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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL 2015 LUCRO PRESUMIDO FISCONSULTA TREINAMENTO EMPRESARIAL 2 Distribuição de Lucros no Lucro Presumido x Obrigatoriedade ou não ECD 2015 As empresas optantes pela sistemática de cálculo do Imposto de Renda pelo Lucro Presumido estão obrigadas a apresentar a ECD (Escrituração Contábil Digital) – Exercício 2015 referente ano-calendário 2014, cujo prazo de entrega é até dia 30/06/2015? Nosso entendimento: Regra geral, não. Só existe uma situação prevista em lei que obriga as empresas optantes pelo Lucro Presumido a apresentarem a ECD 2015. Assim determina o inciso II, do artigo 3º, da Instrução Normativa nº 1.420/13: IN RFB nº 1.420/13, art. 3º - Ficam obrigadas a adotar a ECD, nos termos do art. 2º do Decreto nº 6.022, de 2007, em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014: (...) II - as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita; e Da leitura do dispositivo acima, observa-se que a obrigatoriedade de apresentação da ECD pelas empresas optantes pelo Lucro Presumido está associada à distribuição de seus lucros ou dividendos. As empresas optantes pelo Lucro Presumido podem distribuir seus lucros de duas maneiras, conforme disposto no artigo 141, § 2º, I e II da I.N. RFB nº 1.515/2014, a saber: Art. 141. Não estão sujeitos ao imposto sobre a renda os lucros e dividendos pagos ou creditados a sócios, acionistas ou titular de empresa individual, observado o disposto no Capítulo III da Instrução Normativa RFB nº 1.397, de 16 de setembro de 2013. (...) 3 §2º No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, poderá ser distribuído, sem incidência de imposto: I - o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica; II - a parcela de lucros ou dividendos excedentes ao valor determinado no item I, desde que a empresa demonstre, através de escrituração contábil feita com observância da lei comercial, que o lucro efetivo é maior que o determinado segundo as normas para apuração da base de cálculo do imposto pela qual houver optado, ou seja, o lucro presumido ou arbitrado. Vejamos cada uma destas formas de distribuição de lucros ou dividendos, através do seguinte exemplo: Uma empresa, optante pela tributação com base no Lucro Presumido, encerrou o 1º Trimestre de 2014 (01/01/2014 a 31/03/2014) com as seguintes informações: a) Receita de vendas de mercadorias no valor total de R$ 900.000,00 b) Receita de prestação de serviços no valor total de R$ 60.000,00 Considerando que a base de cálculo do imposto foi calculada da seguinte maneira: 4 1ª FORMA de distribuição de lucros (fiscal): Presunção sobre a Receita Bruta De acordo com o inciso I, do § 2º, Art. 141 da IN- RFB nº 1.515/14: IRPJ Valor da Receita Percentual aplicável Base de Cálculo Receita com a Venda de Mercadorias 1.000.000,00 8% R$ 80.000,00 Receita com a Prestação de Serviços 200.000,00 32% R$ 64.000,00 (=) Base de Cálculo do Imposto Trimestral R$ 144.000,00 Imposto devido no Trimestre: Base de Cálculo Alíquota Base de Cálculo IRPJ 144.000,00 15% R$ 21.600,00 Adicional IRPJ 84.000,00 10% R$ 8.400,00 Total IRPJ devido no 1º Trimestre 2014 R$ 30.000,00 CSLL Valor da Receita Percentual aplicável Base de Cálculo Receita com a Venda de Mercadorias 1.000.000,00 12% R$120.000,00 Receita com a Prestação de Serviços 200.000,00 32% R$ 64.000,00 (=) Base de Cálculo do Imposto Trimestral R$ 184.000,00 CSLL devida no Trimestre Base de Cálculo Alíquota Base de Cálculo CSLL 184.000,00 9% R$ 16.560,00 Total CSLL devida no 1º Trimestre 2014 R$ 16.560,00 5 PIS/COFINS (sistema cumulativo) Valor Total das Receitas Percentual aplicável Base de Cálculo PIS 1.200.000,00 0,65% R$ 7.800,00 COFINS 1.200.000,00 3,00% R$ 36.000,00 (=) Base de Cálculo do Imposto Trimestral R$ 43.800,00 Valor (+) Base de Cálculo do IRPJ no Trimestre – Lucro Presumido 144.000,00 (-) IRPJ -30.000,00 (-) CSLL -16.560,00 (-) PIS -7.800,00 (-) COFINS -36.000,00 (=) Valor a ser distribuído com isenção do imposto de Renda na fonte e na Declaração de Rendimentos do beneficiário R$ 53.640,00 Como visto anteriormente, o inciso II do art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.420/2013 obriga a apresentação da ECD para as empresas tributadas pelo lucro presumido que distribuírem lucros em valor superior ao limite fiscal do Lucro Presumido, relativamente aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º.01.2014. No exemplo acima, a empresa pode distribuir lucros no valor de R$ 53.640,00, sem incidência de imposto de renda na fonte e na declaração de rendimentos do beneficiário e, não será obrigada à entrega do SPED Contábil 2015. A Distribuição de Lucros será feita através do Livro- Caixa da empresa desde que escriturado de acordo com o RIR/99- Decreto nº 3.000/99- art. 527, Parágrafo Único. 2ª FORMA de distribuição de lucros (escrituração contábil): Lucro Contábil A base legal para distribuir o Lucro com base no Balanço Contábil é o inciso II, do § 2º, do artigo 141, da I.N. RFB Nº 1515/14. Assim, supondo que a empresa apure um Lucro Contábil de R$ 100.000,00 (após a dedução do IRPJ e CSLL) e a empresa mantenha a escrita regular (Contabilidade conforme as leis comerciais), poderá haver distribuição de todo o lucro contábil (R$ 100.000,00), sem a incidência de imposto. 6 Cabe mencionar que se o lucro líquido apurado contabilmente for inferior ao valor determinado de acordo com a sistemática fiscal pelo Lucro Presumido, anterior, prevalecerá à isenção sobre a distribuição do lucro presumido líquido do imposto e das contribuições devidos. Por outro lado, a parcela dos lucros ou dividendos que ultrapassar o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de TODOS os impostos e contribuições a que estiver sujeita, no exemplo acima, também poderá ser distribuída sem a incidência do imposto, desde que a empresa demonstre, através de escrituração contábil feita com observância da lei comercial (Lei nº 6.404, de 1976), que o lucro efetivo (contábil) é maior que o fiscal (determinado pelo lucro presumido). Portanto, no exemplo acima, se o valor do lucro contábil (após deduzido IRPJ e CSLL) for de R$ 100.000,00 no mesmo período, é possível distribuir todo esse valor com isenção de IR, tanto na fonte como na declaração de rendimentos do beneficiário. Entretanto, o art. 141, § 2º inciso I da I.N. RFB nº 1515/14 dispõe sobre a dedução de “TODOS” os tributos, conforme texto abaixo: I - o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de TODOS os impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica Assim, com base no texto acima cabe uma pergunta: teríamos que deduzir também o ICMS, ISS, IPI, INSS Patronal, imposto de importação, dentre outros impostos e contribuições? Se a resposta for sim, quanto vai sobrar de lucros para ser distribuído aos sócios ou acionistas da empresa? Entretanto, o Ato Declaratório Normativo – COSIT nº 4/96 dispõe o seguinte: “ADN COSIT 4/96 - ADN - Ato Declaratório Normativo COORDENADOR-GERAL DO SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO - COSIT nº 4 de 29.02.1996D.O.U.: 05.03.1996 7 O COORDENADOR-GERAL DO SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147. , inciso III, do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria do Ministro da Fazenda nº 606, de 03 de setembro de 1992, e tendo em vista o disposto no art. 10. da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e no art. 51. da Instrução Normativa nº 11, de 21 de fevereiro de 1996, DECLARA, em caráter normativo, às Superintendências Regionais da Receita Federal, às Delegacias da Receita Federal de Julgamento e aos demais interessados que: I - NO CASO DE PESSOA JURÍDICA SUBMETIDA AO REGIME DE TRIBUTAÇÃO COM BASE NO LUCRO PRESUMIDO OU ARBITRADO, PODERÁ SER DISTRIBUÍDO, A TÍTULO DE LUCROS, SEM INCIDÊNCIA DO IMPOSTO, O VALOR CORRESPONDENTE À DIFERENÇA ENTRE O LUCRO PRESUMIDO OU ARBITRADO E OS VALORES CORRESPONDENTES AO IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA, INCLUSIVE ADICIONAL, QUANDO DEVIDO, À CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO, À CONTRIBUIÇÃO PARA A SEGURIDADE SOCIAL - COFINS E ÀS CONTRIBUIÇÕES PARA OS PROGRAMAS DE INTEGRAÇÃO SOCIAL E DE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO DO SERVIDOR PÚBLICO - PIS/PASEP. II - na hipótese do § 2º do art. 51. da IN nº 11, de 1996, a parcela dos lucros e dividendos que exceder o valor da base de cálculo do imposto da pessoa jurídica, a ser distribuída também sem a incidência do imposto, será determinada deduzindo-se do lucro líquido do período, após o imposto de renda, o valor determinado na forma do inciso anterior. PAULO BALTAZAR CARNEIRO Com base no texto acima, Inciso I do A.D.N COSIT 4/96, da base do Lucro Presumido poderá ser diminuído somente o IRPJ, adicional de IRPJ, CSLL, COFINS e PIS. Assim, em resumo: Se a distribuição de lucros for até o limite fiscal do Lucro Presumido de R$ 53.640,00 de acordo com o exemplo apresentado, a empresa não está obrigada a entregar a ECD 2015. Porém, se houver a distribuição da diferença de R$ 46.360,00 (R$ 100.000,00 – R$ 53.640,00), para atingir o lucro contábil de R$ 100.000,00, o contribuinte deverá entregar o SPED Contábil – ECD 2015: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ. Distribuição de Lucros e Dividendos. Pessoas Jurídicas submetidas ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado. 8 Dentre outras questões, duas chamam especial atenção e que deve ser analisadas pelo contribuinte: 1. Os lucros acumulados de outros exercícios (até ano-calendário 2013) também contam neste cálculo, ou seja, serão somados aos lucros distribuídos do ano-calendário de 2014 e comparados com o Lucro da Presunção do próprio ano-calendário de 2014? 2. Considerando o disposto no inciso III, do § 1º, do art. 3º, da IN RFB nº 1.515/14, o qual determina que "a receita líquida será a receita bruta diminuída de (...) tributos sobre ela incidentes", a parcela relativa à CPRB também não deveria ser excluída da base de cálculo do IRPJ, para fins de cálculo do limite a ser distribuído sem incidência do IRRF (1ª forma cima)? CONVITE ESPECIAL – ASSISTA AO TREINAMENTO E GANHE BÔNUS Nesse intuito, ou seja, de forma a esclarecer os principais pontos a serem enfrentados pelos contribuintes na escrituração da ECD 2015 – Lucro Presumido, a Fisconsulta realizou na última quarta-feira, dia 10 de junho, um evento AO VIVO ONLINE com transmissão simultânea para todo o Brasil, abrangendo em detalhes os seguintes temas abordados pelo Palestrante: - ECD Lucro Presumido 2015, Imunes e Isentas pela primeira vez - Distribuição de Lucros 2015: Contabilidade x Livro Caixa - Blocos e Registros da ECD 2015 - Aspectos Relevantes - ECD Lucro Presumido: Fiscalização Tributária Federal - Módulo “A”: ECD Lucro Presumido – Imunes e Isentas – SPC a) Empresa tributada pelo Lucro Presumido distribuiu lucros aos sócios em 2014, valor superior ao Lucro Presumido menos tributos é obrigada à entrega da ECD 2015. b) Entretanto, o Balanço da empresa se apresenta com saldos de ativos e passivos errados, fictícios, ocultos, irreais, não representa a realidade, e ainda consta no Balanço um saldo de caixa muito alto que na realidade não existe, é fictício. c) Como apresentar o SPED Contábil Lucro Presumido pela 1ª vez ao Fisco nessas condições de fragilidade contábil e fiscal? 9 d) Diante do exposto acima, o que você sugere para que de forma legal, a empresa Lucro Presumido não seja obrigada à entrega do SPED Contábil – ECD 2015 – calendário 2014, e que possa de forma legal regularizar os saldos contábeis de ativos e passivos errados, fictícios, ocultos e irreais? - Módulo “B”: ECD 2015 – Blocos e Registros – Balanços – Livro Caixa – Preenchimento da ECD – SPED Contábil Lucro Presumido a) Planos de Contas Referencial do SPED Contábil X Plano de Contas da Empresa b) Vinculação de saldos contábeis do SPED Contábil (entrega até 30/06/2015) para fins também de preenchimento da ECF – Escrituração Contábil Fiscal (entrega 30/09/2015) das empresas tributadas pelo Lucro Presumido c) Necessidades de subcontas contábeis – IN RFB nº 1.515/14 – Adoção Inicial IFRS d) BLOCOS E REGISTROS DO SPED CONTÁBIL – ECD – LEIAUTE Nº 3 – ANO- CALENDÁRIO 2014 – PREENCHIMENTO PRÁTICO Nesse sentido, de forma a melhor orientar os profissionais envolvidos com o tema em questão, a Fisconsulta está realizando a venda especial do Curso Gravado + Material e Anexos + 4 Bônus Inéditos informados abaixo, ao preço promocional de R$ 250,00 por apenas R$ 99,00 + Cupom de desconto de 40% na utilização de qualquer treinamento ao vivo do mês de junho/2015, cujo valor promocional de R$ 99,00 poderá ainda ser parcelado em até 3x no cartão de crédito, caso o participante assim deseje. Os bônus incluídos na promoção são: 1- 61 Anexos que tratam sobre os ajustes contábeis decorrentes de regularização de saldos contábeis errados, fictícios, ocultos, irreais e inexistentes, abrangendo esse material diversas planilhas em excel, inclusive anexos sobre Legislação e jurisprudência fiscal sobre ajustes contábeis 2- Apresentação sobre a regularização de saldos contábeis. 3- Material complementar sobre o assunto “Extratos Bancários x Fiscalização da RFB, Estadual (ICMS) e Municipal (ISS)”, ou seja, a empresa é obrigada a apresentar os seus extratos bancários ao Fisco quando solicitados sem mandado judicial? 4- Demonstrações Contábeis e Financeiras comparativas 31/12/2014 e 31/12/2013, incluso planilhas de cálculos da Análise Econômica e Financeira da empresa com cálculo da EBITDA. 10 Lembramos apenas que a referida promoção com os bônus serão encerrados na próxima sexta-feira, dia 12 de junho de 2015. 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