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SISVAN Definição: “O SISVAN pode ser definido como um sistema de coleta, processamento e análise contínuos dos dados de uma população, possibilitando um diagnóstico atualizado da situação nutricional, suas tendências temporais e, também, dos fatores de sua determinação”. Objetivo: O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, operado a partir da atenção básica à saúde, tem como objetivo principal monitorar o padrão alimentar e o estado nutricional dos indivíduos atendidos pelo SUS, em todas as fases do curso da vida. Os programas de prevenção e promoção da nutrição devem passar anteriormente pelo SISVAN para verificar se o programa é realmente necessário. EX: Programa Leite é Saúde e Fome Zero tiveram que passar pelo SISVAN para poderem atuar. “I – Fica instituído, no Ministério da Saúde, o SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – SISVAN, com os seguintes objetivos: 1- Manter o diagnóstico atualizado de situação do País, no que se refere aos problemas da área de alimentação e nutrição que possuem relevância em termos de saúde pública; 2- Identificar as áreas geográficas e grupos populacionais sob risco avaliando as tendências temporais de evolução dos problemas detectados; 3- Reunir dados que possibilitem identificar e ponderar os fatores mais relevantes na gênese desses problemas; 4- Oferecer subsídios ao planejamento e à execussão de medidas para a melhoria da situação alimentar e nutricional da população brasileira.” SISVAN é condicionalidade para o Programa Bolsa Família Marcos importantes na história do SISVAN - 1968 (21ª Assembléia Mundial de Saúde) Foi sugerido que as ações da vigilância epidemiológica não deveriam ser restritas às doenças transmissíveis, mas deveriam ser também aplicáveis a outros problemas de saúde pública, incluindo aqueles relacionados a alimentação e nutrição. - Roma, 1974 (Conferência Mundial de Alimentação) Proposta de vigilância nutricional Países subdesenvolvidos: caráter emergencial - 1976 (INAN – Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição) Propõe a vigilância do estado nutricional da população desnutrida infantil - 1990 Institucionalização do SISVAN - Lei 8080/1990 (Lei Orgânica da Saúde). Recomendou a adoção do SISVAN no âmbito do SUS. PROGRAMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis O termo “nutricional” leva em conta a saúde Fome Zero é a estratégia de segurança alimentar no Brasil desde 2010 Restaurante Popular é administrado por uma ONG, enquanto a Cozinha Comunitária ganha verba do governo (pessoas de um bairro se revezam na semana para cozinhar e oferecer comida aos pobres) Segurança Alimentar: garantir o alimento / Segurança Nutricional: garantir a qualidade do alimento em questões nutricionais O Bolsa Família é um dos principais fatores para a mudança no perfil nutricional dos brasileiros beneficiados por ele O Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) foi reativado em 2003, ligado à Presidência da República por seu caráter estratégico, como instância de articulação entre o governo e a sociedade. Passou, então, a propor diretrizes para a área da alimentação e nutrição. Em 2006, foi aprovada a Lei Orgânica da Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), que instituiu o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). Em 2010, a alimentação passou a ser um direito social assegurado pela Constituição. O Decreto 7.272, de 2010, definiu as diretrizes da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. O Sisan é organizado pelo poder público com a participação da sociedade civil e formula e aplica a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. - Seu objetivo é assegurar o direito humano à alimentação adequada – direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional: Esse plano visa garantir, entre outras iniciativas, produção e abastecimento alimentar de maneira sustentável; acesso à terra e à água; segurança alimentar e nutricional de indígenas, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais; transferência de renda; fortalecimento da agricultura familiar, a produção de base agroecológica; e alimentação e nutrição para a saúde. Agora, estados e municípios estão construindo os próprios planos de segurança alimentar, integrando ações e políticas nas três esferas da administração pública. Para assegurar à alimentação adequada que visa o SISVAN, é instituída a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – PNSAN. O primeiro Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional deverá conter políticas, programas e ações relacionados, entre outros, aos seguintes temas: I - oferta de alimentos aos estudantes, trabalhadores e pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar; II - transferência de renda; III - educação para segurança alimentar e nutricional; IV - apoio a pessoas com necessidades alimentares especiais; V - fortalecimento da agricultura familiar e da produção urbana e periurbana de alimentos; VI - aquisição governamental de alimentos provenientes da agricultura familiar para o abastecimento e formação de estoques; VII - mecanismos de garantia de preços mínimos para os produtos da agricultura familiar e da sociobiodiversidade; VIII - acesso à terra; IX - conservação, manejo e uso sustentável da agrobiodiversidade; X - alimentação e nutrição para a saúde; XI - vigilância sanitária; XII - acesso à água de qualidade para consumo e produção; XIII - assistência humanitária internacional e cooperação Sul-Sul em segurança alimentar e nutricional; e XIV - segurança alimentar e nutricional de povos indígenas, quilombolas, demais povos e comunidades tradicionais. O Fome Zero é uma estratégia que insere na promoção da segurança alimentar e nutricional buscando a inclusão social e a conquista da cidadania da população mais vulnerável à fome. Seus programas e ações são norteados por quatro eixos: I- acesso à alimentação; II- fortalecimento da agricultura familiar, III- geração de renda; IV- articulação, mobilização e controle social. Programa Bolsa Família (tem como eixo o acesso à alimentação) É um programa de transferência de renda destinado às famílias em situação de pobreza, com renda familiar per capita de até R$ 120 mensais, que associa a transferência do benefício financeiro com o acesso aos direitos sociais básicos: saúde, alimentação, educação e assistência social. O Bolsa Família, que tem como condicionante a Vigilância Alimentar e Nutricional. A Secretaria Municipal de Saúde faz o acompanhamento dos beneficiários do Programa Bolsa Família mediante utilização do SISVAN (dos dados que estão contidos neste sistema de coleta de informações). Outras ações que também contribuíram para Segurança Alimentar e Nutricional: - Restaurante popular - Bancos de Alimentos - Hortas Comunitárias - Programa de Alimentação do Trabalhador - Programa de Aquisição de Alimentos - Aleitamento Materno - Programa Nacional De Alimentação Escolar - Pesquisa Nacional De Saúde Do Escolar Todos esses programas, políticas e ações, servem para que o governo possa se organizar e gerir com mais eficiência a questão da alimentação adequada e saudável, assim tentando controlar o estado nutricional, que é de fundamental importância para o controle de doenças não transmissíveis, causa de grandes gastões com a saúde pública. GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Definição: É um manual datado em 2006 Contém as primeirasdiretrizes alimentares (diretrizes são raízes para o funcionamento de algo) Orientações adequadas para a prevenção de doenças crônicas e infecciosas Resultado de uma construção coletiva. Colaboração efetiva da rede de alimentação e nutrição Marco relevante para a consolidação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição Objetivo: Prevenção das doenças causadas por deficiências nutricionais Resistência orgânica a doenças infecciosas Reduzir a incidência de doenças crônicas não transmissíveis Incentivar a alimentação saudável. “Estratégia da saúde pública brasileira com vistas à melhoria dos perfis nutricional e epidemiológico atuais” Princípios: Abordagem integrada - Deficiências nutricionais e doenças crônicas não transmissíveis / Promoção vida saudável ao longo da vida (desde a gestação) Cultura alimentar Referencial positivo: Mais propositivo e menos prescritivo Explicitação e variação das quantidades Alimento como referência Sustentabilidade ambiental Originalidade – um guia brasileiro Abordagem multifocal: Todos, Profissionais de saúde, Governo e setor produtivo de alimentos, Família Atributos da Alimentação Saudável: Acessibilidade física e financeira, Sabor, Variedade, Cor, Harmonia, Segurança sanitária Diretrizes: 1- Alimentos saudáveis e refeições 2- Grãos, amido e proteínas completas 3- Frutas, legumes e verduras 4- Leguminosas e outros vegetais ricos em proteína 5- Alimentos de origem Animal 6- Gorduras, açúcares e sal 7- Água Especial 1: atividade física / Especial 2: qualidade sanitária dos alimentos SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – SAÚDE E NUTRIÇÃO ESCOLAR Importância da alimentação escolar: é muito importante porque a criança tem maiores necessidades nutricionais, neuropsicológicas, estaturais e sociais. Dentro da escola ela aprende a comer alimentos saudáveis. PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº- 1.010, DE 8 DE MAIO DE 2006 Institui as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. A que se deve a promoção da alimentação saudável nas escolas? - Dupla carga de doenças - Mudança do perfil epidemiológico - Influência do tipo de alimentação na prevenção de DCNT - Estratégia global para alimentação saudável e a segurança dos alimentos - Direito humano a alimentação adequada e a PNAN - Objetivos e dimensões da PNAN - A necessidade de que a concepção de saude e vida saudável seja vivenciada na escola, como um ato pedagógico - Intersetorialidade da promoção da saúde e da prevenção de doenças - Alimentação como um como um ato social Eixos prioritários I - ações de educação alimentar e nutricional; II - estímulo à produção de hortas escolares; III - estímulo à implantação de boas práticas de manipulação de alimentos; IV - restrição do comércio no ambiente escolar, e V - monitoramento da situação nutricional dos escolares. Ações de promoção da alimentação saudável no ambiente escolar I - definir estratégias, em conjunto com a comunidade escolar II - sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos com alimentação na escola III - desenvolver estratégias de informação às famílias IV – Dar condições para adequação dos locais de produção/fornecimento de refeições V - restringir a oferta e a venda de alimentos considerados não saudáveis VI - aumentar oferta e promover consumo de frutas, hortaliças VII - estimular e auxiliar os serviços de alimentação na divulgação de opções saudáveis VIII - divulgar a experiência da alimentação saudável a outras escolas IX - desenvolver programa contínuo de promoção de hábitos alimentares saudáveis X - incorporar o tema alimentação saudável no projeto político pedagógico da escola Como se formam os hábitos alimentares? - A partir de exemplos de alimentação, renda, cultura, mídia, amigos, status, conhecimento sobre saúde, prazer, mudança nos padrões de trabalho, preço dos alimentos, moda, escola, acessibilidade física e financeira Uma alimentação saudável precisa contemplar alguns atributos básicos: - Acessibilidade física e financeira - Segurança sanitária - Harmonia, cor, variedade e sabor *Alimentação escolar não é merenda escolar A ESCOLA COMO ESPAÇO DE PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL MATRIZ DE AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE Publicada em 2009 Quais os motivos, razões, qual a justificativa para a inserção de ações de nutrição na APS? - doenças relacionadas com alimentação e estado nutricional 2. Qual o propósito da matriz? - Organizar e sistematizar todas as ações relacionadas à nutrição na atenção básica Qual a importância da matriz? - para que as pessoas possam visualizar as ações de maneira sistemática (manter continuidade no tratamento) Propósito - Baixa oferta de ações primárias de alimentação e nutrição na rede de unidades básicas de saúde, ou a sua baixa incorporação na atuação das equipes de saúde, implica em limitar o cumprimento dos princípios da integralidade, universalidade e resolubilidade da atenção à saúde. Para superar esse desafio, é preciso, além de fomentar a inserção das ações de alimentação e nutrição, no âmbito das estratégias de atenção à saúde, de forma multidisciplinar, promover o apoio e a incorporação qualificada do nutricionista, especialmente na rede básica de saúde. A criação de espaços, como os Núcleos de Apoio à Saúde da Família. A matriz se apoia na PNAN A Secretaria Municipal é gestora da matriz no município (planejamento segundo dados epidemiológicos para reverter alguma situação nutricional do município) A matriz utiliza muito a idéia de nutricionista atuar com outras disciplinas (vai caber ao nutricionista transferir seus saberes p/ outros profissionais) Equipe multiprofisisonal e atuação do nutricionista - O trabalho em equipe, uns profissionais cooperando com outros, procura atender o sujeito na sua integralidade - O trabalho multiprofissional contribui para a efetivação das ações de alimentação e nutrição - A matriz elenca ações prioritárias e algumas delas dizem respeito ao conhecimento técnico específico da formação do nutricionista. - Muitas dessas ações são relacionadas ao cuidado nutricional direcionado aos indivíduos, e tiveram como base as determinações legais para a atuação profissional Divisão da Matriz 1. Ações específicas: para o indivíduo, para a família e para a comunidade 2. Ações universais 3. Ações segundo o ciclo de vida Pressupostos conceituais e organizacionais da Matriz - Níveis de intervenção: gestão das ações de alimentação e nutrição e cuidado nutricional - Caráter das ações: Universais: (Famílias e comunidade) aquelas ações de saúde e de cuidado nutricional que se aplicam a todas as fases do curso da vida, ou seja, sua realização é pertinente e oportuna a todas as fases do curso da vida e portanto a toda a população. Específicas: (Indivíduo) são aquelas aplicáveis à determinada fase do curso da vida. São ações inerentes ou adaptadas às especificidades de uma determinada fase do curso da vida. . Níveis de intervenção Gestão das ações de alimentação e nutrição - Planejamento: decisão sobre objetivos, estratégias e planos para alcançá-los, programação de atividades - Organização: realizar ações para organizar os órgãos e cargos, definir atribuições, identificar e organizar recursos para atingir os objetivos - Direção : comunicação, liderança e motivação de pessoal, visando o encaminhamento dos objetivos - Controle : definição de parâmetros para medir o desempenho, corrigir desvios, garantir que o planejamento seja realizado * Essas ações antecedem o cuidado nutricional Ditarão normas, procedimentos e condutas em relação ao CD na rede . Cuidado nutricional - ações de diagnóstico – identificação e avaliação do estado nutricional - promoção da saúde,- prevenção de doenças, - tratamento/cuidado/assistência Qual ação aplicar? Gestão das ações de alimentação e nutrição no âmbito municipal Organização das ações de alimentação e nutrição no âmbito do sistema municipal de saúde tendo em conta a estrutura da rede de serviços (recursos humanos, equipamentos, estabelecimentos de saúde) - Adequação dos equipamentos dos serviços de saúde para diagnóstico precoce e tratamento oportuno dos agravos nutricionais que ocorrem na população - Definição e monitoramento de indicadores de desempenho organizacional na área de nutrição. Sujeito da abordagem : Indivíduo Nível de intervenção : Diagnóstico Caráter da ação : Universal EX: Avaliação e monitoramento do consumo alimentar
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