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Manual de Recursos Trabalhistas

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Prática 
Trabalhista
PRÁTICA TRABALHISTA_VI
KARINA MARTINS
CAPÍTULO 1
Teoria Geral 
dos
Recursos
 E t i m o l o g i c a m e n t e , a p a l a v r a 
“recurso” provém do latim (recursus, us), 
dando-nos a ideia da repetição de um 
caminho anteriormente percorrido.
 Os recursos são comumente os 
remédios mais utilizados para impugnar 
decisões judiciais. 
ÍNDICE
1. Conceito 
2. Fundamentos
3. Princípios dos Recursos
4. Peculiaridades do Processo do Trabalho
5. Juízo de Admissibilidade
SEÇÃO 1
Informações Preliminares
1. CONCEITO
A palavra recurso tem origem no latim recursus, de recurrere, 
que dá a ideia de regressar, retroagir, refluir. Recurso seria 
aquilo que tem curso ao contrário, regresso ao ponto de 
partida.
Carlos Henrique Bezerra Leite (2009) assevera que recurso 
pode ser entendida em sentido amplo e em sentido restrito. 
Em sentido amplo, é um remédio, isto é, um meio de proteger 
um direito: ações, reconvenção, medidas cautelares. Em 
sentido restrito, é a provocação de um novo julgamento, na 
mesma relação processual, da decisão pela mesma ou por 
outra autoridade judiciária superior.
Diversos são os conceitos formulados pela doutrina sobre 
recursos.
Para Sergio Pinto Martins (2016) recurso, no sentido jurídico, 
“é o meio processual pelo qual a parte ou outro legitimado 
pretende a revisão ou reexame de determinada decisão 
visando à obtenção de sua reforma ou modificação”.
Segundo Frederico Marques (1994), “são atos processuais que 
têm por finalidade a obtenção de novo exame, total ou parcial, 
de um ato jurídico”.
No dizer de Pedro Batista Martins (1994), “recurso é o poder 
que se reconhece à parte vencida, em qualquer incidente ou 
no mérito da demanda, de provocar o reexame da questão 
2
decidida pela mesma autoridade judiciária, ou por outra de 
hierarquia superior”.
Ensina-nos Carlos Henrique Bezerra Leite (2009), “recurso, 
como espécie de remédio processual, é um direito assegurado 
por lei para que a(s) parte(s), o terceiro juridicamente 
interessado ou o Ministério Público na mesma relação jurídica 
processual retardando, assim, a formação da coisa julgada”.
2. FUNDAMENTOS
Os fundamentos dos recursos podem ser divididos em 
jurídicos e psicológicos:
i) Jurídicos - os fundamentos jurídicos para a interposição 
dos recursos são:
a) a possibilidade de erro, ignorância ou má-fé do juiz ao 
julgar. Todo ser humano, pode ser falível, erra. O juiz 
não deixa de ser humano, podendo errar, julgar mal 
etc. Para esse fim é que existe o remédio que permite a 
revisão da decisão do juiz pelo tribunal superior.
b) a oportunidade de reexame da sentença por juízes 
mais experientes ou de reconhecido merecimento. O 
recurso tem por objetivo que a decisão seja melhor 
resolvida, examinada por mais um órgão julgador.
c) a uniformização da interpretação da legislação. O 
recurso de revista tem a função de uniformizar a 
jurisprudência das turmas do TST, o que será feito pela 
Seção de Dissídios Individuais.
ii) Psicológicos - os fundamentos psicológicos são:
a) a tendencia humana de não se conformar com apenas 
uma decisão. É o que se acostuma dizer: vencido, mas 
não convencido.
b) a possibilidade da reforma da decisão de um 
julgamento injusto.
Os recursos podem ser classificados em ordinários e 
extraordinários. Os ordinários ou comuns são, por exemplo, 
o recurso ordinário e a apelação. Permitem ampla revisão da 
matéria, inclusive de matéria de fato. Não têm pressupostos 
específicos, pois têm devolutividade ampla. Não exigem 
prequestionamento, em princípio.
Os recursos extraordinários são exceções. Julgam matéria 
de direito e não de prova. Não visam corrigir a injustiça da 
decisão. Objetivam verificar se a lei foi aplicada corretamente. 
Exigem prequestionamento do dispositivo. São dirigidos aos 
tribunais superiores. Exemplos: recurso de revista, embargos, 
recurso extraordinário e recurso especial.
3. PRINCÍPIOS
Vários são os princípios que podem ser apontados em relação 
aos recurso.
3
a) Vigência imediata da lei nova - a parte não tem direito 
adquirido a determinado recurso, mas direito de recorrer, 
de acordo com o recurso que estiver previsto em lei. A lei 
processual tem aplicação imediata e apanha os processos 
em curso. 
Deve ser aplicada a Lei vigente na data da publicação da 
sentença ou acórdão.
O recurso é regido pela lei vigente na data da publicação da 
decisão. É nessa data que surge o direito de recorrer. 
Entretanto, devem ser respeitados os atos anteriormente 
praticados sob a égide da lei velha.
A lei nova aplica-se aos processos pendentes, como indica o 
art. 1.046 do CPC: “ao entrar em vigor, suas disposições 
aplicar-se-ão desde logo aos processos pendentes”. Adota o 
CPC a teoria do isolamento dos atos processuais.
O art. 915 da CLT explica que “não serão prejudicados os 
recursos interpostos com apoio em dispositivos alterados ou 
cujo prazo para interposição esteja em curso à data da 
vigência desta Consolidação”.
b) Unirrecorribilidade - só é possível a interposição de um 
recurso de cada vez. Tendo a parte ingressado com dois 
recursos de uma só vez, o juiz poderá determinar que a 
parte escolha o recurso que deve subir para exame do 
tribunal.
Não há simultaneidade da interposição de recursos, mas 
sucessividade.
No processo do trabalho não cabe recurso especial e o recurso 
extraordinário só cabe, em tese, da última decisão da SDC ou 
da SDI.
c) Fungibilidade - fungível é o que pode ser substituído por 
outra coisa do mesmo gênero, número e grau.
A fungibilidade decorre da unirrecorribilidade. Na 
fungibilidade, ocorre o aproveitamento do recurso 
erroneamente nominado, como se fosse o que devia ser 
interposto. É a utilização de um recurso mediante erro, 
quando o referido apelo não é o previsto para aquela hipótese.
O aproveitamento do recurso erroneamente nominado adviria 
do princípio de que se o ato alcançou sua finalidade não há 
nulidade ou do princípio da economia processual.
Para ser aproveitado o recurso erroneamente apresentado é 
preciso: (a) dúvida sobre qual o recurso cabível; (b) 
inexistência de erro grosseiro; (c) deve ser apresentado no 
prazo para o recurso que seria cabível.
d) Variabilidade - ocorre a variabilidade do recurso se a 
parte desistir do recurso interposto, substituindo-o por 
outro, observando-se o prazo legal. Presumir-se-ia que, se a 
parte ingressasse com um segundo recurso, haveria a 
desistência tácita do primeiro apelo.
4
e) Legalidade - em matéria de recursos será observado o 
princípio da legalidade processual. Os recursos são os 
previstos em lei e não aqueles que possam ser inventados 
pela parte.
4. PECULIARIDADES DO PROCESSO DO TRABALHO
Algumas peculiaridades ocorrem no processo do trabalho em 
matéria de recurso.
a) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias - no 
processo do trabalho, não cabe agravo de instrumento para 
qualquer decisão interlocutória. A palavra interlocutória 
vem de inter locutus, que significa falando no meio. São as 
decisões dadas no curso do processo. Alias, as decisões 
interlocutórias são irrecorríveis, “admitindo-se a apreciação 
dessas decisões apenas no recurso da decisão 
definitiva”(§1º do art. 893 da CLT). 
A Súmula 214 do TST declara que: “na Justiça do Trabalho, 
nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões 
interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas 
hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho 
contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do 
Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação 
mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe 
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos 
para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o 
juízo excepcionado, consoante o disposto no art.799, § 2º, da 
CLT”.
b) Inexigibilidade de fundamentação - a regra geral é de 
que os recurso podem ser interpostos por simples petição, 
ou seja, não há necessidade de fundamentação do apelo 
(art. 899 da CLT).
Simples petição seria o mero pedido de reexame, mesmo sem 
qualquer fundamentação. Essa orientação poderia ser 
considerada revogada pelo inciso LV do art. 5º da Carta 
Magna, que exigiria a obrigatoriedade de fundamentação do 
recurso para possibilitar o contraditório à parte contrária.
Esse dispositivo não deve ser interpretado literalmente, pois é 
da índole dos recursos, mesmo os previstos na Consolidação, 
que o recorrente decline as razões de seu inconformismo com 
a decisão hostilizada.
Recurso sem fundamentação, ou razões recursais, é o mesmo 
que recurso genérico, petição inicial sem causa de pedir (ou 
breve relato dos fatos) ou contestação por “negação geral”.
A interpretação literal da lei poderia endossar, por outro lado, 
a prática de recursos meramente procrastinatório, em 
detrimento dos postulados éticos do processo e mesmo da sua 
celeridade, tão caros ao processo trabalhista.
A interpretação sistemática da CLT mostra que a 
inexigibilidade de fundamentação só pode ser utilizada nos 
casos em que empregado ou empregador estiverem 
5
postulando na Justiça do Trabalho sem advogado (art. 791 e 
839 da CLT).
A Súmula 422 do TST afirma que “não se conhece de recurso 
para o TST, pela ausência do requisito de admissibilidade, 
quando as razões do recorrente não impugnam os 
fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que fora 
proposta”.
c) Instância única - Nos dissídios de alçada, em que o valor 
da causa for até dois salários mínimos, e que não for 
impugnado pelas partes, não caberá qualquer recurso, salvo 
se a matéria debatida nos autos for de natureza 
constitucional. Nesse caso, caberá recurso.
A irrecorribilidade também se estende à fase de execução, nos 
casos de alçada da Vara. O §4º do art. 2º da Lei 5.584 é 
genérico no sentido da alçada, não especificando qual a fase 
processual que caberia o recurso.
O valor de alçada será fixado de acordo com o valor dado à 
causa quando do ingresso da ação, caso não seja impugnado e 
fixado diversamente pelo juiz, e não com base no valor 
atribuído para custas na sentença.
A impugnação do valor da causa poderá ser feita nas alegações 
finais, por quaisquer das partes. Mantendo o juiz o valor da 
causa, as partes poderão pedir revisão da decisão, no prazo de 
48 horas, ao Presidente do Tribunal Regional (§1º do art. 2º 
da Lei 5.584/70).
d) Efeito devolutivo - os recursos trabalhistas têm como 
regra o efeito devolutivo (art. 899 da CLT). A exceção seria 
o recurso ordinário em dissídio coletivo, em que o 
presidente do TST pode dar efeito suspensivo ao apelo (art. 
14 da Lei 10192/01).
Em casos excepcionalíssimos seria possível obter efeito 
suspensivo no recurso mediante medida cautelar. O inciso I 
da Súmula 414 do TST admite ação cautelar como o meio 
próprio para se obter efeito suspensivo ao recurso.
e) Uniformidade de prazos para recurso - No processo 
civil, temos prazo de recurso de 15 dias (maioria deles).
No processo do trabalho, o prazo para recurso foi 
uniformizado pelo art. 6º da Lei 5584/70. Assim, qualquer 
recurso será interposto no prazo de oito dias (recurso 
ordinário, de revista, agravo de petição e de instrumento). Os 
embargos de declaração e de execução o prazo será de cinco 
dias. O recurso extraordinário será interposto no prazo de 15 
dias (§5º do art. 1003 do CPC).
5. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Reflete o juízo de admissibilidade o poder do qual está dotado 
o juiz a quo de examinar se o recurso atende os pressupostos 
objetivos e subjetivos para poder subir ao tribunal superior.
O juízo de admissibilidade é feito tanto pelo juízo a quo, como 
pelo juízo ad quem. A posição do primeiro não vincula o 
6
segundo, pois se o juízo de primeiro grau entender que não 
cabe recurso por determinado fundamento, nada impede que 
o tribunal examine essa questão por motivo, inclusive de 
hierarquia.
A admissibilidade dos recurso está condicionada à satisfação, 
pelo recorrente, de pressupostos (ou requisitos) previstos em 
lei para que o recurso interposto possa ser conhecido.
O não-atendimento a tais pressupostos deságua na 
inadmissibilidade (ou não-conhecimento) do recurso pelo 
mesmo órgão judicial prolator da decisão, ou por outro 
hierarquicamente superior. Vale dizer, a ausência de qualquer 
dos pressupostos de admissibilidade impede o exame do 
mérito do recurso pelo órgão competente para sua apreciação. 
Pressupostos extrínsecos ou objetivos são os objetivos: 
cabimento, tempestividade, regularidade formal e o preparo 
(custas e depósitos recursal). Pressupostos intrínsecos ou 
subjetivos são: legitimação, interesse, inexistência de fato 
impeditivo ou extintivo do direito de recorrer.
a) Objetivos - no processo do trabalho, os recursos cabíveis 
são determinados no art. 893 da CLT: ordinário, revista, 
embargos, agravo de instrumento e de petição. O recurso 
extraordinário também é cabível no processo do trabalho, 
mas é previsto na Constituição, nas hipóteses elencadas no 
inciso III do art. 102.
i. Adequação ou cabimento - o ato a ser impugnado 
deve ensejar o apelo escolhido pelo recorrente. Por 
exemplo: da sentença da Vara cabe o recurso 
ordinário. Este também é cabível das decisões dos 
tribunais regionais, em dissídio coletivo, mandado de 
segurança e ação rescisória, pois são ações de 
competência originária dos tribunais.
ii. Tempestividade - os recursos deverão ser 
interpostos no prazo previsto na lei. No caso dos 
recursos trabalhistas o prazo é de oito dias.
Os prazos para a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios, suas autarquias e fundações públicas que não 
explorem atividade econômica serão em dobro, ou seja, 16 
dias, como determina o Decreto-lei n. 779/69.
O Ministério Público terá o prazo em dobro para recorrer, de 
16 dias.
As sociedades de economia mista e as empresas públicas que 
explorem atividade econômica têm o prazo para recorrer de 
oito dias.
Informa a Súmula 385 do TST que: incumbe à parte o ônus de 
provar, quando da interposição do recurso, a existência de 
feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (I). 
Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que 
proferir a decisão de admissibilidade certificar o expediente 
nos autos (II). Na hipótese do inciso II, admite-se a 
reconsideração da análise da tempestividade do recurso, 
mediante prova documental superveniente, em Agravo 
7
Regimental, Agravo de Instrumento ou Embargos de 
Declaração (III).
iii. Preparo - o preparo abrange as custas, o depósito 
recursal e os emolumentos.
CUSTAS - as custas serão pagas pelo vencido. As custas 
deverão ser pagas e comprovadas dentro do prazo de oito dias 
para a interposição do recurso. 
O não pagamento e a não comprovação das custas dentro do 
prazo de oito dias implicará deserção, não sendo conhecido o 
recurso no tribunal ou será negado seguimento ao apelo pelo 
juízo a quo.
São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de 
justiça gratuita (art. 790-A da CLT):
I - a União, os Estados, o DF, os Municípios e respectivas 
autarquias e fundações federais, estaduais ou municipais que 
não explorem atividade econômica;
II - o Ministério Público do Trabalho.
Custas pelo reclamante será devida em conformidade com o 
art. 844, §2º, da CLT, em caso de ausência injustificada na 
audiência.
DEPÓSITO RECURSAL - o depósito recursal só é exigível 
do empregador (ou do tomador do serviço). Logo, o 
empregado ou o trabalhador, ainda que vencido em ação 
ajuizada pelo empregador (v.g., ação de consignação em 
pagamento), jamais estará obrigado ao recolhimento do 
depósito a que alude o art. 899da CLT.
O recolhimento do depósito recursal e sua respectiva 
comprovação devem ser feitos em guia própria e dentro do 
prazo referente à interposição do recurso, sob pena de ser este 
considerado deserto.
No caso de insuficiência do preparo considerar o art. 1007, 
§2º do CPC, para que não haja deserção deverá o recorrente 
suprir o valor no prazo de cinco dias da intimação de seu 
advogado.
As pessoas jurídicas de direito público e o MPT não estão 
sujeitos ao depósito recursal.
Atualmente, o ATO.SEGJUD.GP Nº 360/2017, fixou os 
seguintes valores dos depósitos recursais:
a) R$ 9.189,00 para interposição de Recurso Ordinário;
b) R$ 18.378,00 para interposição de Recurso de Revista, 
Embargos e Recurso Extraordinário;
c) R$ 18.378,00 para interposição de Recurso Ordinário em 
Ação Rescisória.
O objetivo do depósito recursal não é o de impedir o recurso, 
mas de dificultar a interposição de recurso protelatório do 
feito e facilitar a execução da sentença, principalmente as de 
pequeno valor, imprimindo maior celeridade no andamento 
do processo. Visa o depósito evitar a procrastinação do feito e 
8
assegurar o cumprimento da obrigação. O depósito tem 
natureza de pressuposto objetivo do recurso.
Os depósitos terão o limite máximo o valor da condenação. Se 
o valor da condenação for inferior ao limite máximo previsto 
no art. 40 da Lei 8199/91, deposita-se o valor da condenação. 
Na hipótese de a condenação ser superior ao limite previsto 
no art. 40 da Lei 8177/91, deposita-se o valor limite para o 
depósito.
O depósito recursal é devido a cada novo recurso interposto.
iv. Representação - no processo do trabalho não há 
necessidade da parte estar assistida por advogado (arts. 
791 e 839 da CLT). Podem as partes exercer o jus 
postulandi.
Mostra o inciso I da Súmula 383 do TST que é inadmissível, 
em instância recursal, o oferecimento tardio de procuração, 
nos termos do art. 104 do CPC, ainda que mediante protesto 
por posterior juntada, já que a interposição de recurso não 
pode ser reputada ato urgente.
Se a parte apresentar recurso por intermédio de advogado, 
deve este ter procuração para esse fim. Não tendo procuração, 
o recurso não será conhecido. O juiz não terá de conceder 
prazo para regularização da procuração no tribunal, pois a 
regra do art. 76 do CPC só se aplica no primeiro grau (Súmula 
383, II, do TST), pois a lei faz referencia a juiz, que atua 
sozinho e é o magistrado de primeiro grau e não o colegiado.
Esclarece a Súmula 164 do TST que “o não cumprimento das 
determinações dos §§1º e 2º do art. 5º da Lei 8906/94 e do 
§2º do art. 104, parágrafo único, do CPC importa o não 
conhecimento de recurso, por inexistente, exceto na hipótese 
de mandato tácito”.
Mandato tácito ocorrerá se o advogado que subscreve o 
recurso tiver participado de alguma audiência, presumindo-se 
que a parte concordou em ser representada em audiência pelo 
advogado.
A juntada da ata de audiência, em que está consignada a 
presença de advogado, desde que não estivesse atuando com 
mandato expresso, torna dispensável a procuração deste, 
porque demonstrada a existência de mandato tácito. 
Configurada a existência de mandato tácito fica suprimida a 
irregularidade detectada no mandato expresso (OJ 286 da 
SBDI-1 do TST).
b) Subjetivos - dizem respeito à pessoa, aos sujeitos.
i. Legitimidade - a legitimação significa o interesse em 
recorrer. A pessoa tem um gravame com a decisão 
judicial. Aquele que teve uma sentença que lhe foi 
desfavorável, no todo ou em parte, poderá recorrer.
ii. Capacidade - é necessário que as partes tenham 
capacidade para estar em juízo. Não havendo 
capacidade da pessoa num certo momento, ela 
também não poderá recorrer. É o que ocorre quando 
certas pessoas perdem a sua capacidade, como por 
9
enfermidade ou deficiência mental, em que a pessoa 
não possa exprimir sua vontade (art. 3º, II, do CC). 
Não têm, portanto, capacidade para recorrer, pois 
devem ser representadas por seus pais, tutores ou 
curadores (art. 71 do CPC).
iii. Interesse - o interesse para interpor recurso repousa 
no binômio utilidade + necessidade. Utilidade da 
providencia judicial pleiteada e necessidade da via que 
se escolhe para obter essa providência.
10
CAPÍTULO 2
Passo a Passo 
das Peças 
Processuais
 Reserva-se aqui ao estudo da prática 
trabalhista. 
 As peças são minuciosamente 
detalhadas, com a finalidade de que você 
saiba como identificá-las e estruturá-las 
com tranquilidade na hora da prova e no 
exercício da advocacia.
SEÇÃO 1
Recurso Ordinário
a) Recurso Ordinário
1. Definição. É o meio estabelecido pela lei para 
impugnar as decisões definitivas pu terminativas das 
Varas e juízos e as decisões definitivas ou 
terminativas dos tribunais regionais, em processos 
de sua competência originária, quer nos dissídios 
individuais, quer nos dissídios coletivos (art. 895, I e 
II, CLT).
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior:
a) das decisões definitivas ou terminativas das Varas e 
Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e
b) das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais 
Regionais, em processos de sua competência originária, 
no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, 
quer nos dissídios coletivos.
2. Fundamento legal. O Recurso Ordinário está 
disposto no art. 895, I e II, CLT e as suas 
contrarrazões estão no artigo 900, CLT.
3. Procedimento para o recurso. O RO segue uma 
das seguintes estruturas abaixo, de acordo com a 
competência originária da ação:
12
PRÁTICA DOS RECURSOS TRABALHISTAS 
1. Processo de Conhecimento
a) Recurso Ordinário
b) Recurso de Revista
c) Agravo de Instrumento
 
4. Hipótese de cabimento. Cabe recurso ordinário 
das decisões definitivas e terminativas: 
a) das varas do trabalho, que será julgado pelo 
TRT da região correspondente à Vara do 
Trabalho.
b) dos TRT, em dissídio individual de 
competência originária, que será julgado 
pelo TST.
c) d o s T R T e m d i s s í d i o c o l e t i v o d e 
competência originária, pelo TST. 
5. Decisão interlocutória. No processo do trabalho 
não cabe recurso imediato para as decisões 
interlocutórias, de acordo com o que dispõe o art. 
893, §1º, da CLT, salvo nas hipóteses de decisão 
(Súmula 214, TST):
a) de TRT contrária à Súmula ou OJ do TST;
b) suscetível de impugnação mediante recurso 
para o mesmo Tribunal;
c) que acolhe exceção de incompetência 
territorial, com a remessa dos autos para o 
Tribunal Regional distinto daquele a que se 
vincula o juízo excepcionado.
6. Recurso ordinário no procedimento 
sumaríssimo. O recurso ordinário, quando 
recebido no tribunal, Deve ser imediatamente 
distribuído, cabendo ao relator liberava no prazo 
máximo de 10 dias, a secretaria do tribunal ou tomar 
colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, 
sem revisor.
a) terá parecer oral do representante do 
ministério público presente à sessão de 
julgamento, se este entender necessário 
parecer;
13
b) terá acórdão consistente unicamente na 
certidão de julgamento, com a indicação 
suficiente do processo e parte dispositiva, e 
das razões de decidir no voto prevalente. 
7. Prazo. O prazo do recurso às várias de oito dias 
contados da data em que houve a intimação da decisão, 
com a exclusão do dia de início e inclusão ao final . 
 
O prazo para interposição de RO para União, estados, 
Distrito Federal e Municípios, bem como autarquias 
fundações de direito públicos federais, Estaduais e 
municipais que não explorem atividades econômicas 
em dobro, ou seja, 16 dias. Ministério Público do 
Trabalho também tem trazendo para recorrer.
A regra contida no artigo 229 do Código de Processo 
Civil é inaplicável ao processo trabalho, em decorrência 
da sua incompatibilidade com princípioda celeridade 
inerente ao processo trabalhista (OJ 310, SDI-1).
8. Preparo recursal. É o pagamento de custas de 
depósito recursal. Recurso ordinário é necessário 
que o recorrente efetuei pagamento das custas 
processuais, salvo as hipóteses de isenção.
9. Efeitos. O Recurso Ordinário é dotado de efeito 
meramente evolutivo.
10. Procedimento e interposição. De acordo com a 
consolidação das leis o trabalho, o recurso ordinário 
interposto por simples petição direcionada ao juízo 
(Vara ou tribunal) que proferiu a decisão (art. 899, 
CLT).
Entretanto, o art. 1010, I a IV, do código de Processo 
Civil prevê que o recurso será interposto por petição 
dirigida ao juiz e conterá:
i) Os nomes e a qualificação das partes;
ii) a exposição do fato de direito;
iii) as razões do pedido de reforma ou 
decretação de nulidade; e
iv) o pedido da nova decisão. 
Dessa forma, o recurso ordinário deverá conter duas 
peças. A primeira petição de interposição, direcionada 
ao juízo que proferiu a decisão (juízo a quo), 
responsável por fazer o pr imeiro ju ízo de 
admissibilidade do recurso, chamado de juízo de 
admissibilidade prévio. A segunda incluir as razões do 
recurso ordinário, estas encaminhadas ao juízo que 
reexaminará a questão (juízo ad quem), fazendo um 
segundo juízo de admissibilidade do recurso.
14
11. Contrarrazões. Após a interposição do recurso, o 
recorrido será notificado para oferecer as suas 
razões, no prazo de oito dias.
12.Denegação de seguimento. Se for ter negado 
seguimento a recurso ordinário, caberá o recurso de 
agravo de instrumento. Caso seja recebido, mas 
improvido, saber recurso de revista, nos termos da 
lei.
13.Roteiro para elaboração.
15
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃOROTEIRO PARA ELABORAÇÃO
Peça 
Processual Recurso Ordinário
Fundamento 
legal Artigo 895, I e II, CLT
Hipótese de 
Cabimento
I - das decisões definitivas e terminativas das 
Varas do Trabalho ou Juízes de Direito (na 
ausência de Justiça do Trabalho).Hipótese de 
Cabimento II - das decisões definitivas e terminativas dos 
Tribunais Regionais do Trabalho, em sua 
competência originária.
Endereçament
o Juízo prolator da decisão
Partes
Recorrente
Partes
Recorrido
Prazos 8 (oito) dias
Preparo
I - recolhimento de custas, salvo hipóteses de 
isenção prevista em lei.
Preparo
II - recolhimento de depósito recursal do 
empregador, desde que devedor.
Procedimento
I - Petição de interposição endereçada à Vara do 
Trabalho acompanhada das Razões de RO que 
serão encaminhadas ao TRT; ou
Procedimento
II - Petição de interposição endereçada ao TRT 
acompanhada das Razões de RO que serão 
encaminhadas ao TST.
 14. Modelo de Recurso Ordinário
FOLHA DE ROSTO
AO JUÍZO DA __ª VARA DO TRABALHO DE 
(LOCALIDADE) - (ESTADO)
Autos n. (n. dos autos)
 RECORRENTE, já qualificado(a) nos autos da 
RECLAMAÇÃO/AÇÃO TRABALHISTA que lhe move o 
RECORRIDO, por seu advogado e procurador que 
esta subscreve, vem, tempestivamente perante esse r. 
juízo, com fundamento no art. 895, I, da CLT, interpor 
o presente RECURSO ORDINÁRIO conforme as 
razões anexas.
 Requer seja o presente recurso recebido e 
remetido ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 
__ª Região, juntando as guias de recolhimento do 
depósito recursal e das custas processuais.
 Termos em que,
 pede deferimento.
 
 Local e data.
 Advogado
 OAB
RAZÕES RECURSAIS
AO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 
___ª REGIÃO
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Recorrente:
Recorrido: 
Origem: __ª Vara do Trabalho de (LOCALIDADE)
Autos n.: (n. dos autos)
 Egrégio Tribunal
 Ínclitos Julgadores
 Em que pese o habitual acerto das decisões 
proferidas pelo Meritíssimo Juízo de primeira 
instância, “in casu”, a respeitável sentença merece 
(total/parcial) reforma.
 Senão vejamos:
PRELIMINARMENTE
16
I - (indicar, neste ponto, qual a preliminar que será 
analisada)
Desenvolver, com fundamentos jurídicos, a 
preliminar.
PREJUDICIAL DE MÉRITO
I - (indicar, neste ponto, qual a prejudicial que será 
analisada)
Desenvolver, com fundamentos jurídicos, a 
preliminar.
MÉRITO
 Caso seja superada a preliminar/prejudicial acima 
exposta, o que admitimos apenas a título de 
argumentação, no mérito a sentença merece reforma, 
nos seguintes termos:
I - (indicar, neste ponto, qual(is) questão(ao) ser 
revista(s)
Desenvolver, com fundamentos jurídicos, a 
preliminar.
Aconselha-se que cada argumento seja 
desenvolvido em tópico específico, cujo título 
evidencie a matéria alegada.
 REQUERIMENTOS FINAIS
 Diante do exposto, requer o conhecimento do 
recurso, bem como o acolhimento da preliminar de 
mérito para _____, sucessivamente, o acolhimento da 
prejudicial de mérito para _____. Sucessivamente, no 
mérito, requer o seu provimento, para fins de reforma 
da sentença para _____.
 Termos em que,
 pede deferimento.
 
 Local e data.
 Advogado
 OAB
17
SEÇÃO 2
Recurso de Revista
b)Recurso de Revista
1. Definição. É um recurso que serve para corrigir a decisão 
que violar o texto expresso da lei ou afrontar a Constituição 
Federal e também buscar uniformizar a jurisprudência 
nacional relativa à aplicação dos princípios e normas de 
direito material e processual do trabalho.
2.Fundamento legal. O recurso de revista está previsto no 
artigo 896, a, b e c, da Consolidação das Leis do Trabalho, e 
as suas contrarrazões estão no artigo 900 da CLT.
3.Procedimento para o recurso. O recurso de revista 
segue a seguinte estrutura:
18
PRÁTICA DOS RECURSOS TRABALHISTAS 
1. Processo de Conhecimento
a) Recurso Ordinário
b) Recurso de Revista
c) Agravo de Instrumento
4.Hipótese de cabimento. A lei prevê as seguintes 
hipóteses: a) cabe recurso de revista quando a decisão dada 
pelo TRT, ao analisar lei federal, lei estadual, Convenção 
coletiva de Trabalho, acordo coletivo de trabalho, sentença 
normativa ou regulamento de empresa de aplicação 
superior ao âmbito de um Tribunal Regional do Trabalho, 
der interpretação divergente: 
i) de outro Tribunal Reginaldo trabalho, no seu pleno ou 
turma;
“não é servível ao conhecimento de recurso de 
revista aresto oriundo de mesmo Tribunal Regional 
do Trabalho, salvo se o recurso houver sido 
interposto anteriormente à vigência da Lei 
9.758/98” - OJ 111, SDI-1
ii) de Seção de dissídios individuais do Tribunal Superior do 
Trabalho;
iii) de Súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula 
vinculante do Supremo Tribunal Federal.
“É válida, para efeito de conhecimento do recurso 
de revista de embargos, a invocação de orientação 
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, 
desde que, das razões recursais, conste o seu 
número ou conteúdo”- OJ 219, SDI-1
b) cabe recurso de revista quando a decisão dada pelo 
Tribunal Regional do Trabalho violar literal dispositivo de 
lei federal ou afronta direta e literalmente a constrição 
Federal.
Das decisões dadas pelo Tribunal Regional do 
Trabalho ou por suas turmas, em execução de 
sentença, somente caberá recurso de revista na 
hipótese de ofensa direta e literal da norma da 
constrição federal - Art. 896, §2º, CLT
! 
c) nos processos sujeitos ao procedimento sumaríssimo cabe 
recurso de revista quando a decisão dada pelo Tribunal 
Regional do Trabalho contrariar súmula do Tribunal 
Superior do Trabalho, contrariar súmula vinculante do 
Supremo Tribunal Federal ou afronta direta e literalmente 
a Constituição Federal.
d) Na execução cabe recurso de revista quando a decisão dada 
pelo Tribunal Regional do Trabalho ofender direta e 
literalmente a Constituição Federal.
5. Pressuposto especial - demonstração do conflito. 
Sob pena de não conhecimento, É um ônus da parte:
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o 
prequestionamento dacontrovérsia objeto do recurso de 
revista;
19
Não cabe recurso de revista para 
reexame de fatos e provas - Súmula 
126 do TST
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade 
a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudência do 
Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão 
regional;
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos 
os fundamentos jurídicos da decisão recorrido, inclusive 
mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da 
constrição Federal, que súmula ou orientação jurisprudência 
cuja contrariedade aponte.
6. Divergência atual. A divergência que possibilitará a 
interposição de recurso de vista deve ser atual. Não será 
atual a que for ultrapassada por súmula ou superada por 
consolidada jurisprudência do Tribunal Superior do 
Trabalho.
7. Comprovação da divergência (Art. 896, §8º, CLT e Súmula 
337, I, a e b, CLT). Divergências será comprovada com a 
juntada da certidão ou cópia autenticada do acórdão 
paradigma ou citação da fonte oficial ou o repositório 
autorizado em que foi publicado e com a transcrição, nas 
razões de recursais, das ementas e/ou trechos dos acórdãos 
trazidos à configuração da ação, demonstrando o conflito 
de teses que justifique o conhecimento do recurso, ainda 
que os acórdãos já se encontrem nos autos ou venham a ser 
juntados com o recurso.
A mera indicação da data de publicação, em fonte oficial, de 
acórdão paradigma é inválida para comprovação de 
divergência jurisprudencial, nos termos do item I, a, desta 
súmula, quando a parte pretende demonstrar o conflito de 
teses mediante a transcrição de trechos que integram a 
fundamentação do acórdão divergente, uma vez que só se 
publicam dispositivo e a ementa dos acórdãos (Súmula 337, 
III, TST).
É válida para comprovação de divergência jurisprudencial 
justificadora do recurso a indicação do aresto extraído de 
repositório oficial na Internet, desde que o recorrente:
a) transcreva um trecho divergente;
b) aponte o sitio de onde foi extraído; e
c) decline o número do processo, O órgão ou ator do acórdão e 
a data da respectiva publicação no Diário eletrônico da 
Justiça do trabalho (Súmula 337, IV, TST).
8. Incidente de uniformização. Os tribunais regionais 
trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformização de 
sua jurisprudência e aplicarão, nas causas da competência 
da Justiça do trabalho, no que couber, o incidente de 
uniformização de jurisprudência previsto no Código de 
Processo Civil.
Ao constatar, de ofício ou mediante provocação de qualquer 
das partes ou do Ministério Público do Trabalho, a existência 
de decisões atuais e conflitantes no âmbito do mesmo tribunal 
regional do trabalho sobre o tema objeto de recurso de revista, 
O Tribunal Superior determinara o retorno dos autos à Corte 
20
de origem, a fim de que proceda a uniformização da 
jurisprudência (art. 896, §4º, CLT).
9. Prazo. O prazo do recurso de revista de oito dias contados 
da Data em que houve a intimação da decisão, com a 
exclusão do dia de início inclusão ao final (art. 896, CLT).
10.Preparo recursal. É o pagamento de custas de depósito 
recursal. No recurso de revista necessário que o recorrente 
efetuei pagamento das custas processuais, salvo as 
hipóteses de isenção.
11.Efeitos. O recurso de revista dotado de efeito meramente 
devolutivo.
12.Prequestionamento. Para que o recurso de revista seja 
recebido, é preciso que a matéria tenha s ido 
prequestionada. A matéria ou questão será considerada 
prequestionada quanto na decisão impugnada haja sido 
adotada, explicitamente, teve respeito.
Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido 
invocada no recurso principal, opor embargos de declaração 
com objetivo de obter o pronunciamento sobre tema, sob pena 
de reclusão.
“considera-se prequestionada a questão jurídica 
invocada no recurso principal sobre o qual se omite 
o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos 
embargos de declaração” (Súmula 297, TST).
13. Procedimento sumaríssimo. Nas causas sujeitas ao 
procedimento sumaríssimo, somente será admitido 
recurso de revista por contrariedade à súmula de 
jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do 
Trabalho e violação direta da Constituição da República.
Nas causas sujeitas ao Procedimento sumaríssimo, a 
admissibilidade de recurso de revista está limitada a 
demonstração de violação direta dispositivo da Constituição 
Federal ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal 
ou contrariedade a súmula do tribunal Superior do Trabalho, 
Não se admitindo o recurso por contrariedade a orientação 
jurisprudência deste Tribunal, anti ausência de previsão no 
art. 896, §9º, da CLT (Súmula 442, TST).
14. Transcendência. “O Tribunal Superior do Trabalho, O 
recurso de revista, examinará previamente ser a causa 
oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de 
natureza econômica, política, social ou jurídica” (art. 
896-A, da CLT).
15. Recurso de Revista na fase de execução. Cabe 
recurso de revista, na execução, quando houver ofensa a 
Constituição Federal.
Cabe recurso de revista por violação à lei federal, por 
divergência jurisprudência ao por ofensa à Constituição 
Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de 
execução que envolvam certidão negativa de débitos 
trabalhistas.
21
16. Procedimento e interposição. De acordo com a 
consolidação das Leis do Trabalho, O recurso de revista 
interposto por simples petição direcionada Tribunal 
Regional do Trabalho que proferiu a decisão (art. 899, 
CLT).
Porém, O recurso de revista deverá conter duas peças. A 
primeira retenção de interposição, direcionado ao Tribunal 
Regional do Trabalho que proferiu a decisão (juízo a quo), 
responsável por fazer o primeiro juízo de admissibilidade do 
recurso, chamado de juízo de admissibilidade prévio. A 
segunda incluirá as razões do recurso de revista, estas 
encaminhadas ao Tribunal Superior do Trabalho (juízo ad 
quem), quem reexaminará a questão, fazendo um segundo 
juízo de admissibilidade do recurso.
17. Contrarrazões. Após a interposição do recurso, O 
recorrido será notificado para oferecer suas razões, no 
prazo de oito dias.
18. Denegado seguimento. Se foi denegado seguimento a 
recurso de revista, caberá o recurso de agravo de 
instrumento (art. 896, §12º, da CLT).
19. Procedimento para elaboração.
 
22
PEÇA 
PROCESSUAL RECURSO DE REVISTA
Fundamento legal
CLT, art. 896, a, b e c - Procedimento 
Ordinário
CLT, art. 896, §9º, CLT - Procedimento 
Sumaríssimo
CLT, art. 896, §2º - Execução
Hipótese de 
cabimento
I - das decisões dos Tribunais Regionais do 
Trabalho, em grau recursal, que divergirem de 
outro Tribunal Regional do Trabalho, decisões 
da seção de dissídios individuais do Tribunal 
Superior do Trabalho, de súmula do Tribunal 
Superior do Trabalho ou de súmula vinculante 
do Supremo Tribunal Federal
Hipótese de 
cabimento
II - das decisões dos tribunais esteja mais 
trabalho, em grau recursal, que violarem literal 
dispositivo de lei federal ou afrontarem direta 
e literalmente a Constituição Federal
Endereçamento Juízo prolator da decisão
Partes
recorrente
Partes
recorrido
Prazo 8 (oito) dias
Preparo
I - recolhimento de custas, salvo as 
hipóteses de isenção prevista em lei.
Preparo
II - recolhimento de depósito recursal do 
empregador, desde que devedor.
Procedimento
Petição de interposição endereçada ao TRT 
que prolatou a decisão acompanhada das 
Razões de Recurso de Revista que serão 
encaminhadas as TST.
20. Modelo de Recurso de Revista
 FOLHA DE ROSTO
AO PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO 
TRABALHO DA ___ª REGIÃO
Autos n.: (n. dos autos)
 RECORRENTE, já qualificado(a) nos autos da 
RECLAMAÇÃO/AÇÃO que lhe move o RECORRIDO, por 
seu advogadoe procurador que esta subscreve, vem, 
tempestivamente perante esse r. juízo, com fundamento no 
art. 896, a, b, c, §9º, ou §2º [de acordo com o procedimento] 
da Consolidação das Leis do Trabalho, interpor o presente 
RECURSO DE REVISTA conforme as razões anexas.
 Requer seja presente curso recebido e remetido ao igreja 
Tribunal Superior do Trabalho, ao Egrégio Tribunal Superior 
do Trabalho, juntando as guias de recolhimento do depósito 
recursal e das custas processuais.
 Termos em que,
 pede deferimento.
 
 Local e data.
 Advogado
 OAB
RAZÕES RECURSAIS
AO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA
Recorrente:
Recorrido: 
Origem: Tribunal Regional do Trabalho da __ª Região
Autos n.: (n. dos autos)
 Egrégio Tribunal
 Ínclitos Julgadores
 Em que pese o brilhantismo das decisões proferidas por 
aquela ínclita corte, o venerando acórdão proferido em sede 
de recurso ordinário, data vênia, merece ser reformado 
(total/parcialmente).
 Senão vejamos:
I. PREQUESTIONAMENTO
 A matéria em tela, constante nas razões recursais, 
encontra-se devidamente prequestionada No venerando 
23
acórdão recorrido, bem como em tese de embargo de 
declaração, como determina súmula 297 do TST.
II.TRANSCENDÊNCIA
 O presente recurso oferece necessário transcendência 
com efeitos jurídicos, respeitando, assim, o exigido no art. 
896-A, CLT.
III.REGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO
 Recorrente está representada nos autos por seu 
procurador regularmente constituído (fls. ).
IV.PREPARO
 As custas processuais e depósito recursal foram 
devidamente recolhidos, conforme comprovas guia de 
recolhimento anexas.
V.PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
 Pelo exposto acima, resta claro que o recorrente 
observou integralmente a instrução normativa 23/2003 do 
TST, apresentando todos os pressupostos de admissibilidade.
VI.DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL
 Discute-se nos presentes autos ...
 O TRT a quo adotou, em relação ao tema, os seguintes 
fundamentos:
“...” (fls. )
 Ocorre que precedente jurisprudencial abaixo 
colacionado As parte dessas mesmas premissas, mas adota 
entendimento diametralmente oposto ao adotado pelo v. 
acórdão recorrido, senão vejamos:
“...”
(TRT ... Região, Autos n. ..., ... Turma, 
rel. ..., DJE de ..., grifo nosso).
 Portanto, em simples análise das teses jurisprudenciais 
mencionadas e transcritas, demonstramos a presença da 
divergência jurisprudencial específica, apta autorizar o 
conhecimento do presente recurso de revista, por satisfazer os 
termos do art. 896, “a”, da CLT, bem como os requisitos 
previstos nas Súmulas 297 e 337, do TST.
VII.OFENSA LITERAL DA CONSTITUIÇÃO DA 
REPUBLICA E DE LEI FEDERAL
 O venerando acórdão recorrido afrontou a literalidade 
dos artigos ..., da Constituição Federal, e ..., da CLT, nos 
estritos termos das razões aduzidas, de acordo com o próprio 
mérito do litígio, acarretando a necessidade do presente 
recurso também ser conhecido em virtude do disposto na 
alínea “c” do art. 896 da CLT, porquanto ...
 
 Aguarda-se a criteriosa decisão de Vossas Excelências, 
que, por certo, conhecerão do presente recurso e lhe darão 
provimento para [descrever o objeto] ... a fim de que seja 
24
excluída a condenação e seja o recorrido condenado em custas 
e honorários sucumbenciais.
 Termos em que,
 pede deferimento.
 
 Local e data.
 Advogado
 OAB
25
SEÇÃO 3
Agravo de Instrumento
c) Agravo de Instrumento
1. Definição. O agravo de instrumento é, no processo 
do trabalho, o recurso cabível contra decisão que 
denega seguimento a recursos.
2.Fundamento legal. O agravo de instrumento está 
previsto no art. 897, b, da CLT.
3.Hipóteses de cabimento. Cabe agravo de 
instrumento dos despachos que denegarem a 
interposição de recursos.
4.Procedimento para Agravo de Instrumento. 
Segue a seguinte estrutura.
5. Prazo. o prazo do agravo de instrumento é de 8 
(oito) dias.
6.Preparo. Eu pagamento de custas de depósito 
recursal. 
a) Custas. não há pagamento de custas.
b) Depósito recursal. No ato de interposição do agravo 
de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 
50% do valor depósito do recurso ao qual se 
pretende dar prosseguimento (art. 899, §7º, CLT).
26
PRÁTICA DOS RECURSOS TRABALHISTAS 
1. Processo de Conhecimento
a) Recurso Ordinário
b) Recurso de Revista
c) Agravo de Instrumento
7. Procedimento e interposição. Agravo de 
instrumento interposto por simples petição 
direcionada ao juiz que proferiu a decisão, podendo 
exercer chamado juízo de retratação, o que levará o 
encaminhamento do recurso denegado.
Caso o juízo prolator não o faça, o agravo será julgado 
pelo tribunal que seria competente para conhecer o 
recurso cuja interposição foi denegada.
8. Efeitos. O agravo de instrumento é dotado de 
efeito apenas devolutivo.
9. Formação do instrumento do agravo. As 
partes devem promover, com as cópias das peças 
processuais obrigatórias e facultativas, a formação 
do instrumento do agravo, que se for provido, 
possibilitar ao imediato julgamento do recurso 
denegado. A petição de interposição será instruída:
a) obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, 
da certidão de intimação da decisão agravada, das 
procurações dos Advogados do agravante e do 
agravado, da petição inicial, da contestação, da 
decisão originária, o depósito recursal referente ao 
recurso que se pretende destrancar, da comprovação 
do recolhimento das custas e do depósito recursal a 
que se refere o §7º do art. 899 da CLT.
b) Se facultativa mente, com outras peças que o 
agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de 
mérito controvertida.
10. Contraminuta. O agravado será intimado para 
oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, 
instruindo-a com as peças que considerar 
necessárias ao julgamento de ambos os recursos.
11. Provimento do agravo. A turma que julgou 
agravo deliberará sobre o julgamento do recurso 
principal, observando-se o procedimento relativo 
ao recurso principal.
12. Roteiro para elaboração do Agravo de 
Instrumento.
27
PEÇA 
PROCESSUAL AGRAVO DE INSTRUMENTO
Fundamento legal CLT, art. 897, b.
Hipótese de 
Cabimento
Dos despachos que denegarem a 
interposição de recursos
Endereçamento Juízo prolator da decisão
Partes
Agravante
Partes
Agravado
Prazo 8 (oito) dias
 
13. Modelo de Agravo de Instrumento.
FOLHA DE ROSTO
AO JUÍZO DA __ª VARA DO TRABALHO DE 
(LOCALIDADE) - (ESTADO)
OU
AO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA __ª 
REGIÃO
OU
AO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Autos n. (n. dos autos)
 AGRAVATE, já qualificado(a) nos autos da 
RECLAMAÇÃO/AÇÃO TRABALHISTA que lhe move o 
AGRAVADO, por seu advogado e procurador que 
esta subscreve, vem, tempestivamente perante esse r. 
juízo, com fundamento no art. 897, “b”, da CLT, 
interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO 
conforme minuta anexa.
 Requer seja o presente agravo recebido e remetido 
ao Tribunal Regional do Trabalho da __ª Região, 
juntando a guia de recolhimento do depósito recursal 
28
Preparo
I - Não há recolhimento de custas.
Preparo II - Depósito recursal correspondente a 50% 
do valor do recurso ao qual se pretende dar 
prosseguimento.
Procedimento
Interposto por simples petição direcionada 
ao juízo que proferiu a decisão, podendo 
exercer o chamado juízo de retratação, o que 
levará ao encaminhamento do recurso 
denegado.
correspondente a 50% do valor do depósito do Recurso 
Ordinário.
OU
 Requer seja o presente agravo recebido e remetido 
ao Tribunal Regional do Trabalho da __ª Região, 
juntando a guia de recolhimento do depósito recursal 
correspondente a 50% do valor do depósito do Recurso 
de Revista.
OU
 Requer seja o presente agravo recebido e remetido 
ao Tribunal Regionaldo Trabalho da __ª Região, 
juntando a guia de recolhimento do depósito recursal 
correspondente a 50% do valor do depósito dos 
Embargos no TST Recurso Ordinário.
 Requer, ainda, a juntada das peças obrigatórias e 
facultativas previstas no art. 897, §5º, I e II, da CLT.
 Termos em que,
 pede deferimento.
 
 Local e data.
 Advogado
 OAB
MINUTA DO AGRAVO
MINUTA DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Recorrente:
Recorrido: 
Origem: __ª Vara do Trabalho de (LOCALIDADE) 
OU
 Tribunal Regional do Trabalho da __ª Região 
OU
 Tribunal Superior do Trabalho
Autos n.: (n. dos autos)
 Egrégio Tribunal
 Ínclitos Julgadores
 A respeitável decisão de admissibilidade do 
recurso (ESPECIFICAR) denegou seguimento ao apelo 
sob o fundamento de que não se vislumbra em tese as 
violações invocadas para o fim de impulsionar a subida 
do recurso, quais sejam, (...).
 Sem a quebra do devido respeito, o despacho 
denegatório deixou de atentar para as questões e 
29
fundamentos apresentados pelo agravante em seu 
apelo trancado. Vejamos:
 [DESENVOLVER OS ARGUMENTOS QUE 
DESENCADEARÃO O DESTRANCAMENTO DO 
RECURSO]
 Como acima demonstrado, houve um equívoco do 
Juízo de Primeira Instância, o que motivou o presente 
agravo.
[CONCLUSÃO]
 Guardado todo o exposto, requer se digne esse 
Tribunal Regional do Trabalho conhecer do agravo de 
instrumento e lhe dar provimento, para o fim de 
garantir o legitimo direito da agravante de dar 
seguimento ao seu recurso ordinário para imediato 
conhecimento e provimento dos seus termos.
 Termos em que,
 pede deferimento.
 
 Local e data.
 Advogado
 OAB
30

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