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Aconselhamento genético

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GIOVANA NUNES 
 
Modelos de desenvolvimento da 
sociedade 
 Eugenia: 
 Francis Galton – primo em 1o grau de 
Charles Darwin. 
 Objetivo: 
1. Promover a eugenia, ou seja, “a 
melhora da raça humana”; 
2. É um modelo de Estado, transformado 
em leis baseadas na “racionalidade e 
responsabilidade” do comportamento 
humano e na prioridade da defesa das 
prerrogativas sociais de proteção do 
“pool gênico” humano, antes do que 
das necessidades ou desejo dos 
indivíduos; 
3. Grande ação social e politica: adoção 
de esterilização compulsória, 
abortamentos obrigatórios, politicas de 
restrição de casamentos, inclusive 
inter-raciais e de migração. 
 Prejuízo ao desenvolvimento da genética 
humana como ciência. 
 Adotada na China 1994 – preocupação 
cientifica. 
 Preventiva: 
 Depto de Genética nas escolas de 
medicina na década de 1950. 
 Objetivos: 
1. Diminuir ou eliminar as doenças 
genéticas. 
 
2. Os serviços de genética passam a ser 
localizados em grandes centros 
médicos, e a genética passa a ser 
uma disciplina clínica; 
3. A base do AG é do diagnóstico médico 
acurado; 
4. Médico passa a ser o legítimo 
provedor do AG; 
5. O médico usa no AG a relação médico-
paciente tradicional e se baseia no 
princípio da neutralidade. 
 Psicológico: 
 Reconhece que o processo de AG 
envolve não somente decisões 
reprodutivas futuras, mas sim como lidar 
com o que ocorreu, ou seja, como as 
pessoas devem ser ajudadas a se 
ajustar com a doença de seu familiar ou 
própria ou com os riscos de ocorrência; 
 Envolve um complexo processo 
psicossocial de ajuste a inúmeras 
variáveis, como experiências prévias com 
a doença, personalidade, motivação, 
educação, valores, cultura, família e 
dinâmica interpessoal e familiar. 
Princípios éticos 
1. Respeito às pessoas e famílias, incluindo a 
verdade total, respeito pela decisão das 
pessoas e informação precisa e sem 
tendenciosidade (autonomia). 
2. Preservação da integridade da família 
(autonomia, não-maleficência). 
3. Revelação completa para os indivíduos e 
famílias de todas as informações relevantes 
para a saúde (autonomia, não-maleficência). 
4. Proteção da privacidade dos indivíduos e 
famílias de intrusões não justificadas por 
parte de empregadores, seguradoras e 
escolas (não-maleficência). 
5. Informação aos indivíduos sobre a obrigação 
ética que eles se encontram de informar os 
parentes de que podem estar em risco 
genético (não-maleficência). 
6. Informar aos indivíduos sobre a necessidade 
de que eles revelem o seu status de 
portadores a esposos/parceiros se uma 
criança está sendo desejada e as 
possibilidades de dano ao casamento das 
revelações (não-maleficência). 
7. Informar as pessoas de suas obrigações 
morais de revelar o status genético que 
possam afetar a segurança pública (não-
maleficência). 
8. Apresentação das informações de forma 
menos tendenciosa possível (autonomia). 
9. Uso de técnicas não-diretivas, exceto nas 
questões de tratamento (autonomia, 
beneficência). 
10. Envolver as crianças e adolescentes o 
máximo possível nas decisões que lhes 
afetem (autonomia). 
11. Obrigação dos serviços de seguimento dos 
afetados/ famílias se apropriado e 
desejado (autonomia, beneficência e não-
maleficência). 
Aconselhamento Genético 
 Processo de comunicação que cuida dos 
problemas humanos associados à ocorrência 
ou recorrência de uma doença genética em 
uma família. 
 Este processo envolve a tentativa feita por 
uma ou mais pessoas treinadas 
apropriadamente a ajudar os indivíduos ou 
famílias a: 
 Compreender os fatos médicos, incluindo 
o diagnóstico, o provável curso da doença 
(prognóstico) e as medidas (tratamentos) 
disponíveis; 
 Avaliar como a hereditariedade contribui 
para a doença, e o risco de recorrência 
para determinados parentes; 
 Entender quais as opções que possuem 
perante o risco de recorrência, em 
relação à vida reprodutiva da família; 
 Escolher que ações são mais apropriadas 
para eles, em vista dos riscos e dos 
objetivos de suas famílias, e agir de 
acordo com as decisões; 
 Obter o melhor ajustamento possível à 
doença do familiar afetado e/ou ao risco 
de recorrência da doença. 
 Necessidade de uma equipe multidisciplinar 
de profissionais, preparados para 
aconselhar o paciente e/ou sua família na 
tomada dessas decisões de acordo com os 
padrões éticos e religiosos pessoais da 
família. 
 Geneticistas consultores, médico clínico e 
geneticista, bioquímico, biólogo, psiquiatra 
e psicólogo. 
 O objetivo é contribuir para evitar desgaste 
econômico e emocional nas famílias e na 
sociedade. (Segundo o SUS Portaria 81/09). 
Tipos de aconselhamento 
genético 
 Prospectivo: Quando previne o 
aparecimento de uma doença genética na 
família. Geralmente, é fornecido a indivíduos 
que têm um risco teórico aumentado de 
gerar descendentes com doença genética. 
 Exemplos: casais com risco de ter prole 
afetada devido à idade avançada dos 
cônjuges; mães que foram expostas a 
agentes teratogênicos no período pré-
gestacional; identificação de 
heterozigotos (portadores do gene) por 
meio de estudos populacionais, 
casamentos consanguíneos, etc. 
 Retrospectivo: Quando já existe(m) 
afetado(s) nas famílias. 
 Exemplos: mulher, filha de hemofílico, que 
deseja saber a probabilidade de vir a ter 
um filho também hemofílico; casal cujo 
primogênito nasceu com anencefalia quer 
saber se há risco de nascer outra 
criança com a mesma anomalia. 
Como deve ser o trabalho de 
aconselhamento genético 
 A identificação de indivíduos normais 
(critério normativo) e de indivíduos 
portadores de genes anômalos; 
 A compreensão do diagnóstico, o provável 
curso da doença e as condutas disponíveis; 
o tratamento médico e o atendimento clínico 
integral de indivíduos portadores e afetados 
por transtornos genéticos; 
 A orientação dos portadores quanto ao 
modo como a hereditariedade contribui para 
a doença e quanto ao risco de recorrência 
(riscos de gerarem descendentes afetados 
geneticamente); 
 O entendimento das alternativas para lidar 
com o risco de recorrência; 
Situações clínicas em que deve 
ficar atento 
 Quadros de natimortalidade e 
neomortalidade, os quais devem sempre ter 
sua etiologia definida para sabermos se 
possuem probabilidades de recorrência na 
família. 
 Crianças com defeitos congênitos, 
principalmente quando a criança apresenta 
anomalias congênitas múltiplas. 
 Crianças gravemente enfermas que 
apresentem suspeita de doenças genéticas 
metabólicas. 
 Crianças com ambiguidade genital ou 
alterações do desenvolvimento sexual. 
 Crianças com atraso neuropsicomotor ou 
deficiência mental de causa não definida ou 
claramente de etiologia genética. 
 Crianças com déficit ou excesso de 
crescimento de causa não definida ou com 
suspeita de doenças genéticas. 
 Crianças com doenças genéticas específicas 
de um sistema orgânico (por exemplo: 
anemia falciforme, distrofias musculares, 
etc.). 
Fases do aconselhamento 
genético 
1 fase: estabelecimento e/ou 
confirmação do diagnóstico 
 Antes de tudo, o conselheiro deve ter uma 
formação adequada e saber que: 
1. As doenças genéticas são diferentes das 
doenças não-genéticas. São inatas (são 
parte do individuo, do self), nunca irão 
embora e, na maioria, têm prognóstico 
complexo. 
2. A ocorrência destas doenças em uma 
família leva, quando os pais ficam 
sabendo, a um processo de sofrimento 
agudo ou luto, o qual passa por várias 
fases (choque, negação, tristeza e 
cólera, equilíbrio e reorganização), 
 Ciclo de superação depende de muitos 
fatores e muito das ajudas 
profissionais e do modo como os 
profissionais lidam com seus clientes. 
 Deve-se conhecer para identificar os 
vários discursos e seus significados e 
como interagir com estas pessoas. 
2 fase: cálculo dos riscosgenéticos 
 É mais teórica, fora do contato familiar 
 Os profissionais estabelecem, baseados no 
diagnóstico etiológico, a causa da doença, 
por exemplo, ambiental, genética 
(cromossômica ou gênica), multifatorial ou 
desconhecida. 
 Explica-se a ocorrência daquela criança 
afetada na família, o porquê da doença, qual 
o mecanismo que a gerou e qual o risco de 
que a doença possa vir a ocorrer 
novamente na família. 
3 fase: Comunicação 
 Fase de interagir com a família para que ela 
entenda o que ocorreu, ou seja, comunicar 
os fatos médicos. 
 Faz parte dos preceitos éticos dizer toda a 
verdade, porém a equipe deve ponderar 
sobre para quem e de que forma deve ser 
dito 
 Não deve usar as concepções de risco alto 
ou baixo na transmissão do risco, e sim os 
seus valores exatos, explorando os 
conhecimentos de probabilidades dos jogos 
de azar na explicação. 
 Mostrar sempre os dois lados do risco, ou 
seja, para a saúde (nascer uma criança 
normal) e para a doença. 
 Nunca diga “vocês não devem mais ter 
filhos”, pois isso seria antiético. 
4a fase: decisão e ação 
 Muitas decisões precisarão ser tomadas 
pela família a partir deste momento, mas o 
serão no decorrer da vida e da dinâmica 
familiar, portanto o AG deve ser contínuo. 
 Decisões sobre como cuidar da 
criança/afetado; sobre outros testes 
genéticos; sobre a vida reprodutiva do casal; 
sobre os relacionamentos e a manutenção 
da família e da saúde mental de seus 
membros; decisões reprodutivas e uso de 
métodos anticoncepcionais; sobre uso de 
diagnóstico pré-natal ou pré-implantacional; 
sobre interrupção ou não de gestações, etc. 
 Nesta fase, o conselheiro precisa ajudar os 
clientes a: 
 Serem ativos psicologicamente, fazendo-
os se esforçarem para chegar às suas 
próprias decisões, assumindo os riscos 
das consequências. 
 Fornecer aos casais conhecimentos dos 
processos humanos de decisão: trabalhar 
com os sentimentos ambíguos, os 
conflitos interpessoais, as dificuldades de 
tomada de decisão e suas relações com 
os tipos de personalidade. 
5 fase: seguimento 
Os profissionais devem acompanhar mais 
efetivamente a vida da família e não perder o 
contato com elas, o que frequentemente 
acontece hoje. 
Doenças genéticas 
 Alterações cromossômicas: 
 Síndrome de Down. 
 Doenças monogênicas: Ocasionadas por um 
único par de genes 
 Autossômica dominate 
Ex: Neurofibromatose 
 Autossômica recessiva 
Ex: Osteogenese Imperfeita tipo 111. 
 Recessiva ligada ao X. 
 Doenças multifatoriais: Gene + Ambiente 
 Vários defeitos congênitos; 
 Ex: Lábio leporino e espinha bífida 
(meningocele). 
 Herança não tradicional: 
 Expansão de trinucleotídeos; 
 Doenças por mutação no DNA 
mitocondrial; 
 Imprinting. 
Como se faz um diagnóstico: 
Etapas da avaliação genética 
1. Reunir informações: 
 História dos pais: Idade, ocupação, outras 
gestações, doenças agudas ou crônicas, 
procedência, etnia. 
 História da gravidez: Complicações, 
duração da exposição a teratógenos. 
 História peri-natal: Tipo de parto, 
condições de nascimento, peso, estatura, 
perímetro cefálico, índice de Apgar, 
tempo de permanência no hospital e 
intercorrências. 
 Evolução do paciente: Saúde, 
crescimento, desenvolvimento 
neuropsicomotor, avaliações já realizadas. 
OBS: 
 Obter a história familiar: Heredrograma 
(é fundamental para definir o modo da 
doença) 
 Uniformizar a informação dos familiares. 
Heredorgama: 
 
 
 
2. Estabelecer/verificar o diagnóstico: 
3. Avaliar o risco: 
4. Transmitir a informação; 
5. Acompanhar a médio/ longo prazo. 
1. Exame físico 
 Medidas antropométricas; 
 Malformações maiores; 
 Defeitos menores (dismorfias); 
 Dermotoglitos; 
 Fotografia. 
2. Síntese 
 Dados positivos: Resumo dos achados 
importantes da história e exame físico; 
 Malformações isoladas ou múltiplas? 
 Deficiência intelectual ou alterações 
neurológicas? 
 Existe um padrão característico? 
Comparações com experiência pessoal ou 
com a literatura. 
3. A avaliação 
complementar 
 Solicitações de avaliação de outros 
especialistas; 
 Exames de imagem (sistema nervoso 
central, ossos, órgãos internos); 
 Exames genéticos: 
 Qual exame? (Cariótipo, testes 
bioquímicos, análise do DNA, aCGH); 
 Em qual tecido deve ser realizado? 
(sangue, pele, líquido aminiótico, 
vilosidades coriônicas). 
4. Diagnóstico 
 Diagnóstico clínico: Herança multifatorial, 
herança desconhecida, algumas heranças 
mendelianas com gene conhecido mas com 
com muitas mutações; 
 Exames genéticos: Cariótipo, testes 
bioquímicos, análise de DNA. 
5. Intervenção 
 Tratamento; 
 Aconselhamento genético: Etiologia, 
prognóstico, risco de recorrência, 
possibilidades de manejo de risco (opções 
redrotutivas), possibilidades de diagnóstico 
pré-natal; 
 Seguimentos: Acompanhamento da evolução, 
complicações testagem de outros 
familiares, opções reprodutivas para o 
afetado. 
 
 
Alterações cromossômicas 
 Défict de crescimento; 
 Deficiência intelectual; 
 Sinais dismórficos; 
 Malformações de órgãos internos –
Cardiopatia congênita. 
O SUS 
Deverá oferecer aconselhamento genético a 
todas as pessoas e a famílias com risco de 
desenvolver doenças geneticamente 
determinadas ou anomalias congênitas..

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