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PLANO DE AULA I ESTÁGIO III

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PLANO DE AULA I
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO CONCEDENTE
Nome da escola: E. M. E. M. Santa Rita de Cássia
Diretora: Kátia Verônica Pinedo Dutra De Bem
Coordenadora: Jacqueline De Oliveira Pereira Professor Regente: Gilmar Silveira 
Turma: 3º ano do ensino médio Período: Manhã
Nome da Estagiária: Isabel Cristina Pinheiro Tessmann
Turma: 303
CONTEÚDO:
O fator Rh
TEMPO:
2 períodos de 1 hora cada, totalizando 2 horas
OBJETIVOS:
Entender o que é o fator Rh
Assimilar o que é a eritroblastose fetal
RECURSOS:
Quadro negro e giz.
METODOLOGIA:
Iniciar a aula passando no quadro e explicando como surgiu o fator Rh (quando e por quem foi descoberto), pra que serve, o que determina e de onde vem a sigla “Rh”. Relatar quais os procedimentos devem ser tomados se mãe for Rh negativo e o bebê Rh positivo. Na sequência, falar sobre as doenças que podem afetar o bebê caso a mãe não tenha um acompanhamento médico durante a gravidez e o que fazer quando o bebê nasce, caso esse tenha o fator Rh diferente da mãe. Após, será aplicado um exercício contendo seis perguntas.
O fator Rh
O fator Rh foi descoberto em 1940 pelos médicos Karl Landsteiner e Alex Wiener, ao trabalharem com o macaco Rhesus. Os médicos injetaram o sangue do macaco Rhesus em coelhos e observaram a formação de anticorpos específicos que aglutinaram as hemácias de todos os macacos. As hemácias do macaco Rhesus, formaram um antígeno, também chamado de aglutinogênio, que foi batizado de fator Rh.
No início do pré-natal o médico vai pedir vários exames de rotina, e um deles é a tipagem sanguínea, para descobrir qual é o seu grupo sanguíneo (A, B, AB ou O) se você é fator Rh positivo ou negativo. Quem é Rh positivo possui uma proteína chamada antígeno D na superfície dos glóbulos vermelhos, quem não tem esse antígeno é Rh negativo. A maioria das pessoas é Rh positivo, mas a frequência varia de acordo com a raça. No Brasil cerca de 95% das pessoas são Rh positivo.
O fator Rh só é importante na gravidez se a mãe for Rh negativo e o bebê for Rh positivo (a criança pode herdar essa característica se o pai for positivo). Se o sangue do bebê entrar na corrente sanguínea da mãe, seu sistema imunológico pode reagir contra o antígeno D do sangue do bebê, como se fosse um invasor, e produzir anticorpos contra ele. Esse fenômeno é conhecido como sensibilização, e embora normalmente não cause problemas na primeira gestação, se você ficar grávida de novo e o bebê também for Rh positivo, os anticorpos de seu sistema imunológico podem atravessar a placenta e atacar as células do sangue do bebê, provocando anemia, icterícia ou, em alguns casos mais graves, insuficiência cardíaca ou hepática na criança. O problema recebe o nome de doença hemolítica perinatal, ou eritroblastose fetal.
Como o sangue do bebê entra no meu sangue
Em determinadas circunstâncias, o sangue do bebê pode se misturar com o seu, provocando a sensibilização:
Se você tiver uma gravidez ectópica, ou tubária, ou seja, fora do útero (nas trompas, 
colo do útero, abdômen)
Em caso de sangramento vaginal ou aborto espontâneo após 12 semanas de gravidez
Na realização de exames invasivos como a biópsia do vilo corial ou a amniocentese (exames para coleta de células fetais)
Se você sofrer um forte impacto na barriga durante a gravidez e houver sangramento
Para evitar a presença dos anticorpos anti-Rh existe uma substância chamada imunoglobulina anti-D que é dada na forma de uma injeção muscular, normalmente na coxa. Essa espécie de vacina age destruindo rapidamente qualquer célula do bebê que esteja na sua circulação, antes que você comece a produzir anticorpos. Portanto, você não terá anticorpos que possam causar a eritroblastose fetal nem nesta gravidez e nem nas posteriores.
O que acontece quando o bebê nasce?
Logo depois do nascimento, é realizado um exame de sangue no bebê para determinar o tipo sanguíneo e o fator Rh. A amostra de sangue é tirada do cordão umbilical. Se o bebê for Rh positivo, você receberá outra injeção de imunoglobulina anti-D. Ela deve ser aplicada no máximo até 48 horas após o parto para que sua resposta imunológica não seja acionada. 
Seu sangue também será testado logo depois do parto para detectar a presença de anticorpos. Caso sejam encontradas grandes quantidades, pode ser necessária uma dose maior de imunoglobulina anti-D. Se o bebê for Rh negativo como você, a vacina não será necessária. No caso da eritroblastose fetal já instalada, ou seja, se não tiverem sido tomados os cuidados de prevenção durante a gestação, o tratamento no bebê inclui transfusões de sangue.
Avaliação:
Os alunos conseguem entender como funciona o fator Rh e o porquê de realizar o exame de sangue na gravidez
Referências:
brasil.babycenter.com/a1500561/o-que-é-o-fator-Rh-e-como-ele-afeta-minha-gravidez
www.portaleducação.com.br/conteúdo/artigos/biologia/fator Rh/17891
History of the Rhesus blood typer. Journal of the History of Medicine and allied Sciences 7 (4): 369-383, 1952
Laurence, J. Biologia: o ser humano, genética, evolução: volume 3: ensino médio/ J, V. Mendonça. – p.131 - 1. Ed. – São Paulo: Nova Geração, 2010. – (Coleção biologia para a nova geração)
Exercícios:
O que aconteceu quando os médicos injetaram o sangue do macaco Rhesus em coelhos?
Qual a diferença entre Rh+ e Rh-?
Se a mãe for Rh- e o bebê Rh+ o que pode acontecer?
O que acontece quando a mãe recebe a vacina anti-D?
Qual é o prazo máximo que essa vacina deve ser aplicada após o nascimento do bebê?
No caso de eritroblastose fetal já instalada, o que inclui no tratamento do bebê?
Gabarito:
Formaram-se anticorpos específicos que aglutinaram as hemácias de todos os macacos.
Que é Rh+ possui uma proteína chamada antígeno D na superfície dos glóbulos vermelhos e quem é Rh- não possui esse antígeno.
Se o sangue do bebê entrar na corrente sanguínea da mãe, seu sistema imunológico poderá reagir contra ele como se fosse um invasor e produzir anticorpos que atacarão as células do sangue do bebê.
Essa vacina age destruindo rapidamente qualquer célula do bebê que esteja na sua circulação, antes que a mesma comece a produzir anticorpos.
48 horas após o parto para que sua resposta imunológica não seja acionada.
Transfusões de sangue.

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