobbio, em sua obra “A era dos direitos”, diz que com a constitucionalização dos direitos no período pós guerra não é mais relevante ver o sentido material e formal dos Direitos Fundamentais e sim, se apegar a sua aplicabilidade reconhecendo, inclusive, novos direitos.	Comment by Carolina Meireles: Será que ele tem razão? Observa EUA, porte de armas(formal e materialmente fundamental) e o direito ao nome, 2003 STF
Requisitos	Comment by Carolina Meireles: Os Direitos Fundamentais não são garantidos em várias partes do mundo, pois, eles não desenvolveram esses requisitos como o ocidente. Será que eles devem desenvolver ou será um sinal a mais da expressão do imperialismo? (Discursão na característica universalismo)
O termino Direitos Fundamentais foi cunhado na Alemanha, pós constituição da Igreja de São Paulo (Frankfurt, 1842), se popularizando na Europa.
Para Dimoulis e Martins, para se falar em Direitos Fundamentais se deve ter a reunião simultânea de três elementos:
Estado: A ideia de Estado aqui se desvincula do marco kelseniano de “onde há Direito há Estado” descaracterizando logo sociedades gregas e romanas. Dessa maneira, deve-se conceber o Estado em sentido moderno, enquanto entidade que se afirma por impor uma ordem jurídica, em um determinado território há uma determinada população (engloba a noção de povo) e harmoniza as demais instituições, visto que monopoliza o poder político.	Comment by Carolina Meireles: A questão do Estado Plurinacional da Colômbia que admite mais de um ordenamento (em respeito a cultura indígena) mas em situações mais graves, a exemplo crimes de homicídio, se vê como monopolizadora do poder político.
Indivíduo: também ligada a concepção moderna, pós reforma e contrarreforma, a qual aloca a expansão do ideário de liberdade e a questão da autonomia. Vale recordar que, anteriormente, conforme Benjamin Constan “para os antigos ser livre não significava decidir seu próprio destino e sim, pertencer a sua coletividade”.
Texto normativo: limitação do poder do Estado, delimitação de proteção aos direitos(diferenciação dos demais direitos).
Gerações/ Dimensões
A estruturação dos Direitos Fundamentais em Gerações foi feita por Karel Vasak no qual associou a estrutura e o momento histórico de cada Direito fundamental em dimensões, relacionando com um dos lemas da revolução francesa: ”liberté, egalité, fraternité”. Todavia, essa classificação foi popularizado por Bobbio na obra “A era dos direitos”.	Comment by Carolina Meireles: André Ramos Tavares usa essa classificação em sua obra para efeitos didáticos. Todavia, conforme Batista nem para usos didáticos essa proposta é válida a melhor solução, segundo ele, é estudar o processo histórico de cada sítio separadamente ou a história constitucionalista americana (sem linearidade)
Críticas a concepção em gerações ou dimensões
Vasak não falava em Direitos Fundamentais e sim, em Direitos Humanos (1° momento atrelado aos direitos civis e políticos; 2° momento aos direitos econômicos, sociais e culturais; 3° momento aos direitos transindividuais – meio ambiente, paz)
Bobbio associou a ideia de aplicação a uma determinada Constituição só que esses momentos não sei encaixam no desenvolvimento de nenhum país. Ex: França, Constituição liberal que já pregava o direito à educação que se encaixa como direito social.
Subvaloriza a ideia e importância dos direitos políticos. Deve-se memorar, que os direitos sociais foram reconhecidos com a ampliação dos direitos políticos( eleitores).
A ideia de Vasak demonstra apenas uma face (abstenção ou ação) e os direitos fundamentais tem as duas, assim sua classificação não compreende a estrutura de Direitos Fundamentais. Os Direitos Fundamentais, todos eles, exigem abstenções e atuações do estado, mas para alguns direitos a face da abstenção é mais pronunciada do que a face da ação e vice versa.
Outras críticas superficiais são feitas. A primeira delas é em relação a terminologia em que gerações dá a ideia de substituição e por isso, o termo mais adequado a ser usado seriam dimensões. Outros doutrinadores não aderem a classificação clássica de Vasak, pois, creem em mais do que três dimensões, a exemplo, Paulo Bonavides a que inserem a 4° dimensão a qual se liga ao direito à paz(internacionalização dos direitos. Nessa linha, recaem outros doutrinadores aos quais inserem enésimas dimensões aos quais, segundo Sarlet no fim recaem em direitos antigos repaginados.	Comment by Carolina Meireles: O grande problema da classificação não está no nome, o problema está na coisa em si. Essa classificação não corresponde ao que aconteceu historicamente, não veio uma levae depois outra e depois outra. Essa classificação omite uma classe de direitos fundamentais importantíssima que foi, em boa parte, responsável por toda a evolução do sistema os direitos políticos. Foram eles que forçaram o sistema a evoluir, quando nos EUA houve o movimento do civil rights, a primeira grande conquista foi a garantia da inclusão política para os afro-americanos. Só depois que passaram a votar que os outros direitos foram garantidos. Essa classificação não dá conta de explicar o que de fato aconteceu e ela é incompleta. O estado, mesmo nos direitos de abstenção, tem que agir para garanti-los.A crítica brasileira a essa teoria é puramente cosmética, se limitando a criticar a nomenclatura.
Fundamentalidade em sentido material	Comment by Carolina Meireles: Uma das respostas para a pergunta: O que torna um direito fundamental?
O conteúdo torna o Direito Fundamental.
Ao seguir a linha de raciocínio de Dworkin, o conteúdo moral, a expressão de valores de determinado povo, a indisponibilidade do direito da coletividade o torna fundamental. Todavia, essa hipótese só é cabível em ambientes com hegemonia monocultural em que os anseios da coletividade em sentido plural, por vezes, são minimizados em vistas do dominante coletivo.
Fundamentalidade em sentido formal
A forma protetiva (ordenamento) define quais os Direitos são fundamentais.
A Constituição como expressão máxima da lei protege os Direitos ao qual entende como fundamentais e que, na maioria das vezes, são unificados sob a égide do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. 	Comment by Carolina Meireles: Nota historiográfica, memorando a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.
Vale ressaltar, que em Constituições analíticas, como a brasileira, apenas expressar o aspecto formal é pouco visto que, provavelmente, os direitos são embutidos em outros microssistemas.
Rol dos Direitos Fundamentais
Os Direitos Fundamentais são os que estão na Constituição (art.5) que reaparecem espaçados em outras partes, a exemplo, os direitos sociais. Todavia todos estes compõem apenas um rol exemplificativo.
Para mais, pode-se identificar Direitos Fundamentais por meio de exclusões.	Comment by Carolina Meireles: Exemplo: questão da imunidade parlamentar, o que não é direito fundamental da pessoa e sim, uma prerrogativa vinculada ao cargo.
Bloco de constitucionalidade
História: Na França, foi promulgada uma Constituição, em 1946, diante da instabilidade política em 1958 houve a publicação de uma nova Constituição presidencialista que não continha muitos Direitos Fundamentais ao se comparar com o ordenamento anterior. Com isso, em 1973, o Conselho Constitucional Francês precisou decidir se o direito a moradia era ou não Direito Fundamental e, por não estar elencado no rol utilizaram o preâmbulo para categorizar, ao analisar o preâmbulo se observou que a Constituição não exclui os direitos que não estejam contidos nela, no caso em questão, os elencados na Declaração dos Direitos Humanos e do Cidadão pois mesmo em um dispositivo espaçado ele vale como fundamental.
Assim, todas as normas da Constituição Federal somadas as que embora não embutidas no ordenamento magno tem valor de fundamentalidade (tratados, convenções) compõem o bloco de constitucionalidade.	Comment by Carolina Meireles: Ex: bagagem extraviada, direito fundamental? CF x Convenção de Montreal
Consequências do reconhecimento dos Direitos Fundamentais como fundamental formal
a) Supremacia normativa
b) Impossibilidade de supressão: Pode modificar não pode abolir, tem que manter o núcleo essencial do direito
c) Aplicabilidade imediata: art. 5 §1º, CF/88
 Vigílio Afonso da Silva: tendo conteúdo deve aplicar as normas de Direitos Fundamentais.
Eficácia negativa: imediata (o que a norma constitucional impede – que normas contra sejam editadas)
Eficácia positiva: lei e mandato de injunção.	Comment by Carolina Meireles: Ex: direito a moradia
Cláusula de abertura material (art.5 §2º)
EUA: (contexto da Guerra da Independência) A Convenção da Filadélfia seria supostamente para atualizar os artigos da Confederação, todavia, foi um golpe no qual foi confeccionada uma nova Constituição- a dos Estados Unidos da América que apesar de ratificada pelos estados sofreu severas controvérsias, pois, não tinha Direitos Fundamentais expressos. Historicamente, os direitos do norte-americanos estavam previstos na Bill of Rights, por isso, ao exercer o controle de constitucionalidade se determinou que todos os direitos que estão na Constituição não excluem outros que possam vir a ser reconhecidos futuramente.	Comment by Carolina Meireles: O estado da Virgínia, por exemplo, tinha uma legislação bem mais complexa no âmbito dos Direitos Fundamentais do que a recém criada Constituição dos EUA, desse modo, caracterizou um dos sítios de embate ao ordenamento.
A esse reconhecimento de novos direitos é denominada a cláusula de abertura material.
No Brasil, a Constituição de 1891, influenciada pelo constitucionalismo americano tinha a inserção a cláusula de abertura material.
Ademais, os vindouros direitos podem ser implícitos, pois, em decorrência dos princípios ou do regime da República Federativa do Brasil é permitida a renovação por meio do conteúdo justificada, logo, pela dignidade da pessoa humana. Esse novo direito, assim como os outros, adere as consequências do reconhecimento com fundamento formal.	Comment by Carolina Meireles: Vide ponto 06, ex: direito ao nome
Os Direitos Fundamentais previstos em tratados e convenções sobre Direitos Humanos
O ordenamento jurídico brasileiro e os ordenamentos supranacionais
Duas teorias destacam-se ao interacionar os ordenamentos:
Teoria monista: Baseada em Kelsen, o ordenamento jurídico interno e o supranacional são um só, ou seja, caso um país assine tratado ou convenção ele automaticamente vige.	Comment by Carolina Meireles: Ex: Argentina
Teoria Dualista: o ordenamento interno é relativamente independente ao ordenamento externo.	Comment by Carolina Meireles: O Estado pode assinar, mas, não vige automaticamente, os órgãos devem reconhecer, ex: Brasil em que esse papel é desempenhado pelo Congresso.
BR
No caso do Brasil, quem assina tratados ou convenções é o Presidente, delegável aos ministros (art. 84)
Antes da EC 45/2004
O trâmite é: aprovação ou rejeição pelo congresso 
Emissão de decreto legislativo
Votação por maioria simples
Promulga (presidente age com discricionariedade para dizer a partir de quando vai valer – decreto executivo) enquanto o presidente não emitir o decreto executivo segundo o STF, o tratado não vale no plano nacional 
Depois da EC 45/2004
A votação por maioria simples torna o Tratado norma de caráter supralegal (infraconstitucional)
Caso seja votado por maioria qualificada, o Tratado valerá como emenda (já que o quórum é igual).	Comment by Carolina Meireles: Ex: Tratado de Marraqueche e Convenção de Nova York
Para Flavia Piovesano (visão minoritária) todo tratado e/ou convenção devem valer como norma constitucional, incluindo-se inclusive as normas pleiteadas antes da EC45, visão esta que, logicamente, não é comungada pelo STF.
O STF entende que os tratados antes da EC valem como norma supralegal.
Se os tratados não forem de Direitos Humanos valem como lei ordinária sem se valer da questão de emenda (visão majoritária) ou as regras são iguais as de Direitos Humanos. 
A denúncia: Manifestação/desejo de saída
Plano externo: Se o tratado foi assinado voluntariamente pode sair a qualquer momento, mas, o país signatário continua responsável pelos atos praticados durante a adesão.	Comment by Carolina Meireles: Exemplo: República de Trindade e Tobago que é signatária de alguns tratados de DH mas, descumpre ao condenar, inclusive, por pena de morte
Plano interno: No plano interno há a discursão se ao sair de um tratado, o país não estaria suprimindo um direito. Dessaforma, entende-se que ao ocorrer a denúncia a validade interna continuaria sem responsabilização internacional (princípio da vedação ao retrocesso social).
Titularidade dos Direitos Fundamentais
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”
Conforme a Constituição Federal, a titularidade dos direitos fundamentais é dos brasileiros e dos estrangeiros residentes no país. Deve-se observar que a titularidade dos estrangeiros está comprometida a compatibilidade da sua condição de estrangeiro.
Estrangeiros residentes
Dessa forma, os estrangeiros possuem, a priori, assegurados efetivamente direitos ligados a liberdades individuais. Mas, outros direitos, como os políticos, ele não detém isso, justifica-se pelo seu não vínculo de nacionalidade. Nota-se, no entanto que no caso dos portugueses a situação é modificada visto que os países possuem um acordo de equiparação.	Comment by Carolina Meireles: Locomoção, trabalho, prisão fundamentada	Comment by Carolina Meireles: Votar, ser votados, impetrar ação pública, associar-se a partido político	Comment by Carolina Meireles: Uma equiparação símile ocorre na União Europeia “cidadão europeu” 
Vale citar que, o serviço militar não é equiparado (justificação na nacionalidade) e os direitos no caso dos portugueses, são suspensos no país.
Estrangeiros não residentes
No caso dos estrangeiros não residentes, eles apresentam direitos fundamentais compatíveis com sua condição de não residente.	Comment by Carolina Meireles: Vida, locomoção	Comment by Carolina Meireles: Ex: caso do jogador grafiti
Pessoas jurídicas
Acerca das pessoas jurídicas, vale ressaltar que ele detém todos os direitos que não sejam incompatíveis com a sua natureza.	Comment by Carolina Meireles: Visão não comungada pelo Direito Penal	Comment by Carolina Meireles: Ex: direito do autor	Comment by Carolina Meireles: Argumento utilizado para alegar a inconstitucionalidade do financiamento de campanhas por empresas, empresas não tem direitos políticos.
Seres não humanos
Pós humanidade: corrente consciente, defendida por Marco Aurélio, diz que são titulares dos direitos fundamentais, também, os seres que ainda não existem, e que por isso o ordenamento não se preocupa.
Outros: nega o antropocentrismo, diz que outros seres tem DF compatíveis com sua condição de não humano desde que esse direito seja expressão cultural humana.
Características dos Direitos Fundamentais
Variam por autor, segundo Dirley da Cunha: 
Historicidade: Os direitos fundamentais não são o resultado de um acontecimento histórico determinado, mas, sim, de todo um processo de afirmação que envolve antecedentes, evolução, reconhecimento, constitucionalização e até universalização. Os direitos fundamentais são históricos na medida em que emergem progressivamente das lutas que o homem trava por sua própria emancipação, por isso, são mutáveis e sujeitos a transformações e ampliações.
Autores como Carl Schmitt, negam a historicidade, diz que os DF são apresentados como naturais, inerentes ao homem e não sujeitos da conveniência política. A historicidade no aspecto dele, manteria os Direitos Fundamentais vinculados a um regime político específico, situação na visão dele incompatível. Por isso, para Schmitt, a crença na constitucionalização.
Inalienáveis ou irrenunciáveis, imprescritíveis e indisponíveis 
Inalienável (que não pode ser vendido ou cedido embora possa deixar de exercê-los), imprescritível (que não prescreve, não se perde com o passar do tempo são sempre exigíveis), indisponíveis (não podem ser penhorados nem alienado)
Exemplo: direito a propriedade sagrado e inalienável, foi relativizado.
Deve-se entender essa característica do seguinte modo:
 
Em alguns casos o exercício é indisponível, exemplo direito a vida.
Direito de ter direito: indisponível, imprescritível e inalienável
Tanto a subdivisão das características em exercício e titularidade quando a postulação do direito de ter direito são, para Batista, tentativas frustradas de resolver o problema de agenda política, essa conceituação foi válida em 1870, e também depois da 2° guerra mas, atualmente não cabe visto que cada DF tem uma dinâmica própria.
Limitabilidade Caráter absoluto (recai em casos de colisão)	Comment by Carolina Meireles: Exemplo: manifestação na Universidade põe em voga a colisão do Direito ao trabalhos versus o Direito à Educação versus o Direito a reunião
Não há direitos fundamentais absolutos, os direitos devem conviver entre si e quando estiverem, em face de determinada circunstância, em conflito, devem ser harmonizados. Não há a mínima possibilidade de se limitar um direito fundamental em abstrato, a restrição só é possível in concreto.
Ademais, há uma ordem excepcional de limitações constitucionais dos direitos fundamentais, que podemos chamar de limitações circunstanciais pois dizem respeito às restrições impostas circunstancialmente durante situações constitucionais de crise, por ocasião da decretação dos estados de sítio e de defesa.
A limitação nunca pode atingir o núcleo essencial do direito fundamental, por isso, se fala de limites dos limites, em que a doutrina passou a se preocupar com as limitações abusivas, sustentando a necessidade de limitar as próprias limitações dos direitos, a partir de um conjunto de referências que passam a parametrizar a atuação dos poderes, especialmente a do legislador. Essa linha de raciocínio se dá pois, esvaziar o que há de mais essencial em seu conteúdo, é, mais do que frustrar o seu exercício, aniquilá-lo. A proteção do mínimo existencial, a proibição do retrocesso, a vedação da proteção insuficiente e a proibição de excesso integram o conceito do conteúdo essencial dos direitos fundamentais que deve ser examinado como um limite às restrições de direitos a partir do método de ponderação pelo juízo da proporcionalidade(teoria relativa).	Comment by Carolina Meireles: Se contrapõe a teoria absoluta que não admite o juízo da proporcionalidade como parâmetro de aferição do núcleo essencial
Na doutrina tradicional, de Alexy, os Direitos Fundamentais são absolutos primafacie até colidirem com outros Direitos Fundamentais ou que valham como fundamentais. Só são absolutos perante espécies de Direitos que não tenham carga fundamental, os direitos constitucionais, em geral.
Constitucionalização
Os direitos humanos são anteriores e superiores ao Estado e a qualquer positivação que a eles intente, pelo simples fato de que são inerentes à condição humana e de fazerem parte da pré compreensão que a comunidade tem acerca dos próprios valores, e da ideia de Direito que a organiza e disciplina. A existência desses direitos fica sujeita ao reconhecimento formal, o que se dá pelas declarações solenes e das constituições. 
Vinculam os poderes públicos
Diferenciam-se na gradação da vinculação
Exemplo: escola rural
PRINCIPIO DA CORREÇÃO FUNCIONAL (ou PRINCIPIO DA EXATIDÃO FUNCIONAL) - é um princípio muito ligado à lógica da separação de poderes. Como a gente na aula passada, cada poder, cada instancia estatal tem o seu papel próprio na interpretação da constituição. Quem é dá a primeira palavra na concretização da constituição? É o legislativo. O juiz dá a ultima palavra. Cada poder deve se limitar ao seu papel e deve reverenciar a função do outro na interpretação da constituição.
Máxima efetividade (Dirley não cita esse)
Os Direitos Fundamentais devem ser concretizados com o maior empenho possível
Aplicabilidade imediata(Dirley não cita esse)
Os Direitos fundamentais não precisam de complemento, constituem uma norma de aplicação plena.
Universalidade§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Os Direitos Fundamentais não são confinados a determinados grupos ou estamentos, eles são universais, devem valer para todos, destinam-se a todos sereshumanos. É da essência dos direitos fundamentais sua generalidade, vale dizer, universalidade. Essa universalidade deve ser compreendida em termos, uma vez que conquanto existam direitos de todos os seres humanos, há direitos que só interessam a alguns. Ademais, a fixação do conteúdo do direito fundamental fica a cargo da consciência geral e do consenso desenvolvido por determinada comunidade em cada momento histórico e cada lugar de modo que a universalidade não deve ignorar o diferente significado que um mesmo direito fundamental assume em contextos distintos. A universalidade, outrossim, não pode significar uma necessária e absoluta uniformidade dos direitos fundamentais. 	Comment by Carolina Meireles: No plano internacional, a universalidade é uma questão controvérsia. Os Direitos humanos segundo essa característica devem impor então normas universais ?
Exemplo: cotas, baseado na historicidade e na universalidade tenta reaver direitos negados.
Concorrência
Os direitos fundamentais podem ser exercidos cumulativamente. Vale dizer, num mesmo titular podem acumular-se vários direitos, como, por exemplo, o direito de liberdade de manifestação do pensamento como o direito de reunião ou de associação.
Proibição do retrocesso ou efeito “cliquet”
Uma vez que reconhecidos não podem ser suprimidos ou abolidos ou enfraquecidos sob pena de inconstitucionalidade. No plano normativo, a vedação do retrocesso protege os Direitos Fundamentais impedindo a revogação das normas que os consagram ou a substituição dessas normas por outras que não ofereçam garantias com eficácia equivalente; já no plano concreto, a proibição do retrocesso obsta a implementação de políticas estatais de enfraquecimento ou flexibilização dos Direitos Fundamentais.
Direitos versus Garantias
Segundo a distinção de Rui Barbosa:
Normas constitucionais: enunciam direitos, faculdades, possibilidade de atuação	Comment by Carolina Meireles: Ex: direito a locomoção, direito de crença e consciência e direito a informação pública
Garantias: são normas que asseguram a proteção do direito.	Comment by Carolina Meireles: Ex: Habeas corpus, proteção ao local de culto e habeas data
José Afonso da Silva faz uma distinção não popular, um mapeamento de quais normas seriam direitos e quais seriam garantias.
José Carlos Vieira de Andrade, um português, na obra Direitos Fundamentais na Constituição de 1976 faz uma crítica a José Afonso alegando que essa distinção tabelar desvaloriza direitos que não tem garantia. Dessa forma, não se deve pensar em garantias específicas para cada direito, pois, os que não tem proteção são tão importantes quanto os que tem. Deve-se pensar, logo, que quando não há a garantia, a Constituição como norma suprema deve por si só bastar. 	Comment by Carolina Meireles: Ex: direito a educação, Rátis propôs em sua tese um Habeas educacionis
A doutrina contemporânea quase não fala em garantias fundamentais, todavia, rememora o conceito de Carl Schimitt de garantias institucionais. Em que segundo Carl, em 1925, os direitos fundamentais convivem com outras estruturas que protegem os grupos sociais para garantir esses direitos. Carl vislumbra normas protetivas dos direitos sociais para que os poderes constituídos não desnaturem o núcleo dos direitos.
Essa noção é comungada por Canotilho, ao exemplificar a proteção a família se nota que não está sendo fixada uma conceituação imutável de família e sim, a sua proteção enquanto formação social independentemente do que vem após a Constituição.
Deveres fundamentais
São do ponto de vista normativo da mesma valoração que os direitos fundamentais.
Ao longo da história os Deveres Fundamentais foram negligenciados.	Comment by Carolina Meireles: A exemplo na Revolução Francesa que concomitantemente com a Declaração de Direitos foi proposta uma Deveres na qual foi rejeitada.
Os Deveres fundamentais apelam para coesão social.	Comment by Carolina Meireles: O problema é que nossa sociedade é uma sociedade individualista. 
O próprio título da Constituição já os elucida (Capítulo I, I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS ART. 5º).
Para alguns autores, os direitos e deveres fundamentais são correlatos. A exemplo, o direito de manifestar implicaria por parte do Estado o dever de não interferir e por parte da sociedade em geral o dever de aceitar a manifestação.
Para Dimoulis, os deveres fundamentais se subdividem em:
Deveres vinculados aos Direitos Fundamentais (exemplo direito ao voto que implica no dever de votar individual, no dever de computar o voto pelo Estado e no dever de não embaraçar o voto pelos particulares em geral)
Deveres desvinculados a qualquer direito (Exemplo: dever de aderir as forças armadas)
Dupla dimensão dos Direitos Fundamentais
Os direitos fundamentais devem ser apurados não apenas sob a ótica das posições subjetivas conferidas a seus titulares(dimensão de garantia de posições jurídicas individuais) mas também sob o enfoque da construção de situações jurídico-objetivas(sintetizam os valores básicos da sociedade democraticamente organizada e os expande para toda a ordem jurídica), que concorram para o atendimento das expectativas por eles fomentadas
Subjetiva: “facutar at gente”, possibilidade prestacional o qual caso violada invoca a obrigação de outrem. Prerrogativa de exigir os seus interesses em face dos órgãos estatais ou qualquer outro eventualmente obrigado, que contraem o dever jurídico de satisfazê-lo, sob pena de serem judicialmente acionados.
Objetiva: ordem objetiva de valores, o Direito não protege valores individuais e sim, os intersubjetivos, ou seja, os comungados pelo grupo social. Os direitos fundamentais formam a base do ordenamento jurídico de um Estado Democrático de Direito.	Comment by Carolina Meireles: Representa apreço, estima, o que deve ser protegido mais que uma coisa
Origem: caso Luth, 1958 fez perceber além da dimensão subjetiva, a objetiva.	Comment by Carolina Meireles: o autor acabou absolvido por sua conduta, considerando aquele tribunal que ele não poderia recusar uma ordem do ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, sem colocar sua própria vida em perigo nem poderia realizar o filme de forma menos impressionante ou eficaz para o público
A provocação para a decisão proferida pelo Tribunal teve origem no recurso constitucional interposto por Erich Lüth, que se opunha à condenação que lhe havia sido imposta por um tribunal estadual (Landgericht) pelo fato de haver se expressado publicamente, por diversas vezes, convocando um boicote aos filmes de Veit Harlan, por seu suposto passado nazista, tendo considerado a Justiça ordinária, com base no parágrafo 826 do BGB (Código Civil Alemão), que a exortação de Lüth ao boicote seria contrária à moral e aos costumes, razão pela qual ele foi condenado a omitir-se de novas convocações a favor do boicote sob ameaça de uma pena de multa ou até mesmo de prisão[2]. A decisão da Justiça ordinária seria, entretanto, reformada pelo Tribunal Constitucional, sob o fundamento de que o direito fundamental à liberdade de opinião irradiava sua força normativa sobre o Direito ordinário, no caso o Direito Civil, impondo-se aos tribunais ordinários a necessidade de emprestar prevalência ao significado dos direitos fundamentais, mesmo nas relações entre particulares
Decorre diretamente da acepção axiológica da dimensão jurídico-objetiva dos direitos fundamentais, que o enaltecem como um conjunto de valores objetivos fundamentais da comunidade, consiste na aceitação de que os direitos fundamentais devem ter sua eficácia aferida não só sob o ângulo do indivíduo perante o Estado, mas tembém sob o ângulo da comunidade na qual o indivíduo se encontra inserido assim, é plenamente justificável a imposição de restrições aos direitos subjetivos individuais ante os interesses superiores da comunidade, e até a limitação do conteúdo e alcance desses direitos, desde que preservado o núcleo essencial destes.
Consequências da dupla dimensão 
Eficácia irradiante (australungswirkung)Identifica os direitos fundamentais como diretrizes ou vetores para interpretação e aplicação das normas infraconstitucionais. 
Eficácia horizontal (Drittwirkung): Direitos fundamentais interferem nos direitos privados/ interpretação conforme a Constituição (critério selecionador de normas)
A fim de entender essa consequência vale serem feitos adendos práticos:
Situação 01: União se liga ao sistema ECAD(sistema privado de arrecadação de direitos autorais, formados por associações). União Brasileira de Compositores desliga membro sem dar-lhe direito de defesa – visto que esse direito é válido contra o Estado e não contra particulares.
Situação 02: Decisão pelo STF, no caso da empresa Air France que é governada pelo Estado Francês, e atribui seus postos máximos apenas a nacionais franceses, questão em que um nacional brasileiro teria todos os requisitos para progressão na empresa, mas devido a sua nacionalidade foi impedido por meio de uma discriminação negativa.
Situação 03: Decisão do TST, empregado de montadora que sofreu um acidente foi requalificado mas, não reempregou em uma função visto que seria mais lucrativo deixa-lo inerte ao revés de demiti-lo.
Os Direitos Fundamentais são direitos usados contra a arbitrariedade do Estado (eficácia vertical). Todavia, eles também se aplicam frente a particulares (eficácia horizontal), situação em que se pressupõe situação de igualdade-paridade de armas. A eficácia dos Direitos Fundamentais nas relações privadas é tratado diferente a depender da cultura jurídica, as principais teorias são:	Comment by Carolina Meireles: O Estado, per si, tem direitos fundamentais a exemplo, a propriedade
States action doctrine (EUA, Austrália, Canadá): Direitos Fundamentais valem apenas contra o Estado. No direito americano há apenas duas exceções: a primeira, quanto a aplicação na 13° emenda(proibição da escravidão) na qual nesse caso, entende-se que valem também aos particulares e a segunda, é a teoria que defende a ideia remetente aos particulares que exerçam funções delegadas do Poder Estatal Público nos quais por exercerem indiretamente uma supremacia também caberia a aplicabilidade de defesa aos direitos fundamentais em casos de arbitrariedade.
Eficácia indireta (Alemanha): Expoente Durig, Direitos Fundamentais valem nas relações privadas mas, tem que reconhecer a autonomia das vontades (regularem seus próprios comportamentos). Quando não há lacunas aplicam-se os direitos fundamentais para orientar a interpretação infraconstitucional. Quando há lacunas se usa cláusulas gerais.
Eficácia direta (Espanha, Portugal e Brasil): corrente criada na Alemanha, por Nipperv constitui corrente minoritária em seu país. O direito privado existe, pois, a Constituição o permite (leva-se em consideração a hierarquia), assim, os direitos fundamentais por constarem na Carta Magna são hierarquicamente superiores as demais normas e em relação a autonomia, ela existe dentre dos limites que a Contituição permite.
Assim, nas hipóteses fáticas:
S1: O autor tem direito de defesa frente a UBC
S2: As empresas privadas, como a Air France, têm que respeitar o direito a igualdade.
S3: a força laboral tem que ser usada como requisito da própria dignidade (Direito ao trabalho)
Benedita Mac Crorie diz que há o esquecimento de direitos aplicáveis somente ao Estado, como o direito ao silêncio e de produzir prova contra si mesmo, e de direitos que não são aplicáveis nas relações privadas, a exemplo da razoável duração do processo. 
Ativam deveres de proteção: concretização comum por todos, obrigação vinculativa, aplicação do princípio da proporcionalidade. Incube zelar, inclusive preventivamente pela defesa daqueles direitos contra agressões provindas, não só dos próprios órgãos públicos, mas também dos particulares, devendo o poder público adotar medidas positivas das mais variadas ordens. 
Eficácia dirigente (Dirley cita como consequência)
Os direitos fundamentais produzem eficácia dirigente em relação aos órgão do Estado, impõe dever permanente de concretizá-los e realiza-los(direito fundamental à efetivação da Constituição). Outrossim, os direitos fundamentais servem de referência para o controle de constitucionalidade das leis e demais atos do poder público. 
Na relação entre as duas dimensões, segundo Alexy, há de prevalecer a dimensão subjetiva dos direitos fundamentais, pois, primeiramente, a finalidade principal dos direitos fundamentais consiste na proteção do indivíduo, e não da coletividade, desempenhando a dimensão objetiva uma função de reforço da tutela jurídica dos direitos fundamentais subjetivos, secundariamente, refere-se ao caráter principiológico dos direitos fundamentais, pois, o reconhecimento dos direitos subjetivos implica num grau maior de realização dessas normas-princípios definidoras de direitos fundamentais, do que a previsão de obrigações de natureza meramente objetivas
Categorias e funções dos direitos fundamentais
Finalidade dos direitos fundamentais é conferir aos indivíduos uma posição jurídica de direito subjetivo e limitar a liberdade de atuação do órgãos estatais. Georg Jellinek “direito público subjetivo”, isto é, um direito individual que vincula o Estado.
Dependendo da matéria, o Estado pode ser obrigado a fazer algo ou a abster-se de atuar. Assim, aquilo que do ponto de vista do indivíduo constitui um direito fundamental representa, pela perspectiva do Estado uma norma de competência negativa que restringe suas possibilidades de atuação. Há direitos negativos(de resistência), prestacionais e políticos, classificação trialista de Jellinek.
Direitos de status negativus ou pretensão de resistência a intervenção estatal
Esfera do Estado não deve interferir na esfera individual, o indivíduo pode repelir interferência com os meios que o ordenamento oferece. Protegem a liberdade do indivíduo e limitam a atuação estatal. 
Gera a obrigação negativa endereçada ao Estado, a obrigação de deixar de fazer algo, obrigação de abster-se(imperativo de omissão- Unterlassungsgebot).
A expressão alemã usada “direito de defesa” (Abwehrrecht), Dimoulis prefere “direito de resistência”, pois defesa faz pensar em processo judicial no intuito de contestar pretensão mas, no caso, tem-se a pretensão jurídico-material ao cumprimento da obrigação estatal de não fazer e não uma mera possibilidade de trazer argumentos da parte processual a juízo. Possibilidade do titular repelir ou impedir uma intervenção injustificada do Estado “resistir a intervenções”, concepção liberal clássica.
Direitos de status positivus ou sociais ou a prestações
Engloba os direitos que permitem aos indivíduos exigir determinada atuação do Estado, no intuito de melhorar sua condição de vida, garantindo os pressupostos materiais necessários para o exercício da liberdade, incluindo as liberdades de status negativus. A expressão direitos sociais se justifica porque seu objetivo é a melhoria de vida de vastas categorias da população, mediante políticas públicas e medidas concretas de política social, mas isso não o torna um direito coletivo.
As pretações podem ser materiais que podem consistir tanto no oferecimento de bens ou serviços a pessoas que não podem adquiri-los ou podem ser prestações normativas que consistem na criação de normas jurídicas que tutelam interesses individuais.
Direitos de status activus ou políticos ou de participação
Possibilitam uma intromissão do indivíduo na esfera política, os direitos políticos sempre constituíram a base do regime democrático, segundo o brocardo do povo pelo povo. 
Cabe ao indivíduo a prerrogativa de influenciar a esfera do Estado
Crítica e defesa da tripartição
Apesar das críticas a tripartição não perdeu pertinência, pois permite distinguir de forma satisfatória as categorias adotando como critério a forma de relacionamento entre as esferas do Estado e do indivíduo. 
A sujeição do indivíduo (sujeição e status passivo) não aparece na tripartição porque não corresponde a direitos dos indivíduos e sim a seus deveres. 
Atualmente, tem-sea teoria unitária que destaca a profunda semelhança de todos os direitos fundamentais rejeitando sua classificação em categorias estruturalmente distintas, pretende abordar a fundamentalidade de todos os direitos evitando, a tendência de menosprezo dos direitos sociais, como direitos tão somente programáticos e de pouca aplicabilidade. Crítica: a classificação não quer hierarquizar e sim deixar clara que a função é diferenciada apesar de todos possuírem a mesma dignidade constitucional. Tem-se, também, a teoria dualista que divide em direitos de resistência e direitos prestacionais, inserem os políticos na categoria direitos de resistência. Crítica: a função e a finalidade dos direitos políticos não se confude com aquela de um direito de resistência, mas consistem em uma atuação positiva do indivíduo que não se encontra em nenhuma outra categoria de direitos fundamentais.
O esquema trialista de Jellinek não abrange todas as formas de direitos fundamentais que encontramos nas Constituições modernas.
Direitos coletivos
A classificação de Jellinek não contempla a possibilidade de reconhecer a titularidade coletiva de direitos fundamentais, essa é a insuficiência da tripartição.
Categorias de direitos com titularidade coletiva:
Direitos coletivos tradicionais: aqui se tem direitos de resistência, políticos ou prestacionais que só podem ser exercidos por um grupo de pessoas. A titularidade do direito é individual, mas, sua expressão é coletiva, isso indica que os direitos coletivos tradicionais se enquadram perfeitamente na proposta classificatória de Jellinek.	Comment by Carolina Meireles: Direitos de reunião e associação são clássicos de resistência apresentando uma dimensão coletiva, direito de criação de partidos políticos são direitos políticos; um cidadão interessado na política não pode fundar sozinho um partido, porém sempre exercerá esse direito a título individual, tal como todos os demais membros do partido
Surgimento de novos direitos coletivos, que são direitos de natureza coletiva, muitas vezes denominados de direitos difusos e constituem verdadeiros direitos de titularidade coletiva ou mesma difusa. Por exemplo, direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, dos consumidores. Os titulares desses continuam sendo pessoas físicas ou jurídicas, mas seu exercício não é sempre individual assim, o consumidor é defendido por associações ou autoridades do Estado enquanto categoria sem referência a pessoas concretas. O exercício individual desses direitos ou contraria sua natureza ou revela-se inviável na prática. O problema peculiar dos direitos difusos diz respeito ao conteúdo. Está na impossibilidade de determinar o que cada titular do direito pode fazer ou exigir em determinadas circunstâncias concretas, ao contrário do que ocorre com os demais direitos fundamentais. Falta um sistemático trabalho dogmático que ofereça respostas concretas, integrando esses novos direitos na dogmática tradicional dos direitos fundamentais. 
Jellinek: estrutura dos Direitos Fundamentais – 4 estados
i) Subjetivo/Subjetiones: ancién regim, sujeitos (súditos) a dominação estatal
ii) Negativo: estado liberal, estado não interfere
Activus/Civitatis: estado interferi nos negócios da polís (direitos políticos)
Positivus: A face de prestação é maior que a de abstenção
Haberle, nos anos 80 também falou de status activus processualis.	Comment by Carolina Meireles: Gilmar Mendes traduziu
Limites dos Direitos Fundamentais
Limites aos direitos fundamentais, em termos sumários, podem ser definidos como ações ou omissões dos poderes públicos (Legislativo, Executivo e Judiciário) ou de particulares que dificultem, reduzam ou eliminem o acesso ao bem jurídico protegido, afetando o seu exercício (aspecto subjetivo) e/ou diminuindo deveres estatais de garantia e promoção (aspecto objetivo) que resultem dos direitos fundamentais. 
Nem toda disciplina normativa pode ser caracterizada como uma limitação, muitas vezes as normas legais apenas detalham o direito a fim de possibilitar o seu exercício.
As limitações reduzem o alcancem de conteúdos prima facie conferidos a posições de direitos fundamentais mediante a imposição de cargas coativas. Há de distinguir as normas que limitam das que fundamentam a competência estatal para realizar essas limitações, as primeiras são mandados ou proibições dirigidos aos cidadãos as últimas chamadas de reservas legais não configuram limitações na acepção mais rigorosa do termo, e sim autorizações constitucionais que fundamentam a possibilidade de o legislador restringir direitos fundamentais.
Os direitos fundamentais podem ser restringidos por expressa disposição constitucional como por norma legal promulgada com fundamento na Constituição.
Há limites constitucionais e legais, eles se expõem e se resolvem, obviamente, diante do problema de hierarquia.
Cabem ser analisadas duas situações para melhor compreensão:
Greve da PM: Direito a reunião, greve versus limite interposto pelo art. 142, IV	Comment by Carolina Meireles:  ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
Manifestação no Plano Piloto: Direito a manifestação (art. 5, VI) versus lei restritiva
A lei só pode limitar algo que vem da Constituição Federal se a própria Constituição permitir. Essa autorização de limites é chamada de reserva legal, e pode ser subdividida em: 	Comment by Carolina Meireles: Esse é o entendimento majoritário, de origem Alemã
Simples: autoriza pura e simplesmente a existência de lei limitativa. A lei é autorizada, mas, a Constituição não diz o que ela deve conter.
Qualificada: Constituição autoriza a limitação pela lei, mas, antecipa o conteúdo da norma. 	Comment by Carolina Meireles: ART. 5 - XII - e inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal
Há críticos, a exemplo Jorge Reis Novais, que condena limitações apenas explícitas na Constituição pois, crê que em casos como de reserva legal simples se têm a admissão de reservas legais implícitas. Assim, se caso se trabalhar com reserva legal implícita quem garante que no caso concreto essa reserva realmente exista, isso logo, poderia esvaziar o conteúdo de Direitos Fundamentais, porque dá discricionariedade aos legisladores e/ou membros do judiciário. 
Dessa crítica discorre-se teorias, como a de Schlink, 1984 ou Pierroth, em que nos casos da existência de reserva legal devem ter limites dos limites para manter os aspectos essenciais (núcleo essencial dos Direitos Fundamentais). A lei instaurada deve ser proporcional.
15) Princípio da proporcionalidade 
O Princípio da Proporcionalidade decorre, dentre outros, da derivação do princípio do devido processo legal:
Art. 5, LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
Que remete a ideia de proporção, elucidada no movimento iluminista mas, já posta em vigor desde a Magna Carta de 1215, no qual se elucidou que ninguém perderia seus bens só por julgamento dos pais e estabeleceu o direito de ser julgado (due processo of law) aos homens livres que a época eram nobres, alto clero e cavalheiros. Deve-se ater que a época, a Magna Carta não valia como norma jurídica, sua invocação só ocorreu no julgamento de Thomas Morus.
Procedural due process (direito a um julgamento “parcialmente” justo – FAIR TRIAL) versus substantive due process (o devido processo legal também comporta uma dimensão substantiva, não apenas procedimental; vertente legal, administrativa – se a legislação não for razoável ela é inconstitucional- congruência entre meios e fins, se não tiver essa relação não é razoável, a lógica do direito é a do razoável)	Comment by Carolina Meireles: Logos del razonable
Alguns dizem que o problema é a origem mas, em verdade, tanto a razoabilidade quanto a proporcionalidade se baseiam na congruência entre meios e fins.
Critériosestritos de aplicação do princípio da proporcionalidade (para maior controle)
Nos EUA as incongruências são resolvidas por meio das normas vinculantes (stare decisions)
Na Alemanha, e países que seguem essa vertente de civil law, há algumas etapas a serem seguidas, conforme regulamenta Jellinek:
Idoneidade/adequação: Observar se o objetivo da lei remete a um fim constitucional. Avalia-se aqui se o propósito é alcançado. Não se avalia se a lei é a melhor medida ou menor medida, somente, se ela fomenta o fim a que se destina. Conforme Batista, no texto de Humberto Ávila se pode encontrar uma “etapa 0”, a qual cabe identificar a finalidade da lei que restringe o Direito Fundamental, se o propósito/finalidade é compatível com a Constituição.	Comment by Carolina Meireles: Em alemão “fodern”, que não remete a qualidade conforme elucidado	Comment by Carolina Meireles: Exemplo: criminalização do aborto. Objetivo: honra da família; direito da família
Necessidade: Das várias alternativas possíveis observar se a lei é a que menos restringe o Direito Fundamental em questão. Avaliação da medida naquilo que ela faz vendo a restrição dos direitos sujeitos a ele(máxima efetividade) e as medidas alternativas vigentes.	Comment by Carolina Meireles: No caso de análise dos jornalistas, há uma restrição da quantidade de ideias circulando, logo, é desproporcional porque não atende ao princípio da necessidade (inconstitucional). O ministro Gilmar Mendes argumenta que não há uma restrição na quantidade pois, ninguém vai consumir o mal jornalista todavia, diante da série de FAKE NEWS no ano eleitoreiro vemos que até estes tem visibilidade.
Proporcionalidade em sentido estrito (razoabilidade nos EUA): a lei pode ser adequada e necessária, mas, ainda assim os custos sociais da implementação da lei suplantam os benefícios que a lei quer estabelecer
16) Concorrência e colisão de Direitos Fundamentais
A incidência configura a compatibilidade do suporte fático ou seja, a situação logra o resultado. A consequência da incidência deveria ser automática, o próprio termo do direito já diz, campo do deve-ser. A concorrência e colisão de Direitos Fundamentais deve ter uma análise concreta.
A exemplo ao se deparar em casos que ocorram a colisão do direito a reunião com o direito a locomoção, eles detém o mesmo suporte fático e por isso, está se diante da concorrência de dois ou mais direitos, a proteção integral de Direito Fundamental implica na desproteção ou menos proteção de outro.
As colisões e restrições nascem, como já constatado, porque o exercício de um direito fundamental entra em conflito com outro ou com outros preceitos constitucionais (bens jurídico-constitucionais). “Há colisão de direitos fundamentais quando, in concreto, o exercício de um direito fundamental por um titular obstaculiza, afeta ou restringe o exercício de um direito fundamental de um outro titular.”
A doutrina pode contribuir na fixação de limites, estudando os casos típicos de colisão, e propor soluções. A decisão final cabe ao Poder Judiciário, que deverá, para que sua decisão seja juridicamente correta, justificar, isto é, fundamentar o modo de limitação dos direitos em conflito.
Primeiro, a interpretação sistemática da Constituição, isto é, sua interpretação enquanto conjunto que permite levar em consideração todas as disposições relacionadas com o caso concreto e entender quais são os parâmetros que o constituinte mesmo estabeleceu. Segundo, o critério da proporcionalidade.
Para Alexy, os casos de colisão devem ser resolvidos pelo mecanismo da ponderação. Alexy argumenta um sistema condicionado em que há a sacrificação mínima dos direitos em colisão, deve-se ater que mesmo o direito sendo subordinado, ele não deixa de ser fundamental.
Outros sistemas como o Prefered Rights tem um sistema de preferências fixas, determinadas pela jurisprudência. Nessa linha de raciocínio direitos como a vida se sobrepõe a outros como a liberdade de expressão.	Comment by Carolina Meireles: No exemplo das testemunhas de jeová, nesse caso, ela seria submetida a transfusão sanguínea
Ocorre concorrência, quando o titular de direito pode se valer de pelo menos dois direitos fundamentais contra a mesma intervenção estatal, ou visto da perspectiva da intervenção, quando esta atingir dois direitos fundamentais de um mesmo titular.
17) Proibição do excesso: princípio da proibição da proteção deficiente
Significa que minimamente o direito deve ser protegido. 	Comment by Carolina Meireles: Ex: educação, SP, não pode fechar escolas salvo se dada alternativas
Deve haver, aqui, a ponderação, no Brasil conforme o sistema de prevalências condicionadas de Alexy em decorrência ao submetido na interseção do suporte fático. Em que, o grau de sacrifício não é total, somente o mínimo possível o que implica que quanto maior o peso do que prevalece mais sacrificado é o subordinado. 
OBS: Ponderação não é feita só pelo judiciário e sim, por todos os poderes. O legislativo pode criar leis que antecipam as colisões (ponderação ex antem- italianos)	Comment by Carolina Meireles: Dengue: saúde x inviolabilidade do domicílio	Comment by Carolina Meireles: A jurisprudência faz um papel que não deveria ter por meio do ativismo judicial
PARTE 02
Dignidade da Pessoa Humana
Histórico
Cristianismo: valorização individual do homem, ideia de salvação dependente de decisão pessoal - UNIVERSALIZAÇÃO
Iluminismo: exercício democrático do poder 
Kant: formulação da natureza humana e de suas relações consigo próprio “o homem é um fim em si mesmo” e não uma função do Estado – INDIVÍDUO ABSTRATO AO CONCRETO
Pós guerra: princípio orientador da atuação estatal e dos organismos internacionais 
Conceito
Valor fundamental do Estado, dotado de imperatividade, com efeito pretendido a vida digna pautado em um consenso mínimo (direitos individuais, educação fundamental, saúde mínima e assistência aos desamparados) e na liberdade democrática. Seu conteúdo exige reconhecimento do valor intrínseco do ser humano, a autonomia e o mínimo existencial.
Para Canotilho, a função da Dignidade da Pessoa Humana é legitimar o sistema político, muitas pessoas tem a visão deturpada de que a dignidade está a serviço do sistema mas, a verdade é o revés, o sistema que tenta alcançar (que está a serviço) para preservar a dignidade da pessoa humana.
Limites
Negativo(Fórmula Durig): toda degradação é violação ao princípio
Positiva: Função normogênica
Direito a vida
Conceito
Garantia de não ter a existência limitada. Conteúdo engloba o direito a existência corporal, direito à integridade físico-corporal, mínimo existencial (vida digna), direito a integridade moral.
Histórico
Hobbes: proteção da vida e da integridade física do ser humano foi 
considerada um dos fins essenciais do Estado e razão de sua existência.
Locke: direito a vida associado a noção de um direito natural, no sentido de um direito inato e inalienável do ser humano. 
Direito constitucional: constitucionalismo moderno, primeiro documento que consagrou o direito a vida foi a Declaração de Direitos da Vírginia de 1776 que incluía no rol dos direitos inerentes a pessoa humana, coisa que não foi contemplada na Constituição dos EUA, que com a quinta emenda incorporou o direito a vida como direito fundamental.
As Constituições Francesa não faziam menção explícita ao direito à vida, utilizando apenas o conceito de uma garantia de segurança, desde então por muito tempo o direito a vida não teve um reconhecimento no plano do direito constitucional positivo o que apenas acabou pós guerra, que afetou o conteúdo das constituições por meio da Declaração dos Direitos Humanos em 1948. Nesse período destaca-se a Lei Fundamental Alemã que reconheceu o direito a vida e vedou completamente a pena de morte. 
Em 2003, o Brasil ratificou o Pacto para a abolição da pena de morte, à exceção dos casos de punição militar em períodos de guerra cujo teor já tinha sido incorporado pelo texto da Constituição. 
Na evolução constitucionalbrasileira, apenas na CF de 46 que o direito a vida mereceu reconhecimento e proteção como direito individual
Titulares
Qualquer ser humano. Destinatários: Estado e particulares
Controvérsias
Aborto – capacidade de autodeterminação
Dignidade ao morrer- eutanásia (abreviar), distanásia(extender), ortotanásia(meio termo), mistanásia(condições mínimas)
Mínimo existencial
Histórico
Pontes de Miranda (alimentação, vestuário e moradia)
Conceito
Mínimo de direitos para exercer a liberdade.
Titulares
Pessoas físicas
Reserva do possível
Histórico
Alemanha, prova de qualificação
Conceito
O conceito de reserva do possível reflete que o Estado não pode ser responsabilizado pela concretude de um direito que requeira prestação (direito positivo) caso esteja longe das condições materiais, assim, o Estado é isento da responsabilização.	Comment by Carolina Meireles: Um caso concreto a ser exemplificado no Brasil foi a aplicação da vacina H1N1, que não refletia a questão orçamentária e sim, a inexistência de doses
Requisitos para alegação
Disponibilidade fática, disponibilidade jurídica e razoabilidade
Liberdade de Manifestação do Pensamento e liberdade de imprensa
Histórico
Carta Imperial assegurava a comunicação dos pensamentos, sem censura e colocava em pauta a responsabilização.
1891: vedação ao anonimato
1934: colocava a censura a salvo espetáculos e diversões públicas
1937: permite a censura prévia se presente em lei e medidas para impedir manifestações contrária a moralidade pública e aos bons costumes, assim como destinadas a infância e juventude
1946: não tolerância de propaganda de guerra, processos violentos para subverter a ordem política e social, ou de preconceitos de raça ou classe.
A CF atual guarda sintonia com a DUDH 
Conceito
Proteger manifestação expressa por palavras e expressões coporais ( pluralismo político, liberdade artística) 
Liberdade de imprensa
No Brasil a imprensa utiliza veículos institucionalizados, o que demonstra seu poder lesivo. Direito ao sigilo da fonte jornalística. Não pode ter monopólio. Propriedade de brasileiro nato ou naturalizado há mais de dez anos ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras que tenham sede no país. Concessão dada pelo executivo para serviço de radiodifusão.
Limites a liberdade de manifestação do pensamento
Constitucionais: vedação ao anonimato (ditadura, impede que notícias puramente anônimas sejam utilizadas pelo estado para deflagrar procedimentos punitivos, podem ser apuradas se acompanhadas de provas lícitas.
Legais: Lei da Magistratura, juiz não pode se manifestar sobre questão que está sobre seus cuidados, imparcialidade; Estatuto da Criança e do Adolescente, publicidades para crianças; Legislação eleitoral; Lei de restrição de publicidade de bebidas, cigarro, agrotóxico e produtos químicos que possam ser prejudiciais a vida humana; Vedação a censura, não haver restrição prévia
Questões controvérsias
Delitos de opnião (posições contrárias à ordem constitucional democrática). Direito de resposta proporcional ao agravo(manifestações que venham a afetar bens jurídicos e direitos fundamentais de terceiros geram para o prejudicado o direito de apresentar as suas razões), meio de assegurar o contraditório garante a democracia, deve observar a proporcionalidade e a imediatice. Direito à indenização por danos materiais e imateriais podem levar a inibir a liberdade como mesmo levar a sua inviabilidade de tal sorte que nessa esfera há que respeitar os critérios da proporcionalidade e razoabilidade.
Hate speech, a liberdade de expressão encontra limites na dignidade da pessoa humana de todas as pessoas e grupos afetados quando utilizada para veicular mensagens de teor discriminatório e destinadas a incitar o ódio e até mesmo a violência. No âmbito do STF, o julgamento mais relevante, e que gerou acirrada discussão no próprio tribunal, foi o famoso caso “Ellwanger”. A liberdade de expressão não abarca manifestações que configuram ato ilícito penal, não sendo o caso de uma ponderação entre princípios conflitantes
Direito a privacidade/intimidade
Níveis diferenciados de proteção da personalidade a pessoas cuja atividade e modo de se portar na esfera pública diferem das demais pessoas. Por tal razão, onde houver maior interesse (legítimo) da opinião pública sobre informações a respeito das ações e da vida privada de alguém, ou mesmo, como já frisado, o próprio titular dos direitos de personalidade tenha já voluntariamente exposto sua vida privada, justifica-se uma menor proteção – mas não supressão! – da honra, da imagem e da vida íntima e privada e um maior espaço para a liberdade de informação e expressão
A pessoa pode renunciar a privacidade? O limite para essa renuncia é a dignidade da pessoa humana, do momento que essa renuncia leva a pessoa a ser tratada como objeto, essa renuncia não é mais valida.
Direito ao esquecimento
“ENUNCIADO 531 – A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito ao esquecimento. Artigo: 11 do Código Civil Justificativa: Os danos provocados pelas novas tecnologias de informação vêm-se acumulando nos dias atuais. O direito ao esquecimento tem sua origem histórica no campo das condenações criminais. Surge como parcela importante do direito do ex-detento à ressocialização. Não atribui a ninguém o direito de apagar fatos ou reescrever a própria história, mas apenas assegura a possibilidade de discutir o uso que é dado aos fatos pretéritos, mais especificamente o modo e a finalidade com que são lembrados”
Liberdade de manifestação de pensamento vs imprensa vs intimidade
Interesse público vs privado; Pessoas públicas
Liberdade de Reunião
Conceito e elementos - democracia
Subjetivo: finalidade, razão para reunião
Temporal: transitoriedade
Pluralidade de agentes
Espacial: local aberto ao público, não necessariamente público ou privado
Requisitos
Material: pacífica e sem armas
Formal: Aviso a autoridade competente, para não frustrar outra previamente designada para o mesmo local COMUNICAR
Limites
Direito ao sossego- paz dos moradores
Direito de Associação 
Histórico
Remete as corporações de ofício.
Conceito
Diferencia-se do direito a reunião pois tem perenidade. Pode constituir pessoa jurídica ou não, sem que sejam sindicatos e partidos políticos. Pode atuar em favor dos seus associados judicial e extrajudicial quando autorizadas. Sua criação independe de de autorização, Constituição pode estabelecer critérios de funcionamento não de criação
Limites
Constitucional: Não pode ser de caráter paramilitar, fins lícitos, não pode ser obrigado.
Direito de Associação Sindical
Conceito
Fazer valer a vontade de empregados e patrões. Função relevante de mediador, seleciona as pautas mais importantes e o que é mais importante de acordo com o contexto. Baseado no critério da unicidade em que há a proibição de mais de um sindicato para representar uma mesma base profissional em um mesmo território. Tem que haver duplo registro, um para ganhar personalidade jurídica e outro no Ministério do Trabalho e emprego para garantir a unicidade, logo, ganha o direito de operar como sindicato.A lei não pode exigir autorização do estado para se criar. Seu sistema pode ser desregulamentado, intervencionista (Brasil) ou intervencionista socialista. O art. 103 – mostra que sindicatos podem propor ADIN, ADC e APF. Pra proteger o trabalhador e o exercício sindical a constituição prevê a estabilidade sindical desde o registro da candidatura. Então, antes mesmo de ser eleito, e mesmo que não seja eleito, o trabalhador que se dispõe a participar da direção do sindicato tem o que se prevê no artigo 8º, VIII, que é a estabilidade sindical
Histórico
França lei depois houve a constitucionalização no sentido de tornar mais difícil de abolir o direito 9maior estabilidade).
Br: 1891, liberdade de associação, primeiros sindicatos
1919: OIT – tripartida governo, trabalhadores e patrões
1934: sindicatos aparecem primeira vez na CF- Vargas. Nessa constituiçãofoi escrita a contribuição sindical “imposto” que foi abolido, agora a contribuição é voluntária. 
Limites
Militares, profissões não regulamentadas podem compor sindicato em uma profissão mais geral
Partidos políticos
Histórico
Inglaterra – pessoas que pensam de forma símile
Brasil- Império Partido conservador e liberal, expresso só a partir de 46
Requisitos
Caráter nacional, não pode ser financiado por governos ou entidades estrangeiras, prestar contas a Justiça Eleitoral
Conceito
 Liberdade de criação (pluripartidarismo), A constituição garante a autonomia partidária e um dos princípios é a da fidelidade partidária. O partido é livre para se estruturar internamente e criar suas próprias coligações. Fonte de financiamento subvencionada, imunidade tributária, acesso a rádio. Fidelidade partidária, Se sair sem justa causa o partido pode pedir o mandato de volta. Isso acontece por conta da forma de eleição, mas além do mecanismo de eleição se envolve nessa ideia a ideia de respeito da filiação dos partidos.
Limites
Juízes, Ministério Público, Militares
Direito a igualdade
Conceito
É normal ser desigual, o problema é o que fazem com a desigualdade.
Idade Moderna: defesa da ideia de igualdade.
Histórico
Inglaterra: liberdade de consciência e crença, EUA. 
Igualdade formal x material
Omissão constitucional parcial
A constituição criou instrumentos de combate à inconstitucionalidade por omissão. Discriminação normativa positiva; Discriminação de facto- a norma não é inconstitucional mas, sua aplicação é - APLICADORES; Discriminação indireta- ainda que a norma não procure isso o resultado é discriminante, mantém a desigualdade
Dever de promoção da igualdade
Pode ser por medidas repressivas (punir), medidas promocionais (sanções premiais), ações afirmativas (de ingresso e manutenção)
Liberdade de Consciência e crença

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