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Intervenção de Terceiro

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1. Da Intervenção de terceiros
O Código de Processo Civil trata de inúmeras hipóteses de terceiros que podem ingressar no processo em andamento. Esta intervenção implica que aquele que não figurava até então no processo passe a figurar. São terceiros aqueles que não figuram como partes: autores (as pessoas que formulam a pretensão em juízo) e réus (aqueles em face de quem tal pretensão é formulada). Em qualquer caso, porém, só se justifica a intervenção do terceiro que possa, em razão do processo em andamento, ter sua esfera jurídica atingida pela decisão judicial. Não se admite ingresso de um terceiro absolutamente alheio ao processo, cujos interesses não possam, de qualquer maneira, ser afetados.
A intervenção de terceiro no processo pendente se justifica, em regres, por manter ele um vínculos com a relação jurídica discutida que ou lhe diz respeito diretamente, ou está ligada a outra relação jurídica, que daquela é dependente, ou que, embora não lhe diga respeito, possa ser por ele discutida, em razão de também possuir legitimação extraordinária para tanto. É fundamental perceber, portanto, que a correta compreensão das intervenções de terceiro passa, necessariamente, pela constatação de que haverá, sempre, um vínculo entre o terceiro, o objeto litigioso do processo e a relação jurídica material deduzida.
As intervenções podem ser em sua classificação voluntária ou provoca dependendo da iniciativa do ingresso do terceiro no processo. Há situações em que ela cabe ao próprio terceiro, é ele quem a manifesta. São os casos de intervenção voluntária, dos quais os exemplos são: a assistência e a oposição. Mas há hipóteses em que a iniciativa não vem do terceiro, mas de uma das partes, que pede ao juiz que convoque o terceiro. Nesses casos, a intervenção é provocada. Os exemplos são: a denunciação da lide, o chamamento ao processo e a nomeação à autoria.
1.1 Assistência 
	A assistência é a modalidade de intervenção de terceiro ad coadjunvandum, pela qual um terceiro ingressa em processo alheio para auxiliar uma das partes em litígio. A assistência é sempre voluntária, isto é, a iniciativa de ingresso há de partir sempre do próprio terceiro. Não se admite que o juízo mande intimar, a pedido da parte, o terceiro, para que assuma a condição de assistente. Existem duas espécies de assistência em nosso ordenamento jurídico, que diferem quanto ao cabimento, poderes do assistente e efeitos da intervenção.
	A primeira espécie de assistência é a assistência simples, nela o terceiro ingressa no feito afirmando-se titular de relação jurídica conexa aquela que esta sendo discutida. Como diz Genacéia Alberton: o assistente simples visa à vitoria do assistido, tendo em vista o reflexo que a decisão possa ter em relação jurídica existente entre eles.O terceiro intervém para ser parte auxiliar, sujeito parcial mas que , em razão de objeto litigioso do processo não lhe dizer respeito diretamente, fica submetido à vontade do assistido.Um dos requisitos necessários para a assistência simples é que o terceiro tenha interesse jurídico na vitória de um dos litigantes.
	 A segunda espécie de assistência é a assistência litisconsorcial, trata-se de forma de intervenção atribuída ao titular ou co-titular da relação jurídica que está sendo discutida em juízo. Só existe no âmbito da legitimidade extraordinária, pois só assim é possível que terceiro seja titular ou co-titular de relação jurídica discutida em juízo. Diz-se que há interesse jurídico quando a decisão puder afetar relação jurídica de que seja o terceiro, também ou só ele, titular. A assistência litisconsorcial é hipótese de litisconsórcio unitário facultativo ulterior. Trata-se de intervenção espontânea pela qual o terceiro transforma-se em litisconsorte do assistido, daí porque o seu tratamento é igual aquele deferido ao assistido, isto é, atua com a mesma intensidade processual, não vigorando as normas que o colocam em posição subsidiária.
	O assistente simples e o litisconsorcial podem ingressar a qualquer tempo no processo, enquanto ainda não tiver havido o trânsito em julgado da sentença. Para tanto, devem formular um requerimento dirigido ao juiz, que ouvirá as partes. O art. 51 do CPC dispõe que, “não havendo impugnação dentro de cinco dias, o pedido do assistente será deferido”. Mas, para tanto, é preciso que estejam presentes os requisitos, seja da assistência simples seja da litisconsorcial. Não basta a inexistência de impugnação, sendo indispensável que o juiz verifique o cabimento da assistência.
1.2 Oposição
	A oposição é demanda por meio da qual terceiro deduz em juízo pretensão incompatível com os interesses conflitantes de autor e réu de um processo cognitivo pendente. Caracteriza-se por constituir uma nova ação, que o terceiro ajuíza em face das partes originárias do processo. Pressupõe que o terceiro formule pretensão que tenha o mesmo objeto já disputado entre as partes.
 	A oposição é a forma de intervenção em que o terceiro deduz uma pretensão que coincide com aquela posta em juízo entre o autor e o réu da demanda principal. O terceiro pretende obter o mesmo bem ou vantagem que já era objeto da disputa inicial. Pressupõe, pois, um objeto litigioso, e, para tanto, é necessário que o réu da ação principal já tenha sido citado: de acordo com o art. 219, do CPC, é a citação válida que faz litigiosa a coisa. A possibilidade de o terceiro valer-se da oposição estende-se até a sentença (CPC, art. 56).
Uma característica fundamental da oposição é que ela guarda relação de prejudicialidade com a ação originária, pois o seu resultado influenciará o da ação principal. A razão é simples: o opoente exerce uma pretensão sobre o mesmo bem ou vantagem que era o objeto de disputa entre as partes originárias. Por isso, quando o juiz acolhe a oposição, atribuindo a coisa ao terceiro, declarará que o autor da ação originária não tinha direito a ela. Ou seja, a procedência da oposição implica a improcedência da ação inicial.
Há duas hipóteses de oposição: a interventiva e a autônoma, são elas reguladas pelos artigos 59 e 60 do CPC. A sua distinção dependerá do momento em que for exercida, se antes da audiência de instrução e julgamento, será interventiva, porém, se for ajuizada após o início da audiência de instrução e julgamento, e antes da sentença, será autônoma.
A oposição interventiva é verdadeiramente uma intervenção de terceiro. Trata-se de incidente processual, pelo qual o terceiro vale-se do processo pendente para formular a sua pretensão sobre a coisa/direito. Já a oposição autônoma é um processo incidente proposto por terceiro, onde o terceiro não se mete no processo pendente, ele na verdade gera um novo processo.
Só cabe oposição em processo de conhecimento, de procedimento ordinário ou de procedimento especial que se converta em ordinário após a citação do réu. Não cabe em processos de execução, cautelares ou de conhecimento, de procedimento sumário ou de procedimento especial que assim prossiga após a citação.
1.3 Nomeação à Autoria
	É uma figura de intervenção de terceiros peculiar, em comparação com as demais. Nelas, o ingresso do terceiro é feito sem que ninguém saia do processo. Aumentam, portanto, os participantes. Na nomeação, ocorre a substituição do réu originário, demandado equivocadamente, pelo verdadeiro legitimado, corrigindo-se com isso o polo passivo, ocupado por alguém que era parte ilegítima. A nomeação é sempre provocada pelo réu, e tem a peculiaridade de, para ser deferida, depender do consentimento do autor e do nomeado, como se verá nos itens seguintes.
	A nomeação a autoria é relativamente rara, porque não é cabível em qualquer caso de ilegitimidade passiva. A primeira hipótese é a do detentor que tem consigo a coisa em nome alheio, e que é demandado em nome próprio (CPC, art. 62). Imagine-se um terreno, cujo possuidor seja A. Enquanto ele está viajando, o terreno é invadido por B, que, depois de consumar o esbulho e se apropriar do imóvel, deixa no local um preposto que fica ali aguardando as suas ordense instruções, e que detém a coisa a mando do patrão. O esbulhador será B e não C, que é apenas um preposto. No entanto, quando o possuidor A voltar de viagem, pode supor, equivocadamente, que o esbulhador é C, já que é ele quem está dentro do imóvel, e com isso ajuizar a ação em face dele. O preposto é parte ilegítima, porque não é ele o autor do esbulho e a sua permanência no imóvel deriva das determinações do esbulhador. 
A segunda hipótese, que se assemelha à primeira, é a do art. 63: a reparação de danos postulada pelo proprietário ou titular de um direito sobre a coisa, toda vez que o responsável pelos prejuízos alegar que praticou o ato por ordem, ou em cumprimento de instruções de terceiro. Tomando ainda o exemplo anterior, se o caseiro, a mando do esbulhador, derrubar construções ou provocar outros tipos de dano, a ação indenizatória deverá ser contra quem emitiu a ordem, e não contra o preposto, parte ilegítima. Há casos em que um preposto pratica um ato ilícito, não por ordem ou por conta do patrão, mas por ato doloso ou culposo próprio. Se assim for, haverá responsabilidade solidária entre ele e o patrão e, se a ação for proposta contra o primeiro, não haverá ilegitimidade passiva, nem será cabível a nomeação à autoria, que pressupõe a necessidade de substituição do réu, dada a ilegitimidade passiva.
A nomeação à autoria trata-se, de um dever processual do réu, que, se deixar de fazer a nomeação ou fizer a nomeação de pessoa diversa, quando for o caso, estará propiciando o prosseguimento de um processo inútil ao fim visado, respondendo por perdas e danos (art.69, I e II do CPC).
A nomeação à autoria poderá implicar alteração do pólo passivo, com substituição do réu originário por outro. Mas, como compete ao autor decidir em face de quem ele quer demandar, seria impossível deferi-la, sem que o autor consentisse. Portanto, o juiz, feita a nomeação, ouvirá o autor no prazo de cinco dias. Este poderá tomar uma de três atitudes possíveis: concordar com a nomeação, discordar ou apenas silenciar. Se concordar, o juiz determinará a citação do nomeado; se silenciar presume-se que aceitou e o juiz também ordenará a citação (art. 68, I). O silêncio vale como consentimento tácito.
1.4 Denunciação da Lide
	Como o próprio nome sugere, denunciar alguém do possível resultado da lide. A denunciação da lide acontece quando se vê postulando contra si, na defesa de um direito que você tem garantias prestadas por terceiro para se proteger caso venha a ser condenado em processo. Então, a parte denúncia da lide aquele que assegura seu direito, ou tem o dever lega de assegurar para que tenha, na mesma sentença da litis seu direito protegido pela denunciação garantido.
	Três são as características fundamentais da denunciação da lide: 
a) é forma de intervenção de terceiros, que pode ser provocada tanto pelo autor quanto pelo réu. As demais formas de intervenção provocada — o chamamento ao processo e a nomeação à autoria — só podem ser requeridas pelo réu.
 b) tem natureza jurídica de ação, mas não implica a formação de um processo autônomo. Haverá um processo único para a ação e a denunciação. Esta amplia o objeto do processo. O juiz, na sentença, terá de decidir não apenas a lide principal, mas a secundária. Por exemplo: em ação de acidente de trânsito, em que há denunciação à seguradora, o juiz decidirá sobre a responsabilidade pelo acidente, e a da seguradora em reembolsar o segurado. 
c) todas as hipóteses de denunciação são associadas ao direito de regresso. Ela permite que o titular desse direito já o exerça nos mesmos autos em que tem a possibilidade de ser condenado, o que favorece a economia processual.
	A denunciação da lide possui algumas hipóteses como a Evicção que é a hipótese do art. 70, I, do CPC, cuja redação é um tanto confusa. A denunciação deve ser feita ao “alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção lhe resulta”. A evicção, fenômeno civil relacionado aos contratos onerosos, ocorre quando o adquirente de um bem perde a propriedade ou posse da coisa adquirida, atribuída a terceiro. 
O exemplo mais comum é o que decorre da aquisição a non domino, feita a quem não era o proprietário da coisa. Aquele que alega ser o verdadeiro dono pode ajuizar ação para reaver o bem, que está com o adquirente. Se ele for condenado a restituí-lo, terá sofrido evicção, com a perda da propriedade ou posse da coisa adquirida, pela qual pagou. O adquirente tem direito de regresso contra o alienante, para reaver o dinheiro que pagou pela coisa da qual ficou privado, já que foi reconhecido que o terceiro era o verdadeiro dono
O art. 70, II, do CPC autoriza a denunciação da lide ao proprietário ou possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada. A redação do dispositivo não favorece à sua compreensão. A hipótese versa sobre a posse, que se desmembra em direta ou indireta. De acordo com a lei civil, sempre que, por força de contrato ou de direito real, houver a transferência da coisa a alguém, temporariamente, aquele que a entrega ficará com a posse indireta, e aquele que a recebe, com a direta. Ambos são possuidores e fazem jus à tutela possessória.
O inc. III do art. 70 é outra hipótese, que autoriza a denunciação àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda. 
1.5 Chamamento ao Processo
	É forma de intervenção de terceiros que tem natureza jurídica de ação condenatória, por meio da qual o réu fiador ou devedor solidário, originariamente demandado, trará para compor o polo passivo, em litisconsórcio com ele, o devedor principal ou os demais devedores solidários. Trata-se de intervenção de terceiro provocada pelo réu, cabível apenas no processo de conhecimento, que se funda na existência de um vinculo de solidariedade entre o chamante e chamado. É instituto criado em beneficio do réu.
	Por meio do chamamento, o réu traz ao processo outros réus, contra os quais o autor não demandou originariamente. Haverá um litisconsórcio passivo, cuja formação é ulterior, determinado pela manifestação do réu, que chama o devedor principal ou os co-devedores solidários. A posição dos chamados é a de litisconsortes do réu originário. Em caso de procedência, todos serão condenados a pagar ao autor. É o que se depreende da leitura do art. 80, do CPC. A sentença condenará os devedores. Aquele que, na fase executiva, satisfizer a dívida, sub-rogar-se-á nos direitos do credor e poderá, na mesma execução, exigi-la por inteiro do devedor principal (no caso de fiança) ou cobrar a cota de cada um dos co-devedores, na proporção que lhes tocar (no caso de solidariedade).
O art. 77 do CPC enumera as hipóteses do chamamento ao processo, em três incisos: o primeiro cuida do chamamento feito pelo fiador demandado ao devedor principal; o segundo, da possibilidade de, havendo mais de um fiador, aquele que for demandado sozinho chamar ao processo os demais; o terceiro versa sobre a solidariedade, quando o autor houver demandado apenas um ou alguns dos devedores solidários, que poderão chamar ao processo os demais. 
O art. 1.698 do Código Civil previu uma nova forma de chamamento ao processo, que não se pode encaixar em nenhuma das previstas no CPC. Trata-se do chamamento ao processo que aquele que deve alimentos em primeiro lugar faz aos demais devedores, que concorrem em grau imediato, quando não tiver recursos para fazer frente à integralidade do débito
	
1.6 Intervenção do Amicus Curiae
	Amicus curiae é um auxiliar do juízo que pode atuar no processo, quer seja pessoa física ou jurídica, desde que tenha representatividade e possa contribuir para a solução da causa. Trata-se de uma intervenção provocada pelo magistrado ou requerida pelo próprio amicus curiae, cujo objetivo é o de aprimorarainda mais as decisões proferidas pelo Poder Judiciário. Entretanto, não se pode equiparar a intervenção do amicus curae - que tem participação consubstanciada em apoio técnico-jurídico -, com a intervenção de terceiro, que tem interesse na conclusão do processo.
	A primeira intervenção de amicus curiae no direito brasileiro deu-se por ocasião da Lei Federal n. 6 385/76, que no art. 31 impôs a intervenção da Comissão de Valores Imobiliários nos processos que discutam matéria objeto da competência desta autarquia. A Lei Federal n. 8.888/94 (Lei Antitruste), o art. 89, também impõe a intimação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, nos processos em que se discutam questões relacionadas ao direito da concorrência. Com a edição das leis que regulamentam os processos de controle concentrado de constitucionalidade, a intervenção do amicus curiae aprimorou-se: não mais se identifica previamente quem deva ser o auxiliar e se permite a intervenção espontânea do amicus curiae – até então a intervenção era sempre provocada. Admite-se também a intervenção do amicus curiae no incidente de declaração de inconstitucionalidade em tribunal - art.482 do CPC.
	Já que não ingressa como parte, não pode se equiparar, portanto, a intervenção do amicus curiae com a intervenção de terceiro. O amicus curiae compõe, ao lado do juiz, das partes, do Ministério Publico e dos auxiliares da justiça, o quadro dos sujeitos processuais. Sua função é o auxilio em questões técnico-juridicas. A possibilidade de intervenção do amicus curiae justifica-se como forma de aprimoramento da tutela jurisdicional, reconhece-se que o magistrado não detém, por vezes, conhecimentos necessários e suficientes para a prestação da melhor e mais adequada tutela jurisdicional.
Conclusão
As hipóteses de intervenção de terceiros nominadas no Código de Processo Civil, a lado de outras que encontram-se dispersas nesse mesmo Código são causas que acarretam a formação de litisconsórcios, quer na modalidade necessário ou facultativo, a exemplo da assistência, denunciação da lide, etc.
 	Portanto, indiscutível é, a Intervenção de Terceiros, quanto a sua importância e a sua relevância no campo e na órbita do Direito Processual Civil, pois é um instituto que trás a possibilidade de um terceiro intervir em um processo ao qual não postulava em seu inicio.
	
Referências 
Gonçalves, Marcus Vinicius Rios. Direito Processual Civil Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2013.
DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Salvador: Juspodivum, 2012.
FACULDADE DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO DE RUBIATABA
ANA LARA DURÃES SOBRINHO
DA INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
RUBIATABA
2015