EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE NITERÓI
                PEDRO, Engenheiro, Nacionalidade, Estado Civil, inscrito no CPF nº, residente e domiciliado no endereço... em Niterói, Rio de Janeiro, vem por seu advogado regularmente constituído, (endereço completo), conforme Procuração com poderes específicos em anexo, Apresentar:
QUEIXA-CRIME
Com fundamento nos art. 41 e 44 do Código de Processo Penal e Art. 100, §2º Código Penal, Contra Helena, Nacionalidade, Profissão, Estado Civil, inscrita no CPF nº, residente e domiciliada no endereço..., na Praia de Icaraí, em Niterói, pelas razões a seguir expostas.
I - DOS FATOS
                No dia 19/04/2016, sábado aniversário de Pedro, o mesmo, resolveu dar uma festa para comemorar. Enviando convites para todos os seus contatos referentes à comemoração através de seu perfil na rede social.
                No entanto, Helena, ora querelada, sua ex-namorada, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada aos contatos do querelante, postou uma mensagem no perfil pessoal de querelante, diversas ofensas à seguir transcritas. “Não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha… ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, no horário de expediente que precisou ser socorrido por ambulância do próprio trabalho.” O querelante tomou ciência das ofensas publicadas em seu perfil na mesma data pois estava conectado à rede. Ficou então, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, tentou disfarçar o constrangimento, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada.
                No dia seguinte o querelante procurou a delegacia de polícia especializada na repressão de crimes de informática e informou o ocorrido.
II - DOS FUNDAMENTOS
                Diante dos fatos acima narrados houve claramente a conduta típica descrita no art. 139 e 140 do CP. De Injúria e Difamação, em concurso formal com art. 70, CP c/c art. 141 CP. Pois, à querelada, com o objetivo de ofender e difamar o querelante, praticou os crimes ofendendo sua reputação imputando-lhe fatos notadamente com tal intuito.
                Em nossa sociedade não é comum homens usar saias, sendo tal fato publicado apenas para expor o querelante ao ridículo frente aos amigos e familiares. Do mesmo modo, publicar que o mesmo trabalha bêbado, além de ser fato grave perante o empregador.
Os fatos publicados pela querelada trazem à público questões de cunho pessoais.
 
 É perfeitamente visível tal tipificação, pois de forma clara, a querelada fez exposição de fatos pessoais em rede social, local acessado por qualquer pessoa com conexão, o fez de propósito de forma totalmente ridícula, sem ao menos se preocupar com a verdade, 
 Vale salientar que é perfeitamente cabível a aplicação do previsto no art. 141, III do CP, caso de incidência da causa do aumento de pena, pois da forma e pelo meio como foi praticado, a conduta da querelada, qual seja, por meio da internet, em rede social, obviamente facilita a divulgação e expõe ao fato publicado uma quantidade significativa de pessoas.
III - DOS PEDIDOS
1 - Citação do acusado (querelado);
2 - Condenação pelas práticas discriminados nos Arts.139, 140, 141, III e 70 do CP 
3 - Audiência de Conciliação;
4 - Oitiva das Testemunhas;
5 - Condenação ao pagamento das despesas;
6 - Fixação, indenização, Art. 387, IV CP.
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Nestes Termos, Pede Deferimento.
Niterói, 18 de Outubro, de 2016
Advogado
OAB/Nº
Rol de Testemunhas: