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Unidade II PENSAMENTO POLÍTICO BRASILEIRO Prof. Vanderlei da Silva O autoritarismo no Brasil Na tipologia dos sistemas políticos, são chamados de autoritários os regimes que privilegiam a autoridade governamental e diminuem o consenso, concentrando o poder político nas mãos de uma só pessoa ou de um só órgão e colocando em posição secundária as instituições representativas. Nesse contexto, a oposição e a autonomia dos subsistemas políticos são reduzidas à expressão mínima e as instituições destinadas a representar a autoridade ou são aniquiladas ou substancialmente esvaziadas. A República dos coronéis É comum denominar a Primeira República “República dos coronéis”. O coronelismo representou uma variante de uma relação sociopolítica mais geral – o clientelismo – existente tanto no campo quanto nas cidades. Essa relação resultava da desigualdade social, da impossibilidade de os cidadãos efetivarem seus direitos, da precariedade ou da inexistência de serviços assistenciais do Estado, da inexistência de uma carreira no serviço público. O coronelismo brasileiro Ocorreu, principalmente, após a transição da monarquia para a república. Coronéis eram civis, proprietários de terras que haviam recebido do Governo o título de Coronel da Guarda Nacional e por isso exerciam da forma como queriam o poder nas regiões em que estavam localizados. O termo passou a ser utilizado não apenas por aqueles que tinham a designação oriunda de sua inserção na Guarda Nacional, mas para se referir a todos os que tinham algum papel relevante na política local. O “voto de cabresto” imposto pelo coronel Quase sempre o coronel era o chefe político da região e, entre outros benefícios que recebia, um deles era que quando fossem presos ou estivessem sujeitos a processo criminal não poderiam ser recolhidos às prisões comuns. Os coronéis conduziam o processo eleitoral e foram responsáveis pelo chamado voto de cabresto, que consistia em eleições totalmente direcionadas por eles, ou seja, fraudadas com o objetivo de conseguir o resultado desejado. Os capangas dos coronéis Capangas era o nome que recebiam e recebem até hoje aqueles que atuam como um tipo de guarda-costas daqueles que têm poder político ou econômico. A diferença entre capangas e verdadeiros guarda-costas profissionais é que os capangas praticam atos ilícitos a mando de seus chefes e são protegidos por eles com relação às consequências desses atos. Muitas vezes atuavam como matadores profissionais e causavam profundo temor na população local. O sistema de clientela e patronagem O coronelismo encontrou no Brasil uma condição favorável de desenvolvimento, pois aqui já existia o sistema de patronagem. Patronagem é o sistema de apadrinhamento ou de compadrio, que faz com que as classes sociais economicamente menos abastadas busquem obter favorecimento junto aos economicamente mais poderosos, independentemente de possuírem ou não direito a esses benefícios. Isso explica a origem da expressão “quem não tem padrinho morre pagão”. O autoritarismo e o pensamento político Durante a Primeira República, ainda que as oligarquias dominassem a vida política, começavam a surgir os primeiros movimentos populares e as primeiras manifestações políticas do povo organizado. A movimentação política popular se deve, de alguma forma, à chegada dos imigrantes no início do século XX, em especial aos italianos, que vinham de um país cuja política era bem conturbada e estavam acostumados a manifestações e tensões políticas. O movimento operário brasileiro Esse momento marca também a formação da organização operária em razão do aumento de fábricas, em especial em São Paulo. O movimento operário foi muito importante para a política do país e difundiu suas ideias por meio de jornais, panfletos e revistas nas quais escreveram jornalistas, políticos e líderes operários. O movimento era defensor de ideias socialistas sob inspiração das ideias de Marx e Engels, em especial na célebre obra “O Manifesto Comunista”. O Partido Comunista no Brasil Grupos de estudo e difusão do pensamento socialista já podiam ser encontrados a partir de 1889. A repressão a essas ideias foi forte e contínua, inclusive com a aprovação de leis que causaram a expulsão de vários imigrantes, que eram líderes políticos das massas de trabalhadores. Apesar da repressão, o Partido Comunista se organizou no Brasil em março de 1922, com o propósito de se tornar protagonista nas lutas pela conquista dos direitos para os trabalhadores. O Movimento Anarquista no Brasil Foi relevante nesse momento histórico, com a criação da Confederação Operária Brasileira, em 1906, que adotava uma política anarquista. Tinha por ideia fundamental a negação do Estado e, consequentemente, a ampla liberdade de criação de associações e comunidades que se regeriam por suas próprias regras. Os anarquistas criaram escolas com prática de educação libertária e até uma comunidade, a Colônia Cecília, no Paraná, regida inteiramente por princípios anárquicos. Interatividade Na tipologia dos sistemas políticos, como são chamados os regimes que privilegiam a autoridade governamental e diminuem o consenso, concentrando o poder político nas mãos de uma só pessoa ou de um só órgão e colocando em posição secundária as instituições representativas? a) Democráticos. b) Autoritários. c) Representativos. d) Anarquistas. e) Monárquicos. O movimento tenentista As ideias que influenciaram mais fortemente o autoritarismo no Brasil vieram do movimento tenentista, que aconteceu durante a década de 1920. Em 1922, os tenentes promoveram uma rebelião no Forte de Copacabana para se manifestarem contra o regime político do Presidente Arthur Bernardes, que representava os interesses da oligarquia mineira. Em 1924, os tenentes tentaram novamente derrubar Arthur Bernardes, desta vez se rebelando em São Paulo. A Revolução de 1930 A Revolução de 1930 não foi feita por representantes de uma suposta nova classe social, fosse ela a classe média ou a burguesia industrial. Os vitoriosos de 1930 compunham um quadro heterogêneo, tanto do ponto de vista social quando político. Defendiam a centralização do poder e a introdução de algumas reformas sociais. Queriam a efetiva adoção dos princípios do Estado liberal, que aparentemente asseguraria seu predomínio. A Revolução Constitucionalista Getúlio Vargas enfrentaria no início de seu governo a revolta paulista de 1932, conhecida como Revolução Constitucionalista. Os paulistas pegaram em armas contra o governo de Getúlio Vargas, por entender que ele havia adotado o autoritarismo proposto pelo movimento tenentista, na medida que evitava convocar uma Assembleia Nacional Constituinte. Como resultado de mais esse conflito, foi convocada a Constituinte que elaborou a Constituição de 1934, substituída em 1937. O governo de Getúlio Vargas Getúlio Vargas assumiu o poder como representante de novos grupos que desejavam participar das decisões políticas e econômicas sem se constituírem propriamente como um grupo organizado ou como um movimento. Isso permitiu a Getúlio Vargas adotar medidas governamentais centralizadoras, incentivar a participação militar nos assuntos do Estado, ao mesmo tempo em que tratou de desenvolver a indústria elegislar na proteção dos trabalhadores. Ação Integralista Brasileira e Aliança Nacional Libertadora Durante a década de 1930, dois grupos políticos haviam se organizado no Brasil e ambos causavam preocupação para o governo, porque se opunham de forma radical e com isso, poderiam incitar distúrbios e desavenças na população. O primeiro era a Ação Integralista Brasileira, criada em 1932 e liderada por Plínio Salgado e o segundo era a Aliança Nacional Libertadora, que reunia socialistas, comunistas e democratas liderados por Luiz Carlos Prestes. A Aliança Nacional Libertadora desejava afastar Getúlio Vargas do poder . O golpe de Getúlio Vargas e a instalação do Estado Novo – 1937 Em 1935, ocorreu uma tentativa de golpe do Partido Comunista que não teve resultado, mas ofereceu a Getúlio Vargas os motivos necessários para a transformação do país em uma ditadura. Em 1937, ele aplicou um golpe na normalidade política, proibiu a realização das eleições para Presidente da República e permaneceu à frente do Poder Executivo. Nesse período, que foi chamado de Estado Novo, ele reprimiu violentamente os grupos políticos organizados, determinando a prisão de muitos participantes. A Constituição Federal de 1937 Essa Constituição Federal, em suas disposições finais e transitórias, declarou o país em estado de emergência e, por esta razão, todas as liberdades civis garantidas pela própria Constituição foram suspensas. Ao mesmo tempo que podia aposentar funcionários civis e militares no interesse do serviço público ou por conveniência do regime, o presidente também tinha poderes constitucionais para governar por meio de decretos-lei em todas as matérias de responsabilidade do governo federal. O populismo Podemos definir como populistas as fórmulas políticas cuja fonte principal de inspiração e termo constante de referência são o povo, considerado como agregado social homogêneo e como exclusivo depositário de valores positivos, específicos e permanentes. O populismo não conta efetivamente com uma elaboração teórica orgânica e sistemática. Ele tende a permear ideologicamente os períodos de transição, particularmente a fase aguda dos processos de industrialização. Getúlio Vargas e a prática do populismo Getúlio Vargas controlou fortemente a opinião pública e para isso censurou os meios de comunicação e implantou um órgão de propaganda oficial do governo com o objetivo de fornecer à população apenas e tão somente uma visão positiva do governo e de suas realizações. Outra medida garantidora da tranquilidade para o exercício do poder centralizador foi adotar uma política trabalhista supostamente em benefício das classes trabalhadoras. Nesse aspecto reside um dos principais meios da prática do populismo. A política trabalhista de Getúlio Vargas Criou a Consolidação das Leis do Trabalho, inspirada na Carta Del Lavoro, da Itália fascista. Criou o salário mínimo para os trabalhadores urbanos, com valores variáveis em cada região do país. Criou a Justiça do Trabalho e adotou a unidade sindical – ou seja, cada categoria poderia ter um único sindicato – e tratou de atrelar os sindicatos cada vez mais ao Estado. Em 1940 foi criado o imposto sindical como instrumento de financiamento do sindicato e representação máxima do atrelamento deste ao Estado. Interatividade Como podemos definir as fórmulas políticas cuja fonte principal de inspiração e termo constante de referência são o povo, considerado como agregado social homogêneo e como exclusivo depositário de valores positivos, específicos e permanentes? a) Classistas. b) Assistencialistas. c) Populistas. d) Governistas. e) Tenentistas. Teóricos do pensamento político brasileiro – Joaquim Nabuco De 1849 a 1910 – atuou como político, historiador, jurista, jornalista e diplomata. Foi parlamentar, ocasião em que se engajou no movimento abolicionista. Criou com André Rebouças, engenheiro, a Sociedade Brasileira contra a Escravidão e utilizou sua facilidade de comunicação em comícios para difundir as ideias de libertação dos escravos. Escreveu a obra “O Abolicionismo”, em 1883. Livro “O Abolicionismo” É o livro escrito por Nabuco em 1882 e publicado no ano seguinte, quando começava a fase final e decisiva da campanha abolicionista. O livro trata a questão como fato social global e sua leitura ainda hoje tem grande importância. Nele são analisadas em profundidade as consequências da escravidão sobre a população, sobre o território, sobre a economia (agricultura e indústria), sobre a sociedade, sobre o conceito do trabalho, sobre a defesa, sobre a política e sobre a própria nacionalidade do Brasil. Nabuco – abolicionismo e monarquismo Nabuco era um monarquista e conciliava essa posição política com sua postura abolicionista. Para ele, a abolição da escravatura, no entanto, não deveria ser feita com ruptura ou violência, mas assentada numa consciência nacional dos benefícios que traria à sociedade brasileira. Para ele, a abolição só poderia se dar no parlamento. Fora desse âmbito cabia somente assentar valores humanitários que fundamentariam a abolição quando instaurada. Oliveira Vianna De 1883 a 1951 – foi membro da Academia Brasileira de Letras e ocupou posição destacada no governo de Getúlio Vargas, período em que contribuiu para a elaboração da nova legislação sindical e trabalhista adotada naquele período. O pensamento de Oliveira Vianna é qualificado como nacionalista autoritário. Seu pensamento é inspirado no positivismo e em uma ciência que se construía com base nos estudos de influência do clima e do meio natural na formação social. O autoritarismo para Oliveira Vianna O autoritarismo era uma estratégia temporal destinada a desaparecer quando o povo estivesse educado e organizado para viver a verdadeira democracia. Ele acreditava que era preciso assegurar a unidade nacional com um Estado forte, capaz de organizar a sociedade e ensiná-la a se organizar para viver com solidariedade. Nesse aspecto, reforçar o poder central do Estado para manter a ordem e assegurar as liberdades individuais era essencial. Oliveira Viana e a eugenia racial Oliveira Viana foi um dos ideólogos da eugenia racial no Brasil e combateu a vinda de imigrantes japoneses. Eugenia é um termo criado em 1883 por Francis Galton, significando "bem-nascido". Galton definiu eugenia como o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações, seja física ou mentalmente. A Sociedade Eugênica de São Paulo, criada em 1918 O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a ter um movimento eugênico organizado. O movimento eugênico brasileiro foi bastante heterogêneo, trabalhando com a saúde pública e com a saúde psiquiátrica. Em 1931 foi criado o Comitê Central de Eugenismo, que propunha o fim da imigração de não brancos e também prestigiar e auxiliar as iniciativas científicas ou humanitárias de caráter eugenista que fossem dignas de consideração pelo comitê. Sergio Buarque de Holanda De 1902 a 1982 – inicia sua trajetória intelectual fortemente influenciado pelo modernismo, porque conviveu no Rio de Janeiro, a partir de 1921, com nomes importantes desse movimento cultural. Em seu período de vida na Alemanha, conviveu com o final do período dachamada República de Weimar e com o crescimento do movimento nazista. Contribuiu com a fundação da Esquerda Democrática, em 1946, e em 1980 com o Partido dos Trabalhadores (PT). Livro “Raízes do Brasil” O autor afirma que a principal razão para a colonização brasileira ter sido possível foi o fato de ter sido realizada por um país ibérico, Portugal, que estava em uma região indecisa entre a Europa e a África e que, de certa forma, já era mestiço mesmo antes de iniciar o processo de colonização. Assim, Portugal teria a plasticidade e a flexibilidade que haviam acabado por viabilizar o projeto expansionista colonizatório, o que não teria sido possível a outros países mais fortemente europeus. A cultura da personalidade como característica dos brasileiros Sergio Buarque de Holanda observa que no Brasil colonial as cidades se subordinam ao campo, porque lá está toda a riqueza e a base da organização social, que é patriarcal. Assim, o traço fundante da sociedade brasileira seria a proteção da família, do ambiente doméstico e daqueles que nele gravitam, sem pensamento de formação de um Estado, porque o particular se sobrepõe ao público. Em consequência, o homem brasileiro carregaria para o ambiente público os traços da vivência familiar. Interatividade Qual era o nome do pensador político brasileiro que foi um dos ideólogos da eugenia racial no Brasil e combateu a vinda de imigrantes japoneses? a) Oliveira Viana. b) Joaquim Nabuco. c) Sérgio Buarque de Holanda. d) Raimundo Faoro. e) Caio Prado Júnior. O brasileiro e a figura do homem cordial Segundo as reflexões de Buarque de Holanda, o “homem cordial” era aquele com fortes traços familiares e que tinha dificuldade de separar o público do privado, tanto quanto tinha facilidade em tratar de maneira pessoal e informal a todos quantos com quem se relacionasse. Para o autor, essa cordialidade é inadequada ao funcionamento da democracia e da burocracia, que exigem normas e leis abstratas que sejam aplicadas a todos da mesma forma. O jeitinho do homem cordial Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído a um suposto caráter emocional do “homem cordial”, que teria desenvolvido uma histórica propensão à informalidade. Deve-se isso ao fato de as instituições brasileiras terem sido concebidas de forma coercitiva e unilateral, não havendo diálogo entre governantes e governados, mas apenas a imposição de uma lei e de uma ordem consideradas artificiais, quando não inconvenientes aos interesses das elites políticas e econômicas de então. Raymundo Faoro De 1925 a 2003 – em 1958 publicou sua obra de maior repercussão, “Os Donos do Poder”. Foi presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil no período de 1977 a 1979. À frente da OAB nacional, Faoro foi líder de uma resistência pacífica contra a ditadura, sobretudo pela denúncia de tortura contra presos políticos e pela luta por anistia ampla, geral e irrestrita. Defendia que a análise dos fundamentos da legitimidade impossibilitaria completamente a aplicação de sua noção ao sistema instaurado em 1964. Livro “Os Donos do Poder” Em seus estudos, Faoro analisa a estrutura de poder patrimonialista, adquirida do estado português por nossos antepassados, tendo sido esta inteiramente importada em sua estrutura administrativa para a colônia na época. O patrimonialismo seria, para Faoro, a característica mais marcante do desenvolvimento do Estado brasileiro através dos tempos. O estamento político Faoro trabalha com a categoria teórica de estamentos, que tem origem no pensamento de Max Weber. Os estamentos são comunidades fechadas para não permitir que outros ingressem no grupo, para que não possam compartilhar o poder, ao contrário das classes, que são comunidades abertas. Faoro defende que apenas uma sociedade organizada em classes e não em estamentos, como a brasileira, terá condições de consolidar um Estado de direito liberal e democrático. Patrimonialismo no Brasil Para Faoro, toda a estrutura patrimonialista de Portugal foi trazida para o Brasil e enquanto foi superada em outros países, acabou sendo mantida no Brasil. Faoro conclui que tivemos no Brasil um capitalismo politicamente orientado, conceito este de inspiração weberiana. O capitalismo politicamente orientado atribui ao Estado patrimonial e a seus funcionários características de um estamento burocrático, ainda que este impeça a consolidação de uma ordem burguesa propriamente dita. Caio Prado Júnior De 1907 a 1990 – participou primeiramente do Partido Democrático (1928), atuou com entusiasmo pela Revolução de 1930 e mais tarde, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro. Conheceu a União Soviética em 1930 e foi vice-presidente da Aliança Nacional Libertadora, o que resultou em sua prisão por dois anos, em 1935. Publicou o livro “Formação do Brasil Contemporâneo” (1942) e fundou a Editora Brasiliense juntamente com Monteiro Lobato, em 1943. Lógica e história na colonização do Brasil Caio Prado Júnior defende que os homens que vieram para o Brasil recém-descoberto não pretendiam criar aqui uma colônia de povoamento, mas apenas desenvolver atividades que lhes viabilizassem ganhos mercantis. Assim, formaram um modo original de sociedade, porque diferentemente das colônias de povoamento como aquelas que se formaram nos Estados Unidos da América do Norte, o projeto não era de permanência nem tão pouco identificado com os grupos sociais europeus. O nacionalismo defendido por Caio Prado Júnior O seu conceito se identifica com um nacionalismo econômico. Trabalhando a questão de um país atrasado por causa da submissão de exportadores de produtos ao mercado internacional, Caio Prado tenta mostra que a solução para o Brasil estava no mercado interno, pois se na época da colônia a produção era voltada para o mercado externo, a iniciativa nacional deveria opor-se a isto e desenvolver a criação de um mercado que atendesse internamente o país. Francisco Weffort Nascido em 1937, é sociólogo, cientista político e historiador do pensamento político brasileiro. É autor de vários livros sobre a política brasileira e latino- americana, dedicou-se em especial ao estudo do populismo nos anos de 1950 a 1960 e à emergência da democracia a partir de meados dos anos 1970. Foi Ministro da Cultura do governo federal no período de 1995 a 2002. Weffort e a existência do povo Weffort aponta que a desigualdade foi interiorizada na sociedade brasileira e que o sentido de igualdade vem sendo dado de fora da sociedade, ora pela Igreja, com a evangelização dos índios, ora pelo Estado, com a abolição da escravatura e a hegemonia do trabalho livre. Nos dois casos, ainda que houvesse uma mentalidade favorável da sociedade da época, o Estado agiu como se estivesse fora da sociedade e introduziu as mudanças para modificar essa mesma sociedade. Interatividade Segundo as reflexões de Buarque de Holanda, qual a denominação para o homem brasileiro com fortes traços familiares e que tinha dificuldade de separar o público do privado tanto quanto tinha facilidade de tratar, de maneira pessoal e informal, a todos com quem se relacionasse? a) Homem social. b) Homem político. c) Homem cidadão. d) Homem gentil. e) Homem cordial. ATÉ A PRÓXIMA!
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