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LEI MARIA DA PENHA
Em pesquisas sobre a Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, alcancei informações e conhecimentos, dos quais poderei opinar. A lei Maria da Penha ganhou este nome por causa de uma mulher chamada Maria da Penha Maia Fernandes, que, como todas as outras mulheres, era muito guerreira, porém, as vezes, vencida pelo medo, preconceito, ou vergonha. Maria da Penha Maia Fernandes, por vinte anos lutou para ver seu agressor preso. 
Hoje, Maria da Penha é biofarmacêutica, é cearense, e no passado,... ("falo passado pois dá a impressão que não volta mais, que se foi..., que nunca mais será..."), ela foi casada com o professor "universitário" Marco Antonio Herredia Viveros. Em 1983 ela sofreu a primeira tentativa de assassinato, quando levou um tiro nas costas enquanto dormia, mas que covardia. Marco Viveros foi encontrado na cozinha, gritando por socorro, alegando que tinham sido atacados por assaltantes. Desta primeira tentativa, Maria da Penha saiu paraplégica. A segunda tentativa de homicídio aconteceu meses depois, quando Marcos empurrou Maria da Penha da cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la no chuveiro.
Apesar da investigação ter começado em junho do mesmo ano, a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro do ano seguinte e o primeiro julgamento só aconteceu 8 anos após os crimes. Em 1991, os advogados de Marco Viveros conseguiram anular o julgamento. Já em 1996, Viveros foi julgado culpado e condenado há dez anos de reclusão mas conseguiu recorrer, porque estamos no Brasil, as leis existem, não são tão eficientes ou quase nada eficientes mas estão ai para serem cumpridas.
Mesmo após 15 anos de luta e pressões internacionais, a justiça brasileira ainda não havia dado decisão ao caso, nem justificativa para a demora. Com a ajuda de ONGs, Maria da Penha conseguiu enviar o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou uma denúncia de violência doméstica. Viveiro só foi preso em 2002, para cumprir apenas dois anos de prisão. Absurdo!!!
O processo da OEA também condenou o Brasil por negligência e omissão em relação à violência doméstica. Uma das punições foi a recomendação para que fosse criada uma legislação adequada a esse tipo de violência. E esta foi a maneira encontrada aonde se criou a tal lei.
Infelizmente o ditado é certo: - "se não é por amor, será por dor". Coitada da Maria que sofreu tanto, e por causa dela a lei surgiu, mas, apenas surgiu a lei, pois os efeitos ainda são nada.
Um conjunto de entidades então reuniu-se para definir um anti-projeto de lei definindo formas de violência doméstica e familiar contra as mulheres e estabelecendo mecanismos para prevenir e reduzir este tipo de violência, como também prestar assistência às vítimas. 
Em setembro de 2006 a lei 11.340/06 finalmente entra em vigor, fazendo com que a violência contra a mulher deixe de ser tratada com um crime de menos potencial ofensivo.
A lei também acaba com as penas pagas em cestas básicas ou multas, além de englobar, além da violência física e sexual, também a violência psicológica, a violência patrimonial e o assédio moral.
Recentemente, a lei completou nove anos de vigência. À época da sua publicação foi muito festejada e comemorada pela sociedade em geral, já que tinha como principal objetivo coibir, com rigor e destemor, a violência doméstica contra a mulher.
A lei veio em excelente hora, mas infelizmente, a prática de atos violentos contra a mulher sempre fez parte da nossa história. Inclusive, não é preciso muito esforço para recordar de inúmeros casos judiciais em que o homem, ora movido por um “amor” cego, ora pelo ciúme doentio (verdadeiros sentimentos de “posse” e que eles dizem fazer tal ato cruel por amor) e, às vezes, por puro sadismo, descontam na companheira ou esposa as suas frustrações e o seu ódio.
Em tais situações, quando a violência masculina resultou em morte ou lesões graves na vítima, é bom dizer que o Poder Judiciário sempre teve, como de fato tem, total capacidade para punir, severamente, o agressor. Nesses casos mais graves, a ação penal é de iniciativa do Ministério Público, o que, na maioria das vezes, já se apresenta como razão suficiente para impedir que o fato permaneça “impune”.
Ou seja, a necessária atuação do Ministério Público nos casos mais graves é, sem dúvida, uma garantia de que o crime será, pelo menos, analisado pelo Poder Judiciário.
A Lei Maria da Penha sempre teve como objetivo proteger a mulher em todo e qualquer caso de violência doméstica desde quando foi criada. Contudo, nos casos mais graves, lamentavelmente, a proteção almejada nem sempre é alcançada, já que, quando o homem “endoidece” e pratica atos brutais de violência, não existe lei alguma que possa garantir a integridade física de quem quer que seja, nem mesmo a cautela de mantê-lo a distância da pessoa ameaçada.
Sendo assim, é bom dizer que o grande mérito da Lei Maria da Penha foi o de combater com mais rigor a violência doméstica mais comezinha, aquela que se dá no cotidiano do casal, normalmente decorrente de uma discussão mais acalorada ou da embriaguez do marido. Nessas situações, via de regra, os resultados das agressões físicas são alguns hematomas, arranhões e, eventualmente, pequenas fraturas. Entretanto, vale aqui mencionar que essas agressões corriqueiras, justamente porque visam a desestabilizar o orgulho e a autoestima da mulher, são as que deixam marcas psicológicas mais profundas, verdadeiras feridas na alma feminina que jamais serão curadas.
Dentro desse contexto, a adoção das chamadas medidas protetivas de urgência impostas em face do agressor conforme pesquisa verifiquei que as mesmas estão previstas no artigo 22, da Lei 11.340/2006 tornou-se meio eficaz para conferir uma maior proteção à mulher, em que pese o problema inerente à falta de fiscalização das medidas.
Da mesma forma, a possibilidade de se prender preventivamente o agressor (artigo 20, da mesma lei) também é outro instrumento que se mostrou importante para inibir as agressões.
Ao longo desses nove anos, a Lei Maria da Penha mostrou-se importante não só para alertar a sociedade para o problema atinente à violência contra a mulher, mas também, e principalmente, para conferir à mulher uma proteção mais eficiente no seu cotidiano, sobretudo contra as agressões mais simples e corriqueiras.
Infelizmente, estamos longe de resolver a questão. Recente pesquisa realizada pelo Ipea indica que a taxa de “feminicídios” (homicídio da mulher por conta de um conflito de gênero, ou seja, pelo simples fato de ser mulher) após a publicação da lei em 2006, ou seja, entre os anos 2007 e 2013, foi de 5,22 em cada 100 mil mulheres. Já entre 2001 e 2006 (ou seja, antes da Lei), a taxa aferida foi de 5,28 em cada 100 mil mulheres. Nota-se, portanto, que, mesmo com a publicação da Lei, o índice não caiu da forma como se esperava, aliás, manteve-se quase idêntico ao período anterior. Porque será?
Na minha opinião, a Lei Maria da Penha, não se destina mesmo a coibir “feminicídios” ou casos graves de violência praticada contra a mulher, afinal, como já havia dito, quando o homem resolve praticar um ato bárbaro contra a sua companheira, não é a Lei que irá segurá-lo. Ele simplesmente o faz, sem aviso prévio, e pronto, sem se importar com a tal Lei!
Agora, é claro que o levantamento das pesquisas nos preocupa, e muito. Contudo, é justamente por acreditar que a Lei mostra-se muito mais eficaz para coibir a violência doméstica do “dia a dia” que tento ter esperança e considero, que, em um prazo mais longo, aquelas estatísticas mostradas acima devem diminuir.
Talvez se coibirmos o “pequeno agressor” de hoje, certamente, poderemos evitar, ou, ao menos, minorar os casos mais graves de violência contra a mulher amanhã.
Elas continuam sofrendo, continuam com medo, são humilhadas, maltratadas, envergonhadas, são verdadeiras posses de seus agressores que muitas vezes as traem e ainda por cima as matam. Depois vão na televisão e diz que foi por amor!Que bom que a Lei chegou, precisamos colocar em prática o que foi para o papel.
Somos tão fracas perante os covardes que se dizem e se mostram fortes demais, porém somos mais fortes do que eles imaginam, quando se trata de lutar pelos nossos ideais com lei ou sem lei.
Covardes, não se esqueçam que vocês sairam do utero de uma mulher e que com muita dor ela te trouxe ao mundo, respeitem as mulheres. Elas agradecem!!!!
FONTE DE PESQUISA
http://www.observe.ufba.br/lei_mariadapenha

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