Buscar

Fichamento Principios de David Ricardo Cap1-7

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Capítulo 1: Sobre o Valor
Seção 1:
“O valor de uma mercadoria, ou a quantidade de qualquer outra pela qual pode ser trocada, depende da quantidade relativa de trabalho necessário para sua produção, e não da maior ou menor remuneração que é paga por esse trabalho”
	De primeira, Ricardo apresenta a sua noção de valor de uma mercadoria, que segundo ele depende da quantidade trabalho contido para a produção, excluindo a remuneração paga. Seguindo, Ricardo critica a proposta de valor de Adam Smith em “A Riqueza das Nações” propondo que pouco importa a utilidade de certa mercadoria para determinar o valor e seriam consideradas apenas a escassez e a quantidade de trabalho contido em determinada mercadoria. Ricardo descarta a utilidade, pois acredita que toda mercadoria já carrega a utilidade com si, caso contrário seria algo inútil.
	Ricardo acrescenta a existência de mercadorias que não dependem do trabalho para terem seu valor definido, apenas a escassez. Essas mercadorias representam uma pequena porcentagem daquelas que são comercializadas no mercados, entre elas o autor exemplifica: estatuas e quadros famosos, livros e moedas raras, vinhos de qualidade peculiar de uvas limitadas. O valor desse tipo de mercadoria oscila de acordo com o desejo dos consumidores dessas mercadorias de consumi-las e a modificação da riqueza.
	Ricardo continua criticando Smith a respeito da mercadoria escolhida para servir de modelo para as flutuações do mercado, que na opinião de Smith seria o trigo ou o trabalho em si. O economista britânico acredita que essa mercadoria modelo seria o ouro e a prata, pois, segundo o próprio, são materiais raros e de duração curta, embora intensos. Ricardo descarta o trigo como mercadoria modelo porque ele acredita que seu preço está em constante instabilidade, devido proibições de importações (Corn Laws), a oferta e a demanda, evolução agrícola etc.
Seção 2
“Trabalhos de diferentes qualidades são remunerados diferentemente. Isso não é causa de variação no valor relativo das mercadorias”
	Nessa seção, Ricardo destaca as diferentes remunerações para diferentes tipos de trabalho e os requisitos que propõem essas diferenças, segundo Ricardo, os requisitos seriam a habilidade e a intensidade de um trabalho realizado. Mas a situação é diferente quando se trata da mesma mercadoria em diferentes períodos, pois a habilidade e a intensidade operam igualmente em ambos os períodos e qualquer impacto que seja causado em determinado período, causará um efeito proporcional no preço relativo de determinada mercadoria.
	Ricardo busca nos mostrar o efeito em relação ao valor relativo, que é comparação do valor absoluto de dois bens, e excluindo o valor absoluto, que é a quantidade de moeda para a aquisição de um bem. Portanto, Ricardo afirma que a variação da desigualdade entre gerações para obter a destreza em determinado tipo de trabalho é muito pequena e irá afetar pouco, e a curto prazo, o valor relativo de determinada mercadoria.
Seção 3:
“Não só o trabalho aplicado diretamente às mercadorias afeta o seu valor, mas também o trabalho gasto em implementos, ferramentas e edifícios que contribuem para sua execução”
	Nessa seção, Ricardo valoriza os utensílios os quais são utilizados para realização do trabalho. Ele retoma o exemplo da Tribo de Caçadores de Smith citado em “A Riqueza das Nações” que vendem carne de castor e cervo. Ele afirma que dentro da valorização do tempo de caça desses animais se encaixa a produção da arma a qual foi utilizada para abater os animais. Para Ricardo, o valor desses animais sofre interferência dos graus de durabilidade e dificuldade os quais são exigidos para serem abatidos
	Nessa parte Ricardo novamente passa a afirmar que o trabalho contido seria uma hipótese melhor que o trabalho comandado smithiano. O trabalho contido se baseia na facilidade ou dificuldade de produção, enquanto o trabalho comandando se baseia no poder de compra de trabalho.
Seção 4:
“O princípio de que a quantidade de trabalho empregada na produção de mercadorias regula seu valor relativo é consideravelmente modificado pelo emprego de maquinaria e de outros capitais fixos e duráveis”
	Nessa seção Ricardo irá abordar o impacto dos maquinários no valor das mercadorias, sendo que dependendo da atividade pode exigir diferentes quantidades de trabalho e graus de durabilidade para sua produção. 
Ademais, Ricardo apresenta o aumento ou redução do valor do trabalho que é promovido pelas variações nos graus de durabilidade do capital fixo, ativo estável que são consumidos durante a produção, e o capital de giro ou circulante, que é utilizado na manutenção do trabalho por meio de investimentos em maquinas, edifícios etc. Segundo Ricardo os alimentos, roupas, edifício e instrumentos que o trabalhador consome, trabalha e manuseia são bens perecíveis, ou seja, estão sujeitos a se deterioração, portanto há uma grande diferença no tempo de duração desses dois capitais.
Caso haja aumento de salários, se as taxas de capital fixo se tornarem dominantes em uma empresa, o valor das mercadorias a qual a empresa produz será menor quando comparada em empresas que o capital circulante é predominante.
Seção 5:
“O princípio de que o valor não varia com o aumento ou com a queda de salários é modificado também pela desigual durabilidade do capital e pela desigual rapidez de seu retorno ao aplicador”	
	Nessa seção Ricardo propõe que as proporções de capital fixo e capital circulante sejam iguais, porém com a durabilidade desigual e afirma que quanto menor os níveis de durabilidade do capital fixo, mais ele se aproxima do conceito de capital circulante, que é o consumo em curto prazo, como consequência uma menor parcela de valor será passada para a produção realizada. Isso ocorre pois caso o capital fixo tenha taxas de durabilidade baixas, irá ser exigido maiores quantidades de trabalho para compensar a baixa durabilidade.
	 Porém essa seção se baseia em uma das tentativas de Ricardo de explicar uma relação entre valor e preço a qual ele não consegue realizar.
Seção 6: Sobre uma medida invariável do valor
	Nessa seção Ricardo explica que é impossível a existência de uma mercadoria que sirva de padrão para a determinação do valor, pois esta sempre sujeita as variações do mercado como quedas de salários, diferentes proporções do capital fixo. A fim de facilitar a compreensão Ricardo adota o ouro novamente como medida exata do valor, embora impossível pois seu valor é variável como de todas as outras mercadorias, para que seja uma medida exata o ouro deveria ser produzido com as mesmas combinações de capital fixo e capital circulante, com o capital fixo da mesma durabilidade e o mesmo tempo de produção de todas as mercadorias do mercado
Seção 7
“Diferentes efeitos da alteração no valor do dinheiro, meio permanente de expressão do PREÇO, ou da alteração no valor das mercadorias que o dinheiro compra”
	Ricardo afirma nessa seção que é de acordo com a distribuição da produção total de uma fazenda entre as três classes proprietários de terra, capitalistas e trabalhadores que devemos julgar s e houve um aumento ou diminuição da renda, do lucro e dos salários. Ademais se com um capital de determinado valor, ele pode, pela economia de trabalho, duplicar a quantidade de produto, e se o preço deste cai à metade do anterior, o capital participará no produto na mesma proporção de antes e, consequentemente, a taxa de lucro permanecerá a mesma. 
Capítulo 2: Sobre a Renda da Terra e Capítulo 3: Sobre a Renda das Minas 
	O objetivo de Ricardo nesse capítulo é mostrar se a apropriação de terras e criação das rendas geram algum impacto no valor das mercadorias independentemente da quantidade de trabalho contido aplicada na produção de tal mercadoria. Nessas próximas páginas que o autor irá introduzir sua Teoria da Renda Diferencial da Terra. Ricardo define renda como uma “porção do produto da terra paga ao seu proprietário pelo uso das forças originais e indestrutíveis do solo”,e pede atenção para não confundir o conceito com lucro do capital e juros.
	Nessa teoria, Ricardo propõe as terras são desiguais, em virtude da fertilidade natural e a distância desigual dessas terras para o mercado. Seguindo a linha de raciocínio ricardiana, ele afirma que o aumento dos lotes de terra é inversamente proporcional a produtividade, tudo isso devido à grande oferta de terra causada pela escassez.
	Essa teoria se baseia na qualidade das terras para a produção de produtos de origem agrícola. Uma vez que a quantidade de trabalho nas terras de pior qualidade em uma agricultura capitalista determina o valor dos produtos agrícolas, os preços de consumo e a taxa de lucro de todas as atividades econômicas da sociedade. Portanto nas terras de pior qualidade o valor das mercadorias serão mais caros por exigir maiores quantidades de trabalho contido comparado as terrar de melhor qualidade, porém mesmo assim os produtos de todas as terras terão o mesmo preço, pois a diferença de produtividade entre as terras é de propriedade do dona da terra.
	Ricardo conclui que o aumento do valor dos produtos não está relacionado a renda, mas sim a quantidade de trabalha contido para produzir a última porção de determinado produto.	
	Embora originados da natureza, os metais são obtidos por meio do trabalho, uma vez que exigem a ação humana para serem extraídos. Assim como a Renda das Terras, a Renda das Minas é apenas o efeito e não a causa da variação dos valores das mercadorias. Portanto, o mesmo pensamento da Teoria da Renda da Terra se encaixa para as minas
Capítulo 4: Sobre o Preço Natural e o de Mercado e Capítulo 5: Sobre os Salários 
Nessa etapa da obra Ricardo cria um debate acerca dos preços e como eles podem sofrer variações, sejam elas acidentais ou temporárias afirmando que independentemente dos desejos humanos perante tal mercadoria, ela irá sofrer variações. Ricardo afirma que junto com as variações dos preços há variações nos lucros, o que leva as múltiplas aplicações de capital em negócios mais vantajosos e como consequência a estabilidade na taxa de lucro chegando a um ponto de equilíbrio econômico.
	Para Ricardo, o preço natural do trabalho “é aquele necessário para permitir que os trabalhadores subsistam e perpetuem sua descendência, sem aumento e diminuição”, o autor conclui que o preço natural está relacionado com o preço dos alimentos, gêneros de primeira necessidade e as comodidades exigidas para sustentar a família do trabalhador. Para finalizar preço natural é diretamente proporcional ao aumento dos preços de alimentos e dos gêneros de primeira necessidade, e o preço natural é inversamente proporcional as comodidades exigidas pela classe trabalhadora.
	Ricardo afirma que o preço natural tende a aumentar devido o avanço e desenvolvimento da sociedade em áreas como a agricultura e o comércio e como consequência a dificuldade de produção de mercadorias reguladoras do preço natural irá aumentar, junto com o preço natural.
	Para Ricardo, preço de mercado do trabalho “é aquele realmente pago por este, como resultado da interação natural das proporções de oferta e demanda. O trabalho é caro quando escasso, e barato quando abundante”. A tendencia do preço de marcado é se igualar com o preço natural porém há situações que isso não ocorre. Quando o Pm > Pn a situação do trabalhador é de prosperidade, tem capacidade de consumir os bens de primeira necessidade e sustentar sua família, em virtude dos altos salários irá ocorrer o aumento populacional de trabalhadores até que os salários se reduzam ao preço natural. Caso contrário, quando Pm < Pn os trabalhadores entram em estado de miséria, pois não tem a capacidade de ter o conforto e poder de consumo necessário para sustentar sua família e como consequência dos baixos salários, a população trabalhadora diminui, a situação só ira se estabilizar quando Pm = Pn com o aumento da demanda do trabalho.
	Ricardo conclui que os salários aumentam ou diminuem devido duas ocasiões, a primeira delas é a variação na oferta e a demanda de trabalhadores e a segunda é a variação no preço das mercadorias nas quais os salários são gastos.
Capítulo 6: Sobre os Lucros
	Ricardo nesse capítulo passa a analisar os lucros decorrentes do investimento de capital. O autor diz que caso mercadorias manufaturadas e o trigo tivessem seus preços tabelados, o lucro iria variar conforme os baixos ou altos salários, e ele irá diminuir caso o preço haja aumento do trigo e das mercadorias e no salário. Como consequência o lucro interfere no preço natural.
Ricardo sugeriu que a taxa de lucro sobre a terra marginal (onde a renda é zero) domina a taxa de lucro na economia total. Se a taxa de lucro for maior na indústria do que na renda da terra marginal, o capital fluirá da agricultura para a indústria, e uma terra de melhor qualidade se tornará a nova terra marginal. Se a agricultura for mais lucrativa do que a indústria, o capital migrará em direção à agricultura, e a próxima terra de tipo inferior se tornará a terra marginal cultivada.
Capítulo 7: Sobre o Comércio Exterior
Ricardo nesse capítulo busca entender o comercio exterior, por isso apresenta a Teoria das Vantagens Comparativas essa teoria se baseia na especialização na produção de determinados produtos os quais seriam vantajosos para determinada nação. O autor exemplifica a relação entre Portugal e Inglaterra a respeito do comercio de vinhos e tecidos, uma vez que para ter uma relação mais harmônica e de melhor qualidade entre os dois países, os produtores portugueses iriam se especializar na produção de vinhos e os produtores ingleses iriam se especializar na produção de tecidos devido as vantagens que cada território tinha para produzir esses produtos.
	Para que haja uma execução harmônica perante a Teoria das Vantagens Comparativas deve ser cumpridos os indicadores necessários para a transferência de mão de obra para produzir uma mercadoria A para a mercadoria B, esse indicador se trata da especialização e produtividade.

Continue navegando