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Aconselhamento genético Disciplina: Genética Humana Professora: Isadora Machado Teixeira Lima O que é aconselhamento genético? É uma consulta especializada para pessoas que estão preocupadas com a ocorrência ou a possibilidade da ocorrência de uma doença genética em sua família. Organização dos casos Categoria 1: ◦ Casal normal, com história reprodutiva insatisfatória pelas seguintes razões: Esterilidade Abortos numerosos, com ou sem alguns filhos normais ou afetados Uma ou mais crianças com anormalidades Organização dos casos Categoria 2: ◦ Casal normal, sem filhos ou com filhos normais, o qual teme que sua prole venha a ser afetada pelas seguintes razões: Os cônjuges são consaguíneos Os cônjuges são relativamente idosos A mulher é Rh- e o homem Rh+ Organização dos casos Categoria 2: Um dos cônjuges recebeu radiação ionizante ou drogas mutagênicas (ex: tratamento do câncer), ou fez uso de drogas possivelmente teratogênicas, ou ainda sofreu certas infecções que considera transmissíveis ao feto (ex: sífilis, rubéola) Organização dos casos Categoria 2: Há precedente na família de um dos cônjuges, ou de ambos, de anomalias que parecem hereditárias. Organização dos casos Categoria 3: ◦ Casal normal, com um ou mais filhos afetados: Retardo mental Defeito físico congênito, simples ou múltiplo, com ou sem retardo mental Síndrome de herança monogênica clara Síndrome multifatorial Organização dos casos Categoria 4: ◦ Pessoa afetada, solteira ou já casada, cuja anomalia possa passar à prole (riscos): Risco nulo ou quase: síndromes sexuais esterilizantes (ex: Turner, Klinefelter) ou que exigem confina- mento com impedimento reprodutivo (ex: retardo mental ou psicose grave). Organização dos casos Categoria 4: Risco moderado: defeitos multi- fatoriais (ex: lábio leporino); doenças ligadas ao sexo (ex: hemofilia); doenças recessivas de gravidade média ou alta. Risco alto: síndromes mendelianas autossômicas dominantes de gravi- dade e penetrância médias ou altas. Organização dos casos Categoria 5: ◦ Grupo heterogêneo de casos: Casos médico-legais ou privados Crianças a serem adotadas Pares de gêmeos para determinação de zigosidade Casos de diagnóstico pré-natal de afecções genéticas (aborto) Quem são os conselheiros genéticos? Qualquer profissional da saúde qualificado a oferecer aconselhamento genético (pós-graduação). Trabalha como parte de um grupo que inclui médicos, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, etc. Papel crescente do enfermeiro no aconselhamento genético. ETAPAS DO ACONSELHAMENTO Etapas do aconselhamento 1) Determinação do tipo de herança Diagnóstico seguro da doença do probando, com confirmação por testes laboratoriais e consulta a especialistas clínicos. Etapas do aconselhamento 1) Determinação do tipo de herança Levantamento do heredograma: ◦ Existência de outros afetados (grau de parentesco) ◦ Possíveis casamentos consaguíneos Estudo clínico dos outros afetados: apresentam a mesma doença do probando? Há variações? Etapas do aconselhamento 1) Determinação do tipo de herança Causas genéticas X ambientais: pro- bando e outros afetados anamnese. Pesquisa bibliográfica: nome da afecção ou sinais mais característicos. Etapas do aconselhamento 1) Determinação do tipo de herança Exame dos membros da família aparentemente normais: detectar transmissores do gene ou de alterações cromossômicas equilibradas ◦ Exames de DNA ◦ Testes de detecção de heterozigotos ◦ Estudos citogenéticos Etapas do aconselhamento 2) Cálculo dos riscos Estimativa dos riscos de recorrência da doença em crianças que venham a nascer dos pais do probando e de outros casais da família. Redação do relatório dados clínicos e genéticos; análise do problema; enunciação dos riscos. Etapas do aconselhamento 3) Entrevista de aconselhamento Explicação verbal dos termos do relatório à família (de maneira adaptada e sem gerar crises emoci- onais) Ajuda aos consulentes para que se conscientizem dos riscos e adotem atitudes racionais. Etapas do aconselhamento 3) Entrevista de aconselhamento Assessoramento dos consulentes sobre como garantir êxito do planejamento familiar que venham a adotar. Aconselhamento de outros membros da família quando o estudo tenha demonstrado que sua prole corre alto risco. Etapas do aconselhamento 4) Acompanhamento Seguimento dos casos: contatos a intervalos longos para aferir a eficácia do aconselhamento, ou reforçá-lo. Se necessário, encaminhar a família à terapia adicional. Ordem de grandeza dos riscos
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