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121 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL Unidade IV 7 AÇÕES EMERGENCIAIS O gerenciamento de riscos em instalações ou atividades perigosas deve apresentar medidas de prevenção contra acidentes maiores, o que exige a atuação sobre a frequência de ocorrência de falhas que possam resultar em acidentes, bem como sobre as possíveis consequências desses acidentes, caso venham a acontecer. Isso poderá reduzir os impactos causados às pessoas e ao meio ambiente. O Plano de Emergência é parte integrante de um Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) e tem como objetivo reduzir ao máximo os danos causados por acidentes. Uma condição prévia para a elaboração de um plano adequado é obter um estudo minucioso de análise de risco, de forma que as tipologias acidentais, os recursos e as ações necessárias para minimizar os impactos possam ser dimensionados de maneira mais adequada. Assim, o estudo de análise de risco deve ser um pressuposto básico para a elaboração de um plano de emergência. No caso de acidentes maiores, a limitação dos danos é proporcional ao nível de planejamento. Portanto, um plano de emergência que seja cuidadosamente elaborado e implantado tem uma chance mais efetiva de evitar que um acidente se transforme num desastre. Um plano de emergência deve fornecer um conjunto de diretrizes e informações, com o objetivo de adoção de procedimentos lógicos, técnicos e administrativos estruturados para proporcionar respostas rápidas e eficientes em situações de emergência. De modo geral, o plano deve: • proporcionar a restrição dos possíveis danos a uma determinada área, dimensionada anteriormente, evitando que os impactos ultrapassem os limites de segurança previamente estabelecidos; • abranger todas as ações necessárias para impedir que circunstâncias, internas ou externas às instalações envolvidas no acidente, colaborem para o seu agravamento; • ser um recurso prático, que proporcione respostas rápidas e eficazes em situações emergenciais; • ser o mais objetivo e breve possível, abrangendo, de forma clara, as obrigações e responsabilidades dos envolvidos. O estudo de análise de risco deve ser considerado um pressuposto para a elaboração de um plano de emergência, porque dele devem ser extraídas, dentre outras, as seguintes informações: • cenários acidentais; 122 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV • consequências esperadas em cada uma das hipóteses acidentais consideradas; • possíveis impactos e áreas afetadas. A partir dessas informações, é possível programar a elaboração do plano de emergência, pois passa a ser mais fácil o dimensionamento das seguintes ações: • isolamento; • sinalização; • definição de pontos de encontro e rotas de fuga; • dimensionamento e localização estratégica de equipamentos de combate e de proteção individual; • definição de procedimentos de combate a vazamentos e incêndios. De modo geral, um plano de emergência para o atendimento a acidentes que envolvam produtos ou atividades perigosas deve conter a seguinte estrutura: • introdução; • características das instalações e atividades; • objetivo; • área de abrangência; • estrutura organizacional; • acionamento; • procedimentos de combate: — avaliação; — isolamento e evacuação; — combate a incêndios; — controle de vazamentos; — reparos de emergência; — ações de rescaldo (pós-emergenciais). 123 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL Embora possam ser definidos procedimentos padronizados, é importante que sejam determinadas ações de combate compatíveis com os possíveis danos esperados em cada uma das hipóteses acidentais estudadas e seus respectivos cenários. Os resultados dos estudos de consequências, alcançados por meio de modelos de simulação, podem proporcionar dados importantes para estabelecer ações específicas. O isolamento e a evacuação de áreas, por exemplo, devem ser planejados com base nas distâncias dos vazamentos ou em outros fenômenos previamente estudados. O êxito de uma operação de atendimento a acidentes maiores está intimamente ligado às ações de resposta previstas e iniciadas por um plano de emergência. Assim, para que as ações previstas tenham os resultados esperados em situações emergenciais, o plano deve ser devidamente divulgado internamente, além de ter integração com outros planos locais e regionais, junto a outras entidades que certamente deverão atuar em conjunto na resposta aos acidentes. A implantação do plano, além da divulgação, está relacionada ao suprimento dos recursos, humanos e materiais, necessários e compatíveis com o tamanho das ocorrências que podem necessitar atendimento. Da mesma forma, faz parte da aplicação do plano a implementação e a manutenção de um programa de treinamento, com diferentes níveis de dificuldade, abrangendo treinamentos teóricos e individuais, além de exercícios de campo e operações simuladas de coordenação. Após a etapa de implantação, um plano de emergência deve ser atualizado e revisado de forma periódica, de acordo com a experiência adquirida ao longo do tempo, tanto nos atendimentos reais quanto nos treinamentos. É importante que a manutenção do plano contemple as seguintes atividades: • sistema de atualização de informações; • registros dos atendimentos realizados; • reavaliação periódica dos procedimentos; • reposição e renovação de recursos. 7.1 Proteção contra incêndios Para o surgimento do fogo, são necessários os seguintes elementos: combustível, comburente, calor e reação em cadeia. Dispostos de forma conjunta, tais elementos constituem o tetraedro do fogo e são responsáveis pela origem do processo de combustão. As particularidades de cada elemento do tetraedro e suas funções básicas nessa reação química são: • combustível: é todo material, em estado sólido, líquido ou gasoso, com capacidade para queimar e, assim, alimentar a combustão; • comburente: é o elemento que possibilita vida às chamas, por meio do consumo do oxigênio no ambiente; 124 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV • reação em cadeia: é o processo contínuo do fogo por meio da combustão dos gases inflamáveis, da fumaça, de resíduos particulados e do oxigênio ainda presente, gerando mais fogo, sucessivamente; • calor: é uma forma de energia na qual as moléculas aumentam sua velocidade e sua vibração, elevando a temperatura de determinado material ou substância, em virtude de um processo físico ou químico. A propagação do fogo será interrompida com o uso de um determinado agente extintor que tenha como finalidade eliminar um ou mais componentes do tetraedro do fogo, extinguindo a combustão. Apesar de ser um fenômeno natural, o fogo tem particularidades que dão a impressão de que ele “age por vontade própria”, como se tivesse “vida”. No entanto, trata-se de uma reação químicaoxidante de alta destruição, que deve ser estudada para evitar desastres sem proporções e para ser combatida de forma que diminua danos à comunidade, ao patrimônio e ao meio ambiente. Como o incêndio pode ocorrer em ambientes fechados, locomove-se e é influenciado por agentes externos, é de vital importância adotar procedimentos corretos no combate a ele para resguardar a segurança física dos brigadistas e do Corpo de Bombeiros. Saiba mais Cada Estado possui uma Corporação de Bombeiros, pois estes são profissionais militares. É interessante fazer uma busca em seu Estado e visitar o site do Corpo de Bombeiros de sua região. É possível encontrar informações sobre cursos, legislação e vistorias. A seguir, alguns endereços eletrônicos do Corpo de Bombeiros de diferentes localidades: <http://www.bombeiros.pa.gov.br/>. <http://www.cbm.sc.gov.br/hotsite/>. <http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/>. <http://www.pm.ba.gov.br/bombeiros/>. <https://www.cbm.df.gov.br/>. Um incêndio pode se estender de forma contínua e progressiva para outros setores, pavimentos e edificações vizinhas por meio do calor, propagando-se de três diferentes maneiras: • convecção: transferência de calor por meio de camadas de ar quente (gases) de forma ascendente (subida); 125 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL • condução: transferência de calor, de molécula a molécula, multiplicando-se em um mesmo corpo sólido, aquecendo-o em toda a sua extensão; • irradiação: transferência de calor por meio de ondas caloríficas, irradiando em todas as direções, possibilitando o surgimento de focos no que estiver ao redor. Os incêndios são classificados com a finalidade de avaliar a periculosidade dos materiais envolvidos em possíveis ocorrências e, com isso, utilizar o agente extintor adequado no combate a esses incêndios, conforme as particularidades de cada sinistro. Esta classificação foi elaborada pela entidade americana National Fire Protection Association (NFPA) e é aceita internacionalmente pelos Corpos de Bombeiros, inclusive nas corporações do Brasil e nas instruções técnicas vigentes no País. Classe A – incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel e tecido etc. Esses materiais apresentam duas propriedades: deixam resíduos quando queimados (brasas, cinzas, carvão) e queimam em superfícies e em profundidade. Classe B – incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina, querosene etc. Esses materiais apresentam duas propriedades: não deixam resíduos quando queimados e queimam somente em superfície. Classe C – incêndio em equipamentos elétricos energizados, como máquinas elétricas, quadros de força etc. Ao ser desligado o circuito elétrico, o incêndio passa a ser de classe A. Importante: não jogue água em fogo de classe C (material elétrico energizado), porque a água é boa condutora de eletricidade. Classe D – incêndio em metais que inflamam facilmente, como alumínio em pó, magnésio, carbonato de potássio etc. Não jogue água neste incêndio, pois na presença da água esses metais reagem de forma violenta (SÃO PAULO, 2011a, p. 14-5). Observação Apesar de pouco divulgadas, existem mais duas classes de incêndio reconhecidas internacionalmente no combate a incêndios: • Classe E: que trata do fogo em materiais radioativos e nucleares. • Classe K: que trata do fogo em cozinhas industriais e similares (banha, gordura e óleo). 126 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV 7.1.1 Métodos de extinção de incêndios Para que a inibição do princípio das chamas, durante sua propagação descontrolada, não atinja o estágio de um incêndio generalizado, devem ser utilizados métodos e equipamentos adequados para a extinção do fogo. Assim, é importante anular um ou mais elementos que compõem o tetraedro do fogo, quebrando o ciclo de alimentação das chamas. O procedimento correto para a interrupção desse ciclo constante é a utilização dos métodos de extinção de incêndio obedecendo às características de cada classe de incêndio e, desse modo, oferecendo um combate com maior eficiência e sem riscos adicionais na hora da ocorrência. São métodos eficientes para a extinção do fogo: • isolamento: trata-se da retirada do material combustível que ainda não foi atingido, evitando o aumento da área incendiada; • resfriamento: consiste na retirada do calor do material combustível, diminuindo sua temperatura com a utilização de água; • abafamento: é a retirada do comburente (oxigênio), eliminando o elemento que intensifica a propagação do fogo e utilizando agentes extintores de origem natural (areia, terra) ou químico (bicarbonato de sódio, sulfato de alumínio, grafite em pó); • quebra da reação em cadeia: consiste na interrupção da reação em cadeia, bloqueando o seu ciclo contínuo diretamente na área das chamas, com agentes extintores que reajam ao contato com o fogo e eliminem o comburente. 7.1.2 Extintores de incêndio A melhor opção para o combate de princípios de incêndio são os extintores portáteis, ou sobre rodas, que têm como finalidade extinguir pequenos focos em ambientes pequenos ou outras situações em que o fogo não saiu do controle. No entanto, devem ser utilizados com agilidade e manuseio correto, pois suas cargas são suficientes para ocorrências rápidas e podem esvaziar em pouco tempo. Como qualquer equipamento de segurança, os extintores só deverão ser utilizados se obedecerem às normas brasileiras ou aos regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Além disso, para o melhor aproveitamento dos extintores em situações de emergência, é preciso observar as diretrizes de instruções técnicas e as normas vigentes em relação ao seu uso e acondicionamento. Os extintores de incêndio e suas aplicações são classificados, de acordo com a classe de fogo a extinguir, da seguinte forma: • extintor de espuma: usado nos fogos das Classes A e B (abafamento e resfriamento); 127 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL • extintor de gás carbônico: indicado nos fogos das Classes B e C, e na Classe A em seu início (abafamento); • extintor de pó químico seco: usado nos fogos das Classes B e C (abafamento); • extintor de água pressurizada: indicado nos fogos de Classe A (resfriamento). Observação Para o uso correto do extintor, é essencial transportá-lo até as proximidades do fogo, soltar a trava de segurança e apontar o mangotinho para a base do fogo, apertando o gatilho. 7.2 Sistemas de alarmes Em qualquer ocorrência que possa causar algum evento adverso que venha a colocar em risco o patrimônio, o meio ambiente e principalmente a vida humana, devem ser adotados procedimentos técnicos de prevenção. Com relação à proteção contra incêndios, não poderia ser diferente. A utilização de um sistema provido de alarmes de detecção de incêndios é importante para a antecipação do surgimento desses sinistros. Para maior eficiência em um trabalho preventivo, nesse aspecto, é necessária a implantação de equipamentos que atendam às principais normas, instruçõestécnicas e legislações vigentes para se obter um aparelhamento de segurança de forma criteriosa e ampla, que alcance todo o ambiente a ser protegido. Um sistema de alarme e detecção de incêndio, dependendo do porte físico da área a ser instalada (cinemas, indústrias, shopping depósitos), deve conter: • detectores térmicos de fumaça e de gases; • alarmes de emergência; • dispositivos de pronta-resposta; • dimensionamento adequado do sistema; • central de alarme (controle e supervisão). Os detectores de incêndio têm a finalidade de registrar e analisar a presença ou a variação de fenômenos físicos (calor) ou químicos (GLP, gases inflamáveis), transmitindo essas informações a uma central de controle e acionando outros dispositivos de segurança. Os principais detectores de incêndio são os descritos a seguir. • Detectores de temperatura: quando há alteração de temperatura no ambiente, ultrapassando um valor preestabelecido. Podem ser classificados em: 128 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV — Detectores térmicos: detectam a ultrapassagem de temperaturas predeterminadas, que indiquem o princípio de incêndio de forma convicta. — Detectores termovelocimétricos: detectam a rápida elevação da temperatura em ambientes com presença de calor, fumaça e gases, e que poderiam indicar falsamente os princípios de incêndio em locais como saunas e cozinhas industriais. — Detectores lineares: detectam variações de temperatura por meio de cabos com pequenos sensores. São indicados para grandes áreas e longas distâncias, como túneis de metrô, linhas de gás e refinarias. • Detectores de fumaça: são dispositivos para detecção de fumaça, gases e partículas, e são classificados em: — Detectores iônicos: são dispositivos que detectam gases ou partículas, visíveis ou não, ainda na fase de pré-combustão, antes que se inflamem e se transformem em chamas. — Detectores ópticos: detectam sinais visíveis, indicando a presença de fumaça. — Detectores por aspiração: detectam partículas de fumaça em pré-combustão suspensas no ar, que são aspiradas, por meio de dutos, para uma câmara sensível na qual são analisadas suas variações de temperatura. • Chuveiros automáticos (sprinklers): são detectores providos de bico com ampola que se estilhaçam a uma temperatura preestabelecida. Ao detectarem elevação de temperatura e/ou presença de fumaça e gases, liberam água pressurizada canalizada e iniciam imediatamente o combate ao fogo. Além disso, possibilitam a redução do calor, fornecendo, assim, condições de fuga para as possíveis vítimas. 7.2.1 Acionadores manuais e alarmes Acionadores manuais são alarmes que devem ser utilizados com a finalidade de aviso de emergência para a população de uma determinada área em caso de ocorrência de um sinistro de grande porte que venha a oferecer risco iminente a todos, necessitando, assim, de rápida retirada para um local seguro. Seu acionamento depende da ação humana e serve como aviso nos mais variados desastres – incêndios, inundações, perigo de desabamento –, por isso devem ser utilizados somente em casos de máxima urgência ou em exercícios simulados de plano de abandono. Conforme as orientações dos requerimentos legais, os acionadores manuais devem obedecer à seguinte padronização: • serem instalados em áreas com grande trânsito de pessoas (corredores, saídas principais, áreas de lazer); 129 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL • possuírem dispositivo que impeça o acionamento acidental; • serem instalados em locais visíveis; • os botões acionadores devem estar acondicionados em caixas lacradas, com tampa de vidro ou de plástico quebrável e pintados nas cores padronizadas (geralmente vermelho); • a caixa deve conter a inscrição “quebrar em caso de emergência”. Todos os detectores de incêndio, chuveiros automáticos e acionadores manuais devem ser instalados em número suficiente e que atenda às necessidades das áreas a serem protegidas. As campainhas devem emitir som em tonalidade diferente daquelas dos alarmes sonoros dos estabelecimentos, dos pavimentos ou das edificações locais, para possibilitar sua distinção. Todos os dispositivos de detecção de incêndio e alarmes devem estar conectados a uma central de alarme, em local seguro, de preferência em setores afastados do prédio principal, como portarias, ou em áreas com pouca probabilidade de serem atingidas por um incêndio ou outros sinistros de grande porte. Dependendo do porte das instalações físicas do empreendimento e do grau de risco, é importante que essa central tenha interligação com outros dispositivos de segurança para controle e supervisão, como: • verificação dos níveis das caixas d’água; • pressurização das linhas de hidrantes e chuveiros sprinklers; • desenergização de todas as áreas, inclusive das saídas de emergência, escadarias e portas corta-fogo; • sistema de comunicação direta com o Corpo de Bombeiros e com a brigada de incêndio. 7.3 Riscos de explosões Uma preocupação são os incêndios causados por explosões provenientes de armazenamento inadequado de produtos perigosos. É de suma importância o conhecimento das características e dos perigos de produtos utilizados nas dependências específicas de cada área de atuação (como os setores produtivos), para servir como parâmetro na adoção de medidas de prevenção, emergência e treinamento. Quaisquer procedimentos de prevenção devem ser baseados em medidas técnicas elaboradas por profissionais com conhecimento em segurança do trabalho, prevenção em combate a incêndios, profissionais da área ambiental e outros que estejam familiarizados com as normas técnicas vigentes quanto ao assunto em questão, como: • Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. • Normas Brasileiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 130 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV • Instruções Técnicas dos Corpos de Bombeiros. • Legislações ambientais. • Outras leis e normas regulamentadoras. 7.3.1 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) O GLP, ou gás de cozinha, como é popularmente conhecido, é um líquido inflamável derivado do petróleo, confinado sob pressão em um recipiente metálico (botijão). Esse material é composto por propano e butano, não é tóxico, é asfixiante, mais pesado que o ar e inodoro (o cheiro ocorre em razão de um produto denominado mercaptana, adicionado ao GLP). Em áreas industriais e edificações residenciais, é obrigatório seu armazenamento em locais externos (baterias de gás), com fornecimento canalizado. É importante a instalação de detectores desses gases em cozinhas industriais, refinarias e outros locais em que se faça necessário, para a inibição de vazamentos. No caso de residências particulares, nas quais o histórico de acidentes é muito alto e geralmente os botijões estão em locais confinados, são necessários alguns cuidados em caso de vazamentos: • nunca acionar interruptores de luz; • abrir portas e janelas; • fazer ventilação manual; • isolar a área e acionar o Corpo de Bombeiros. 7.4 Brigada de incêndio O incêndioé um evento de emergência. Se não houver uma preparação do contingente de pessoas envolvido no combate ao fogo, poderá haver pânico e, consequentemente, mais vítimas. Isso pode ser evitado com os exercícios de alerta, para que não ocorram danos maiores por falta de conhecimento técnico e operacional do fogo, dos equipamentos de combate e das rotas de fuga. É necessário o apoio de pessoas treinadas para exercer a função de controlar a situação e ditar comandos e orientações até a chegada do Corpo de Bombeiros. Por isso, é importante a implantação de uma brigada de incêndio, pois ela realizará as primeiras ações de combate ao fogo no seu início e fará o atendimento às primeiras vítimas, até a chegada de ajuda especializada. Mais que uma necessidade, a formação da brigada é obrigatória, como determina a Instrução Técnica nº 17/2011 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo e de outras corporações, bem como a NR 23, de Segurança e Medicina do Trabalho, que determina ao empregador a incorporação de grupos de pessoas que possam atender a essa finalidade. 131 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL Com o intuito de alcançar uma preparação adequada, os candidatos a brigadistas devem passar por um curso de formação para atender aos requisitos mínimos de treinamento e ter aproveitamento satisfatório tanto na aplicação prática quanto na teórica. Conforme a IT nº 17/SP (SÃO PAULO, 2011b), o profissional habilitado para a formação e a reciclagem da brigada de incêndio deve preencher os seguintes requisitos: • ter formação em Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho e ser devidamente registrado nos conselhos regionais competentes ou no Ministério do Trabalho; • o médico e o enfermeiro do trabalho só podem se responsabilizar pelo treinamento de primeiros socorros; • ter Ensino Médio completo e especialização em Prevenção e Combate a Incêndio. As principais atribuições da brigada de incêndio são: • ações de prevenção: análise de riscos, notificações de irregularidades, orientação à população fixa e à flutuante, participação nos exercícios simulados e conhecimento do plano de emergência; • ações de emergência: alarme, abandono de área, acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou de ajuda externa, corte de energia, primeiros socorros, combate ao princípio de incêndio, recepção e orientação do Corpo de Bombeiros. 7.5 Plano de abandono Para maior eficiência na retirada da população local em caso de ocorrência de incêndio, um plano de abandono deve ser implantado, e seu treinamento deve ser feito por meio de exercícios simulados envolvendo todas as pessoas pertencentes à área de interesse (setores, pavimentos, edificações). Esses exercícios devem atender a certos requisitos para um plano de abandono correto e bem-preparado: • ser realizados periodicamente e, de preferência, sem aviso; • ser o mais próximos possível da realidade; • ser realizados sob a direção de grupos de pessoas capazes de prepará-los e dirigi-los. Tais exercícios têm a finalidade de averiguar a eficiência do que foi planejado e executado, como: • o tempo gasto no abandono; • o tempo gasto no atendimento aos primeiros socorros; • a atuação da brigada; 132 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV • o comportamento da população; • o tempo gasto até a chegada do Corpo de Bombeiros; • falhas operacionais e de equipamentos; • ponto de encontro. O plano de abandono é parte integrante do conteúdo de formação da brigada de incêndio e, sempre que possível, deve ser trabalhado em conjunto com integrantes de outras áreas, como os colaboradores envolvidos na segurança do trabalho (SEMST e Cipa), e de outros setores da empresa (segurança patrimonial, manutenção e outros), com a intenção de alcançar melhorias no planejamento dos exercícios e de promover participação na parte preventiva. Para uma melhoria contínua, é importante atentar a outros detalhes que possam ser úteis nos planos de emergência, como deixar em local visível e acessível telefones de emergência (Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícias Civil e Militar, hospitais etc.), mapas dos arredores para possível locomoção de transporte das vítimas e planos de ajuda mútua com empresas e edificações vizinhas, em caso de necessidade. Observação Para que o plano de abandono tenha êxito, são importantes treinamentos periódicos envolvendo a equipe da brigada e a população local. 7.6 Plano de gerenciamento de risco 7.6.1 Sistema de gestão Ao estudarmos as funções administrativas, verificamos que o planejamento, a organização, a coordenação, a direção e o controle constituem-se no processo de gerir pessoas e organizações em busca da realização dos objetivos propostos. Sistema de Gestão, segundo Cicco (1996 apud MULATINHO, 2001), [...] é um conjunto, em qualquer nível de complexidade, de pessoas, recursos, políticas e procedimentos, componentes esses que interagem de modo organizado para assegurar que [...] uma dada tarefa seja realizada, ou para alcançar um resultado especificado (CICCO, 1996 apud MULATINHO, 2001, p. 45). Já segundo Cardella (1999 apud MULATINHO, 2001, p. 45), “Sistema de Gestão é um conjunto de instrumentos inter-relacionados, interatuantes e interdependentes, que a organização utiliza para planejar, operar e controlar suas atividades para atingir objetivos”. 133 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL A gestão eficiente e eficaz é feita de forma que as necessidades e os objetivos das pessoas sejam consistentes e complementares aos objetivos da organização a que elas estão ligadas. Os objetivos de uma organização devem ser definidos de forma clara e concisa, comunicados a todos os níveis hierárquicos e conhecidos por todos os elementos envolvidos na execução dos trabalhos. Segundo Cardella (1999 apud MULATINHO, 2001, p. 46), a empresa é, ao mesmo tempo, uma unidade de produção e uma organização social sobre a qual influi a realidade social, econômica e cultural de seus trabalhadores e consumidores, e “são instrumentos do sistema de gestão: princípios, objetivos, estratégias, política, diretrizes, sistemas organizacionais e operacionais, programas (projetos, metas, planos), atividades, métodos, normas e procedimentos”. Estes instrumentos de gestão podem ser definidos da seguinte forma: • Princípio é a base sobre a qual o sistema de gestão é construído. Resulta da filosofia, do paradigma dominante. • Objetivos são os resultados que se deseja atingir. • Estratégia é um caminho para atingir o objetivo. • Política é um conjunto de regras comportamentais ou colocação dos objetivos como guia para a ação administrativa. • Diretriz é uma orientação, são linhas mestras de ação para cada área de trabalho. • Sistema organizacional é um sistema no qual as relações entre pessoas predominam sobre as relações entre equipamentos. • Sistema operacional é aquele em que predominam as relações entre equipamentos sobre as relações entre pessoas. • Programa é um conjunto de ações desenvolvidas dentro de um determinado campo de ação. É constituído por objetivos específicos,diretrizes, estratégias, metas, projetos, atividades e planos de ação. • Meta é um ponto intermediário na trajetória que leva ao objetivo. • Projeto é a menor unidade de ação com características repetitivas, utilizadas para atingir e/ou manter metas e objetivos. • Plano de ação é um conjunto de ações integradas para atingir determinada meta, com indicação de quem, quando e onde serão executadas. 134 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV • Método é um caminho geral para resolver problemas. • Normas são regras que asseguram os procedimentos. Regras são restrições impostas a procedimentos, processos, operações ou equipamentos. • Procedimento é o detalhamento de atividades que devem ser executadas. Observação “A gestão eficiente e eficaz é feita de forma que as necessidades e [os] objetivos das pessoas sejam consistentes e complementares aos objetivos da organização a que elas estão ligadas” (CARDELLA, 1999, p. 51). Existe uma grande diferença entre gerenciar pessoas e gerenciar com pessoas. No primeiro caso, as pessoas são o objeto da gerência, elas são guiadas e controladas para o alcance de determinados objetivos. No segundo caso, as pessoas são o sujeito ativo da gerência, elas é que guiam e controlam para alcançar determinados objetivos individuais e organizacionais. Segundo Chiavenato (1997 apud MULATINHO, 2001, p. 48), gerenciar é chegar a um alto grau de cooperação e de comprometimento, isto é, mais do que gerenciar pessoas, é gerenciar com pessoas. Esse é o caminho para a modernização e a competitividade das empresas. Toda atividade acidental, supérflua ou residual deve ser eliminada prontamente. O gerente precisa ser objetivo, tornar a organização mais flexível, mais elástica, mais maleável, mais rápida e, sobretudo, mais humana. Na realidade, gerenciar com pessoas é a principal consequência da gerência participativa. O gerenciamento participativo é uma evolução do processo democrático e constitui uma forma de administração na qual as pessoas tenham possibilidades de: participar; questionar; discutir; sugerir; e alterar um projeto, uma decisão ou uma proposta. Todas as pessoas têm visão clara do negócio, conhecem os objetivos e as metas pretendidas, e as decisões são do grupo, mediante consenso e máximo envolvimento das pessoas. As responsabilidades são definidas para permitir a contribuição pessoal e a grupal. O futuro das organizações está: na administração participativa; no envolvimento dos profissionais; no clima organizacional (sentimento em relação à empresa); na valorização da mudança; na liderança situacional; no planejamento estratégico situacional; na responsabilidade objetiva; na democratização das informações; na valorização do trabalho; e na valorização dos clientes. A administração participativa representa o envolvimento das pessoas na gestão da empresa, supõe um processo de mudança cultural. Nas empresas em que as pessoas são ouvidas, as ideias e sugestões podem fluir com mais facilidade, trazendo importantes contribuições para os negócios (CHIAVENATO, 1994 apud MULATINHO, 2001). 135 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL 7.6.2 Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho/British Standard – BS8800 A Norma BS 8800 é de origem britânica, elaborada pelo Occupational Health and Safety Management – Comitê Técnico HS de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho. Levou aproximadamente 15 meses para ser discutida a aprovada oficialmente. Entrou em vigor no dia 15 de maio de 1996. Trata-se de um guia de diretrizes aplicável a qualquer organização, independentemente do tamanho ou da natureza do negócio. Compatível com as Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho, complementar a outros Sistemas de Gestão existentes e integrável à ISO 9001 e à ISO 14001, fornece a estrutura (diz o que fazer). Os anexos da norma dão detalhes de como implementar os vários elementos do sistema – a norma diz como fazer, não é certificável, recebe da entidade certificadora apenas um certificado que atesta a conformidade aos requisitos da norma. Norma é uma regra que estabelece como o serviço deve ser realizado, é um documento que contém instruções estruturadas e objetivas com fins determinados. Essa norma tem como objetivos principais aumentar a eficiência produtiva; fortalecer a competição de mercado; facilitar acesso à informação, de forma organizada, sistemática e criteriosa, constituindo um instrumento de consulta permanente para todas as pessoas da empresa; padronizar e uniformizar o desempenho das pessoas; assegurar a compatibilidade física e funcional; propiciar gerenciamento eficaz de processos; e contribuir para o bem-estar do cidadão. A norma BS 8800 propõe um modelo de gestão, dá orientações quanto ao desenvolvimento de Sistemas de Gestão da SST e à ligação com outras normas sobre Sistemas de Gestão, devendo-se observar a influência dos fatores humanos, culturais, políticos etc. dentro das organizações que podem determinar ou destruir a eficácia de qualquer Sistema de Gestão. Tais fatores devem ser analisados cuidadosamente quando da implementação do guia. A partir de critérios definidos, as organizações poderão ser capazes de estabelecer procedimentos para definir políticas e objetivos, implementar o Sistema de Gestão de SST e demonstrar que os atingiram. É necessário tratar a segurança e a saúde no trabalho como um sistema, buscando sinergia e otimização do desempenho das várias partes funcionais de uma empresa. No Brasil, algumas organizações estão adotando a BS 8800 como padrão de referência do sistema de gestão de SST. De acordo com Cicco (1996 apud MULATINHO, 2001), para a implantação de um Sistema de Gestão eficaz, deverão ser observados o porte da organização, as atividades desenvolvidas, os perigos existentes e as condições de funcionamento para a definição da forma e da extensão dos elementos a serem aplicados. A BS 8800 abrange alguns elementos do Sistema de Gestão, como os seguintes. • Análise crítica da situação: o objetivo é fazer o diagnóstico da situação atual da empresa, analisando as ações que estão sendo desenvolvidas, e adequá-las no processo de planejamento do Sistema de Gestão. 136 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV • A política de SST: consiste em características, como o comprometimento da alta administração com o desempenho dos negócios e o reconhecimento da importância da SST; o fornecimento de recursos; o estabelecimento de objetivos e o envolvimento e treinamento de funcionários de todos os níveis; e a realização de auditoria periódica de conformidade com a política. • Planejamento: significa visualizar o futuro e traçar o programa de ação definindo o que, quem, onde, quando, para que o resultado desejado seja atingido, ressaltando, nesse planejamento, a importância da avaliação de riscos que deve ser realizada pela organização. • Implementação e operação: a norma prevê a existência de um representante da alta administração para coordenar e garantir a implementação e o desempenho do sistema. • Verificação e ação corretiva: a mensuração do desempenhoconsiste em identificar os erros ou desvios, a fim de corrigi-los e evitar sua repetição, bem como em informar se tudo está sendo realizado em conformidade com o que foi planejado e organizado, para assegurar que os objetivos sejam atingidos. • Análise crítica pela administração: deverão ser realizadas análises críticas periódicas para identificar que ação é necessária para corrigir quaisquer deficiências, observando-se o desempenho macro do Sistema de Gestão de SST; o desempenho dos elementos individuais do sistema; as observações das auditorias; fatores internos e externos, como mudanças na estrutura organizacional; pendências legais; introdução de novas tecnologias; e outros. Além desses elementos, a BS 8800 conta com seis anexos, nomeados: A, B, C, D, E e F. O Anexo A mostra a inter-relação deste guia com a ISO 9001, bem como orienta as organizações que já operam ou que desejam operar a norma internacional sobre Sistemas de Gestão de Qualidade, para integrar a SST ao seu Sistema de Gestão planejado ou existente. O Anexo B contém orientações em relação à organização, bem como fornece orientação sobre alocação de responsabilidades e organização de pessoas, recursos, comunicações e documentação para definição e implantação da política e administração eficaz do SST. O planejamento e a implementação do SST estão contidos no Anexo C, que descreve um procedimento de planejamento que as organizações que desejem desenvolver qualquer aspecto do seu Sistema de Gestão podem utilizar. O Anexo D explica a necessidade, os princípios e a prática da avaliação de riscos de SST, considerando a natureza de suas atividades e a gravidade de seus riscos. O Anexo E mostra diversas maneiras de adotar a mensuração do desempenho e explica a sua necessidade. É necessário que os responsáveis por essa atividade sejam competentes em fazê-la. O Anexo F orienta sobre como operar um sistema de auditoria de Segurança e Saúde no Trabalho, de acordo com as necessidades e o tamanho das organizações, imprescindível para o funcionamento de um Sistema de Gestão eficaz, bem como define as decisões-chave e mostra como dirigi-las. Esse guia poderá ser utilizado em organizações de grande, médio e pequeno porte, independentemente das atividades que realizam. Auxilia no conhecimento dos processos produtivos e administrativos de uma empresa, identificando aqueles que podem motivar a ocorrência de incidentes críticos, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Quanto à aplicação, deverá ser realizada proporcionalmente, de 137 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL acordo com o levantamento das necessidades feito por cada organização. A administração da empresa deve definir, documentar e ratificar sua política de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). A gestão efetiva de um Sistema de Gestão de SST determina a redução de custos e promove a eficiência dos negócios. 7.6.3 Inspeções e relatórios de segurança Para que se possam observar as não conformidades relacionadas à segurança do trabalho, é importante que se inspecionem os aspectos importantes que a compõem, como os dispositivos de segurança, os equipamentos de proteção, os locais de trabalho, os procedimentos operacionais e outros fatores de gestão de segurança do trabalho, por meio de medidas de controle e averiguação, e que se ateste a eficácia dos trabalhos de prevenção. Uma das formas mais conhecidas de inspecionar os locais de trabalho e, ao mesmo tempo, orientar os trabalhadores – e que é muito utilizada pelos profissionais do SESMT – é o Diálogo Diário de Segurança (DDS). Este tem como finalidade despertar diariamente a conscientização prevencionista nos colaboradores, por meio de conversas rápidas, durando em torno de cinco minutos, no próprio local de trabalho e com assuntos relacionados às atividades exercidas na empresa. O DDS não é uma reunião, mas deve ser considerado como um momento de reflexão, conscientização, orientação e até mesmo de cobrança a respeito de procedimentos que não estão sendo cumpridos. Por isso a importância do registro da presença dos participantes como garantia da ciência deles sobre os assuntos tratados. Falando em prevenção, é importante a conscientização sobre a necessidade de instrumentos de checagem, que só são possíveis por meio de um relatório de inspeção para averiguação de requisitos de segurança, manutenção e procedimentos obrigatórios em máquinas e equipamentos, como os exigidos na NR 13 e na NR 23. A adoção de instrumentos de checagem, além de obrigatória, tem a vantagem de não permitir que itens importantes sejam esquecidos na inspeção, principalmente, em dispositivos que requeiram atenção rigorosa, como averiguações de avarias físicas nos equipamentos, datas de validade de manutenção, substituição de dispositivos de segurança e recomendações. Em alguns casos, se negligenciada, a falta da checagem pode resultar em graves acidentes, como incêndios e explosões. Ao profissional de segurança do trabalho, é requerido que esteja atento à elaboração de documentos atribuídos à sua área, pois há uma infinidade de anexos nas Normas Regulamentadoras do MTE que servem de modelo na criação de matrizes para relatórios, atas de reunião e documentos de controle, além de outras finalidades. Os relatórios de segurança também têm o propósito de descrever acidentes, incidentes, irregularidades, medidas de correção, dentre outras informações importantes e que devem constar por obrigatoriedade 138 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV legal e para facilitar a análise do acidente e do sinistro na empresa, como data da ocorrência, dados do empregador e do empregado e descrição dos acontecimentos. 7.6.4 Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat) A Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat) é um evento muito importante. É o momento em que a Cipa e o SESMT têm a oportunidade de acentuar ainda mais os conceitos prevencionistas a respeito da segurança do trabalho e da saúde ocupacional, que muitas vezes são negligenciados por funcionários e até pelos próprios empregadores, que ainda enxergam esse nobre evento como mera obrigação legal. Trata-se de uma semana dedicada a palestras, avaliações médicas e reuniões especiais com a finalidade de promover para todos os envolvidos uma reflexão sobre a conscientização acerca da segurança não só dentro da empresa, mas também em seus lares, no lazer, no trânsito e em outras atividades sociais. Alguns temas que podem ser abordados, não só para os empregados, mas, se possível, estender-se a outros atores da sociedade: • campanha de prevenção da aids; • campanha de prevenção e conscientização sobre o alcoolismo e o consumo de drogas; • acidentes de trânsito em virtude do consumo de álcool; • consequências do uso do tabaco; • incentivo à doação de sangue; • qualidade de vida e mudança de estilo de vida (alimentação, atividade física, lazer etc.). Lembrete O gerenciamento de risco em instalações ou atividades perigosas deve apresentar medidas de prevenção contra acidentes maiores, o que exige a atuação sobre a frequência de ocorrência de falhas que possam resultar em acidentes, e as possíveis consequências desses acidentes, caso venham a acontecer. 8 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO E A PREVIDÊNCIA SOCIAL 8.1 Previdência Social A PrevidênciaSocial é um seguro que garantirá uma renda ao trabalhador ou à sua família quando ocorrer perda temporária ou permanente da capacidade de trabalho em decorrência dos riscos sociais. 139 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL A Lei Elói Chaves, criada em janeiro de 1923, por meio do Decreto nº 4.682, foi considerada a primeira lei brasileira de Previdência Social. Tudo começou com a Caixa de Aposentadorias e Pensões destinada aos empregados de empresas ferroviárias, criada pelo Congresso Nacional, que os beneficiava com assistência médica, remédios subsidiados, auxílio-funeral e pensões para seus dependentes. Em 1926, os benefícios foram estendidos também para os trabalhadores das empresas portuárias e marítimas. Com a Era Vargas, em 1930, houve a reestruturação da Previdência Social, sendo incorporadas praticamente todas as categorias de trabalhadores urbanos. Ocorreu a criação de grandes Institutos Nacionais de Previdência. O financiamento dos benefícios começou a ser repartido entre os funcionários, os empregadores e o Governo Federal, em observação à seguridade social, o que foi um conceito inspirado na legislação previdenciária americana, com uma nova concepção de seguro social total que procurava abranger toda a população na luta contra a miséria, auxiliando na garantia de condições sociais dignas. A Lei Orgânica de 1960 originou a doutrina previdenciária atual. A Previdência Social foi elevada à condição de Instituto, passando a abranger quase todos os trabalhadores urbanos brasileiros. Também unificou a legislação previdenciária relativa a todos os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IPAs): Marítimos, Bancários, Trabalhadores em Estiva e Transporte de Cargas, Industriários e Servidores do Estado. Cria-se, portanto, o princípio da universalidade, incluso na Constituição Federal de 1988. Criado em 1967, o Instituto Nacional da Previdência Social (INPS), por meio da fusão dos IAPs, era responsável por toda a assistência médica dos trabalhadores formais. O trabalhador contribuía com 8% de seu salário, mais 8% da folha de pagamento da empresa, independentemente da função ou do cargo exercido dentro da organização. No entanto, a assistência somente cobria os trabalhadores autônomos ou os empregadores que contribuíssem em dobro para o INPS, ou seja, com 16% da sua renda básica. O Ministério da Previdência e Assistência Social foi criado em 1974 e passou a ter todas as atribuições referentes à Previdência Social. Ao INPS cabia a concessão de benefícios, a readaptação do profissional às atividades de trabalho e o amparo aos idosos, enquanto ao Instituto de Administração da Previdência e Assistência Social (Iapas) cabia a responsabilidade de administrar e recolher recursos. Por fim, ao Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) cabia administrar o sistema de saúde previdenciário. Em 1976, houve a consolidação do processo de criação do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (Sinpas), bem como a criação do Fundo de Previdência e Assistência Social como instrumento financeiro. O Sinpas era composto por: • Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (Iapas). • Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). • Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps). • Fundação Legião Brasileira da Assistência (LBA). 140 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV • Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (Funabem). • Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev). • Central de Medicamentos (Ceme). Com a Constituição de 1988, houve a unificação formal de algumas dessas estruturas, e foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS), pela Lei nº 8080/90, tendo sido realizada a incorporação de hospitais universitários do Ministério da Educação, ben como das redes públicas e privadas conveniadas de saúde nos Estados e Municípios, formando um sistema que tem abrangência nacional. O artigo 201 da Constituição Federal ainda determina que a Previdência Social seja organizada sob regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória. Observando critérios que preservem o equilíbrio financeiro, a Previdência Social atenderá, nos termos da lei: • à cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte ou idade avançada; • à proteção à maternidade, especialmente, à gestante; • à proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; • ao salário-família e ao auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; • à pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e aos dependentes. É comum as pessoas se confundirem sobre quais são as responsabilidades do INSS e quais são as responsabilidades do SUS. O INSS está vinculado ao Ministério da Previdência Social, sendo responsável pela concessão de benefícios aos seus contribuintes em casos de doença, invalidez, morte e idade avançada, além de dar proteção à maternidade. Dispõe de serviços de perícia médica e reabilitação de trabalhadores que estão vinculados à Previdência Social, e, para que o servidor tenha acesso aos benefícios, ele deve ser contribuinte. Já o SUS é vinculado ao Ministério da Saúde, sendo responsável pela assistência à saúde de todo cidadão, contribuinte ou não do INSS. Dispõe de atendimento médico, internações, tratamentos e reabilitação. Para a melhor compreensão sobre o tema, vamos destacar alguns conceitos básicos: • benefícios previdenciários: são os benefícios concedidos em razão da incapacidade proveniente de causa comum; • benefícios acidentários: são os benefícios concedidos nos casos de incapacidade decorrente de acidentes do trabalho, incluindo doença ocupacional; 141 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL • carência: é o tempo de contribuição exigido para se garantir o recebimento da aposentadoria ou de outros benefícios a que tem direito o segurado; • acidente de trabalho: ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou ainda a perda ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade laborativa. São considerados acidentes de trabalho as seguintes condições: • doença profissional: por exemplo, distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho, em digitadores; faringite, no professor; • doença do trabalho: presença, no ambiente de trabalho, de agente físico, químico ou biológico (pneumoconiose, silicose, câncer). Não são considerados doenças do trabalho: • doença degenerativa; • doença inerente ao grupo etário; • doença que não produza incapacidade laborativa; • doença endêmica adquirida por habitante em região na qual essa enfermidade se desenvolva. Equiparam-se a acidentes de trabalho: • acidente ligado ao trabalho que tenha contribuído diretamente para a morte do segurado, ou ainda para a redução ou a perda da sua capacidade laborativa, mesmo que não tenha sido sua única causa; • ato de agressão, sabotagem ou terrorismopraticado por terceiro ou colega de trabalho; • ofensa física intencional, mesmo de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; • ato de imprudência, negligência ou imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; • ato de pessoa privada do uso da razão; • desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior; • doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; • acidentes sofridos pelo segurado, ainda que fora do local e do horário de trabalho, quando: 142 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV — na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; — na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou lhe proporcionar proveito; — em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada pela empresa dentro de seus planos para melhor capacitação de mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive de propriedade do segurado; — no percurso da residência para o local de trabalho, ou vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. Os benefícios oferecidos pelo regime da Previdência Social para os contribuintes são os listados a seguir: • auxílio-doença; • auxílio-acidente; • aposentadoria por invalidez; • auxílio-reclusão; • pensão por morte; • salário-maternidade; • salário-família; • aposentadoria por idade; • aposentadoria por tempo de contribuição; • aposentadoria especial. Vamos destacar aqui os benefícios que estão relacionados com a necessidade do amparo ligada ao trabalho, no que diz respeito à segurança e à manutenção da saúde. Lembrete O INSS está vinculado ao Ministério da Previdência Social, sendo responsável pela concessão de benefícios ao contribuinte. Já o SUS é vinculado ao Ministério da Saúde e é responsável pela assistência à saúde de todo cidadão, contribuinte ou não do INSS. 143 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL Auxílio-doença Benefício concedido ao segurado que ficar incapacitado temporariamente para o trabalho, por motivo de doença ou acidente de qualquer causa ou natureza. Todos os segurados têm o direito a receber auxílio-doença a partir do 16º dia de incapacidade. Já os contribuintes individual, doméstico, avulso, especial e facultativo têm o direito a receber auxílio-doença a partir da data em que ocorreu a incapacidade. A carência mínima para o recebimento do auxílio-doença é de 12 contribuições, sendo o valor do benefício de 91% do salário de benefício. Em alguns casos especiais não há a necessidade desta carência mínima. São eles: • tuberculose ativa; • hanseníase; • alienação mental (loucura); • neoplasia maligna (câncer); • cegueira; • paralisia irreversível e incapacitante; • cardiopatia grave; • doença de Parkinson; • espondiloartrose anquilosante (artrose aguda nas vértebras); • nefropatia grave; • estado avançado da doença de Paget (inflamação deformante nos ossos); • síndrome da imunodeficiência adquirida (aids); • contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada; • hepatopatia grave. Auxílio-acidente Benefício cedido como indenização ao segurado empregado, trabalhador avulso, segurado especial e ao médico-residente que sofram lesões ou apresentem sequelas de acidentes de qualquer natureza ou 144 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV decorrentes de acidente de trabalho. Concedido para segurado que recebia auxílio-doença acidentário ou previdenciário. O auxílio-acidente pode ser acumulado com outros benefícios pagos pela previdência, exceto com a aposentadoria. Quando for concedida a aposentadoria, o valor do auxílio-acidente será computado como salário de contribuição. Nesse caso não é exigido o cumprimento de período de carência, e seu valor corresponderá a 50% do salário de benefício. Aposentadoria por invalidez Benefício pecuniário concedido ao segurado que, estando ou não em auxílio-doença, seja considerado incapaz definitivamente para o trabalho e insuscetível de reabilitação. Todos os segurados têm o direito de receber o benefício da aposentadoria por invalidez, sendo a carência mínima de 12 contribuições mensais para a Previdência Social. No caso de incapacidade provocada por acidentes de qualquer natureza, não é exigida a carência. O valor do benefício é de 100% do salário de benefício, com acréscimo de 25% caso haja a necessidade de assistência permanente de outra pessoa. Para este benefício é obrigatório o exame médico pericial, e não deve ocorrer o diagnóstico de doença preexistente. O beneficiado deve se afastar de todas as atividades laborais, e, no caso de requerer reversão dessa condição, uma revisão pode ser solicitada. As situações em que há a necessidade do acréscimo de 25% são: • cegueira total; • perda de nove dos dez dedos da mão ou mais; • paralisia dos dois membros superiores ou inferiores; • perda de membro inferior acima do pé, quando for impossível o uso de prótese; • perda de uma das mãos ou dos dois pés, mesmo quando for possível o uso de próteses; • perda de um membro superior e um inferior, quando for impossível o uso de prótese; • alteração mental, com grave perturbação organizacional e social; • doença que exija permanência contínua em leito; • incapacidade permanente para atividades da vida diária. 145 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL Pensão por morte Benefício pago aos dependentes quando o segurado falecer. Pode ser concedido por motivo de acidente de trabalho ou de morte natural. Não é exigido o cumprimento do tempo de carência; basta que se comprove a qualidade de segurado. A pensão tem o mesmo valor da aposentadoria do segurado falecido. Caso o segurado ainda não tenha se aposentado quando do falecimento, calcula-se uma aposentadoria por invalidez com início na data do óbito. Caso haja mais de um dependente com direito à pensão, o valor é repartido igualmente entre eles. Aposentadoria especial Concedida aos segurados empregados, exceto domésticos, e aos trabalhadores avulsos que tenham trabalhado em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15, 20 ou 25 anos, de acordo com o nível de exposição aos agentes nocivos. Para ter direito ao benefício, é necessário ter contribuído por pelo menos 15 anos para a Previdência Social. O valor da aposentadoria corresponde a 100% do salário de benefício. A aposentadoria especial é concedida ao contruibuinte que sofre acidentes nas atividades ou exposição a longo prazo, por exemplo, extração, fabricação, transporte, manipulação, manutenção e operação que envolva agentes como carvão mineral, chumbo, cromo, cloro, ruídoacima de 90 dB, sílica, níquel, mercúrio e iodo. A exposição a fósforo, petróleo, xisto betuminoso, asbestos (amianto), dissulfeto de carbono, temperaturas anormais (NR 15), pressão atmosférica anormal, microrganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas e radiações ionizantes estão entre as causas mais frequentes apontadas como motivo de aposentadorias especiais. Saiba mais Para aprofundar seus conhecimentos sobre a atuação da Previdência Social, acesse o site: <http://www.mpas.gov.br/>. 8.2 Indicadores estatísticos na gestão da segurança e saúde do trabalhador Na gestão da segurança e saúde do trabalhador os indicadores estatísticos assumem um papel de grande importância na prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Os métodos estatísticos são amplamente utilizados nos estudos de Higiene e Segurança do Trabalho como ferramentas para a gestão da segurança e saúde do trabalhador, no planejamento e controle das condições de segurança do trabalho. Com essa finalidade, são usados indicadores para comparar situações em diferentes locais e atividades, bem como para avaliar a eficácia de intervenções necessárias para melhorias das condições de trabalho. Dentre os indicadores mais usados, têm-se aqueles recomendados pela OIT e pela saúde pública. 146 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV 8.2.1 Indicadores recomendados pela OIT É recomendado pela OIT o uso de pelo menos dois indicadores: as taxas de frequência e as de gravidade. A taxa de frequência (F) é dada pelo número de acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Para um período anual, utilizaremos a seguinte fórmula: F = Nº total de acidentes x 1.000.000 horas-homem de exposição ao risco De acordo com Mattos e Másculo (2011), embora a ABNT NBR 14280:2001 recomende como denominador o uso de “horas-homem de exposição ao risco”, no Brasil é utilizado o denominador de “horas-homem trabalhadas”. Dessa forma, o cálculo poderá apresentar um impacto bem menor nos resultados, já que o total de horas trabalhadas será maior que o número de horas de exposição ao risco. A taxa de gravidade (G) se dá pelo tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco em determinado período. Segundo Mattos e Másculo (2011, p. 27), para a ABNT NBR 14280:2001, o tempo computado consiste no tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou incapacidade permanente, total ou parcial”. Os dias perdidos são os dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, excetuados o do acidente e o da volta ao trabalho. Para o período anual, calcularemos da seguinte forma: G = Tempo computado x 1.000.000 horas-homem de exposição ao risco 8.2.2 Indicadores recomendados pela saúde pública Os indicadores da saúde pública utilizados são: taxa de mortalidade, taxa de letalidade e anos potenciais perdidos. A taxa de mortalidade (M) será calculada pelo número de óbitos por milhão de horas-homem de exposição ao risco ou por número de pessoas expostas em determinado período. Já a taxa de letalidade (L) será calculada pelo número de óbitos por número de acidentes ocorridos em determinado período, enquanto os anos potenciais perdidos (APP) serão calculados pela soma das diferenças entre a idade-limite para trabalhar e a idade do óbito do trabalhador. 147 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL Trata-se de um indicador de grande sofisticação, permitindo avaliar o impacto gerado em situações nas quais ocorrer a morte prematura da população trabalhadora. O APP será maior quanto mais jovem for o trabalhador. Saiba mais A tabela de dias debitados está anexa à NR 5 e atribui o valor de dias debitados para cada natureza de agravo. BRASIL. Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho. Portaria n° 33, de 27 de outubro de 1983. Brasília, 1983. p. 24-5. Disponível em: <http:// portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812C13D0FE012C13F1E6FE74D8/ p_19831027_33a.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2015. Outra forma de encarar a gravidade de acidentes na empresa está no impacto, medido por meio do custo dos acidentes. Afinal, sabe-se que, em cada acidente, não apenas o acidentado é atingido, mas há também a perda de materiais, a absorção de outras pessoas (para socorrer o acidentado, para comentar o evento, para recolocar o sistema em funcionamento), o consumo de materiais e equipamentos no atendimento às vítimas e outros gastos. A soma dos valores monetários desses consumos pode ser empregada para se chegar à conclusão quanto aos pontos críticos. Nessa perspectiva, os segmentos de capital intensivo, por concentrarem maior parcela de capital nas mãos de poucas pessoas, tendem a apresentar maior custo de acidentes. Provavelmente resida nesse fato a explicação para se verificarem menores taxas de acidentes nesses setores do que nos artesanais de mão de obra intensiva, tais como a construção civil e a extração de madeira. Resumo Aprendemos que os elementos necessários para o surgimento do fogo são o combustível, o comburente, o calor e a reação em cadeia (tetraedro do fogo) e que um incêndio pode se propagar de três maneiras: convecção, condução e irradiação. Foram abordadas as classes de incêndios, os tipos de extintores e as diversas formas de extinção do fogo. Vimos também alguns dispositivos de detecção de incêndio, brigada de incêndio e plano de abandono, itens importantes de prevenção e combate em caso de sinistro, bem como os riscos de explosões e os cuidados no caso de vazamento de gás. 148 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Unidade IV Tratamos da história e da evolução da Previdência Social, um seguro que garante uma renda ao trabalhador ou à sua família no caso de ocorrência de perda da capacidade de trabalho. Por fim, apresentamos os métodos estatísticos utilizados na gestão da segurança e saúde do trabalhador, que são usados para comparar situações em diferentes locais e atividades, visando à melhoria das condições de trabalho. Exercícios Questão 1. (CESGRANRIO 2011) O conhecimento dos equipamentos de combate a incêndios, sua destinação e utilização são de responsabilidade da Cipa, o que inclui os extintores de incêndio. Nessa perspectiva, qual dos extintores não é adequado à classe de incêndio direcionada? A) CO2, para incêndios classe B. B) CO2, para incêndios classe C. C) PQS, para incêndios classe C. D) AP, para incêndios classe C. E) AP, para incêndios classe A. Resposta correta: alternativa D. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: CO2 para incêndios na classe B é eficiente. Classe B: líquidos e gases inflamáveis, ou em sólidos que se liquefazem para entrar em combustão (gasolina, GLP, parafina etc.). Neste caso não se pode usar extintores à base de água. B) Alternativa incorreta. Justificativa: CO2 para incêndios na classe C é eficiente. Classe C: equipamentos elétricos energizados( motores, geradores, cabos, etc.). Extintoresde pó químico e de gases são os permitidos para esse tipo de incêndio. C) Alternativa incorreta. Justificativa: PQS para incêndios na classe C é eficiente, porém pode danificar equipamentos delicados. 149 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 HIGIENE OCUPACIONAL D) Alternativa correta. Justificativa: AP para incêndios classe C não tem eficiência, exceto se pulverizada. E) Alternativa incorreta. Justificativa: AP para incêndios classe A tem excelente eficiência. Classe A: materiais sólidos fibrosos, tais como madeira, papel, tecido etc., que se caracterizam por deixar, após a queima, resíduos como carvão e cinza. Essa classe de incêndios deve ser combatida com extintores de H2O ou de espuma. Questão 2. (CESGRANRIO 2011). A Gestão de Saúde e dos Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional é norteada nacionalmente pelos diplomas legais vigentes e pela Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador. Os ministérios responsáveis pelo desenvolvimento da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador, de forma articulada e cooperativa, são os: A) Do Trabalho e Emprego, da Previdência Social e da Saúde. B) Do Trabalho, da Educação e da Saúde. C) Do Trabalho, da Previdência Social e da Justiça. D) Da Educação, da Justiça e da Saúde. E) Da Defesa, da Previdência Social e da Saúde. Resolução desta questão na plataforma. 150 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 FILE000558404364.JPG. Disponível em: <http://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/h/heirbornstud/ preview/fldr_2008_11_02/file000558404364.jpg>. Acesso em: 12 fev. 2015. Figura 2 FILE0001493916057.JPG. Disponível em: <http://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/dantada/ preview/fldr_2008_11_11/file0001493916057.jpg>. Acesso em: 5 fev. 2015. Figura 3 Grupo Unip-Objetivo. Figura 4 WARNING-ICON-42-1023134-M.JPG. Disponível em: <http://www.freeimages.com/assets/182971/ 1829703700/warning-icon-42-1023134-m.jpg>. Acesso em: 5 fev. 2015. Figura 5 Grupo Unip-Objetivo. Figura 6 TESTO-815-SOUND-LEVEL-METER_PDPZ.JPG. Disponível em: <http://www.testo.com.br/resources//media/ global_media/produkte/testo_815/testo-815-sound-level-meter_pdpz.jpg>. Acesso em: 10 fev. 2015. Figura 7 3MTM-THE-EDGETM-NOISE-DOSIMETER-PRODUCT-IMAGE.JPG. Disponível em: <http://multimedia.3m. com/mws/media/765411P/3mtm-the-edgetm-noise-dosimeter-product-image.jpg>. Acesso em: 10 fev. 2015. Figura 8 A5C1G8G8-MLM-1011.JPG. Disponível em: <http://www.minipa.com.br/Content/Produtos/Thumb/ A5C1G8G8-MLM-1011.jpg>. Acesso em: 10 fev. 2015. Figura 9 PCE DEUTSCHLAND GMBH. Multi – Gasprüfgerät MX6 iBRID. Meschede: PCE, [s.d.]. p. 6. Disponível em: <http://www.warensortiment.de/datenblatt/datenblatt-gasmessgeraet-mx6.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2015. 151 GS T - Re vi sã o: R os e/ Ju lia na - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 02 /2 01 5 // 2 ª R ev isã o: Ju lia na - C or re çã o: M ár ci o - 11 /0 3/ 20 15 Figura 10 20111008201038.JPG. Disponível em: <http://www.lutron.com.tw/ImgLutron/20111008201038.jpg>. Acesso em: 10 fev. 2015. REFERÊNCIAS Textuais AULETE, F. J. C.; VALENTE, A. L. S. Penoso. In: ___. iDicionário Aulete. Rio de Janeiro: Lexikon, 2015. Disponível em: <http://www.aulete.com.br/penoso>. Acesso em: 6 fev. 2015. BARSANO, P. R. Segurança do Trabalho para Concurso Público. Rio de Janeiro: Livre Expressão, 2011. BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Higiene e segurança do trabalho. São Paulo: Érica, 2014. ___. Segurança do trabalho: guia prático e didático. São Paulo: Érica, 2012. BIBLIOTECA VIRTUAL DE DIREITOS HUMANOS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Constituição da Organização Mundial da Saúde em 1946. São Paulo, 1946. Disponível em: <http://www.direitoshumanos. usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da- organizacao-mundial-da-saude-omswho.html>. Acesso em: 17 jan. 2014. BRASIL. Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho. Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. Brasília, 2012a. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/arquivos/institucional/ Cartilha%20Plano%20Nacional%20de%20SST.pdf>. Acesso em: 4 fev. 2015. ___. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 6 fev. 2015. ___. Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev). Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. Brasília, 1978. 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Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/arquivos/office/3_111202-105639-388. xls>. Acesso em: 4 fev. 2015. ___. Ministério da Saúde. Portaria n° 1.914, de 9 de agosto de 2011. Aprova a Classificação de Risco dos Agentes Biológicos elaborada em 2010, pela Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS), do Ministério da Saúde. Brasília, 2011b. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ gm/2011/prt1914_09_08_2011.html>. Acesso em: 5 fev. 2015. ___. Ministério da Saúde. Riscos de acidentes. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2013e. Disponível em: <http:// www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_de_acidentes.html>. Acesso em: 26 jan. 2015. ___. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Inmetro. Portaria n.º 280, de 5 de agosto de 2008. Brasília, 2008a. Disponível em: <www.inmetro.gov.br/rtac/pdf/RTAC001351.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2015. ___. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 1: disposições gerais. Brasília, 2009b. 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