Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIDADE II Estado e Cidadania Prof. Vanderlei da Silva Os Direitos Civis podem ser definidos como aqueles que têm por objetivo garantir as liberdades individuais para que cada ser humano possa definir o que é melhor para sua vida, para o exercício de sua liberdade, para o uso da propriedade e para usufruir de seus direitos da forma como considerar a mais adequada. Esses direitos deverão estar claramente garantidos na legislação dos países, de forma que as pessoas possam conhecê-los e defendê-los em situações em que sejam desrespeitados. Assim, todos temos o direito de sermos tratados em igualdade de condições pelo Estado e pelos demais cidadãos. Direitos civis no Brasil Artigo 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...]. Nele são garantidos os diretos à vida, à liberdade, à igualdade, à moradia e à segurança. Também é dado a todo brasileiro o direito de exercer os cultos religiosos, seja qual for sua religião, o benefício de trabalho, entre outros. Assim, todo cidadão é livre e pode recorrer à justiça, quando necessário for, sem ser oprimido. Os Direitos Civis e Políticos na CF/88 A ONU, em 1948, aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em 1966 aprovou dois Pactos de Direitos, denominados, respectivamente, o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Culturais e Sociais. O Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos foi aprovado como decreto no Brasil em 1992, o qual recebeu o número 592, de 6 de julho. O artigo 1° do Decreto determina que o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos será “executado e cumprido tão inteiramente como nele se contém”. Pactos Internacionais que garantem os Direitos Civis Artigo 2: 1. Os Estados Partes do presente pacto comprometem-se a respeitar e garantir a todos os indivíduos que se achem em seu território e que estejam sujeitos à sua jurisdição os direitos reconhecidos no presente Pacto, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, situação econômica, nascimento ou qualquer condição. Estados Partes é o nome pelo qual se designam os países membros da Organização das Nações Unidas e que assinaram o pacto, comprometendo-se a cumpri-lo. Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos O artigo 3: Determina que nos países em que a pena de morte não tenha sido abolida, ela só poderá ser imposta nos casos de crimes mais graves e em conformidade com a legislação vigente, e acrescenta que essa pena só poderá ser aplicada após sentença transitada em julgado, ou seja, para a qual não caiba mais nenhum recurso judicial e que tenha sido proferida por um tribunal competente. Em nenhuma hipótese a pena de morte poderá ser aplicada contra menores de 18 anos ou contra mulheres grávidas, e os condenados terão direito de pedir indulto ou comutação da pena. Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos O Artigo 7: Afirma que ninguém poderá ser submetido a tortura, nem a penas ou tratamento cruéis, desumanos ou degradantes e que será proibido submeter uma pessoa sem livre consentimento a experiências médicas ou científicas. O Artigo 8: Determina que ninguém poderá ser submetido à escravidão e nem ao tráfico de escravos, nem será obrigado a executar trabalhos forçados ou obrigatórios. E o artigo 9 determina que toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança pessoais, que ninguém poderá ser preso ou encarcerado arbitrariamente, nem tampouco privado de liberdade, salvo por motivos previstos em lei . Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos No artigo 12 ficou determinado que toda pessoa que se ache legalmente no território de um Estado terá o direito de nele livremente circular e escolher sua residência. E que toda pessoa terá o direito de sair livremente de qualquer país, inclusive de seu próprio país. O artigo 14 determina que toda pessoa acusada de um delito terá direito de ser informada, sem demora, numa linguagem que compreenda e de forma minuciosa, da natureza e dos motivos da acusação que foi formulada contra ela. Também terá direito ao tempo e aos meios necessários para se defender, inclusive com direito de escolher um defensor. Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos Outro tema importante tratado no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos é o direito de liberdade de pensamento, de consciência e de religião, no artigo 18. Esse direito, segundo o Pacto, implica na liberdade de cada pessoa ter ou adotar uma religião ou uma crença de sua escolha e, consequentemente, a liberdade de praticar essa religião ou crença, de forma individual ou coletiva, pública ou privada, por meio de cultos, celebrações de ritos, práticas e também de ensino, tanto para adultos como para crianças. Porém, o Pacto determina que a liberdade de manifestar a própria religião ou crença estará sujeita apenas às limitações previstas em lei. Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos O artigo 19 do Pacto de Direitos Civis e Políticos prevê que toda pessoa terá direito à liberdade de expressão; esse direito incluirá a liberdade de procurar, receber e difundir informações e ideias de qualquer natureza, independentemente de considerações de fronteiras, verbalmente ou por escrito, em forma impressa ou artística, ou por qualquer outro meio de sua escolha. E ninguém poderá ser molestado por suas opiniões. Esse é, sem dúvida, um dos principais direitos que uma pessoa pode ter: a liberdade de expressar suas ideias e de buscar informações que permitam ampliar suas reflexões. Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos O artigo 26 do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos determina que todas as pessoas são iguais perante a lei e têm direito, sem discriminação, a igual proteção da lei. Determina, ainda, que a este respeito, a lei deve proibir todas as discriminações e garantir a todas as pessoas proteção igual e eficaz contra toda a espécie de discriminação, nomeadamente por motivos de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou de qualquer outra opinião, de origem nacional ou social, de propriedade, de nascimento ou de qualquer outra situação. Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos Quais são os direitos que podem ser definidos como aqueles que têm por objetivo garantir as liberdades individuais para que cada ser humano possa definir o que é melhor para sua vida, para o exercício de sua liberdade, para o uso da propriedade e para usufruir de seus direitos da forma como considerar a mais adequada? a) Direitos Civis. b) Direitos Políticos. c) Direitos Sociais. d) Direitos Internacionais. e) Direitos de Associação. Interatividade São definidos como direito de participação dos cidadãos no governo, na administração e na justiça. Significa o processo em que cada pessoa dispõe do mesmo poder que as outras de determinar o resultado final das decisões. Em uma democracia, os direitos políticos se referem sempre ao poder igual, atribuído aos membros de uma comunidade política, de formar periodicamente a sua vontade coletiva e impô-la ao Estado, de tal modo que essa vontade seja indispensável para o funcionamento do Estado. Direitos políticos Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos dalei, mediante: I. plebiscito; II. referendo; III. iniciativa popular (BRASIL, 1988). No Brasil, o voto é obrigatório para os maiores de 18 anos até completarem 70 anos, a partir de quando o voto será facultativo, como também o é para os menores entre 16 e 18 anos. Também os analfabetos podem exercer o direito de voto de forma facultativa. O Direitos Políticos previstos na CF/88 A expressão sufrágio universal, utilizada no texto constitucional, pode ser compreendida como: direito do cidadão de eleger e de ser eleito. Assim, o conjunto de cidadãos que estejam com sua capacidade eleitoral ativa poderão exercer, pelo escrutínio, o sufrágio, ou seja, o direito de escolher seus representantes. O alistamento eleitoral, por sua vez, é o momento a partir do qual o cidadão preenche os requisitos para o exercício de voto e comparece perante o Estado para se inscrever e receber, em contrapartida, o documento que o habilitará a esse exercício, que é o título de eleitor. Sufrágio universal Plebiscito é uma consulta prévia sobre um assunto que, posteriormente, será discutido pelo Legislativo Federal. Referendo é uma consulta posterior sobre um ato governamental ou texto de lei, seja para garantir que será efetivado ou para impedir que entre em vigor. A iniciativa popular representa uma das formas de deflagração do processo legislativo via reunião das assinaturas pelo eleitorado brasileiro, para que seja possível apresentar, na Câmara, um Projeto de Lei. Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular A iniciativa popular para apresentação de leis complementares ou ordinárias é uma forma de exercício de direitos políticos. Na prática, no entanto, esse mecanismo tem se mostrado de difícil aplicação porque o artigo 61, parágrafo 2º, da Constituição Federal exige que o projeto de iniciativa popular seja apresentado à Câmara dos Deputados subscrito por no mínimo 1% do eleitorado nacional, distribuído por cinco estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. São números bastantes expressivos e que criam enormes dificuldades para aqueles que pretendem apresentar um projeto de lei de iniciativa popular. Iniciativa Popular O voto tem atributo de personalidade porque só pode ser exercido pessoalmente pelo eleitor, sem possibilidade de ser outorgada uma procuração para que outra pessoa exerça esse direito em nome do eleitor. A verificação do eleitor é feita no momento do voto, por meio de apresentação do documento de identidade. Há obrigatoriedade formal de comparecimento. No Brasil, o comparecimento é obrigatório, embora não se possa garantir que esse comparecimento vai resultar necessariamente na escolha de um candidato porque as urnas eletrônicas preveem o voto em branco e o voto nulo. Características fundamentais do voto no Brasil O eleitor brasileiro tem ampla liberdade para escolher o candidato que lhe convier, que lhe parecer mais adequado para o exercício das atividades parlamentares ou executivas. Tem liberdade até para não escolher e anular o voto ou então para votar em branco. O eleitor brasileiro tem, também, o direito ao sigilo de seu voto. Em nenhuma hipótese será obrigado pela lei a tornar pública sua escolha, e o sistema utilizado para a votação tem que ser indevassável para impedir qualquer divulgação. Características fundamentais do voto no Brasil Outro aspecto importante do voto no Brasil é que ele é direto. Além de ser direto, o voto no Brasil também tem por característica a periodicidade, ou seja, os mandatos, em todos os graus de representação e de exercício executivo, são temporários, sujeitos a um mandato que se extingue com o tempo e que obriga os eleitores a voltarem às urnas para renovar ou reafirmar suas escolhas. E o voto no Brasil é marcado pela igualdade no sentido de que, independentemente de qualquer atributo, o eleitor brasileiro se equivale a todos os demais e seu voto tem o mesmo valor e poder de todos os outros eleitores. Características fundamentais do voto no Brasil Elegibilidade é a possibilidade de, atendidos os requisitos legais, um cidadão se tornar candidato a ocupar um cargo Executivo ou Legislativo por um mandato por tempo determinado. Requisitos da capacidade eleitoral: Possuir nacionalidade brasileira ou condição de português equiparado; Estar no pleno exercício de seus direitos políticos; Possuir domicílio eleitoral na circunscrição; Estar filiado a um partido político regular. Direito de elegibilidade O cidadão perderá os direitos políticos quando for cancelada sua naturalização por sentença transitada em julgado ou quando ocorrer uma das hipóteses do artigo 5º, inciso VIII da Constituição Federal, ou seja, recusa de cumprir uma obrigação imposta a todos ou de cumprir prestação alternativa para a qual foi condenado. E os direitos políticos serão suspensos nos demais casos, sendo que entre eles o mais comum tem sido a improbidade administrativa, prevista no artigo 37, parágrafo 4º da Constituição Federal. Perda ou suspensão de direitos políticos Qual das alternativas corresponde a uma consulta posterior sobre um ato governamental ou texto de lei, seja para garantir que será efetivado ou para impedir que entre em vigor? a) Plebiscito. b) Iniciativa Popular. c) Referendo. d) Eleição Direta. e) Eleição Indireta. Interatividade São prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade. A igualdade como princípio fundamental, que no Brasil emana do artigo 3º da Constituição Federal, determina que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: “III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”. Direitos Sociais Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Os direitos sociais inseridos na constituição de 1988 nasceram de um contexto histórico, pois são derivados de conquistas políticas e sociais. O objetivo principal é o de valorização do trabalho e do indivíduo, sempre pautados no princípio maior da dignidade da pessoa humana. Os Direitos Sociais na CF/88 Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I. universalidade da cobertura e do atendimento; II. uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III.seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; A Seguridade Social IV. irredutibilidade do valor dos benefícios; V. equidade na forma de participação no custeio; VI. diversidade da base de financiamento; VII. caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. A Seguridade Social No Brasil, a proteção dos direitos sociais é, também, oriunda do documento denominado Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociaise Culturais, que a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou em 16 de dezembro de 1966 e que foi adotado no Brasil pelo Decreto nº 591, de 1992. O Pacto contém as linhas mestras dos direitos que deverão ser garantidos a cada cidadão. Porém, na implantação dos direitos econômicos, sociais e culturais é preciso mais que vontade e determinação política dos governos e governantes. É preciso que existam recursos econômicos para que o Estado possa organizar o acesso dos cidadãos aos equipamentos sociais que efetivarão esses direitos. Os Direitos Sociais previstos em Pacto Internacional Em seu artigo 6º, o Pacto determina que os Estados participantes deverão reconhecer “o direito ao trabalho, que compreende o direito de toda pessoa de ter a possibilidade de ganhar a vida mediante um trabalho livremente escolhido ou aceito, e tomarão medidas apropriadas para salvaguardar esse direito”. Incluir a orientação e a formação técnica e profissional, a elaboração de programas, normas e técnicas apropriadas para assegurar um desenvolvimento econômico, social e cultural constante e o pleno emprego produtivo em condições que salvaguardem aos indivíduos o gozo das liberdades políticas e econômicas fundamentais (BRASIL, 1992). Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais O Pacto garante o direito de greve, que será exercido em conformidade com a lei de cada país. O artigo 9 do Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Políticos “reconhece o direito de toda pessoa à previdência social, inclusive o seguro social”. No tocante à família, o pacto a define como elemento natural e fundamental da sociedade e, em consequência, determina que a ela deve ser reconhecida a mais ampla proteção e assistência possíveis, especialmente para a sua constituição e enquanto ela for responsável pela criação e educação dos filhos. O matrimônio deve ser contraído com o livre consentimento dos futuros cônjuges. Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais No tocante à maternidade, o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais prevê que é preciso garantir a proteção especial às mães por um período de tempo razoável antes e depois do parto. Durante esse período, deve-se conceder às mães que trabalham licença remunerada ou licença acompanhada de benefícios previdenciários adequados (BRASIL, 1992). Também determina o Pacto, que deve ser estabelecido limite de idade, de proibição de utilização de mão de obra infantil e a punição para os casos de emprego desse tipo de mão de obra. Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais No artigo 11 o Pacto reconhece o direito “de toda pessoa a um nível de vida adequando para si próprio e sua família, inclusive à alimentação, vestimenta e moradia adequadas, assim como a uma melhoria contínua de suas condições de vida” (BRASIL, 1992). Ao mesmo tempo, determina que os Estados signatários tomarão as medidas apropriadas para assegurar a efetividade desse direito, ou seja, os Estados não têm prazo fixado para isso, mas deverão agir no sentido de viabilizar esse direito a todos com brevidade de tempo. O Pacto trata, ainda, da proteção à saúde, de acesso à educação, de participação na vida cultural do país e de acesso aos processos científicos e suas aplicações. Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais Os direitos sociais previstos na Legislação brasileira contemplam todo o rol de direitos que deverão ser garantidos ao cidadão brasileiro, de forma que haja efetivamente a concretude da dignidade da pessoa humana. Porém, nesses quase 30 anos de vigência da Constituição Federal, ainda não temos esses direitos concretizados para uma boa parte da população, que não tem acesso à saúde, educação, assistência social, cultura, esportes, entre outros elementos essenciais para a boa qualidade de vida. Assim, ainda não se pode garantir esse mínimo a todos os cidadãos e muitos ainda padecem de falta de meios básicos para que sua dignidade seja respeitada. A garantia efetiva dos Direitos Sociais Qual das alternativas corresponde às prestações positivas proporcionadas pelo Estado, direta ou indiretamente, e que se ligam ao direito de igualdade? a) Direito Econômico. b) Direito Social. c) Direito do Consumidor. d) Direito de Liberdade. e) Direito de Participação. Interatividade Primeira Geração – são as garantias individuais e os direitos políticos clássicos (liberdades públicas). Segunda Geração – são os direitos econômicos, sociais e culturais, surgidos no início do século XX com a aprovação do Pacto Social. São os direitos relacionados com a proteção ao trabalhador e à subsistência de todos os seres humanos na doença, na velhice, na aposentadoria e na assistência social. Terceira Geração – são os chamados direitos de solidariedade ou fraternidade, discutidos a partir da segunda metade do século XX, e que incluem o direito a um meio ambiente equilibrado, à saudável qualidade de vida, direito à paz, entre outros. As gerações ou dimensões dos Direitos Direitos humanos podem ser definidos como o conjunto de direitos e garantias que têm por objetivo fundamental o respeito à dignidade humana e a proteção desta contra qualquer tipo de arbítrio do Estado ou de qualquer outro agente, bem como a definição de um rol de condições essenciais para a vida plena de cada ser humano. O Pacto Internacional dos Direitos Humanos estabelece as obrigações dos governos de agirem de determinadas maneiras ou de se absterem de certos atos a fim de promover e proteger os direitos humanos e as liberdades de grupos ou indivíduos. Direitos Humanos A expressão direitos humanos tem origem internacional e está associada a todas as declarações de direitos construídas ao longo da história. Em 1948, a ONU publicou sua Declaração Universal, com 30 artigos, que é considerada um “código ético universal na defesa e proteção dos direitos humanos”. Em 1966, a ONU fez aprovar dois Pactos Internacionais, um de Direitos Civis e Políticos, chamado de Pacto Civil, e outro de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, chamado de Pacto Social. Assim, todos os países membros da ONU passaram a acrescentar às suas legislações a obrigatoriedade de cumprir integralmente todos os dispositivos neles contidos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos Os direitos humanos são fundados sobre o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa. Os direitos humanos são universais, o que quer dizer que são aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas. Os direitos humanos são inalienáveis e ninguém pode ser privado de seus direitos humanos. Porém, eles podem ser limitados em situações específicas. Os direitos humanos são indivisíveis, inter-relacionados e interdependentes, já que é insuficiente respeitar alguns direitos humanos e outros não. Todos os direitos humanos devem, portanto, ser vistos como de igual importância. Características fundamentais dos Direitos Humanos Os direitos fundamentais são históricos, inalienáveis, imprescritíveis e irrenunciáveis. Históricos: são criados em um contexto histórico. Inalienáveis: não podem ser negociados nem vendidos. Imprescritíveis: não perdem a validade, você pode reivindicá-los a qualquer tempo. Irrenunciáveis: não podemos renunciá-los de forma alguma. Características fundamentais dos Direitos Humanos Igualdade, cidadania, pluralismo, dignidade da pessoa humana. Construir uma sociedade mais livre, justa e solidária. Garantir o desenvolvimento nacional. Erradicar a pobreza e a marginalizaçãoe reduzir as desigualdades sociais e regionais. Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Direitos Humanos na CF/88 Direitos fundamentais Possuem natureza declaratória, cujo objetivo consiste em reconhecer, no plano jurídico, a existência de uma prerrogativa fundamental do cidadão. Garantias fundamentais Possuem conteúdo assecuratório, cujo propósito consiste em fornecer mecanismos ou instrumentos, para a proteção, reparação ou reingresso em eventual Direito Fundamental violado. Direitos fundamentais e garantias fundamentais A CDHM foi criada em 1995, na esteira do processo de redemocratização do país, iniciado em 1985, quando as instituições passaram a ser mais permeáveis e sensíveis aos direitos humanos. É uma das 21 comissões permanentes da Câmara dos Deputados, onde atua como órgão técnico, constituído por 18 deputados membros e igual número de suplentes, apoiada por um grupo de assessores e servidores administrativos. O principal objetivo da CDH é contribuir para a afirmação dos direitos humanos. Parte do princípio de que toda a pessoa humana possui direitos básicos e inalienáveis, que devem ser protegidos pelos Estados e por toda a comunidade internacional. A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) A educação em direitos humanos é uma parte integral do direito à educação e está ganhando cada vez mais reconhecimento como um direito humano em si. O conhecimento sobre os direitos e liberdades é considerado uma ferramenta fundamental para garantir respeito pelos direitos de todos. A educação deve envolver valores como paz, não discriminação, igualdade, justiça, não violência, tolerância e respeito pela dignidade humana. A educação de qualidade, baseada na abordagem dos direitos humanos, significa que os direitos são implementados ao longo de todo o sistema de ensino e em todos os ambientes educacionais. A educação em direitos humanos A liberdade, o respeito pelos direitos humanos e o princípio da organização de eleições honestas e periódicas são valores que constituem elementos essenciais da democracia. A ligação entre democracia e direitos humanos é claramente definida no artigo 21º (3) da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos; e deve exprimir-se através de eleições honestas, a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto”. Democracia e Direitos Humanos Qual das alternativas corresponde aos chamados direitos de solidariedade ou fraternidade, discutidos a partir da segunda metade do século XX? a) Direitos de Primeira Geração. b) Direitos de Segunda Geração. c) Direitos de Terceira Geração. d) Direitos de Quarta Geração. e) Direitos de Quinta Geração. Interatividade ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar