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Leitura Ricardo

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CAPÍTULO 1: SOBRE O VALOR:
Seção 1: O valor de uma mercadoria ou a quantidade de qualquer outra pela qual pode ser trocada depende da quantidade relativa de trabalho necessário para a sua produção, e não da maior ou menor remuneração que é paga por esse trabalho.
- A utilidade não é nada sem o valor de troca. A utilidade não é a medida do valor de troca. A água pode ser útil, mas não possuir valor de troca. As coisas precisam ter valor de troca e alguma utilidade. Possuindo utilidade, o valor de troca vem de duas fontes: da escassez e da quantidade de trabalho necessária para obtê-las. 
- Os produtos escassos são somente uma parcela muito pequena dos produtos em geral. A maior parte deles pode ser reproduzida pelo trabalho humano.
- “A proporção entre as quantidades de trabalho necessárias para adquirir diferentes objetos parece ser a única circunstância capaz de oferecer alguma regra para trocá-los uns pelos outros”. Ou seja, a quantidade comparativa de mercadorias que o trabalho produzirá é que determina o valor relativo delas e não as quantidades comparativas de mercadorias que são entregues ao trabalhador em troca do seu trabalho.
- Introduz o conceito de salario real, indo na contramão de Adam Smith e Malthus. Ricardo difere de Adam Smith, pois acredita que “o valor de uma coisa depende do poder de compra de outros bens que a posse desse objeto confere”.
Seção 2: Trabalhos de diferentes qualidades são remunerados de forma diferente, portanto isso não define a variação no valor relativo das mercadorias (o título já resume o capítulo).
Seção 3: Não só o trabalho aplicado diretamente às mercadorias afeta o seu valor, mas também o trabalho gasto em implementos, ferramentas e edifícios que contribuem para a sua execução.
- A quantidade de trabalho empregada em cada uma das ferramentas necessárias para o produto final também entra no cálculo do valor desse produto.
- A redução na utilização de trabalho sempre reduz o valor relativo de uma mercadoria, assim como o trabalho necessário para a formação de capital que contribui para a sua produção.
- Se com a mesma quantidade de trabalho, se obtêm menor quantidade de um produto em relação ao outro, esse passará a custar mais do que o de maior produção.
- Um aumento nos salários não acarreta em uma alteração nos preços relativos dos produtos.
Seção 4: O princípio de que a quantidade de trabalho empregada na produção de mercadorias regula seu valor relativo é consideravelmente modificado pelo emprego de maquinaria e de outros capitais fixos e duráveis.
- A diferença entre o grau de durabilidade do capital fixo e as variações nas proporções em que se podem combinar os dois tipos de capital (circulante e fixo), além do trabalho em si, são a causa do aumento ou redução do valor do trabalho.
- Dependendo da rapidez com que pereça e a frequência com que precise ser reproduzido, o capital é classificado como circulante ou fixo. Máquinas e edificações podem ser consideradas como capital fixo, ao passo que os salários podem ser circulantes. 
- Dependendo da atividade, com a mesma quantidade de capital, podem ocorrer diferentes formas de uso.
- Investindo-se em capital fixo temos o seguinte fato: a mesma quantidade de trabalho será usada na atividade com e sem maquinário, porém a que utilizar o maquinário conseguirá produzir mais do que a atividade sem.
- Não pode haver um aumento no valor do trabalho sem uma diminuição de lucros.
- O salário do trabalhador costuma ser invariável. 
- O grau de variação no valor relativo dos produtos, como resultado de um encarecimento ou barateamento do trabalho dependerá da proporção em que o capital fixo participa do capital total.
- Todo melhoramento técnico que ajude a se produzir mais facilmente, altera o valor da mercadoria. Quanto maior a quantidade de capital fixo empregado, maior a redução no valor de troca do produto. Mas Ricardo não da muita atenção a esse fato em sua obra.
Seção 5: O princípio de que o valor não varia com o aumento ou a queda dos salários é modificado também pela desigual durabilidade do capital e pela desigual rapidez de seu retorno ao aplicador.
- Quanto menos durável for o capital fixo, mais ele se aproximará do capital circulante.
- Um aumento de salários tem o poder de transferir a queda nos lucros para o preço final dos produtos, ao passo que com as máquinas esse fato não ocorre. Difere do pensamento de Adam Smith que considera que em qualquer situação, o aumento no preço do trabalho é acompanhado de um aumento no preço de todos os produtos.
- O fabricante que possuísse máquinas num período de aumento de salários gozaria de grande vantagem, visto que o preço de seus produtos não encareceria.
Seção 6: Sobre uma medida invariável do valor.
- Nenhum produto, ouro, por exemplo, consegue ser uma medida exata do valor, pois o seu valor também é variável. Mas Ricardo toma seu valor como invariável para facilitar a compreensão.
Seção 7: Diferentes efeitos da alteração no valor do dinheiro, meio permanente da expressão do PREÇO, ou da alteração no valor das mercadorias que o dinheiro compra.
- É de acordo com a distribuição da produção total de uma fazenda entre as três classes-proprietários de terra, capitalistas e trabalhadores- que devemos julgar se houve um aumento ou diminuição da renda, do lucro e dos salários.
- Se com um capital de determinado valor, ele pode, pela economia de trabalho, duplicar a quantidade de produto, e se o preço deste cai à metade do anterior, o capital participará no produto na mesma proporção de antes e, consequentemente, a taxa de lucro permanecerá a mesma.
CAPÍTULO 2: SOBRE A RENDA DA TERRA:
- Remuneração da terra: renda da terra é a remuneração paga ao proprietário da terra pelo seu uso. Direito de cultivá-la. Compensação paga ao seu proprietário pela utilização das forças originais e indestrutíveis da terra. 
- Em um país dotado de terras férteis em que somente uma parte delas esteja sendo usada, ninguém pagaria para se cultivar, visto que não está em quantidade limitada.
- A cada avanço do crescimento da população, que obrigará o país a recorrer à terra de pior qualidade para aumentar a oferta de alimentos, aumentará a renda de todas as terras mais férteis. Retornos decrescentes. O valor de troca dos produtos agrícolas passa a ser daqueles de terras menos férteis (é necessário mais trabalho para se cultivar nelas).
- A razão pela qual há um aumento no valor comparativo dos produtos agrícolas é o emprego de mais trabalho para produzir a ultima porção obtida e não o pagamento de renda ao proprietário da terra. 
- Quando a terra é muito fértil, ela não gera renda. Somente quando se começam a usar terras menos férteis é que surge a renda da terra.
- Entretanto, a riqueza é maior nos lugares em que o progresso da renda ocorre de forma mais lenta.
- Ricardo diz que Adam Smith erra ao falar que o valor de troca das mercadorias não pode ser alterado pela produção da terra e pelo pagamento da renda.
- Se por algum motivo as pessoas deixassem de demandar o tanto que estavam demandando antes, obviamente o preço dos produtos agrícolas diminuiriam, pois as terras menos férteis poderiam deixar de ser cultivadas.
- Os melhoramentos na agricultura podem ocorrer de duas formas diferentes: podem aumentar a capacidade produtiva da terra, ou melhorar a maquinaria para que se produza com menos trabalho. Ambos diminuem os preços das mercadorias e ambos afetam a renda, porém de formas diferentes. O primeiro caso pode proporcionar uma mesma produção em um pedaço menor de terra graças à sua melhor rotação, melhores fertilizantes... (com o aumento da produção sem um aumento na demanda, posso usar menos terras, reduzindo a renda da terra). Já o segundo modo não altera a eficácia da terra, mas a rapidez da produção das pessoas. De qualquer forma, os dois casos mostram que a diferença entre o capital produtivo e o capital menos produtivo seria menor, portanto a renda da terra também seria menor. Ou seja, qualquer fato que diminua as desigualdadesdos processos produtivos, diminui a renda da terra.
CAPÍTULO 3: SOBRE A RENDA DAS MINAS:
- Ocorre o mesmo que caso da terra: as minas menos férteis precisam de mais trabalho e, consequentemente, a renda das minas será determinada justamente por elas.
CAPÍTULO 4: SOBRE O PREÇO NATURAL E O DE MERCADO:
- O preço de mercado é aquele realmente pago pela interação do natural com a oferta e demanda.
- Quando se fala de trabalho sendo o fundamento dos preços das mercadorias e da quantidade comparativa de trabalho sendo as proporções em que os produtos são trocados, não se deve supor que não existam variações nos preços dos produtos de mercado em relação aos seus preços naturais.
- As variações de capital determinam os lucros, o que estimula o capital a sair ou entrar na atividade que se verificou. As pessoas não ficariam satisfeitas enquanto na estivessem aplicando seu capital na atividade mais lucrativa. Os banqueiros também empregam seu capital pensando dessa forma. Entra a ideia de capital circulante.
- Ao buscar um emprego lucrativo para seus recursos, um capitalista considerará naturalmente todas as vantagens que uma atividade oferece em relação à outra, sendo que ele pode sacrificar parte do seu lucro para ter mais segurança.
- Portanto, é desejo de todo capitalista transferir seus fundos de uma atividade menos lucrativa para uma mais lucrativa, o que impede o preço das mercadorias de permanecer por algum tempo muito acima ou muito abaixo do preço natural. O preço de mercado pode ser afetado por alguma moda ou necessidade momentânea, mas sempre acaba retornando ao preço natural.
CAPÍTULO 5: SOBRE OS SALÁRIOS:
- O trabalho também possui seu valor natural e seu valor de mercado. O valor natural seria o necessário à subsistência do trabalhador e perpetue sua descendência.
- O preço natural depende do preço das mercadorias, de forma que se os alimentos aumentem de preço, o valor natural do trabalho também deve aumentar. Em sociedades mais desenvolvidas, o preço natural do trabalho tende a crescer ao passo em que os aperfeiçoamentos tecnológicos tendem a diminuir esse preço natural do trabalho.
- O preço natural das mercadorias (tirando o trabalho e produtos agrícolas) tende a diminuir com o aumento da riqueza da sociedade.
- Quando o preço do trabalho de mercado excede o preço natural, o trabalhador é próspero e feliz. Do contrário, os trabalhadores se tornam miseráveis. Num país em desenvolvimento é normal que o preço do trabalho de mercado se mantenha acima do natural até um próximo período.
- O capital é a parte da riqueza de um país aplicada na produção, sendo que ele pode aumentar em quantidade ao mesmo tempo em que aumenta em valor. Ele também pode aumentar, mesmo que seu valor esteja diminuindo. No primeiro caso, o preço natural do trabalho depende do valor dos bens de primeira necessidade, no segundo, permanecerá estacionário ou cairá, mas em ambos os casos, a taxa de mercado do salário aumentará, pois a demanda de trabalho aumentará na mesma proporção em que aumentar o capital.
- Assim, pois, na medida em que a sociedade progride e que aumenta o seu capital, os salários de mercado do trabalho subirão, mas a permanência dessa elevação dependerá de que o preço natural do trabalho também aumente. E isso dependerá de uma elevação do preço natural dos bens de primeira necessidade em que se gastam os salários.
- Os salários dos trabalhadores variam por dois motivos: oferta e demanda de trabalho; valor dos bens de primeira necessidade. Em diferentes fases da sociedade, a acumulação de capital ou dos meios de empregar trabalho é mais ou menos rápida, dependendo em todos os casos da capacidade produtiva do trabalho. Essa capacidade produtiva é geralmente maior quando a terra fértil é abundante.
- Se num país há terras muito férteis, mas a população é miserável, a culpa é do governo e o remédio seria elevar o padrão de vida de todas as classes sociais. Já no caso da população crescer mais do que os recursos, qualquer esforço produtivo agrava o mal, sendo assim os únicos remédios são a diminuição da população ou a acumulação de capital mais rápida (teoria malthusiana).
- Em sociedades onde ocorre o crescimento da população, o valor do trabalho tende a diminuir, visto que a oferta de trabalho será muito maior. Além disso, os preços dos produtos de primeira ordem iriam subir, fazendo com que o salário aumentasse, mas não a ponto de manter a mesma qualidade de vida anterior.
- Observa-se, pois, que a mesma causa que eleva a renda afeta os salários: a crescente dificuldade de prover uma quantidade adicional de alimentos com a mesma quantidade proporcional de trabalho, também elevará os salários. Contudo, há uma diferença entre salário e renda: o aumento da renda e acompanhado por uma parcela maior de produto. Já o trabalhador, mesmo recebendo um salário nominal maior, não será capaz de adquirir a mesma quantidade de produtos que antes. Portanto a situação do trabalhador piora, enquanto a do proprietário tende sempre a melhorar.
- Dizer que as mercadorias aumentam de preço equivale a dizer que o dinheiro perde valor relativo, pois é por intermédio das mercadorias que se estima o valor relativo do ouro.
- Vemos que o aumento de salários não elevará os preços das mercadorias, seja o metal com o qual se faz o dinheiro produzido no país, seja fora dele. O preço de todas as mercadorias não pode subir ao mesmo tempo sem que haja um acréscimo na quantidade de dinheiro dentro do país.
- Ricardo fala da “lei dos pobres” (lei assistencialista e de bem estar social) que teoricamente está em desacordo com tudo que ele e Malthus falam, visto que elas não melhoram as condições de vida dos pobres, mas pioram tanto a qualidade de vida dos ricos quanto dos pobres. Ricardo afirma que é necessário ensinar aos pobres a não viver de caridade, mas leva-los a aprender a ganhar dinheiro por conta própria, mas, para isso, deve haver interesse do poder legislativo, o que não ocorre. (Paralelo: como se fosse contra o “bolsa família” e fosse a favor de “ensinar o pobre a pescar”).
CAPÍTULO 6: SOBRE OS LUCROS:
- Tendo mostrado que os lucros do capital, em diferentes atividades, são proporcionais entre si e tendem a variar no mesmo grau e no mesmo sentido, resta considerar qual a causa das permanentes variações na taxa de lucro e as resultantes variações permanentes na taxa de juros.
- Se os salários não variassem, não haveria variação no lucro dos fabricantes.
- O valor total das mercadorias é dividido entre lucros do capital e salários dos empregados.
- A quantidade remanescente do produto da terra, após o pagamento ao proprietário e ao trabalhador, pertence necessariamente ao arrendatário, constituindo os lucros de seu capital.
- Um aumento no preço do trigo, eleva os salários dos trabalhadores e diminui o lucro dos arrendatários.
- Em qualquer caso, pois, tanto os lucros dos arrendatários como os dos industriais serão reduzidos por uma elevação no preço dos produtos agrícolas, se esta for seguida de um aumento de salários.
- Portanto, embora o arrendatário não pague nenhuma parte da renda do proprietário, que é sempre regulada pelo preço do produto e sempre recai sobre os consumidores, ele tem sempre grande interesse em manter baixa a renda, ou melhor, em manter baixo o preço natural do produto. Como consumidor de produtos agrícolas e consumidor dos produtos nos quais estes entram como matéria-prima, ele estará interessado, assim como todos os demais consumidores, em manter baixos os preços.
- São poucos os produtos que não tem seus preços afetados por uma variação no valor dos produtos agrícolas. E necessariamente os salários variam no mesmo sentido da variação do preço dos produtos.
- Os salários dos trabalhadores variam na direção oposta à variação do lucro. Sendo que apenas uma variação nos produtos que são de fato consumidos pelo trabalhador que alteram seu salário.
- É pela desigualdade de lucros que o capital se movimenta de uma atividade para outra.
- O preço de mercado pode ser maiorou menor que o preço natural, mas isso faz parte de um estado temporário.
- Os preços sempre variam no mercado devido à situação relativa da oferta e demanda.
- No caso do trigo, se for realmente necessário que se ocupem cada vez mais terras inférteis, seu preço de mercado nunca voltará para um estágio anterior, pois o preço natural está ficando mais alto.
- A tendência seria que os lucros sempre diminuíssem, principalmente com um aumento da população, mas o desenvolvimento tecnológico acaba contendo essa tendência.
- Assim como o trabalhador não pode viver sem salário, o arrendatário e o industrial não podem viver sem lucro, pois a motivação para a acumulação diminuiria a cada redução no lucro, e cessaria quando os lucros fossem tão baixos que não compensassem os esforços do arrendatário e do industrial, nem o risco que devessem enfrentar no emprego produtivo de seu capital.
- Não pode haver acumulação de capital se este não proporcionar nenhum lucro.
- Os únicos reais ganhadores de um aumento de preço dos produtos agrícolas são os proprietários de terra, pois eles receberiam maior renda e ainda uma parte maior da produção.
- Portanto, chegamos novamente à mesma conclusão que já havíamos antes tentado estabelecer: — que em todos os países e em todas as épocas, os lucros dependem da quantidade de trabalho exigida para prover os trabalhadores com gêneros de primeira necessidade, naquela terra ou com aquele capital que não proporciona renda. Os efeitos da acumulação, portanto, serão diferentes em países diferentes, e dependerão basicamente da fertilidade da terra. Por mais extenso que seja um país, se suas terras forem de baixa fertilidade e se a importação de alimentos for proibida, a menor acumulação de capital será acompanhada de grandes reduções na taxa de lucros e de um rápido aumento da renda. Inversamente, num país pequeno, porém fértil, especialmente se a importação de alimentos for livre, poderá ser acumulado um grande estoque de capital sem nenhuma redução elevada da taxa de lucros nem grande aumento da renda da terra.
- Assim, pois, tentei demonstrar, inicialmente, que um aumento salarial não elevaria os preços das mercadorias, mas invariavelmente reduziria os lucros; e, em seguida, que, se os preços de todas as mercadorias pudessem aumentar, o efeito sobre os lucros ainda seria o mesmo, e, de fato, somente teria seu valor reduzido o meio pelo qual preços e lucros são avaliados.

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