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SEMI_Fundamentos_da_Gestao_em_Educacao_01

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Fundamentos da Gestão em Educação
Autores:
Lindolfo Anderson Martelli
Maria Clotilde Bastos
Tema 01
Os Desafios da Gestão na 
Sociedade Contemporânea
seç
ões
Tema 01
Os Desafios da Gestão na Sociedade 
Contemporânea
Como citar este material:
BASTOS, Maria Clotilde & MARTELLI, Lindolfo 
Anderson. Fundamentos da Gestão em 
Educação: Os Desafios da Gestão na Sociedade 
Contemporânea. Caderno de Atividades. 
Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 01
Os Desafios da Gestão na Sociedade 
Contemporânea
5
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• As concepções atuais sobre a Gestão em Educação.
• Como ocorreu a evolução da gestão educacional.
• A gestão democrática na perspectiva de uma construção histórica.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Educação Escolar: políticas, 
estrutura e organização, dos autores José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e Mirza 
Toschi, Editora Cortez, 2012, Livro-Texto.
Roteiro de Estudo:
Lindolfo Anderson Martelli e
Maria Clotilde Bastos
Fundamentos da Gestão 
em Educação
6
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Quais são os modelos que orientam na atualidade as práticas de gestão em educação?
• Quais foram os determinantes históricos que influenciaram a configuração da gestão 
educacional?
• Como se articula a relação entre qualidade social da educação e papel da gestão 
educacional?
• De que forma a gestão pode influenciar na efetivação de um projeto de educação 
voltada para a cidadania?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Os Desafios da Gestão na Sociedade Contemporânea
As transformações que vêm ocorrendo na sociedade colocam grandes desafios 
para a Escola, uma vez que – em que pese os avanços observados no que se refere ao 
atendimento às demandas das camadas majoritárias da população – ainda convive-se com 
problemas que acompanham a educação há algum tempo, tais como falta de recursos 
financeiros, desvalorização da carreira do magistério, centralização pedagógica, dentre 
outros. São inegáveis as transformações sociais provocadas pela globalização e pelo 
hibridismo cultural inerentes à condição pós-moderna. Vivemos um tempo de predomínio 
das racionalidades, das linguagens e da instabilidade dos paradigmas de verdade. Falar 
de gestão escolar nesse contexto é por demais complexo. 
Considerando a dinâmica social em que está inserida a escola na sociedade pós-
moderna, profundas mudanças alteraram o saber-fazer educativo. O conhecimento 
e a aprendizagem sofreram rápidas e novas interpretações, e métodos de ensino se 
tornaram obsoletos diante das novas referências metodológicas impostas pela sociedade 
do conhecimento. A economia neoliberal estruturada sob as tecnologias da informação 
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
promoveu não só a instabilidade, a internacionalização e a desterritorialização do capital 
(não mais restrito às fronteiras nacionais), mas também a aproximação entre culturas 
distintas, a troca de informações e a emergência de linguagens novas oriundas dos 
diversos hibridismos decorrentes da globalização. As novas tecnologias aproximaram 
as pessoas em escala mundial, o mundo virtual criou novas formas de sociabilidade, de 
troca de informações e experiências. 
Na sociedade globalizada, a gestão escolar precisa acompanhar a dinâmica em que 
as transformações ocorrem ante o desenvolvimento tecnológico impulsionado pelas 
necessidades colocadas pelo sistema produtivo. Nesse contexto, a lição mais importante 
para a gestão da escola está justamente na necessidade da mudança permanente, em sua 
capacidade de se adequar de forma crítica às circunstâncias do novo tempo. 
Para os autores Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 61) a globalização pode ser definida 
como “[...] uma gama de fatores econômicos, sociais, políticos e culturais que expressam o 
espírito da época e a etapa de desenvolvimento do capitalismo em que o mundo se encontra 
atualmente”. Nessa perspectiva, a educação é impactada em função da relação existente 
entre o contexto social mais amplo e a educação em particular. Da escola é esperada 
uma função que, em face dos determinantes apresentados, precisa ser adequada, e isso 
gera modificações em relação aos seus objetivos, necessidades e valores, cuja influência 
fundamental ocorre pelo avanço das novas tecnologias. 
A globalização representa uma forma de reorganização e reestruturação econômica, na 
qual o capitalismo estabelece estratégias para sua manutenção. Veloso (2012) explica que o 
capitalismo, cujo fundamento principal é a produção de mais-valia, apresenta características 
que se acentuam com o seu desenvolvimento, sendo uma delas a automação, que está 
baseada na gradual e contínua incorporação da ciência e da tecnologia ao processo produtivo. 
Uma das consequências disso é a chamada acumulação flexível que se caracteriza pela 
flexibilidade dos processos de trabalho e dos mercados de produto e consumo, a qual 
gera, dentre outras coisas, desenvolvimento de novas formas organizacionais, consumo 
individualizado, informalização do trabalho, alto ritmo de inovação dos produtos, e outros.
O processo produtivo, ao incorporar as novas tecnologias, passa a exigir um novo 
trabalhador, que seja mais qualificado para o mundo do trabalho, compreendendo-se que 
essas qualidades sejam aquelas vinculadas à versatilidade, à qualificação intelectual, à 
capacidade de incorporar e aplicar os conhecimentos relativos a novas tecnologias, à 
autonomia e à busca permanente de aprendizagem. Assim é que a educação torna-se 
8
elemento central, uma vez que “[...] a educação e o conhecimento passam a ser, do ponto 
de vista do capitalismo globalizado, força motriz e eixos de transformação produtiva e 
do desenvolvimento econômico” (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 124). Nessa 
perspectiva, a educação deve capacitar o trabalhador para satisfazer as exigências do 
processo produtivo não somente do ponto de vista da mão de obra necessária, mas também 
como consumidor frente a um mercado diversificado e competitivo. O que se depreende é 
que esse projeto é incompatível com a construção de uma educação cidadã, democrática e 
promotora da igualdade social.
Ocorre que a educação é um campo de contradições, no qual diferentes interesses se 
confrontam, e, nesse sentido, a formação requerida pelo atual modelo produtivo encontrará 
um campo fértil para ações pedagógicas que confrontem essa abordagem e, eventualmente, 
a redirecionem no sentido de um novo projeto de sociedade. Quando se afirma que é 
preciso dotar os sujeitos dos conhecimentos necessários para a participação consciente e 
consequente na sociedade, se reconhece a importância do desenvolvimento de habilidades 
e competências para a aprendizagem permanente, para o domínio das novas tecnologias, 
para a autonomia, para o trabalho em equipe, para a resolução de problemas, dentre outros.
A gestão escolar na contemporaneidade traz como modelo a pedagogia da competência, que 
muito se aproxima da racionalidade técnico-instrumental. O modelo de produção capitalista 
neoliberal, ancorado nas novas tecnologias como base de organização do trabalho, requer 
profissionais com alta qualificação, possuidores de um conjunto de competências e habilidades 
que favoreçam a inovação e a competitividade. Esses profissionais precisam demonstrar que 
possuem uma série de competências e habilidades qualificadoras, tais como: versatilidade; 
flexibilidade; independência; responsabilidade; polivalência; eficiência; comunicabilidade; 
capacidade de iniciativa, invenção, inovação e de tomar decisões; espírito de cooperação e 
criatividade; capacidade de raciocínio, pensamento e abstração, ou seja, é fundamental que 
sejam capazes de “aprendera aprender” constantemente (FARIA; SILVA FILHO, 1994, p. 88). 
Um dos principais desafios dos gestores escolares está justamente em equilibrar a pedagogia 
da competência baseada no conhecimento e na racionalidade técnico-instrumental que sustenta 
o capitalismo. Nesse sentido, Campos (2010, p. 76) reitera que o equilíbrio da gestão está em 
conciliar a formação humana ética considerando as forças oponentes do mercado. 
Nesse sentido, a escola deve absorver as mudanças, sem deixar de questionar os seus 
reais propósitos, tendo clareza sobre seu compromisso com a educação de qualidade e 
visando à construção de uma sociedade democrática e igualitária. De que forma a gestão 
escolar se insere nesse processo de transformação? Para compreender essa questão é 
importante considerar o processo de constituição da gestão educacional no Brasil. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
O desinteresse pela edificação da educação no Brasil se manifestou desde a Colônia, 
passando pelo Império e chegando até a independência. Foi somente no final do período 
imperial que começaram a se manifestar movimentos em relação ao analfabetismo e à 
necessidade de expansão da educação, especialmente para que o país alcançasse a 
modernidade. Mesmo com a República, não houve alteração na estrutura social e econômica, 
com a manutenção do patrimonialismo cujas raízes se encontram na organização política 
da Colônia. O reflexo disso foi a exclusão da maioria da população aos direitos políticos e 
sociais, e – considerando que as características da educação nos diferentes momentos da 
história do país remetem ao movimento da sociedade e suas transformações, econômicas, 
sociais e políticas – o sistema educacional é influenciado por esse processo.
Na Constituição da Primeira República, não foi tratada a questão da gratuidade da educação 
primária pública. Segundo Azevedo (2001), nesse momento criaram-se as universidades, 
mas a estrutura dual do sistema de ensino permaneceu. Não ocorreram, portanto, ações 
significativas visando à escolarização em massa, e, assim, as oportunidades educacionais 
não foram ampliadas.
A partir da década de 1915, alguns setores da sociedade começam a colocar a questão 
da educação como fundamental, em função da visão liberal que defendia seu valor para 
a construção de uma sociedade democrática. É nos anos de 1920 que as ideias sobre a 
importância da educação ganham destaque, configurando-se no movimento denominado 
de “entusiasmo pela educação”. Conforme Paiva (1985), esse movimento defendia que 
a educação poderia acabar com os problemas do país. Outro movimento importante 
desse momento histórico foi o “otimismo pedagógico”, que defendia a importância de uma 
educação de qualidade. Esses movimentos influenciaram as concepções de educação que 
se constituíram principalmente no século XX. 
A preocupação com a constituição de uma epistemologia da administração escolar se configura 
com mais força a partir da década de 1920. Nesse momento, a influência principal advinha dos 
princípios da administração de empresas, e, assim, a escola era vista como uma organização, 
como uma empresa ainda que com características próprias. É Anísio Teixeira que tece a 
crítica à adaptação da lógica empresarial à escola (PAIVA, 1985). Porém, suas ideias só 
alcançam repercussão a partir da década de 1980. Ao longo da década de 1970, prevaleceu 
a influência tecnicista na educação, e na administração escolar o enfoque sistêmico defendia 
que a finalidade da gestão era a busca do equilíbrio interno e externo da organização.
LEITURAOBRIGATÓRIA
10
Na década de 1980, sob influência da pedagogia histórico-crítica, coloca-se a 
preocupação em analisar as questões educacionais a partir do desenvolvimento histórico, 
estabelecendo a relação escola e sociedade. Muitos teóricos criticam a abordagem 
sistêmica, uma vez que, em não fazendo a crítica aos determinantes sociais, econômicos 
e culturais, supõe a adaptação das instituições à sociedade capitalista. A partir dessa 
década, o movimento dos profissionais da educação em favor de uma nova forma de 
gestão da escola pública contribui com a definição dos princípios da gestão democrática, 
estabelecido na Constituição de 1988. O processo vivenciado no país, com as lutas pela 
democratização, serviu de cenário para a construção da concepção da gestão como 
articuladora do processo participativo e democrático na escola.
Os princípios empresariais começam a reaparecer nos documentos oficiais principalmente 
a partir da década de 1990, sob uma nova roupagem, na defesa da qualidade total, e no 
discurso da neutralidade científica, atribuindo à administração escolar a responsabilidade 
sobre as mazelas que acometem a escola. Acompanhando a lógica neoliberal, o principal 
problema da escola seria a falta de competência administrativa que, por não saber gerir os 
recursos, termina por influenciar negativamente na qualidade da educação.
Libâneo (2007, p. 15) explica que:
A gestão educacional tornou-se um conceito de múltiplos usos, mas, nas 
políticas oficiais de alguma forma alinhada ao modelo neoliberal, ela se 
viabiliza por várias estratégias articuladas entre si: a descentralização dos 
serviços educacionais, a autonomia pedagógica e, frequentemente, financeira, 
a participação dos pais, extensão do poder do Estado aos diretores de escolas 
e à comunidade etc. Não falta a crítica de que a descentralização seria uma 
forma de desdobramento do poder central, repartindo esse poder com as 
escolas e comunidades, no sentido de diminuir o papel do Estado.
Nesse sentido, a compreensão sobre a função da gestão educacional deve fundar-se no 
seu caráter histórico e nos determinantes que influenciam no seu delineamento e na sua 
constituição.
Para Libâneo, Oliveira e Toschi (2012), são cinco concepções de organização e gestão1 
atualmente apresentadas na escola: a técnico-científica, a autogestionária, a gestão 
colegiada, a interpretativa e a democrático-participativa. A concepção técnico-científica 
1 Os autores defendem – em razão da variedade de entendimentos – a expressão organização e gestão, 
em que organização é compreendida como unidade social que reúne pessoas que interagem entre si e 
que opera por meio de estruturas e processos organizativos próprios, para se alcançar os objetivos da 
instituição e gestão, o processo de tomada de decisões e a direção e controle dessas decisões.
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
LEITURAOBRIGATÓRIA
(burocrática), em sua versão mais recente, é conhecida como modelo de gestão da 
qualidade total, com utilização mais forte de métodos e práticas de gestão da administração 
empresarial. A concepção autogestionária se caracteriza pela ausência de direção 
centralizada e pela acentuação da participação direta e por igual de todos os membros 
de instituição. A concepção da gestão colegiada baseia-se no principio da colegialidade, 
ou seja, compartilhamento de objetivos e significados comuns das pessoas, por meio do 
diálogo e da deliberação coletiva. A concepção interpretativa considera como elementos 
prioritários na análise dos processos de organização e gestão os significados subjetivos, 
as intenções e a interação das pessoas. A concepção democrático-participativa defende 
a explicitação de objetivos sociopolíticos e pedagógicos da escola, pela equipe escolar. 
Baseia-se na relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe, 
garantindo-se a gestão participativa, mas, também, a gestão da participação.
Os autores enfatizam que as concepções raramente se manifestam em sua forma pura, e 
eventualmente mesmo que a direção e a equipe escolar optem por um tipo de concepção, 
na prática podem efetivar modelos convencionais ou burocráticos. 
Frente aos desafios colocados para a escola na atualidade, à gestão cabem importantes 
responsabilidades que estão vinculadas à definição do modelo de sociedade que se 
desejaconstruir: quais os objetivos da escola frente a essa concepção, em que consistem 
as aprendizagens escolares. A ação contínua de refletir sobre as práticas de gestão 
desenvolvidas na escola oportuniza compreender as concepções que dirigem essas práticas 
no sentido de buscar ações mais efetivamente vinculadas com o propósito de uma educação 
com qualidade social. O objetivo principal da escola são o ensino e a aprendizagem, que 
se realizam pelas atividades pedagógicas, curriculares e docentes, que, por sua vez, são 
viabilizadas pelas formas de organização e de gestão escolar.
12
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Acesse o texto “Políticas Educacionais, participação e gestão democrática da escola na 
contemporaneidade brasileira” de Paulo Gomes Lima, Maria Alice de Miranda Aranda e 
Antonio Bosco de Lima. Trata-se de uma análise dos condicionantes sócio-históricos das 
políticas educacionais no Brasil, o entendimento da participação como um dos canais 
do processo democrático e a gestão democrática da escola a partir da década de 1990. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/epec/v14n1/1983-2117-epec-14-01-00051.pdf>. 
Acesso em: 09 dez. 2016.
O artigo “Neoliberalismo e educação – lógicas e contradições” de Claudia de Carvalho 
Cosmo e Silvia Aparecida de Souza Fernandes, reflete sobre as políticas neoliberais no 
contexto educacional a partir das lógicas e contradições engendradas nessa relação. 
Disponível em: <http://www.histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/seminario/seminario8/_
files/gYCRdDvb.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014.
Dinair Leal da Hora apresenta o resultado de pesquisa realizada nos municípios da baixada 
fluminense, cujo foco foi a análise dos modelos de gestão assumidas pelas escolas 
desses municípios no texto “Gestão nos Sistemas Educacionais: Modelos de Organização 
Educacional e Práticas exercidas”. 
Disponível em: <http://www.anpae.org.br/iberolusobrasileiro2010/cdrom/27.pdf>. Acesso 
em: 1 fev. 2014.
Entrevista realizada pela revista Nova Escola a Paulo Freire, tendo a participação de Moacir 
Gadotti. Em suas declarações o educador brasileiro fala sobre a importância da esperança 
para as transformações e conta o que faria se estivesse em sala de aula. 
Disponível em <http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/paulo-freire-podemos-
reinventar-mundo-entrevista-640706.shtml>. Acesso em: 1 fev. 2014.
13
LINKSIMPORTANTES
Vídeos
“Gestão escolar democrática” com Vitor Henrique Paro. 
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=WhvyRmJatRs>. Acesso em: 1 fev. 2014.
No vídeo, o teórico faz uma reflexão sobre administração e gestão, sobre racionalização 
do trabalho e coordenação, também a respeito da lógica do capital e a lógica da escola, e 
sobre o diretor como um educador.
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1:
O desenvolvimento das tecnologias e as 
transformações por elas impulsionadas 
influenciam todos os campos da vida mo-
derna. Grande parte das atividades e das 
tarefas que realizamos no cotidiano é via-
bilizada pela incorporação das novas tec-
nologias. O impacto disso também se faz 
sentir no ambiente escolar, delineando no-
vos objetivos e valores para a escola e re-
presentando desafios para a educação na 
atualidade. Analise as práticas realizadas 
na escola e observe como esses impactos 
estão se manifestando. Indique algumas 
ações práticas que demonstrem essa situ-
ação vivenciada na escola.
14
Questão 2:
Diante da importância das inovações tec-
nológicas na sociedade atual, muitos estu-
diosos utilizam o termo sociedade do co-
nhecimento ou sociedade tecnológica para 
destacar o papel da ciência e do saber. Os 
espaços de aprendizagem se ampliaram de 
maneira que a escola não é mais o único 
nem o mais eficiente meio para a apropria-
ção e a produção do conhecimento. Diante 
disso é possível afirmar que:
a) A escola perdeu sua função, não 
havendo mais como resgatá-la, somente 
com uma ação intervencionista do Estado.
b) Está ocorrendo um processo de 
crescente desescolarização da sociedade, 
indicando o surgimento de novas 
alternativas para o processo educativo 
formal.
c) Isso não indica o fim da escola 
como instituição educativa, mas sim um 
processo de reestruturação dos sistemas 
educativos e dessa instituição.
d) A educação a distância será o único 
caminho, uma vez que democratiza o 
acesso ao conhecimento.
e) A privatização será a melhor alternativa 
para a escola, uma vez que vai melhorar 
as condições físicas e de equipamentos 
necessários para uma educação de 
qualidade. 
Questão 3:
O neoliberalismo preconiza a minimização 
do Estado e a liberdade de iniciativa eco-
nômica, defendendo que nela estão assen-
tadas as condições para as demais liber-
dades, a política, a religiosa, a individual, 
dentre outras.
No tocante à educação, a orientação política 
do neoliberalismo de mercado evidencia:
a) A importância da democratização da 
educação como forma de possibilitar 
o acesso às camadas majoritárias 
da população, aos conhecimentos 
necessários para uma atuação social 
consequente.
b) Ideologicamente, a crise e o fracasso 
da escola pública, como decorrência da 
incapacidade administrativa e financeira 
do Estado.
c) A importância das políticas públicas 
para a garantia dos direitos e a formulação 
de projetos com metas quantificáveis, a 
fim de maior controle dos gastos públicos.
d) A valorização do Estado tanto na 
economia quanto na Educação, como 
forma de garantir a equalização social.
e) Que o financiamento público deve 
atender somente as escolas de educação 
básica, para melhorar a qualidade do 
ensino e posteriormente investir no ensino 
superior.
AGORAÉASUAVEZ
15
Questão 4:
Ao lado dos avanços técnicos e científicos, 
convive-se com o desemprego, o analfabe-
tismo tecnológico, a falta de condições dig-
nas de vida para um contingente represen-
tativo da população. Diante disso, como a 
escola deve posicionar-se, considerando 
uma postura crítica e reflexiva sobre as re-
lações escola e sociedade?
a) Buscando o conhecimento técnico, o 
conhecimento científico e a qualificação 
para submetê-los ao controle democrático 
da esfera pública, voltado ao atendimento 
das necessidades humanas.
b) Reagindo de forma enfática e 
contundente, ao demonstrar seu 
posicionamento por meio de ações e 
práticas de enfrentamento concreto.
c) Entendendo que a escola reproduz as 
relações da sociedade e que, em virtude 
da função que exerce, não tem condições 
de propor alternativas para um novo 
projeto de sociedade.
d) Compreendendo seu papel de 
responsável pelas transformações sociais 
e criando as condições perfeitas para a 
apropriação dos conteúdos científicos.
e) Formando o quadro de profissionais 
necessários para o desenvolvimento e 
para a geração de riquezas, atendendo 
às necessidades do mundo produtivo. 
Questão 5:
Ao se tratar de uma pedagogia da quali-
dade, é preciso situá-la numa perspectiva 
diferenciada da lógica economicista que 
coloca a escola como empresa e o aluno 
como cliente. Assim, por educação de qua-
lidade deve-se compreender:
I. Aquela mediante a qual a escola 
promove, para todos, o domínio dos 
conhecimentos e o desenvolvimento 
de capacidades cognitivas e afetivas.
II. A formação voltada para a cidadania, 
para a formação de valores – 
valorização da vida humana em todas 
as suas dimensões.III. Aquela que está subordinada ao modelo 
econômico e a serviço dele, uma vez 
que a escola faz parte de um contexto 
social e sofre suas determinações.
IV. O desenvolvimento de habilidades 
técnicas, a incorporação de 
conhecimentos, de novas formas de 
solidariedade social, de vinculação entre 
trabalho pedagógico e lutas sociais.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, II e IV.
d) I e IV.
e) III e IV.
AGORAÉASUAVEZ
16
Questão 6:
A educação é uma prática social e, sendo 
um fenômeno essencialmente humano, é 
situada historicamente. Libâneo, Oliveira e 
Toschi (2012) descrevem que a educação 
se manifesta em diferentes modalidades, 
uma não intencional e informal, que com-
preende as influências do meio social sobre 
o indivíduo, e outra intencional, que indica o 
conjunto de atividades intencionais em que 
existem relações pedagógicas. Cite alguns 
exemplos de cada uma das modalidades.
Questão 7:
As concepções de educação escolar refe-
rem-se às formas de compreender as fun-
ções sociais e pedagógicas da escola. Mui-
tas são as classificações das concepções 
de educação, elaboradas por teóricos e es-
tudiosos. No âmbito da prática escolar, algu-
mas concepções se manifestam de manei-
ra mais frequente, tais como a concepção 
tradicional, a tecnicista, a nova (ou ativa) e 
a sociocrítica. Pode-se afirmar que a con-
cepção tradicional e a tecnicista são as mais 
conservadoras. Quais são as características 
dessas concepções e como é possível iden-
tificá-las nas práticas realizadas na escola?
Questão 8:
A educação como um direito universal bá-
sico e condição para a emancipação social 
precisa contemplar os interesses da maioria 
da população. Portanto, gestores, profes-
sores, alunos e comunidade escolar devem 
ser partícipes e agentes transformadores 
da realidade em que atuam. Nesse sentido, 
a construção do projeto político-pedagógi-
co (PPP) representa um meio de compor 
e articular os diferentes segmentos visan-
do à criação de espaços de participação. 
Contudo, a reforma educacional brasileira 
implementada a partir da década de 1990 
trouxe como proposta para a gestão da es-
cola o Plano de Desenvolvimento da Esco-
la (PDE), que está baseado em um modelo 
empresarial de administração. Isso indica 
uma diferença conceitual entre o PPP e o 
PDE, porém não há o impedimento de que 
ambos ocorram na escola. Como articular 
os dois instrumentos na gestão escolar?
Questão 9:
Dentre os objetivos básicos para a constru-
ção de uma educação pública de qualidade 
está a formação ética. Essa questão apa-
rece com muita ênfase, uma vez que atu-
almente nas diferentes esferas da vida em 
sociedade verifica-se que esses princípios 
têm se manifestado de forma contraditória. 
De que forma a escola pode desenvolver 
ações visando à formação de valores éti-
cos junto aos alunos, considerando o diálo-
go e a comunicação como meio essencial 
para o alcance desses objetivos?
AGORAÉASUAVEZ
17
AGORAÉASUAVEZ
Questão 10:
É possível afirmar que há um desgaste 
da ideia de escola, em razão da histórica 
desvalorização da educação por parte do 
poder público e pelas dificuldades dos edu-
cadores em desempenhar sua função de 
educar e ensinar; ao lado disso, aparecem 
outros problemas vinculados à crescente 
complexidade nas relações sociais, à vio-
lência, à intolerância, à urgência que per-
passa a vida cotidiana. Quais as expecta-
tivas em relação à escola, considerando o 
seu caráter histórico e o seu papel social?
Neste tema, você teve a oportunidade de compreender as relações entre escola e 
sociedade e, nessa perspectiva, os modelos de gestão escolar que se delinearam. Um 
aspecto importante e descrito no estudo corresponde aos princípios organizacionais da 
administração de empresas, os quais influenciaram na forma de organização da gestão 
escolar. A gestão democrática é resultado de um processo de transformações da sociedade, 
em que, diante das novas concepções teóricas e dos movimentos dos educadores, se coloca 
como um objetivo articulado a busca da construção de uma sociedade mais igualitária, na 
qual a educação cumpre o seu papel no sentido da construção da cidadania.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
18
ALVES, Giovanni. Terceirização e acumulação flexível do Capital: notas teórico-críticas 
sobre as mutações orgânicas da produção capitalista. Estud. sociol., Araraquara, v. 16, 
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Acumulação flexível: “acumulação flexível é um conceito utilizado por David Harvey para 
caracterizar uma série de práticas com o intuito de quebrar a rigidez do fordismo. A mudança 
tecnológica constante, a automação, a busca de novas linhas de produtos e nichos de mercado, 
a dispersão geográfica para zonas onde o controle do trabalho se dá mais facilmente, as 
fusões e medidas para acelerar o tempo de giro do capital passam, então, ao primeiro plano 
das estratégias corporativas de sobrevivência. A organização industrial que antes se pautava 
na produção em larga escala passa a produzir em pequenas quantidades a fim de atingir 
públicos cada vez mais específicos e acompanhar as rápidas transformações dos padrões de 
consumo. [...] No sistema de acumulação flexível, as empresas estão preocupadas em diminuir 
cada vez mais o numero de trabalhadores fixos. Aumentam a quantidade de empregados 
em tempo integral com habilidades facilmente encontradas no mercado de trabalho, que 
se caracteriza por uma alta taxa de rotatividade; bem como os de profissionais altamente 
capacitados, que ganham altos salários, mas substituem, comsuas habilidades de operar e 
fiscalizar linhas de produção automatizadas, grandes quantidades de trabalhadores fixos sem 
qualificação” (SABAT et al., 2010, s.p.). A acumulação flexível também é conhecida como 
toyotismo, modo de produção em que o objetivo principal deixou de ser a produção em massa, 
centrando-se na eficiência do processo de modo que a produção deve variar de acordo com 
a demanda. Nesse modelo, o mesmo trabalhador será responsável por diversas funções 
conforme as necessidades da empresa. Essa flexibilidade foi ampliada com a utilização das 
novas tecnologias. Houve grande inovação comercial, tecnológica e organizacional, com o 
objetivo de garantir que o sistema produtivo tenha capacidade de operar dentro de contextos 
que exigem rápidas mudanças, adaptando-se continuamente às variações da demanda.
GLOSSÁRIO
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Automação: pode ser definida como um conjunto de técnicas que podem ser aplicadas 
sobre um processo, objetivando torná-lo mais eficiente, ou seja, maximizando a produção 
com menor consumo de energia, menor emissão de resíduos e melhores condições de 
segurança, tanto humana e material quanto das informações inerentes ao processo.
Força motriz: geralmente, a força (ou potência motriz) é definida como um agente natural, tal 
como água, vapor, vento, eletricidade etc., usados para transmitir movimento para maquinário, 
um motor. Também pode ser definida como um conjunto de técnicas que podem ser aplicadas 
sobre um processo, objetivando torná-lo mais eficiente, ou seja, maximizando os resultados 
com menor esforço tanto humano e material quanto das informações inerentes ao processo.
Globalização: é um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar 
uma comunidade integrada globalmente – aldeia global – que permita maiores mercados 
para os países de capitalismo desenvolvido cujos mercados internos já estão saturados. 
Assim, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos mercados consumidores, 
principalmente dos países recém-saídos do socialismo. A concorrência fez com que as 
empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também 
para estabelecer contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente.
Hibridismo: é um termo emprestado da biologia darwinista do século XIX, que nas ciências 
humanas ressurgiu na década de 1980 com o historiador Peter Burke em um pequeno livro 
intitulado Hibridismo cultural, tão somente à análise desse conceito. Segundo Burke, com 
a globalização planetária, não há mais como evitar processos de hibridização da cultura. 
Burke aceita o conceito de hibridização como equivalente, lato sensu, ao de mistura, o que 
permite que localize tal processo (trata-se agora de um processo, e não, de um estado, 
como ele faz questão de salientar) em todas as épocas da história, sob os mais variados 
nomes. O termo hibridismo, herdado do século XIX, não parece muito propício à análise 
do papel do agente humano e de suas ações conscientes nos processos de “misturas” e 
“trocas” culturais visto que, como Burke destacou, está muito associado à idéia de processos 
naturais, que escapam à vontade humana. Para Burke, então, ao mesmo tempo em que 
os conceitos de “apropriação” e “acomodação” dão conta da ação consciente dos homens 
no intercâmbio cultural, os de “crioulização” e “hibridização” referem-se a modificações 
culturais inconscientes (BURKE, apud KERNE, 2004, p. 55-56).
Mais-valia: é o termo famosamente empregado por Karl Marx à diferença entre o valor final 
da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho, 
que seria a base do lucro no sistema capitalista.
GLOSSÁRIO
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GLOSSÁRIO
Neoliberalismo: é considerado uma redefinição do liberalismo clássico. Na política, é um 
conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do 
estado na economia, devendo haver total liberdade de comércio para garantir o crescimento 
econômico e o desenvolvimento social de um país. O neoliberalismo defende a não 
intervenção do Estado no mercado de trabalho, a política de privatização de empresas 
estatais, a livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização, a abertura da 
economia para a entrada de multinacionais, a adoção de medidas contra o protecionismo 
econômico. A educação não é incluída no campo social e político, passando a ser integrada 
no mercado.
Paradigmas: diz respeito a uma representação de um padrão a ser seguido. É um 
pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de 
um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos 
como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas (Fonte: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigma>).
Patrimonialismo: é uma forma de dominação em que os senhores de terras e mandatários 
reais são mais fortes que a sociedade, e, nesse sentido, a solidariedade só se estende ao 
grupo parental. A cidadania, o direito do indivíduo, não tem valor. Essa é uma categoria 
muito presente nos estudos sobre a formação social brasileira, cuja referência principal é 
Max Weber, que afirma ser o Estado Patrimonial o representante típico de um conjunto de 
tradições inquebrantáveis em que o domínio exercido pelas normas racionais é substituído 
pela justiça do príncipe e seus funcionários. Tudo se baseia então em considerações 
pessoais.
Pedagogia histórico-crítica: segundo Aranha (2006, p. 342) a pedagogia histórico-crítica 
emergiu na década de 1970 a partir de um grupo de filósofos e pedagogos que buscaram 
revisar a teoria educacional e elaborar uma teoria pedagógica. Também conhecida como 
pedagogia crítico-social dos conteúdos e pedagogia dialética, a pedagogia histórico-crítica 
tem como base teórica o materialismo dialético de Marx, Makarenko e Gramsci e a teoria 
progressista de Georges Snyders, Bernard Charlot e Bogdan Suchodolski. A tarefa da 
pedagogia histórico-crítica é reverter o quadro de desorganização que gera uma escola 
excludente, com altos índices de analfabetismo, evasão, repetência e seletividade. Entre 
os teóricos que representam essa tendência encontram-se Dermeval Saviani, José Carlos 
Libâneo, Guiomar Namo de Mello, Carlos Cury, entre outros. 
22
Questão 1
Resposta: Nas formas de gestão da escola – financeira, recursos humanos, patrimônio –, 
na ampliação das exigências feitas ao professor em relação ao planejamento, utilização das 
tecnologias, participação na gestão da escola, na busca de maior participação da família na 
escola, na apropriação das novas linguagens comunicacionais tais como Twitter, Facebook, 
Instagram, o acúmulo de informações e as possibilidades de armazenamento.
Questão 2
Resposta: Alternativa C.
Questão 3
Resposta: Alternativa B.
Questão 4
Resposta: Alternativa A.
GABARITO
Sistema produtivo: forma como as sociedades se organizam para produzir os recursos 
necessários à sua sobrevivência; diz respeito à maneira como os grupos sociais atendem 
às necessidades materiais de suas vidas. Na sociedade feudal existente na Idade Média, 
prevalecia um sistema produtivo de autossustento, predominantemente agrícola, familiar. 
Mesmo com o desenvolvimento de um comércio nos povoados que se formavam pela 
Europa, permanecia um tipo de sistema produtivo familiar. Com o crescimento das cidades 
e a expansão do comércio, o sistema de produção doméstico se desenvolve, significando 
a perda da independência dos artesãos na produção de seu trabalho. Em meados do 
século XVIII, se iniciara a revolução científico-tecnológica, surgindo o sistema fabril, que se 
desenvolve ao longo do século XIX até nossos dias.
GLOSSÁRIO
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Questão 5
Resposta: Alternativa C.
Questão 6
Resposta: A educação informal pode ser exemplificada nos costumes, na religião, nas leis,nos fatos físicos, nas ideias vigentes, nas práticas das famílias, dentre outras. A educação 
intencional se divide em formal e informal e se caracteriza pela intencionalidade do ato 
educativo, podendo ocorrer ou não em instâncias de educação escolar.
Questão 7
Resposta: A concepção tradicional está centrada na transmissão do conteúdo e na 
autoridade do professor, e a tecnicista coloca destaque na formação técnica, mas também 
vincula-se à transmissão do conteúdo. A escola, ainda que com algumas ressalvas, mantém 
as práticas tradicionais e tecnicistas na forma como organiza as turmas, na definição do 
currículo, na realização das avaliações, no conhecimento centrado na figura do professor, 
na valorização do livro didático sem buscar outras fontes de conhecimento, no autoritarismo 
exercido pelo professor, na ausência de espaços de participação do aluno.
Questão 8
Resposta: O PDE pode financiar projetos elaborados pelas escolas, e o PPP não prevê 
recursos orçamentários para ações que a escola queira desenvolver. Contudo, o PPP 
representa a definição das finalidades e da organização do trabalho na escola, definindo 
a orientação filosófica da escola, numa perspectiva crítica e inclusiva. Já o PDE é um 
instrumento de planejamento gerencial e, portanto, não reflete a escola numa perspectiva 
mais ampla. A possibilidade de articulação de ambos está na perspectiva colocada pela 
gestão democrática, que prevê a participação e a transparência no desenvolvimento das 
ações propostas pelo conjunto da escola.
Questão 9
Resposta: A escola pode favorecer, por meio da gestão democrática, espaços para a 
participação, para o aprendizado da democracia. Isto é, com a elaboração do projeto político-
pedagógico de forma conjunta, ouvindo e debatendo as opiniões dos alunos e dos demais 
atores do processo, a criação do grêmio estudantil, a criação de grupos representativos dos 
alunos, a realização de debates sobre temas de interesse dos alunos, a definição de normas 
GABARITO
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de conduta junto com os alunos. Assim será possível investir na capacidade do indivíduo 
de situar-se em relação aos outros, que desenvolverá autonomia, com o conhecimento 
de regras e normas sociais resultante de acordos mútuos, da formação de indivíduos 
competentes para expressar suas ideias, seus desejos e vontades, incluindo a perspectiva 
do outro.
Questão 10
Resposta: A escola é uma instituição fundamental e, em especial para as camadas 
majoritárias da população, é a possibilidade de acesso ao conhecimento científico, ao 
desenvolvimento de competências cognitivas, à preparação para a vida profissional, ao 
aprendizado de valores, à cultura e à vivência de atividades criativas. Assim a escola, 
movida pela vontade humana, pode ser um espaço de criação e transformação visando à 
emancipação humana. A ação dos indivíduos pode implementar, e tem implementado, como 
muitas experiências demonstram, mudanças nos aspectos pedagógicos, tecnológicos, 
culturais e metodológicos com vistas a uma educação com qualidade social.
GABARITO

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