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ROTEIRO III - Pedidos, litisconsórcio, inicial e Os

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PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 1 
 
A LEITURA DA DOUTRINA É INDISPENSÁVEL. O roteiro não é apostila, apenas apresenta a sequência expositiva 
da disciplina em aula, e que lhe servirá de norteador para estudos futuros. 
Fontes: BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de Direito Processual Civil, vol. único, 2ª Ed, SP : Saraiva, 2016. 
CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. RJ : .Lúmen júris Editora, 16ª ed., 2007. 
GRINOVER, Ada Pelegrini e Os. Teoria geral do processo, 24ª edição, SP - Malheiros, 02-2010. 
 MARINONI, Luiz Guilherme e Os. Curso de processo civil, Vol.2, SP : RT, 2015. 
 NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Código de processo civil comentado, 3ª ed, BA : Ed. JusPodivm, 2018. 
Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
 III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, 
crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra. 
 
ROTEIRO III - Espécies de pedidos, litisconsórcio, inicial e outros. 
 
ESPÉCIES DE PEDIDOS 
PEDIDO 
 
Forma de pedir (solicitar, interceder, requerer), em sentido amplo quer exprimir toda pretensão ou 
requerimento que uma pessoa faz a outrem. 
 
 No sentido jurídico: é todo requerimento formulado ao juiz, em que se pede o que se tem direito, ou se 
indica o que é necessário para restabelecimento da relação jurídica, que está em demanda. 
 
PEDIDO INICIAL 
 
Quando o pedido encerra a pretensão do autor manifestada na petição em que ajuizou uma questão; 
porque tantos outros pedidos podem ser formulados no curso do processo. Assim, o pedido do autor é o 
próprio motivo da ação ou a razão jurídica que o traz a juízo. 
 
O pedido deve ser certo e positivo, porque na positividade está a natureza da obrigação a ser cumprida 
pelo réu, se condenado. Também, pela certeza, se verifica a relação jurídica que deve ser restabelecida, 
determinada e identificada dentro da própria realidade jurídica, que se deseja legalmente amparar. 
 
 A condição de positivo, vista no pedido, mostra sua procedência e congruência, a de certo, sem dúvida, 
mostra que é exato e dentro do justo, para que se exclua a ideia de excessivo e da improcedente. 
 
 
CERTEZA E DETERMINAÇÃO DO PEDIDO – arts.: 324, §2º, e 330, §1º, CPC 
 
CPC, art. 324. O pedido deve ser determinado. 
§1º. É lícito, porém, formular pedido genérico: 
I – nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; 
II- quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; 
III- quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. 
§2º. O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção. 
 
CPC, art. 330. A petição inicial será indeferida quando: (...) 
§1º. Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I- lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II- o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; 
III- da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV- contiver pedidos incompatíveis entre si. 
NO DIA DA PROVA NÃO SERÁ PERMITIDO O USO DE MÍDIAS 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 2 
 
PEDIDO GENÉRICO (é exceção porque a regra é que o pedido deve ser certo e determinado) 
 
Câmara ensina: 
(...) Pedido genérico é o formulado sem a determinação do aspecto quantitativo do pedido. 
Não se admite qualquer indeterminação quanto ao aspecto qualitativo do mesmo. (...) nas 
“ações universais” (...) em que se pleiteia a condenação do réu a entregar ao autor uma 
universalidade de bens, (...) numa demanda em que se pleiteie a condenação do réu a entregar ao 
autor uma biblioteca. 
(...) quando não for possível (...) determinar, de modo definitivo, as consequências do ilícito (...) 
exemplo (...) um acidente de trânsito em que a vítima ainda vem se submetendo a tratamento 
médico, sendo imprevisível o fim do mesmo, será possível a formulação de pedido genérico. 
(...) quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo 
réu (...) exemplo (...) “ação e prestação de contas”. 
 
CPC, art. 324. O pedido deve ser determinado. 
§1º. É lícito, porém, formular pedido genérico: 
I – nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; 
II- quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; 
III- quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. 
 
PEDIDO ALTERNATIVO- art. 325 CPC 
CPC, art. 325. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de 
mais de um modo. 
§ único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a 
prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo. 
 
 Alexandre Freitas Câmara preleciona: 
 
Neste não há cumulação de demandas. Formula-se pedido alternativo quando a relação de direito 
material deduzida no processo dá origem a uma obrigação alternativa (aquela que pode ser 
cumprida por mais de uma forma pelo devedor). (...) exemplo: se o devedor se comprometeu a 
entregar ao credor um boi ou um cavalo, e a obrigação não foi cumprida, será lícito ao credor 
propor ação pedindo a condenação do demandado a entregar uma coisa ou outra 
Admite-se, também, o pedido alternativo nas obrigações acompanhadas de prestação facultativa 
(...) aquela obrigação em que o devedor, desde o nascimento da relação obrigacional, se reserva o 
poder de liberar-se do vínculo entregando ao credor, em lugar da prestação devida, uma prestação 
diferente, desde logo determinada ou determinável. (...) na obrigação com prestação facultativa 
apenas a primeira prestação é devida (daí ser chamada “prestação principal”) admitindo-se, porém, 
que o devedor a substitua por outra já determinada previamente. Ex: B se compromete a entregar a 
H um automóvel, ficando acertado desde logo que poderá se liberar da obrigação entregando ao 
credor o seu valor em dinheiro. 
 
PEDIDO SUCESSIVO 
 
CPC, art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão 
consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor; e serão incluídas 
na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou 
de consigná-las. 
 
NO DIA DA PROVA NÃO SERÁ PERMITIDO O USO DE MÍDIAS 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra.3 
 
Consoante Câmara: 
(...) obrigação cujo cumprimento se pretende ser de trato sucessivo, com prestações periódicas, 
considera-se que nas prestações vincendas se encontram incluídas no pedido (...) Ex. “na ação de 
consignação de alugueres e acessórios da locação”, em que o autor pleiteia a consignação de um 
mês de aluguel e deverá, no mesmo processo, consignar as prestações que vierem a vencer durante 
seu trâmite, ainda que não o pleiteie expressamente na petição inicial. Quer-se ... evitar a 
necessidade de propositura de uma nova demanda a cada vencimento de prestação se é única a 
relação jurídica obrigacional. 
 
 O pedido deve ser interpretado restritivamente, pois é o limite estabelecido para o exercício da 
função jurisdicional. EXCEÇÃO: 
 
CPC, art. 322. O pedido deve ser certo. 
§1º. Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os 
honorários advocatícios. 
§2º. A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé. 
 
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS 
 
CPC, art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles 
não haja conexão. 
§1º. São requisitos de admissibilidade da cumulação que: 
I – os pedidos sejam compatíveis entre si; 
II – seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; 
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. 
§2º. Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor 
empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos 
procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as 
disposições sobre o procedimento comum. 
 
Para Alexandre Câmara a melhor classificação é a proposta por Araken de Assis: 
 
 (...) cumulação em sentido estrito e em sentido amplo. Na primeira forma, os diversos pedidos 
admitem a possibilidade de procedência simultânea, o que não ocorre na segunda, em que apenas 
um entre os pedidos poderá ser julgado procedente. 
 
A cumulação em sentido estrito se divide em cumulação simples e sucessiva; a cumulação em 
sentido amplo será sempre da espécie eventual ou subsidiária. 
A primeira espécie de cumulação de pedidos em sentido estrito é cumulação simples. Nesta, o 
autor formula pedidos absolutamente independentes entre si, sendo certo que, nesta hipótese, as 
demandas não possuem em comum elementos outros que não as partes. (...) exemplo, ter-se-á 
cumulação simples quando o autor pretender cobrar do réu dividas decorrentes de contratos de 
mútuo
1
 diferentes. Não há, entre os pedidos, nenhuma ligação, sendo possível ao juiz decidir cada 
demanda cumulada de uma forma diferente. Admite-se, mesmo a possibilidade de que todas sejam 
procedentes, razão pela qual esta é espécie de cumulação em sentido estrito. 
NO DIA DA PROVA NÃO SERÁ PERMITIDO O USO DE MÍDIAS 
 
1
. Contrato de mútuo: é aquele que trata da transferência de bens fungíveis móveis, que podem ser substituídos por outro da 
mesma espécie, qualidade e quantidade. 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 4 
 
A segunda espécie de cumulação em sentido estrito, a cumulação sucessiva, o autor formula dois 
(ou mais) pedidos, sendo certo que a análise do posterior depende da procedência do que lhe 
precede. Ex: (...) “ação de investigação de paternidade” com “ação de petição de herança”. O 
segundo pedido só será apreciado se o primeiro for julgado procedente, sendo possível a 
procedência simultânea (...) demanda condicional (a segunda) já que a sua apreciação fica 
submetida a um evento futuro e incerto (a procedência do primeiro pedido), que se manifestará 
dentro do próprio processo. (...) admite-se a prática de atos processuais condicionais, quando a 
condição for endoprocessual
2
. 
 
(...) ter-se-á cumulação em sentido amplo eventual ou subsidiária, quando o autor formula dois 
(ou mais) pedidos, sendo certo que, nesta hipótese, o segundo pedido só será apreciado se o 
primeiro for julgado improcedente. ... Ex: quando o autor pede a condenação do réu ao 
cumprimento específico de uma obrigação de entregar coisa e, no caso de tal condenação ser 
impossível por ter a coisa perecido, a condenação do demandado ao pagamento de seu equivalente 
pecuniário. Este segundo pedido (...) só será apreciado se o primeiro for julgado improcedente. - 
Art. 326 CPC –. 
 
CPC, art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, 
quando não acolher o anterior. 
 
PEDIDO CONTRAPOSTO 
 
Também denominado contraposição, é o exercício da ação feito pelo demandado nos procedimentos 
especiais (rito sumaríssimo ex.: o juizado especial, art. 31 da Lei 9.099/95), o qual formula, no corpo da sua 
contestação, o seu pedido em face do demandante. Similarmente à reconvenção, a contraposição deve ser 
conexa com o pedido ou a causa de pedir formulada pelo demandante na sua petição inicial. 
O pedido contraposto tem natureza acessória, logo, seguirá o destino da ação originária. 
NEVES leciona: 
(...) a pretensão (...) pedido contraposto está ligada de forma indissociável da ação principal. Se por 
qualquer razão essa for extinta, (...) ao mesmo fim o pedido contraposto, que em razão da 
ausência de autonomia não tem como sobreviver sem a existência da ação principal. Ainda 
que regularmente formulado tal contra-ataque do réu somente será analisado em seu mérito 
quando o juiz também ultrapassar na ação principal a análise dos pressupostos processuais e 
condições da ação. 
 
PEDIDO: LIMITADOR DA ATIVIDADE JURISDICIONAL – arts. 141 e 492 CPC 
 
CPC, art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não 
suscitadas a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. 
 
CPC, art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em 
quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. 
§ único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional. 
 
NO DIA DA PROVA NÃO SERÁ PERMITIDO O USO DE MÍDIAS 
 
2
. Endoprocessual: tudo aquilo que está dentro do processo; atos praticados dentro do processo judicial. 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 5 
 
CPC, art. 322. O pedido deve ser certo. 
§1º. Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os 
honorários advocatícios. 
§2º. A interpretação do pedido considerará o conjunto de postulação e observará o princípio da boa-fé. 
 
LITISCONSÓRCIO - arts. 113 ao 118 CPC 
 
Litisconsorte: é toda pessoa que, juntamente com outra ou outras, na qualidade de coautor ou corréu, é 
também parte na mesma causa, para participar do mesmo destinoou sorte, que solucionar a lide. Os vários 
litisconsortes unem-se para um mesmo sentido e para obtenção dos mesmos resultados, que se atribuam a 
qualquer deles. Embora, na promoção dos atos processuais, tenham os litisconsortes relativa independência, em 
verdade eles compõem um só todo, daí serem coautores ou corréus. (Vocabulário jurídico De Plácido e 
Silva, 27ª edição, RJ: Forense, 2007.) 
O Litisconsórcio não implica no concurso de ações e nem significa cumulações de ações. Há nele, 
concurso e cumulação de autores ou de réus, segundo as circunstancias. Portanto, é DIFERENTE de 
litispendência palavras de origem latina litis, de lis, litis = lide e pendência, de pendere (pender, estar preso) 
literalmente significa a lide ou o processo, que não foi decidido ou terminado está em curso, está pendente. Quer 
exprimir a causa de pendente, ou a existência de causa pendente. A litispendência NÃO quer significar a 
existência de ações idênticas, pela afinidade dos elementos que as compõem: coisa, causa e pessoa, porque a 
litispendência é a existência de causa não julgada, ainda em andamento, em processo regular. Enquanto 
que a identidade de causas ou de ações quer significar a existência de causas, que se identificam que se mostram 
uma só e a mesma coisa, embora aparentemente de aspectos ou feições diferentes. 
 O CPC permite a cumulação subjetiva, ou seja, cumulação de pessoas num mesmo polo processual, se 
de autores será litisconsorte ativo, se de réu haverá litisconsorte passivo. 
Justificativa: princípio da economia processual evita os desperdícios financeiros, de tempo 
cronológico, da utilização do aparato estatal; princípio da segurança jurídica evita-se a prolação de decisões 
conflitantes. 
Ada Pelegrini nos ensina que: 
(...) litisconsórcio é um fenômeno de pluralidade de pessoas, em um só ou em ambos os 
polos conflitantes da relação jurídica processual (...) ele constitui fenômeno de pluralidade 
de sujeitos parciais principais do processo) (...) dois aspectos principais: 1) diz respeito à 
sua constituição, à sua admissibilidade e até à sua eventual necessidade (...) arts. 113 e 114, 
CPC; 2) é atinente às relações entre os litisconsortes, uma vez constituído o litisconsorte 
(...) arts. 117 e 118 CPC. 
Há casos de litisconsorte necessário (...) indispensável sob pena de nulidade do processo e 
da sentença, ou de total ineficácia desta, litisconsorte unitário, que os litisconsortes devem 
receber tratamentos homogêneos. 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 6 
 
O litisconsórcio necessário pode ser também unitário e o unitário pode também ser 
necessário, mas essa relação não é constante e pode ocorrer: 1) litisconsórcio necessário 
não-unitário (comum), ou 2) litisconsórcio unitário não-necessário (facultativo). 
 
CPC, art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes 
distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não 
prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. 
 
PRAZO- CPC, art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia 
distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em 
qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. 
 
Wambier preleciona que: 
(...) não há aproveitamento de atos entre os litisconsortes se se tratar de disposição de 
direito (reconhecimento do pedido, por exemplo) que é atitude que só se reflete na esfera 
jurídica daquele que de seu direito dispõe. (...) regra geral, (...) a atividade ou a omissão de 
qualquer dos litisconsortes não beneficia nem prejudica os demais. Essa regra se aplica aos 
casos de litisconsórcio facultativo simples e necessário simples, não cabendo aplicá-la se de 
litisconsórcio unitário, (...) pois, devendo a sentença ser uniforme para todos, a inércia de 
quaisquer dos litisconsortes não prejudicará nenhum deles, nem mesmo o inerte, que se 
aproveitará da atividade de outro litisconsorte. 
 
TIPOS DE LITISCONSÓRCIO, por WAMBIER 
 
a) Quanto cumulação de sujeitos do processo 
 
a.1) litisconsórcio ativo = vários autores propõem a ação contra um único e mesmo réu; 
a.2) litisconsórcio passivo quando há pluralidade de réus, é possível que um único autor proponha ação contra 
vários réus ou, proposta a ação contra um réu este denuncie a lide outro corresponsável (ex. a seguradora); 
a.3) litisconsórcio misto quando a ação é proposta por diversos autores contra réus diversos. Wambier: Na 
hipótese de litisconsórcio no polo ativo e no polo passivo (litisconsórcio misto) a facultatividade faz com 
que se esteja diante de hipótese em que poderiam ter sido propostas diversas ações, mediante a formação 
de litisconsórcio num dos dois polos ou não. 
 
b) Quanto ao tempo (prazo) para sua formação pode ser inicial ou posterior (ulterior), isto é, pode a ação já 
(de início) ser proposta por diversos autores contra diferentes réus, ou quando ocorrer em qualquer outro 
momento que não o da propositura da ação será litisconsórcio ulterior. Wambier: (...) A possibilidade de 
formação de litisconsórcio ulterior configura-se em exceção ao principio da perpetuatio legitimationis e 
só pode ter lugar se se tratar de litisconsórcio necessário. O “litisconsorte” tardio, em se tratando de 
litisconsórcio facultativo, será assistente. 
 
c) Quanto a obrigatoriedade (...) o litisconsórcio pode ser facultativo ou necessário, conforme se possa admiti-lo, 
sem que no entanto, exista necessidade de sua formação ou quando a sorte do processo dependa necessariamente da 
presença dos litisconsortes, pena de vício bastante grave (inexistência jurídica, ineficácia, nulidade absoluta, há, na 
doutrina, diversos grau de comprometimento do processo em razão disso. 
 
CPC, art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: 
I- entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; 
II- entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; 
III- ocorrer afinidade de questões por ponto comuns de fato ou de direito. 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 7 
 
§1º. O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na 
liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa 
ou o cumprimento da sentença. 
§2º. O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou respostam, que recomeçará da intimação da 
decisão que o solucionar. 
 
CPC, art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica 
controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes. 
 
c.1) LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO, art. 113 CPC, é o que se constitui ou se estabelece, 
espontaneamente, pela vontade ou mútuo consentimento das partes. É possibilitado (determinado) pela lei 
mostrando-seindispensável, o litisconsórcio evidencia-se propriamente obrigatório ou forçado. Em regra, 
decorre da comunhão de interesses e se funda na solidariedade, ativa ou passiva. 
 
Wambier: São hipóteses em que se poderia propor ações isoladamente, se se tratar de litisconsórcio passivo, 
está-se diante de hipóteses em que o autor poderia propor várias ações, cada uma contra um dos 
litisconsortes passivos, que seriam, então, isoladamente, réus em cada uma dessas ações. Se se 
tratar de litisconsórcio ativo, os diversos autores poderiam ter proposto cada um a sua ação, contra 
o mesmo réu. 
A regra geral é que o litisconsórcio facultativo seja também simples, embora possam existir casos, 
expressamente previstos em lei, em que o litisconsórcio, ainda que facultativo, seja unitário (ex. art. 
1.314 do CC, existe permissão legal para que apenas um dos condôminos (facultativo) defenda a 
coisa comum de quem a possua de forma injusta, embora a solução deva ser idêntica para todos os 
condôminos (unitário), ainda que do processo sequer tenham participado. 
 
CC, art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme a sua destinação, sobre ela exercer todos os 
direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear
3
 
a respectiva parte ideal, ou gravá-la. 
§ único: Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela 
aos estranhos, sem o consenso dos outros. 
 
HIPÓTESES DE FORMAÇÃO 
 
Por WAMBIER: 
“Dispõe, o art. 113 do CPC que duas ou mais pessoas podem litigar no mesmo processo, em 
conjunto, no polo ativo ou passivo, se (inciso I) houver comunhão de direitos ou de obrigações em 
relação à lide. É o caso da solidariedade entre credores ou devedores (arts. 264 e 265, CC). assim 
como conexas, em razão do pedido ou da causa de pedir. Finalmente, podem também formar 
litisconsórcio aqueles cujas ações tenham fundamento comum (ainda que apenas parcialmente), 
seja de fato ou de direito.”. 
 
Alexandre F. Câmara leciona: 
(...) art. 113 CPC (...) limitação do “litisconsórcio multitudinário”. Há casos em que o nº de 
litisconsortes facultativos (...) é tal que dificulta a defesa dos interesses das partes ou impede a 
rápida entrega da prestação jurisdicional. (...) caberá ao juiz diante do caso concreto, dizer o que é 
ou não excessivo para o processo em que se formou a coligação de partes. (...) apenas do 
facultativo, óbvio, pois, sendo necessário o litisconsórcio todos os litisconsortes terão de, 
obrigatoriamente, permanecer no processo (...). 
 
3
. Alhear = ceder, alienar. 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 8 
 
Divide-se a doutrina em duas correntes, uma pregando o desmembramento do processo original em 
tantos quantos sejam necessários, enquanto a outra defende a pura e simples exclusão dos 
litisconsortes (ou de alguns deles) (...). Caberá ao juiz excluir os litisconsortes (ou alguns deles) do 
processo, mantendo-se (...) a possibilidade de ajuizamento de novas demandas, em que esses serão 
partes, formando-se assim novos processos. 
A decisão que determina a exclusão (...) é interlocutória, passível de impugnação através de recurso 
de agravo. (...) a decisão (...) não tem força para extinguir o processo, que permanecerá com os 
sujeitos não-excluídos. (...) razão pela qual se mostra inadmissível entender-se que a decisão que 
exclui o litisconsorte seria sentença (...). 
 
c.2) LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO quando é determinado ou por expressa disposição de lei, ou pela 
natureza da relação jurídica controvertida, a cumulação de sujeitos da relação processual no polo ativo, no 
passivo ou em ambos “(...) decorre da natureza da relação jurídica de direito material (que gera a 
unitariedade) ou de disposição legal expressa” - Wambier`. 
 
Assim sendo, a presença da pessoa à causa é considerada necessária, para que se defenda em comum os 
interesses ali litigados (contidos), é obrigatória sua intenção ao litisconsórcio, que se deve constituir. Caso a 
parte não peça a sua presença, para integrar a contestação, no litisconsórcio passivo, verbi gratia, o próprio juiz 
deve determinar a sua citação, para não se estruturar vicio moral ao processo. É o que se impõe em virtude de 
lei, ou o que não pode ser recusado, em virtude do direito assegurado a quem o pede. – § único, art. 115 CPC. 
 
Alexandre F. Câmara assevera: 
 
(...) impõe-se a presença de todos os litisconsortes, e a ausência de algum deles implica ausência de 
legitimidade dos que estiverem presentes, (...) litisconsórcio necessário a parte só terá legitimidade 
para a causa se for pluríma, ou seja, se todos os litisconsortes estiverem presentes no processo. (...). 
Pode o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar a citação do litisconsorte necessário ausente, 
cabendo ao autor o ônus de promover sua integração ao processo, sob o risco (...) extinto, (...) art. 
115, § único, CPC. Se (...) for proferida sentença sem que estivesse integrado ao feito algum dos 
litisconsortes necessários, aquela decisão será ineficaz (art. 115, I, CPC) (...) inutiliter data
4
. 
Ineficaz (mas não inválida) a sentença de mérito ... não será ela alcançada ... pela autoridade de 
coisa julgada material. ... nada impede que a mesma demanda seja novamente ajuizada, agora com 
a presença de todos os litisconsortes necessários. 
O litisconsórcio necessário se forma por 2 fundamentos: 1) por disposição de lei (...) apenas a lei 
torna essencial a presença de todos os litisconsortes no processo). Ex. (...) na ação de usucapião, o 
qual se forma entre aquele em cujo nome está registrado o prédio usucapiendo e todos os 
confrontantes do imóvel (art. 246, § 3º CPC. (...) nessa hipótese, a pretensão de ver declarada a 
aquisição do domínio em razão da usucapião seria, normalmente, manifestada em juízo apenas em 
face daquele em cujo nome encontra-se registrado o imóvel usucapiendo. O legislador, porém, 
aproveitou a situação para embutir naquela demanda um juízo demarcatório do prédio usucapiendo, 
razão pela qual criou um litisconsórcio necessário na “ação de usucapião”. ... bastaria que se 
revogasse a norma que impede o litisconsórcio para que o mesmo deixasse de ser necessário. (...) 2) 
 
4
. Absolutamente ineficaz, o processo não existiu (...) sem citação válida de todos os litisconsortes necessários (regido por 
norma de ordem pública) o processo é nulo ab inittio. A nulidade pode ser alegada em qualquer momento do processo, há 
previsão de Ação Rescisória art. 966, V CPC, embora a nulidade pleno iure não se sujeita a coisa julgada = jurisprudência. 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 9 
 
ou pela natureza da relação jurídica (...) toda vez que se ajuíza uma ação o autor afirma a 
existência de uma relação jurídica, a que se costuma designar res in iudicium deducta. Pode ocorrer 
que essa relação jurídica tenha uma natureza tal que imponha a presença de todos os seus sujeitosno processo, sob pena de ineficácia da sentença de mérito. (...) a doutrina denomina relação jurídica 
incindível, (...) as relações jurídicas de direito material indivisíveis, ou seja, aquelas relações 
jurídicas em que eventuais decisões judiciais que a seu respeito sejam proferidas deverão produzir 
efeitos sobre todos os seus sujeitos, o que torna indispensável a presença de todos eles no processo. 
(...) Ex. “ação de anulação de casamento” proposta pelo MP. (...) uma sentença acerca da validade 
ou invalidade do casamento produzirá, inevitavelmente, efeitos em relação a ambos os cônjuges, 
torna-se claro que a presença de ambos se faz necessária. (...) ex. “ação de dissolução de 
sociedade” e na “ação reivindicatória” quando o imóvel registrado em nome de diversas pessoas, 
caso em que a demanda deverá ser necessariamente oferecida em face de todas elas. (...) casos, em 
que o litisconsórcio é necessário em razão da natureza da relação jurídica, pouco importa a 
existência de norma dispondo sobre a necessariedade do litisconsórcio. 
 
Problemática (...) a existência de litisconsórcio necessário ativo. Diverge a doutrina acerca da 
existência de alguma hipótese em que a legitimidade ativa dependerá da presença (...) de todos os 
litisconsortes. Parece-nos melhor entendimento que rejeita o litisconsórcio necessário ativo. (...) 
essa espécie de litisconsórcio, a nosso juízo, violaria a garantia constitucional de acesso ao 
judiciário, representada pelo princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional. (...) Não sendo 
possível provocar o litisconsorte que não pretende demandar, a fim de que este proponha a ação, 
restaria como única alternativa afirmar que o processo instaurado por um dos litisconsortes ativos 
necessário, sem a concordância do outro, teria como destino inevitável a extinção sem julgamento 
do mérito, o que violentaria a garantia que tem o demandante de ver a sua pretensão apreciada pelo 
judiciário, impedindo-o de fazer valer em juízo seu poder de ação. (...). Assim sendo, aqueles que 
não quiserem propor ação deverão ser incluídos no polo passivo da demanda. Ex. (...) “ação 
revisional de aluguel”, com o fim de obter um aumento do preço da locação, com o que não 
concorda o seu co-locador, deverá aquele propor a ação em face do locatário e do co-locador que 
não pretendia ajuizar a demanda. Este co-locador, demandado, poderá assumir uma de diversas 
condutas possíveis: contestar o pedido do autor, afirmando que o aluguel hoje devido é adequado 
aos padrões do mercado; reconhecer a procedência do pedido; permanecer revel. De qualquer 
modo, sua presença no processo torna possível a apreciação do mérito por estarem presentes na 
relação processual todos os sujeitos da res judicium deducta. 
(...) o previsto no art. 113, I, CPC (...) engloba hipóteses em que o litisconsórcio pode ser 
facultativo ou necessário. Trata-se do litisconsórcio por “comunhão de interesses ou obrigações”. 
(...) no caso dos diversos acionistas de uma sociedade anônima, que pretendam anular uma mesma 
assembleia de acionistas, ou comunhão de obrigações, como no caso de demanda proposta em face 
de devedores solidários. Nas hipóteses do art. 113, I, repita-se, haverá litisconsórcio necessário toda 
vez que assim o determinar a natureza da relação jurídica deduzida no processo, ou alguma 
disposição de lei. Não havendo tal necessariedade, será facultativo o litisconsórcio. 
Os incisos II, tratam (...) de uma só hipótese: o litisconsórcio por conexão de causas. O 
litisconsórcio pode se formar quando em uma mesma oportunidade se quiserem ajuizar demandas 
conexas pelo pedido ou pela causa de pedir. (...) ex., (...) diversas vítimas de um acidente aéreo 
pretendem haver da empresa transportadora indenização pelos danos sofridos (...) são conexas pela 
causa de pedir, já que todas se fundam no mesmo suporte fático, ou seja, no mesmo fato 
constitutivo. Há entre os incisos II e III uma superposição. 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 10 
 
(...) litisconsórcio impróprio (...) inciso III do art. 113, (...) basta haver um ponto comum de fato 
ou de direito, ou seja, mera afinidade de questões. Apesar da denominação “impróprio”, trata-se de 
verdadeiro litisconsórcio, (...) aplicando-se (...) as mesmas regras que em qualquer outro processo 
litisconsorcial. (...), contudo, (...) o vínculo entre os litisconsortes é mais tênue, (...) são unidos por 
mera afinidade de questões. (...) no caso de fazendeiro que demanda seus vizinhos que, sem 
concerto prévio, colocam seus animais na fazenda do demandante. Note-se (...) dois fatos 
semelhantes, o que não ocorreria se entre os demandados tivesse havido ajuste prévio, caso em que 
teria um único fato, cometido pelos réus em conjunto. Há também o litisconsórcio por afinidade 
de questões de direito (“...) no caso de diversos contribuintes que se unem para demandar em face 
da Fazenda Pública, com o fim de se prevenir da cobrança de tributo cuja inconstitucionalidade se 
argui.”. 
 
c.2.1. Quanto aos seus EFEITOS pode ser litisconsórcio NECESSÁRIO UNITÁRIO E SIMPLES: 
 
c.2.1.1. Será UNITÁRIO na hipótese de que a sentença a ser proferida deva ser uniforme (idêntica) para todos 
os integrantes do mesmo polo processual, em face da relação jurídica. 
 
ALEXANDRE F, CÂMARA 
 
(...) trata-se de hipótese em que a decisão será, obrigatoriamente, a mesma para 
todos os litisconsortes, (...) litisconsorte unitário. (...) o que gera a unitariedade do 
litisconsórcio é a natureza da relação jurídica, que, sendo incindível, leva o juiz o 
proferir decisão uniforme a todos os sujeitos. (...) necessariamente (...) exige-se a 
presença de todos eles no processo (litisconsórcio necessário), e profere-se 
decisão única uniforme em relação a todos eles (litisconsórcio unitário). (...). Os 
dois fenômenos são distintos não podem ser confundidos (...). Quando se 
afirma ser necessário (...) esta afirmação nos leva apenas a concluir que a 
presença de todos os litisconsortes é essencial para que o processo se desenvolva 
em direção ao provimento final do mérito. Nada se diz sobre a forma como será 
decidida a causa (...) quando se afirma ser unitário o litisconsórcio a decisão de 
mérito será obrigatoriamente, uniforme para todos os litisconsortes, não se 
admitindo que os mesmos recebam (...) tratamento diferenciado. (...). 
 
CPC. art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica 
controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes. 
 
CPC, art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será: 
I- nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo; 
II- ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. 
§ único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que 
devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo. 
 
CPC, art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir 
o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes. 
 
SCARPINELLA BUENO leciona: 
O art. 115 combina dois critérios classificatórios, o relativo a obrigatoriedade do 
litisconsórcio (facultativo ou necessário) e o relativo ao resultado doprocesso (simples ou 
unitário), tendo presente, para mitiga-la, a regra constante da segunda parte do art. 114, de 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 11 
 
que, nos casos de litisconsórcio necessário, a eficácia da sentença depende da citação de 
todos os que devam ser litisconsortes. 
Se, a despeito da obrigatoriedade, todos os litisconsortes necessários não tiverem integrado o 
processo (no sentido de não terem sido citados), a decisão de mérito será nula quando o 
litisconsórcio for também unitário (art. 115, I). A decisão de mérito será, contudo, ineficaz 
com relação aos litisconsortes não citados quando se tratar de litisconsórcio necessário e 
simples (art. 115, II). 
Para (...) tais situações, o § único dispõe que “Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, 
o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, 
dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo”. A intervenção 
litisconsorcial, em tais casos, é exemplo seguro de litisconsórcio ulterior, (...) formado ao 
longo do processo. 
(...) do litisconsórcio ativo necessário? (...) entender aplicável (...)o regime do (...) art. 115. É 
que a citação não é, coerentemente com o que se lê do art. 238, apenas convocação do réu ou 
do executado, mas também do interessado “para integrar a relação processual” (isto é, o 
processo). É irrecusável que o litisconsorte faltante, mesmo quando no polo ativo mereça ser 
tratado como interessado para aquela finalidade. 
(...). Alguém pode ser obrigado a litigar? Supondo que alguma relação de direito material 
imponha o litígio conjunto, as respostas devem ser no sentido de que não há qualquer 
agressão ao “modelo constitucional” justamente porque não se trata de obrigar alguém a 
litigar. (...), é, bastante dar ciência ao “interessado” para que, querendo, atue no processo. 
(...) 
O §2º do art. 339 (...) no contexto do litisconsórcio facultativo e ulterior ao tratar da hipótese 
de o autor, diante da alegação de ilegitimidade passiva arguida pelo réu em preliminar de 
contestação (art. 337, IX), pretender, no prazo de 15 (quinze) dias, prosseguir com o 
processo em face do réu e também em face do terceiro (que o deixará de ser, para se tornar 
parte) indicado por ele. 
 
CPC, art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica 
discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de 
indenizar o autor pelos prejuízos, decorrentes da falta de indicação. (...) 
§2º. No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para incluir, como 
litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu. 
 
CPC, art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir om mérito alegar: (...) 
IX. incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; (...). 
 
O §3º do art. 343, que admite que a reconvenção seja dirigida ao autor e ao terceiro, 
formando-se um litisconsórcio ulterior passivo no processo entre eles como no § 4º do 
mesmo dispositivo, que admite que ela, a reconvenção, seja formulada pelo réu em 
litisconsórcio (ulterior e ativo) com terceiro. 
 
CPC, art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa 
com a ação principal ou com o fundamento da defesa. (...) 
§3º. A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. 
§4º. A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. 
NO DIA DA PROVA NÃO SERÁ PERMITIDO O USO DE MÍDIAS 
 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 12 
 
c.2.1.2. será SIMPLES: (...) quando seja indiferente a circunstância de o resultado não ser o mesmo para 
todos os litisconsortes.”. 
 
Humberto THEODORO JR.: (...) quando a decisão, embora proferida no mesmo processo, pode ser diferente 
para cada um dos litisconsortes. 
 
Nelson Nery: (...) quando o juiz puder decidir de forma diversa para os litisconsortes será simples. Basta a 
potencialidade de decidir-se de forma diversa para os litisconsortes para classificá-los de 
simples.. 
 
REGIME DO LITISCONSÓRCIO 
 
 A doutrina denomina princípio da autonomia dos litisconsortes o regime jurídico aplicável aos 
litisconsortes, previsto no art. 117 CPC e implícitos em outros artigos do CPC. 
 
CPC, art. 117. Os litisconsórcios serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, 
exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, 
mas os poderão beneficiar. 
 
CPC, art. 118. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, e todos devem ser intimados dos 
respectivos atos. 
 
CPC, art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos 
contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente 
de requerimento. 
§1º. Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. 
§2º. Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. 
 
CPC, art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros. 
 
CPC, art. 87. Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos respondem proporcionalmente pelas despesas e 
pelos honorários. 
§1º. A sentença deverá distribuir entre os litisconsortes, de forma expressa, a responsabilidade proporcional pelo 
pagamento das verbas previstas no caput. 
 
CPC, art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distinto ou opostos os seus 
interesses. (...). 
 
CPC, art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do 
pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) 
dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. (...) 
§6º. Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes. 
 
PETIÇÃO INICIAL – art. 319 CPC 
Alexandre Câmara leciona: 
 
A petição inicial é o instrumento da demanda. (...) demanda é o ato inicial de impulso da atividade 
jurisdicional do Estado, exigida em razão da inércia característica desta função (...) art. 2º. do CPC 
(... chamado... princípio da demanda). (...) o processo civil começa por iniciativa da parte, (...) art. 
312 CPC. A demanda é um ato jurídico solene, realizado através de um instrumento chamado 
petição inicial. (...) há diferença entre o ato jurídico denominado demanda, e seu instrumento, que é 
a petição inicial. 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificadapara o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 13 
 
 
CPC, art. 312. Considera-se proposta a ação, quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só 
produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado. 
 
CPC, art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a 
coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei 1.040, de 10 de 
janeiro de 2002 (Código Civil). (...). 
 
Alexandre F. Câmara, também, leciona que: 
 
(...) incumbe ao autor o ônus de promover a citação, ou seja, dar ao Estado os elementos 
necessários para que a citação possa ser realizada. (...) além de pagar as custas (...) indicar (...) o 
endereço do réu (...) tratando-se de pessoa jurídica – o nome da pessoa que, representando-a, deve 
receber a citação. 
(...) a petição inicial indicar (...) o endereço onde o advogado recebe intimações. 
 
CPC, art. 106. Quando o advogado postular em causa própria, incumbe ao advogado: 
I– declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil 
e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações; 
 
A petição inicial é o (...) ato solene para o ajuizamento da demanda (...) os requisitos da petição inicial. (...) vêm, 
quase todos, enumerados no art. 319 do CPC. 
 
CPC, art. 319. A petição inicial indicará: 
I – o juízo a que é dirigida; 
II– os nomes, os pronomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o nº de inscrição no Cadastro de 
Pessoas Físicas ou no Cadastro de Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do 
réu; 
III- o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV- o pedido com as suas especificações; 
V – o valor da causa; 
VI- as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos 
VII- a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
§1º. Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderão autor, na petição inicial, requererão juiz 
diligências necessárias a sua obtenção. 
§2º. A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a 
citação do réu. 
§3º. A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais 
informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso a justiça. 
 
Câmara leciona: 
 
A indicação do órgão judiciário a que se dirige a petição inicial é extremamente relevante para a 
sua regularidade, por se tratar de ato de comunicação de vontade e de conhecimento, destinado a 
informar ao Estado qual o órgão que o demandante tem por competente para conhecer de sua 
causa. ... 
(...) exige a lei a apresentação da qualificação das partes, com a indicação de seus nomes, 
prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu ... Deve o autor 
apresentar todos os elementos de que dispõe e que tornem possível a individuação das partes da 
demanda (...) indicar o número do Registro Geral (RG) e do cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou 
do Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ) (...) evitando-se a homonímia (...) o endereço 
eletrônico (...). 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 14 
 
(...) nem sempre o autor disporá de todos os elementos (...), hipótese em que deverá apresentar os 
elementos de que tenha conhecimento, e declinar ao juízo os demais elementos que tornem possível 
a identificação do demandado (como um apelido, uma característica física e assim por diante). 
 
Sobre os fatos e fundamentos jurídicos do pedido (...) identificar a causa de pedir (...) que é 
composta pelos fatos que dão origem à pretensão do autor. ... Os fatos a que se refere a norma são 
os que compõem a causa de pedir próxima, ou seja, os fatos que – segundo a descrição do 
demandante – lesaram ou ameaçam o direito de que o mesmo afirma ser titular. Os fundamentos 
jurídicos são (...) a causa de pedir remota, ou seja, o título (o fato constitutivo) do direito afirmado 
pelo autor. (...) desnecessária a indicação dos dispositivos legais onde o autor foi buscar os 
fundamentos para embasar sua demanda (...) iura novit curia (o juiz conhece o direito). 
 
O pedido, com suas especificações (...) é o veículo da pretensão do autor. Divide-se em pedido 
imediato (um provimento jurisdicional que no processo de conhecimento é a sentença de mérito) e 
pedido mediato, que corresponde à tutela de um bem da vida. (...) 
O pedido deve ser certo e determinado. (...) não basta ao autor (...) pedir a condenação do réu 
devido a um contrato de mútuo (...), mas afirmar (...) na quantia de dinheiro que pretende receber 
(pedido certo) (...). 
 
SCARPINELLA BUENO ensina: 
 
O valor da causa corresponde à expressão econômica do direito reclamado pelo autor. A 
exigência prevalece mesmo quando (...) não tenha expressão econômica imediata art. 291 CPC (...) 
cabe ao autor estimar o valor da causa, justificando sua iniciativa, o que viabilizará adequada 
manifestação do réu (art. 293) e do próprio magistrado (...) (art. 292, §3º CPC). 
 
CPC, art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. 
 
ATENÇÃO aos arts. 292, § 1º e 293, CPC 
 
CPC, art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: 
I - na ação de cobrança de dívida a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras 
penalidades, se houver, até a data da propositura da ação; 
II – na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a 
rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida; 
III- na ação de alimentos, assoma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; 
IV- na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor da avaliação da área ou do bem objeto do pedido; 
V- na ação indenizatória, inclusive afundada em dano moral, o valor pretendido; 
VI- na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; 
VII- na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor; 
VIII- na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal. 
§1º. Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras. 
§2º. O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou 
por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações. 
§3º. O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo 
patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao 
recolhimento das custas correspondentes. 
 
CPC, 293. O réu poderá impugnar, em preliminar de contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de 
preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas. 
 NO DIA DA PROVA NÃO SERÁ PERMITIDO O USO DE MÍDIAS 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIALei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 15 
 
A petição inicial deve ter em anexo a procuração outorgada pela parte ao advogado, as exceções estão 
previstas no art. 287 CPC, bem como os comprovantes dos recolhimentos das custas, art. 290 CPC. Exceto se 
houver o pedido dos benefícios da justiça gratuita, art. 99 caput CPC. 
 
CPC, art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os endereços do advogado, eletrônico 
e não eletrônico. 
§único. Dispensa-se a juntada da procuração: 
I – no caso previsto no art. 104; 
II- se a parte estiver representada pela Defensoria Pública; 
III- se a representação decorrer diretamente de norma prevista na Constituição Federal ou em lei. 
 
CPC, 290. Será cancelada a distribuição do feito se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o 
pagamento das custas e despesas de ingresso em 15 (quinze) dias. 
 
AS PROVAS COM QUE O AUTOR PRETENDE DEMONSTRAR A VERDADE DOS FATOS 
 
O autor deve anexar à petição inicial todos os documentos comprobatórios dos fatos arguidos, além 
de indicar as provas que produzirá. Há o protesto genérico no texto da exordial: Protesta-se por todos os 
meios de provas em direito admitidos; contudo, há entendimentos doutrinários no sentido de que se deva 
apresentar a razão da prova requerida. 
CPC, art. 319. A petição inicial indicará: (...) 
VI- as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; (...) 
§1º. Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz 
diligências necessárias a sua obtenção. 
 
Posteriormente, será possível a juntada se demonstrado o motivo, ex: não ter tido conhecimento da 
existência dos mesmos até o momento da distribuição, ou tratar-se de documento novo. É possível requerer na 
inicial que a parte contrária apresente os documentos que estejam em seu poder, desde que indicados quais 
sejam. LER arts. 400 ao 404 do CPC. 
 
CPC, art. 401. Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz ordenará sua citação para responder 
no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
Também, se for o caso, incluir o requerimento de produção antecipada de provas, e apresentar a razão, 
exemplo: uma testemunha essencial a prova dos fatos que viajará para o exterior por tempo indeterminado. 
Atenção, para o caso de antecipação de provas com a finalidade de documentar uma prova um fato (a 
relação/lógica), por exemplo: danos em imóvel consequentes de uma grande obra realizada nas proximidades - 
art. 381 e 382 CPC. 
 
CPC, art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas 
alegações. 
§ único. Quando o documento consistir em reprodução cinematográfica ou fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos termos 
do caput, mas a sua exposição será realizada em audiência, intimando-se previamente as partes. 
 
A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou mediação 
 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 16 
 
 Caso o autor não tenha interesse na possibilidade de composição, deverá indicar na petição inicial, 
conforme dispõe o CPC, art. 319, VII: a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação 
ou de mediação. 
 
 Há expressiva orientação no sentido de que, independente da opção pela não realização da sessão de 
mediação e conciliação, desde que não haja (TAMBÉM) protocolo/petição do réu informando o seu desinteresse 
pela mediação, essa será realizada e a parte que não comparecer estará sujeita a aplicação de multa por 
desrespeito à Poder Judiciário. O Prof, Roberto BACELAR explica a essência dessa proposição: 
 
(...) é possível exigir que (...) compareça porque a partir do momento que ela comparece, se 
constata na prática que ao conversar as partes se animam a produzir um resultado efetivo para 
encontrar uma solução. (...) o que se obriga é o comparecimento a 1ª sessão que compõe a 
audiência de conciliação no processo civil. O não comparecimento injustificado implicará em uma 
situação de deslealdade processual, o que implicará numa multa (...) 
 
A ideia é a de se estimule as partes a comparecerem, mesmo penalizando as que não comparecerem 
injustificadamente. Desde que uma das partes comparecer à audiência, as partes deverão 
comparecer, então, basta que uma parte deseje a conciliação/mediação deve acontecer. 
Apenas se as duas partes dizerem expressamente que não desejam a conciliação é que ela não 
será realizada. 
 
CPC, art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do 
pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 
(trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. (...) 
§8º. O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação e considerado ato atentatório à 
dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do 
valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. 
 
 O autor poderá indicar na petição inicial a forma que prefere a citação do réu (arts. 238 a 259 CPC). 
Se inexistente o requerimento, a citação será feita nos termos do art. 246 CPC. 
 
CPC, art. 246. A citação será feita: 
I- pelo correio; 
II- por oficial de justiça; 
III- pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; 
IV- por edital; 
V- por meio eletrônico, conforme regulado em lei. 
§1º. Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a 
manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações, e intimações, 
as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio. 
§2º. O disposto no § 1º aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades da 
administração indireta. 
§3º. Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por objeto unidade 
autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada. 
 
NO DIA DA PROVA NÃO SERÁ PERMITIDO O USO DE MÍDIAS 
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 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 17 
 
 O autor poderá denunciar a lide, na inicial, aquele que entenda ser possível, futuramente, exercer 
direito de regresso, desde que apresente o motivo/razão desse pedido. Também, possível requerer a 
desconsideração da personalidade jurídica, art. 134, §2º CPC. 
CPC, art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento 
de sentença e na execução fundada em títuloexecutivo extrajudicial. (...) 
§2º. Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição 
inicial, hipóteses em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica. (...). 
 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS – arts. 119 a 138 CPC 
 
No sentido do Direito Processual civil, intervenção, é manifestada no ato pelo qual o terceiro, não 
sendo, originariamente, parte na causa, em qualquer situação da instância, vem intrometer-se nela, para 
defender os próprios direitos ou para proteger direitos alheios, a que está ligado o interveniente, porque 
os mesmos direitos têm uma relação de conexidade com os seus, será sempre admitida desde que haja um 
interesse jurídico do interveniente que incida sobre o objeto da demanda. Não há intervenção, sem a 
evidência desse interesse, mesmo que não seja direto, bastando que seja atual. São modalidades de intervenção: 
assistência, amicus curiae (por essas não integrará a lide), denunciação a lide, chamamento ao processo e 
desconsideração da personalidade jurídica (por essas modalidades passará a ser parte no feito). 
 
INTERVENIENTE = é a pessoa que intervém em certos atos ou toma parte numa intervenção, como agente 
principal dela. É o mesmo, em certos casos, que interventor. 
 
A intervenção pode ser voluntária ou forçada: 
 
a) intervenção voluntária ou espontânea se caracteriza pelo comparecimento do terceiro à lide, sem que 
tenha sido convocado, chamado por outrem ou por uma das partes contendoras (em litígio). Intervém 
espontaneamente para que possa defender os seus interesses dentro da causa iniciada, os quais se 
mostram visíveis e assegurados por lei. 
 
A intervenção voluntária, também, é chamada principal porque, fundada no direito do terceiro, vem este, 
espontaneamente e na defesa de seu direito reclamar para si, total ou parcialmente, a coisa ou o direito trazido à 
demanda, sob alegação de que lhe pertencem ou de que tem sobre os mesmos legitimo interesse. E se torna 
principal porque o interveniente, por seu ato, pretende excluir da demanda autor e réu, que se consideram sem 
legitimo interesse, ou partes ilegítimas, enquanto o interesse dele interveniente é legitimo e atual. Mesmo os 
interesses pessoais, desde que reconhecidos e consagrados por lei, autorizam a intervenção principal. Assim, a 
intervenção espontânea e principal entende-se, em regra, para exclusão das pessoas que discutem sobre direitos 
e coisas, de que não tem interesse jurídico. Pode se realizar por meio da oposição e embargos de terceiros. 
 
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 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 18 
 
b) A intervenção forçada ou obrigatória é a que decorre da convocação da pessoa, para participar da demanda 
em defesa dos seus direitos ou dos interesses de uma das partes. Para alguns é um acessório, porque se deriva 
da convocação ou requisição da parte, a que o terceiro interveniente está no dever de assumir. Esse dever se 
origina de contrato anterior, ex: da venda ou da cessão, é que nasce a intervenção forçada, que se formula 
pelo chamamento do processo. É imposta, também, quando o demandado (réu) possui a coisa em nome de 
outrem. 
 
c) A intervenção adesiva se verifica em oposição à sua designação de principal porque o interveniente adere à 
demanda, em defesa de outrem ou para ajudá-lo na defesa de um direito, em regra, que já pertenceu ao 
interveniente ou dele procedeu. Ou, ainda, a ela comparece para defender interesses próprios, que se mostram 
ligados aos interesses de uma das partes, ex: o litisconsórcio. 
 
Wambier nos ensina que: 
 
(...) para que terceiro possa ingressar em processo alheio, há necessidade de expressa 
previsão legal. DEFINIÇÃO DE TERCEIRO (...) terceiro é um contra conceito, isto é, 
todo aquele que não for parte. (...) Pode-se falar em terceiros desinteressados – e a esses 
a lei não fornece caminho algum para que possam intervir em processo alheio, 
instrumentando lhes com os embargos de terceiro, para que possam justamente dizer que não 
podem ser atingidos, por que nada tem que ver com o processo – em terceiros interessados 
de fato – cujo interesse é meramente econômico, moral ou espiritual, mas não jurídico – e 
em terceiros que podem intervir e se tornar partes. (...) tratados em dois grandes grupos o 
daqueles a que a lei denomina de espécies do gênero intervenção de terceiros (denunciação a 
lide, chamamento ao processo e desconsideração da personalidade jurídica) e o daqueles em 
que a doutrina vê a genuína intervenção de terceiros (assistência e amicus curiae). 
 
ASSISTÊNCIA - arts. 119 ao 124 CPC 
 
 No âmbito das intervenções a assistência processual, trata-se a do estranho à causa que a ela se 
apresenta para defender seus interesses junto ao autor e ou réu, porque há perspectiva de que sofra os 
efeitos indiretos da decisão ser proferida na lide entre A e B, ou seja, poderá ser atingido pela repercussão do 
julgado. 
Assim sendo, o seu interesse jurídico para ingressar no processo é o de colaborar para que a 
sentença seja favorável àquele a quem assiste. Contudo, essa modalidade de intervenção é incompatível com 
o processo de execução, também, é inadmissível no processo dos Juizados Especiais Cíveis (art. 10 da Lei nº. 
9.099/95).”. 
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiros nem de assistência. Admitir-se-á o 
litisconsórcio. 
 
CPC, art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença 
seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la 
§ único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente 
o processo no estado em que se encontre. 
 
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 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 19 
 
CPC, art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente será deferido, salvo se for 
caso de rejeição liminar. 
§ único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para intervir, o juiz decidirá o incidente, sem 
suspensão do processo. 
 
A lei prevê duas hipóteses de assistência: a assistência simples no art. 121 CPC e a assistência 
litisconsorcial no art. 124 CPC, é o grau da intensidade do interesse jurídico do assistente que determinará o seu 
enquadramento numa ou noutra modalidade. 
Humberto THEODOR JR, entende que a posição de assistente: 
(...) é de terceiro que tenta apenas coadjuvar uma das partes a obter vitória no processo. Não 
defende direito próprio, mas de outrem, embora tenha um interesse próprio a proteger 
indiretamente. ... trata-se de assistência simples ou adesiva sempre que o assistente 
intervém tão somente para coadjuvar uma das partes a obter a sentença favorável, sem 
defender direito próprio, sendo caso de assistência litisconsorcial quando o terceiro na 
posição de assistente na defesa direta de direito próprio contra uma das partes ... o assistente 
litisconsorcial é aquele que mantém em relação jurídica própria como adversário da parte 
assistida e que assim poderia, desde o início da causa, figurar como litisconsorte facultativo. 
Seu ingresso posterior, como assistente, assegurar-lhe, assim, o status processual de 
litisconsorte. 
 
Wambier distingue: 
 
1. a assistência simples ou adesiva, ... art. 121 CPC, o assistente tem interesse jurídico, ... diferente do 
interesse jurídico de parte. Esse interesse nasce da perspectiva de sofrer efeitos reflexos da decisão 
desfavorável ao assistido, de forma que sua esfera seja afetada ... o assistente tem interesse jurídico 
próprio, que pode ser preservado na medida em que a sentença seja favorável ao assistido ... não tem 
qualquer relação jurídica controvertida com o adversário do assistido, embora possa ser atingido, ainda 
que indiretamente, pela sentença desfavorável a este. 
 
HÁ DOIS TIPOS DE ASSISTENTE SIMPLES 
 a) aquele que no momento da prolação da sentença é reflexamente atingido, ... ( ex:) o sublocatário que 
certamente é atingido pela sentença desfavorável ao locatário, na ação movida pelo locador visando a 
rescindir o contrato de locação por falta de pagamento. A sentença, ... diz respeito aos contratantes locador 
e locatário, mas, no plano dos fatos, quem terá de desocupar o imóvel será quem nele estiver residindo, 
que, no exemplo proposto, é o sublocatário, 
b) e aquele que, proferida a sentença, passa a correr o risco de ser atingido por decisão proferida em 
processo posterior, que eventualmente seja movido pelo vencedor da demanda, em que este poderia ter sido 
assistente. Ex: é a figura do tabelião, em ação movida por A contra B, em que aquele alega ter havido 
falsificação de determinada escritura, e que esta falsificação teria havido em função de conluio com o 
tabelião. Condenado B, o tabelião passa a correr o risco de ser acionado por A, figurando no polo passivo 
da ação junto com B, por perdas e danos decorrentes da anulação da mencionada escritura. 
(...) em ambos os casos, a sentença não atinge diretamente estes terceiros que podem intervir no feito, já 
que estes não são partes, mas inexoravelmente se reflete em sua esfera. 
 
2. assistência litisconsorcial (a assistência propriamente dita) ... configura numa figura hibrida, já o que 
assistente litisconsorcial, sob certos aspectos, pode ser considerado parte, e sob outros não. Exemplo de 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 20 
 
Sérgio Veríssimo de Oliveira Filho
5
: É o caso, por exemplo, do condômino, que, (...) pode atuar sozinho em 
juízo em defesa da propriedade comum. Cada condômino tem legitimidade para atuar em relação ao bem 
comum, independentemente da vontade dos demais. Se no momento do ajuizamento da ação todos os 
condôminos estiverem presentes, formarão litisconsórcio facultativo unitário. Caso contrário, poderão 
ingressar no feito, posteriormente, como assistentes litisconsorciais. Ou seja, cada condômino é legitimado 
a agir em nome próprio e, ao mesmo tempo, no seu próprio interesse. Cada um deles, através de sua ação, 
poderá legitimamente afetar a esfera alheia, pois pode litigar sozinho pelo seu interesse ou direito, levando 
também a juízo, inexoravelmente, interesse ou direito alheio. 
 
Em sendo assim, essa terceira pessoa, cuja esfera jurídica será afetada pela ação daquele que instaura o 
processo, poderá vir a ser seu assistente litisconsorcial, se ingressar no feito. No entanto, mesmo nele não 
ingressando, sofrerá também os efeitos da sentença. Essa permissão legal para que o condômino aja sozinho, no 
seu interesse e, necessariamente, no alheio, é que diferencia a assistência litisconsorcial 
do litisconsórcio necessário. Neste, a presença de todos os interessados, como partes processuais, ativas ou 
passivas, é imprescindível, sob pena de a sentença proferida ser considerada inexistente. 
 
SCARPINELLA BUENO ensina sobre a assistência litisconsorcial (há o exemplo supra): 
Nos casos de assistência litisconsorcial, há uma só relação de direito material a autorizar a 
intervenção. O assistente participa dela e só não e/ou réu, por força de alguma regra de 
legitimação extraordinária, que autoriza a não participar obrigatoriamente do processo. Seu 
direito, contudo, já está sendo diretamente discutido em juízo. 
Na hipótese de o credor demandar um dos dois devedores solidários, por exemplo, o não 
demandado (que não é réu no processo) pode, querendo, intervir no processo para atuar ao 
lado do codevedor. Seu direito já está sendo discutido em juízo, mas, por força da 
solidariedade passiva da obrigação, a legitimidade passiva satisfaz-se apenas com a 
participação do outro réu. 
 
CPC, art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á 
aos mesmos ônus processuais que o assistido. 
§único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto 
processual. 
 
CPC, art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica 
entre ele e o adversário do assistido. 
 
 
DENUNCIAÇÃO A LIDE 
 
 Do direito romano denunciatio litis, de denuntiare, a denunciação a lide é regulada pelos artigos 125 ao 
129 do CPC e se deferida, ocasiona a citação da parte que seria objeto de uma ação regressiva, ou seja, permite 
 
5. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 8, n. 80, 21 set. 2003. Disponível em: httm: <https://jus.com.br/artigos/4276>. Acesso em: 29 
abr. 2018. 
 PROCESSO CIVIL I Profª FATIMA MARIA 
 
 Lei 9.610/98, Art. 46: Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) 
III- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer 
obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o 
nome do autor e a origem da obra. 21 
 
que num processo coexista uma demanda incidental de garantia formulada contra um terceiro, que integra a 
lide, para o resguardo de uma pretensão decorrente de um compromisso prévio ou de evicção. 
 
Denunciação consiste na intervenção de terceiro provocada, forçada, é o ato processual pelo qual a parte 
denunciante, via citação, convoca o terceiro a integrar a lide, isto é, uma parte leva ao 
conhecimento de outrem demanda de que deva ser cientificado e tenta trazê-lo a integrar o feito, 
a fim de que a omissão dessa diligência não possa acarretar prejuízo aos próprios interessados no 
litígio. Mas, se não vem o denunciado, nem confessa a denúncia, o denunciante persistirá como 
autor ou réu na demanda, embora em futuro possa exercer o seu direito de regresso. 
 
DENUNCIANTE ou denunciador: é a pessoa que denuncia outra ou que faz denúncia, DENUNCIADO: é a 
pessoa a quem se denúncia. Assumindo o denunciante a demanda permite-se que se ponha a seu 
lado o denunciado, como litisconsorte. 
 
Wambier leciona: 
A denunciação da lide é instituto criado com o objetivo de, levando a efeito o princípio da economia 
processual, inserir num só procedimento duas lides, interligadas, uma de que se diz principal e outra 
de que se diz eventual, porque, na verdade, o potencial conflituoso da lide levada a conhecimento do 
juiz através da denunciação só se realiza concretamente em função

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