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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO: PEDAGOGIA NOME:ALINE PERRENOUD CORTES HASHIMOTO Turma: FUNDAMENTO DA EDUCAÇÃO (EEL0038|3619949) 9003 Curso: PCC DE FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO (ESD0001) TÍTULO DA ATIVIDADE DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 1. OBJETIVOS: A disciplina Fundamentos da Educação busca promover uma introdução à análise e discussão do fenômeno educativo, considerando as relações entre educação e sociedade a partir de uma reflexão teórica, instrumentando o aluno para a compreensão de sua formação prática como educador e para o enfrentamento teórico-prático das principais questões relativas à Educação brasileira numa perspectiva crítica e transformadora. 2. COMPETÊNCIAS/ HABILIDADES: O conceito de “competências”, adotado pela BNCC, estabelece aquilo que o estudante 'deve saber', mas, principalmente, o que deve 'saber fazer', ao mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores ao lidar com situações de sua vida cotidiana. A disciplina se orienta para a promoção do desenvolvimento de competências como compreender o fenômeno educativo em sua complexidade, a partir de seus fundamentos sócio - filosóficos e refletir sobre a sua formação como futuro educador e sobre seu papel no processo educativo e, especificamente, em seu compromisso político- ideológico. 3. DESEMPENHO: A pedagogia liberal sustenta a ideia de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais, por isso precisam aprender a se adaptar aos valores e às normas vigentes na sociedade de classes através do desenvolvimento da cultura individual. A ênfase no aspecto cultural esconde a realidade das diferenças de classes, pois, embora difunda a ideia de igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições. 1. Mediação Teórica Prática : A pesquisa visa apresentar a estrutura e influência do Método Tradicional de Ensino, terá abordagem em estudo de casos, durante o desenvolvimento da pesquisa teórica me identifiquei com as palavras de Paulo Freire, Saviani e Mizutani, pois ambos relatam sobre Ensino Clássico e defini que o professor não precisa de um método específico, ele faz o seu próprio método, usando sua criatividade e experiência. 2. 1.Fundamentos Econômicos da Educação: O desenvolvimento econômico colabora muito para o crescimento da educação, e é muito importante estar por dentro de quais são essas influências. É indispensável para quem deseja refletir sobre as relações entre a economia e a educação, através da abordagem de temas como os processos produtivos, a teoria do desenvolvimento, o Fordismo Keynesiano, entre outros assuntos relevantes. Embora pareça não existir relação entre economia e educação à primeira vista, existe uma vinculação estrita entre as duas esferas. Desde a formação das primeiras sociedades primitivas, a educação sempre esteve subordinada a economia. Nos primeiros aglomerados humanos, os indivíduos eram treinados conforme as necessidades do grupo, na pesca ou na caça, por exemplo. Enquanto sociedades, com natureza econômica mais desenvolvida, direcionavam o sistema educacional para suprir estas necessidades. Economia e educação ao longo da história: Economia e educação sempre estiveram intimamente relacionadas desde os primórdios da história na humanidade do surgimento das primeiras civilizações. Entre os gregos, na antiguidade, enquanto Atenas, cidade ligada ao comércio, construiu um sistema educacional voltado ao desenvolvimento intelectual de novos conhecimentos, http://2.bp.blogspot.com/-EXFro87YOwE/TZTr6ZzAPqI/AAAAAAAAB1s/FHEGxrJ58xQ/s1600/economia3.JPG fazendo inclusive nascer à filosofia. Em Esparta, cuja principal atividade econômica era o saque de bens acumulados por outros povos, o sistema educacional foi pensado para formar guerreiros. Do mesmo modo, contemporaneamente, um país predominantemente agrícola ou industrial centraliza sua educação para suprir o setor com a mão de obra adequada. Uma das poucas tentativas de construir uma educação desvinculada da economia aconteceu durante o Renascimento, entre o século XII e XV. Foi quando os humanistas propuseram um sistema educacional mais amplo, que possibilitasse uma formação generalista, sem a preocupação com as funções necessárias para suprir a economia. Os humanistas pensaram uma educação que formasse pessoas em busca de um aprimoramento das capacidades humanas e não necessariamente técnicas ou teóricas. É importante ressaltar que, até então, embora a grande maioria da população só tinha acesso a uma educação informal. A educação formal era destinada a uma minoria, somente voltada a constituir a mão de obra necessária ao bom funcionamento da sociedade, fornecendo possibilidades quase nulas de mobilidade social. Somente com a Revolução Francesa - com seu ideal de igualdade, liberdade e fraternidade -, é que a educação formal começou a ser popularizada, massificada http://4.bp.blogspot.com/-efueUfO7PTM/TZTscpno_6I/AAAAAAAAB1w/I13CkWJEWmY/s1600/platao-grecia.jpg em certo sentido. A partir deste momento, gradualmente, a educação passou a ser fornecida pelo Estado, de forma pública e gratuita, até porque o conceito de Estado estava ainda em formação. No entanto, com a Revolução Industrial, a partir do século XVIII, a necessidade de suprir com mão de obra especializada o sistema capitalista, massificou a educação, adequando-a, mais do que nunca, as exigências econômicas. Educação e desenvolvimento: O desenvolvimento econômico de um país, dentro do âmbito do sistema capitalista, está estreitamente ligado a educação, uma vez que formadora dos recursos humanos necessários as sistema produtivo que faz a economia girar. Os recursos humanos de que um país dispõe são formados pela população economicamente ativa e pela população que está sendo preparada para ingresso no mercado de trabalho ou está à espera de vagas.Em um sentido contemporâneo, excetuando as pessoas que estão ativas ou ainda não ingressaram no mercado de trabalho, o restante forma o que chamamos mão de obra de reserva. O que criou uma situação em que, em meio ao amplo desemprego, faltem profissionais qualificados em alguns setores, obrigando empresas a importar mão de obra e tentar elas próprias qualificar seus funcionários. Este é um problema antigo no Brasil, remontando ao início da industrialização tardia na década de 1930, para os quais já se tentaram inúmeras soluções, todas fracassadas, já que não atacaram a raiz do problema: romper com um círculo econômico invertido. Para tentar resolver este problema, desde a década de http://1.bp.blogspot.com/-D_15O7hk9Jg/TZTtAaPPB6I/AAAAAAAAB14/krhKLMJnOEk/s1600/1economia.jpg 1970, medidas governamentais recomendaram o incremento do ensino técnico. Foi quando o IV Encontro de Secretários da Educação e Representantes de Conselhos de Educação, em 1973, fez a recomendação inicial, ressaltando que seria necessário criar intercâmbios com indústrias e universidades. No entanto, a criação de cursos técnicos, vinculados com o ensino médio, não foi capaz de fazer o Brasil avançar no desenvolvimento econômico. Educação e finanças públicas: As finanças públicas consistem em estudos econômicos, realizados pelo governo (Estado), visando organizar as receitas para atenderem as despesas, teoricamente, buscando um equilíbrio no crédito. Para organizar as finanças públicas, o Poder Executivo (presidente da República, governadores e prefeitos) elabora um orçamento, estimando a receita e fixando despesas, dentro de um intervalo de tempo denominado exercício fiscal. Trata-se de uma estimativa porque a receita está baseada naquilo que se espera arrecadar com impostos. O poder legislativo (senadores, deputados e vereadores) discuti a proposta, altera e aprova o orçamento, transformandoem lei. É interessante ressaltar que o orçamento público coordena as finanças do governo em âmbito federal, estadual e municipal; http://1.bp.blogspot.com/-3nmw7r4aD54/TZTtoCkTQkI/AAAAAAAAB18/6Eb68aUL6IM/s1600/economia_solidaria.gif http://4.bp.blogspot.com/-FDnCNKw-gKY/TZTt44mQobI/AAAAAAAAB2A/CvsSbRtjI8I/s1600/economia_2005.jpg estabelecendo prioridades e seguindo diretrizes de contabilidade e administração. 3.Fundamentos Político-Legais da Educação: Na década de 1990, constatou-se, por meio de análise dos índices de repetência e evasão escolar, que o sistema educacional brasileiro, vigente à época, havia se tornado ineficaz, surgindo daí, a necessidade de se realizar alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Nessa nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação instituiu uma série de medidas a serem tomadas, tanto para o sistema educacional público quanto para o privado, com ações que buscam avanços desde a educação básica até o ensino superior, definindo as responsabilidades de cada ente federativo que, em regime de colaboração, deverão disponibilizar recursos financeiros que assegurem, a promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País, atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade, valorização dos profissionais da educação, melhoria da qualidade da educação, universalização do atendimento escolar, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade, promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação, formação para o trabalho e para a cidadania, promoção do princípio da gestão democrática da educação pública. CONCEITO: A educação é um processo pelo qual passa todo ser humano de acordo com o contexto histórico, religioso, político, social, cultural e regional, no qual o indivíduo achar-se inserido, levando-o à aquisição de valores indispensáveis à vida em família e em sociedade. LEI DE DIRETIZES E BASES DA EDUCAÇÃO: A Constituição Federal Brasileira, no seu artigo 6º dispõe sobre os direitos sociais dentre eles o direito à educação, no entanto, é nos artigos 205 a 214, sob o título Da Ordem Social, que a CF/88 efetivamente dita as regras que estabelecem a educação como direito de todos e dever do Estado e da família, sendo promovida e incentivada com a colaboração da sociedade visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641309/artigo-6-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/1241734/artigo-205-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10648645/artigo-214-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96 regulamentou definitivamente a forma que o Estado disporá o ensino público obrigatório e gratuito aos cidadãos, assim segmentado: • Educação básica - Educação Infantil - busca trabalhar a criança em seus aspecto psicológico, intelectual e social dispondo de creches que as acolherá de 0 a 3 anos e pré-escolas dos 4 aos 6 anos, sendo de competência dos municípios, podendo ser realizado em jornadas integral ou parcial, segundo o Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNEI). • Ensino Fundamental - a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), divide a educação fundamental em: anos iniciais, do 1º ao 5º ano, e anos finais, do 6º ao 9º ano - estabelecendo que gradativamente os municípios serão responsáveis por todo o ensino fundamental, mas na prática, os municípios estão atendendo aos anos iniciais e os estados aos anos finais, devido haver se constatado que alguns municípios não possuem condição de cumprir com as obrigações que a Lei estabeleceu, em virtude disso, o Ministério da Educação (MEC) disponibiliza um conjunto de iniciativas, ações, programas e políticas de apoio, como: O Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (PRONATEC) e a Universidade Aberta do Brasil (UAB). • Ensino Médio - o antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano), é de responsabilidade dos Estados, pode ser científico, técnico ou profissionalizante. • Ensino Superior - é de competência da União, podendo ser oferecido por Estados e Municípios, desde que estes já tenham atendido os níveis pelos quais são responsáveis em sua totalidade, cabe a União autorizar e fiscalizar as instituições privadas de ensino superior. • Modalidade Específicas: • Educação Especial - disponibiliza professores preparados para atender os educandos com necessidades especiais, (com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, alta habilidades ou superdotação), preferencialmente na rede regular de ensino. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96 • Educação a distância - EAD - faz uso de tecnologias como: computadores, tabletes ou telefone para acessar as aulas e as respectivas atividades por meio de mídias sociais. • Encceja - Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos - é uma prova gratuita e voluntária aplicada a nível nacional pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), que serve para conceder periodicamente certificados de conclusão dos ensinos fundamental e médio às pessoas que não conseguiram concluir os estudos na idade adequada. • EJA - educação de jovens e adultos - nesta modalidade há aulas presenciais e conclusão de módulos a cada seis meses, que equivalem as séries do ensino regular, com aulas diárias e quatro horas de duração visando principalmente adultos em geral e detentos. • BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: No ano de 2017 o Ministério da Educação (MEC), alterou mais uma vez a Lei de Diretrizes e Bases da Educação para a adoção da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que é um documento normativo que define um conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver durante as etapas da educação básica, pois apercebeu-se que a educação tem um compromisso com a formação e o desenvolvimento humano global, em suas dimensões intelectual, física, afetiva, social, ética, moral e simbólica. Nesse sentido, espera-se que a BNCC ajude a superar a fragmentação das políticas educacionais, e seja balizadora da qualidade da educação e fortaleça o regime de colaboração, conforme preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE).O sistema educacional brasileiro passou por diversas alterações em busca de se modernizar, e mesmo com a evolução trazida pelo Plano Nacional de Educação, foi necessário estabelecer a Base Nacional Comum Curricular para que em todo o Brasil os alunos estejam em um patamar bem próximo de aprendizagem, desde os primeiros anos da educação básica até o seu término, para que tenham condições de realizarem o Enem, que é o segundo maior exame de avaliação do https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96 planeta, e o único meio de acesso aos programas de financiamento estudantil disponibilizados pelo governo. 3.Fundamentos Sociocultural da Educação: “O processo educativo é a ação socialmente construída de transmissão dos conhecimentos de uma geração às demais que surgem. Educação é processo humano, essencial para a perpetuação da humanidade e veículo de humanização. Educar é humanizar, ou seja, é um processo em que cada indivíduo se apropria daquilo que é produto do trabalho humano e expresso no conteúdo da cultura, da arte, da linguagem, da técnica e tecnologia, assim como da história, da política, da economia etc.” Em primeiro lugar, é interessante entendermos o conceito fundamental do sociólogo Émile Durkheim: o “fato social”. Este integra todo o seu conjunto de reflexões sobre a sociedade, entendida como um conjunto dos fatos sociais, imersos numa totalidade que lhes dá organicidade. (…) A primeira característica do fato social é existir exteriormente ao indivíduo, ou seja, não ser um fato individual ou psicológico, mas sim social. “Mesmo estando de acordo com sentimentos que me são próprios, sentindo- lhes interiormente a realidade, esta não deixa de ser objetiva; pois não fui eu quem os criou, mas recebi-os através da educação. Assim também o devoto, ao nascer, encontra prontas as crenças e as práticas da vida religiosa; existindo antes dele, é porque existem fora dele.” (Durkheim, as regras do método sociológico,1984). Neste trecho há o que é essencial no pensamento de Durkheim com relação ao fato o objetivo, exterior ao indivíduo e transmitido pela educação. Mas a esse conjunto de características é somado ainda outro aspecto importante do fato social: é que ele não somente existe fora do indivíduo, mas também se impõe a ele como forma de ser na sociedade. Para Durkheim, o indivíduo, ao nascer, encontra prontas as regras sociais, as normas de convivência, as tradições e as relações sociais, assim como os valores e as crenças. Estas, por existirem anteriormente aos indivíduos, são lhes impostas como algo superior, e, portanto, a única alternativa é que se adaptem a essas regras, valores, crenças, normas e relações sociais. Tal imposição, ou “coerção”, nas palavras de Durkheim, gera como consequência reações para todos os que se encontram fora dessas regras sociais. A coerção existe como mecanismo controlador e de manutenção por meio de sanções sociais .Para Durkheim, o estudo da sociedade é demarcado pelos fatos sociais entendidos como “coisas”, ou seja, fatos exteriores aos indivíduos, de caráter objetivo (ao contrário dos fatos psíquicos) e que obedecem a leis positivas, gerais e, no limite, invariáveis, o que denota a sua concepção positivista de sociedade, para a qual os indivíduos deveriam se moldar e não transformar. Para Durkheim, não interessam as manifestações individuais dos fatos sociais, mas apenas as coletivas. A educação é um mecanismo transmissor da cultura herdada pelas antigas gerações, fazendo com que sua assimilação seja o principal índice de socialização das novas gerações. A sociedade tende, segundo o autor, a formar à sua imagem e semelhança cada indivíduo, desde criança. Para esse sociólogo, a educação era a saída para a crise social pela qual passava a sociedade, pois ela é um mecanismo de integração social, de manutenção dos valores morais, que formam a “consciência coletiva”. Essa relação de imposição do social sobre os indivíduos, não tem outro sentido que lançá-los para fora de si, ou seja, inserir os indivíduos na vida coletiva, levando cada um a considerar os outros na relação social e, dessa forma, auxiliando na coesão social. Segundo Durkheim (2004, Da divisão do trabalho social,), a consciência coletiva pode ser definida como o conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema determinado com vida própria. Todo projeto educativo vincula-se a um projeto social e de homem, visando à manutenção da existência humana, como também ao desenvolvimento das formas de existência também das necessárias transformações sociais que visam maior justiça social. A natureza humana não é dada ao homem, mas é por ele produzida sobre a base da natureza biofísica. Consequentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Podemos inferir, a partir dessa citação, algumas questões importantes para a discussão. Humanizar-se em sociedade é a única condição para que isso ocorra. Lévi-Strauss inicia o terceiro capítulo de seu livro Raça e história (1980) apontando a discussão sobre a diversidade das culturas e a reação a ela. Afirma que os homens raramente conviveram com as diversidades como elas são, ou seja, naturais, resultado das relações entre as sociedades. Ao contrário, sempre se referiram à diversidade de forma bruta, como se tratasse de uma monstruosidade, uma aberração. O etnocentrismo, que estaria impresso nessa atitude, é, para o autor, a mais comum das atitudes, e a mais antiga. Nas suas palavras: A atitude mais antiga e que repousa, sem dúvida, sobre fundamentos psicológicos sólidos, pois que tende a reaparecer em cada um de nós quando somos colocados numa situação inesperada, consiste em repudiar pura e simplesmente as formas culturais, morais, religiosas, sociais e estéticas mais afastadas daquelas com que nos identificamos. Portanto, vemos em Weber uma descrença na escola com relação aos ideais depositados nela como transformadora da sociedade. Ao contrário, a escola aparece como lócus de reprodução cultural e de domínio social, como uma instituição na qual uma determinada cultura, de um determinado grupo, impõe-se a grande parte dos membros das novas gerações. Souza (2007) esclarece ainda que o papel da escola é a “administração dos bens culturais”, entendidos estes como os “códigos simbólicos disponíveis em determinado meio cultural”. Para o autor, “o sistema escolar contém um conjunto de funções, dentro do qual se destacam as funções de imposição da legitimidade de uma cultura, de inculcação sistemática dela, de legitimação da ordem social e, finalmente, de reprodução do sistema de dominação.” Na concepção materialista de Marx e Engels, os homens são considerados não como eles se vem, mas como são realmente em suas relações sociais. E a forma como são pode ser conhecida pelo modo como se relacionam com a produção material da vida humana, “como são ativos sob determinados limites, pressupostos e condições materiais que independem do seu arbítrio” Marx; Engels, 1983. Hegemonia é o conjunto das funções de domínio e direção exercidos por uma classe social dominante, no decurso de um período histórico, sobre outra classe social e até sobre o conjunto das classes da sociedade. A hegemonia é composta de duas funções: função de domínio e função de direção intelectual moral, ou função própria da hegemonia. A hegemonia burguesa, portanto, não reside apenas no poder econômico, que é central, mas na consolidação de uma visão de mundo difundida na sociedade, uma ética, uma moral que a legitimam no poder. Por outro lado, a hegemonia é também resultado das relações econômicas de poder da sociedade.” 4. Fundamento da Educação Demográficas: É a ciência que estuda a dinâmica populacional humana por meio de estatísticas que utilizam como critérios e religião, educação, etnia e outros critérios que são influenciados por fatores como taxa de natalidade, fecundidade e migrações. Um dos ramos das ciências sociais, a demografia é bastante recente se comparada com outros ramos como a economia. O termo https://www.infoescola.com/geografia/dinamica-populacional/ “demografia” foi usado pela primeira vez em 1855. Seu objetivo é estudar a estrutura da população, seu arranjo espacial ouforma como a população está distribuída no meio físico (urbano, rural) e sua composição, que pode ser estudado levando-se em consideração a faixa etária, o sexo, ou outras características da população. O chamado “movimento da população” também constitui objeto de estudo da demografia. Através de cálculos e estatísticas são estudados os fenômenos da mortalidade, natalidade e movimentos migratórios, todos estes influenciados por diversos fatores como educação, saneamento. A importância do estudo da demografia consiste no fato da população ser um elemento político essencial que caracteriza uma sociedade e que, consequentemente, tornam-se necessários compreender a fim de tornar possível o planejamento econômico, social, cultural ou político. A demografia possui quatro abordagens diferentes que variam de acordo com o foco de estudo: A abordagem histórica que tem por objetivo estudar a evolução dos acontecimentos demográficos ao longo do tempo pesquisando suas causas e tentando prever as consequências. A abordagem doutrinária que se ocupa da análise da teoria através dos estudos das ideias e obras de filósofos, pensadores e pregadores no tocante à população. A abordagem analítica, que por sua precisão matemática é a mais importante tecnicamente, pelo fato de fornecer dados indispensáveis sobre determinados acontecimentos. E, por fim, abordagem política, que apoiada em todas as outras abordagens, tenta formular políticas demográficas adequadas ao bem-estar da sociedade. 5. FUNDAMENTOS AMBIENTAIS: A educação ambiental é uma metodologia de ensino que tem como objetivo a disseminação dos conhecimentos a respeito do meio ambiente para que o desenvolvimento de habilidades, pensamentos e atitudes sejam despertados no indivíduo em prol da conservação e preservação ambiental. Mesmo estando no auge mundial atualmente, a educação ambiental é um assunto que vem sendo tratado há muitos anos. Conheça resumidamente sobre a trajetória da educação ambiental no mundo: A primeira aparição da palavra ecologia foi proposta no século XIV, por volta de 1870, criando-se o primeiro parque ecológico nacional do mundo, o parque de Yellowstone, em 1872. A partir do século XX, as responsabilidades com o meio ambiente começaram realmente a tomar forma. Com a criação da União Internacional para a Conservação da Natureza, em 1947, a publicação do livro “Primavera Silenciosa” de Rachel Carson, em 1962, e a criação do Clube de Roma, em 1972, os assuntos sobre o meio ambiente realmente vieram a ser discutidos como uma responsabilidade social mundial. Atualmente os fundamentos da educação ambiental são baseados em todos os acordos sociais e de desenvolvimento já propostos em convenções durante sua trajetória, https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/educacao-ambiental-fundamentos-e-trajetoria/53856 porém, com o desenvolvimento de novas tecnologias e estilos de vida diferentes, a educação ambiental está se adaptando para que sua veracidade não se perca e seja mais bem implantada no cotidiano. A falta de planejamento do uso dos recursos hídricos, o uso inadequado do solo e a devastação das matas ciliares têm levado as bacias hidrográficas a um processo de degradação, acarretando riscos à manutenção da quantidade e qualidade da água. O despertar da consciência ambiental dos produtores rurais com relação à conservação de recursos hídricos é de fundamental importância na busca da sustentabilidade. Nesse sentido, a educação ambiental é um instrumento orientador do uso racional da água e um potencial aliada na consolidação do princípio da participação social e suas implicações na microbacia. Este trabalho teve por objetivos avaliar a percepção dos produtores rurais da Microbacia do Ribeirão Marins com relação à conservação dos Recursos Hídricos e fornecer subsídios para futuras intervenções de gestão da microbacia em estudo para que as instituições de ensino superior possam elaborar projetos de educação ambiental participativos e integrados ao gerenciamento de recursos hídricos. Para tanto foram aplicados aos 11 irrigantes roteiros quantitativos de entrevista semiestruturada que investigaram: o nível de preocupação com a escassez de água, se os produtores fazem o controle da erosão, a opinião sobre a cobrança pelo uso da água e suas ações com relação à preservação da mata ciliar. Os resultados mostraram que a metade não faz controle da erosão; a maioria não concorda com a cobrança e todos acham importante a preservação da mata ciliar, além de fornecer elementos que indicam a ausência de compreensão dos impactos causados pelo manejo inadequado da água, o que pôde ser traduzido pelos graves problemas de degradação de água, solo e mata ciliar detectados. Conclui-se que é necessário um processo continuado de formação ambiental junto aos agricultores sensibilizando-os e instrumentalizando-os para o uso eficiente da água, efetivando o princípio da participação. 6. Fundamentos de Tecnologia Educacional: O modelo teórico-tecnológico da Educação foi concebido pelo Prof. Dr. Cassiano Zeferino de Carvalho Neto, como decorrência de estudos iniciados no final da década de 1970, voltados a promover modelagens teóricas para a Educação, vêm alertando para as crises pelas quais passou e passa a Educação e cujas possíveis soluções fundamentadas em paradigmas que não respondem mais aos anseios e necessidades de cada época, provocam respostas aquém das necessidades de atendimento que as escolas e os sistemas de ensino público e privado precisam oferecer à sociedade. No decorrer deste percurso que passa por projetos realizados em instituições públicas e privadas, instâncias governamentais e escolas da educação superior e básica, teve a oportunidade de realizar e aprofundar pesquisas em segmentos que passam pela Educação Científica e Tecnológica, Engenharia e Gestão do Conhecimento, Pedagogia, Física e Ciências da Aprendizagem. Em 2017, pela Labor ciência editora, o Professor Cassiano elabora e finaliza o manuscrito: princípios e práticas de inovação em gestão e docência’ cujo lançamento nacional em formato de livro está previsto para acontecer em maio próximo (2018). O livro traz os fundamentos teórico-tecnológicos que sustentam o modelo de Educação, enfatizando as possibilidades de autoria de planos estratégicos e percursos formativos realizados, respectivamente, por gestores e educadores. Para além de um modismo que situa a Educação no contexto do nascimento da chamada Indústria, ou Manufatura Avançada, a obra do Professor Cassiano traz elementos fundamentais para propiciar a criação de planos de inovação sustentável para as escolas da educação básica e superior, valorizando o potencial das pessoas envolvidas nos processos de gestão da educação. Atividade didática da disciplina Fundamentos da Educação, visando debater o tecnicismo revisitado que surge através da combinação de tecnologia educacional, educação a distância e privatização do ensino superior. A expansão dos cursos em Educação Profissional e Tecnológica https://www.marcelo.sabbatini.com/o-tecnicismo-revisitado/ (EPT) nos últimos anos tem trazido desafios significativos nessa área, seja na rede pública ou privada. Dentre eles está o estabelecimento de programas de pós-graduação que permitam formar docentes, gestores e pesquisadores voltados para a realidade da EPT, conhecendo seus limites e possibilidades. Mais ainda, trata-se também de criar perspectivas de leitura, reflexões e estudos nessa modalidade de ensino. A partir da experiência docente e em pesquisa em EPT dentro do Programa de Mestrado Profissional em Gestão e Desenvolvimento da Educação Profissional, numa instituição pública paulista que atua na formação técnica e tecnológica desde 1969, os autores propõem neste artigo uma dessas possíveis perspectivas, considerando algumas trilhas básicas de investigaçãolevantadas no contexto da arquitetura curricular de uma disciplina intitulada Fundamentos e Práticas da EPT. Parte-se da hipótese de que é necessário conhecer os fundamentos epistemológicos das relações entre educação e trabalho; problematizar o papel da EPT no atual contexto do desenvolvimento tecno científico, compreender as interfaces entre educação, sociedade e tecnologia a partir dos estudos da historiografia da Educação Profissional e Tecnológica, identificando as mudanças e permanências na sua fundamentação legal. CONCLUSÃO: FUNDAMENTOS MACROAMBIENTAIS: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/o-macroambiente/31044 O macro ambiente está em constante mudança devido às forças externas que o regem. Em função dessas forças, uma série de tendências pode surgir, tais como: variáveis políticas, econômicas, culturais, ações da concorrência. E por esses motivos os profissionais de marketing devem estar atentos às mesmas para tentar se antecipar e ampliar o seu diferencial competitivo. • A comunidade e sua cultura • Economia • política • Globalização e tecnologia • Variáveis do mercado (tendências, concorrentes e mudanças comportamentais dos clientes). A empresa e todos os outros atores operam em um macroambiente maior de forças, que oferece oportunidades e ameaças para os negócios. - Ambiente Demográfico: É o estudo da população humana em termos de tamanho, localização, densidade, idade, sexo, raça, ocupação e outros dados estatísticos. Este ambiente é de grande interesse para os profissionais de marketing porque envolve pessoas, e são as pessoas que constituem os mercados e muitas vezes estão relacionadas ao público-alvo da organização. - Ambiente Econômico: Os mercados dependem tanto do poder de compra como dos consumidores. Este ambiente consiste em fatores que afetam o poder de compra e os hábitos de gasto do consumidor. - Ambiente Natural: Inclui os recursos naturais que os profissionais de marketing usam como subsídios ou que são afetados pelas atividades de marketing. - Ambiente Tecnológico: É talvez a força mais significativa que atualmente molda nosso destino. A pesquisa e o desenvolvimento são super necessários em uma empresa. - Ambiente Político/Legal: As decisões de marketing são seriamente afetadas pelo desenvolvimento do ambiente político. Este ambiente é constituído de leis, agências governamentais e grupos de pressão que influenciam e limitam várias organizações e indivíduos em uma dada sociedade. - Ambiente Cultural: É constituído de instituições e outras forças que afetam os valores básicos, as percepções, as preferências e os comportamentos da sociedade. Vale ressaltar que o estudo do macroambiente é uma ferramenta fundamental para a organização, buscar adaptação e competitividade. O macroambiente compõe o cenário no qual a organização está inserida e as variáveis relacionadas a este ambiente, devem ter uma atenção especial na busca por diferenciais. Descrevo a história da educação básica, a fim de juntar ideias obtidas anteriormente para assim possuímos o conhecimento do passado, com isso evitar cometer os mesmos erros. Pois a influência do saber sobre a história educacional proporciona uma contestação cerca da educação nos dias de hoje. Referência Bibliográficas: • monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/principios- fundamentos-procedimentos-educacao-basica-uma- relacao.htm#indice_20 ALVES, G.L.. O pensamento burguês no seminário de Olinda. Ibitinga : Humanidades, 1993. • jarbas.wordpress.com/062-fundamentos-de-tecnologia- educacional/ BARAN, Paul a. e Paul M. SWEEZY. Capitalismo Monopolista: Ensaio sobre a ordem econômica e social americana. RJ : Zahar, 1978. • altamircarlossilva.jusbrasil.com.br/artigos/787812874/fundamentos -legais-da-educacao?ref=feed CARDOSO, Ciro F.S.. Uma Introdução à História. São Paulo : Brasiliense, 1986. CARDOSO, Tereza Fachada L. As aulas régias no Brasil. In: STEPHANOU, Maria e BASTOS, Maria H. (Orgs.) Histórias e memórias da educação no Brasil, vol. I: séculos XVI- XVIII. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. p. 179-191. • www.intersaberes.com/item-catalogo/fundamentos-socioculturais- da-educacao/SAVIANI, Demerval. Educação e colonização: as idéias pedagógicas no Brasil. In: STEPHANOU, Maria e BASTOS, Maria H. (Orgs.) Histórias e memórias da educação no Brasil, vol. I: séculos XVI- XVIII. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. p. 121-130. • SAVIANI, D., “A filosofia da educação no Brasil e sua veiculação pela RBEP”. In, Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, N. 150, 1984. http://www.intersaberes.com/item-catalogo/fundamentos-socioculturais-da-educacao/SAVIANI http://www.intersaberes.com/item-catalogo/fundamentos-socioculturais-da-educacao/SAVIANI
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