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REVISÃO DE PROCESSO CIVIL 1 (AV1)

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REVISÃO AV1- PROCESSO CIVIL 1
Aula 1 – Jurisdição x Competência.
-Função privativa: executivo, legislativo, judiciário.
-O judiciário é quem RESOLVE o conflito entre as partes.
-O conflito nasce da pretensão ao exercício de um direito que acabou por sofrer uma resistência.
-A competência é um delimitador desta jurisdição, cuja a função e determinar quem deverá analisar uma dada demanda.
-A jurisdição é o poder que o estado tem de através do poder judiciário, processar, julgar e executar.
OBS1: Processo, julgamento e execução (toda ação judicial “passa”).
Jurisdição internacional.
- Concorrente: é quando o Brasil compartilha com outros países a possibilidade de julgar, processar e executar a sua jurisdição. Art. 21 e 22 do CPC.
Exclusiva: somente o Brasil é competente para julgar, excluindo os demais países, não cabendo o foro de eleição de jurisdição e, mesmo havendo sentença estrangeira sobre o fato, nosso judiciário não homologará tal decisão (um exemplo desse tipo de competência é quando a ação disser respeito a imóveis situados no Brasil). Art. 23 e 25 do CPC.
- Cooperação internacional: Colaboração processual entre os estados nacionais.
As formas mais comuns são:
Auxílio direto: quando há cooperação entre instituições ou países diferentes para auxiliar aos tramites. 
Carta rogatória: quando um órgão judiciário nacional requer o auxílio de outro órgão judiciário de um dado pais. 
Aula 2- Competência Interna.
Existem 2 tipos: Comum: Federal/estadual
 Especial: Trabalho/eleitoral/militar.
- O art. 92 da CF/88, nos aponta os limites do poder judiciário sendo eles: 
I - o Supremo Tribunal Federal;
 I-A - o Conselho Nacional de Justiça;
 II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
 VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal.
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.
Perguntas que geralmente fazemos para identificar a competência:
1- Qual a justiça?
2- Órgão inferior ou superior?
3- Qual comarca ou seção?
4- Qual vara?
5- Qual Juiz?
6- Para quem recorrer?
- Em nosso sistema Judiciário prevalece o princípio do duplo grau de jurisdição (é um princípio do direito processual que garante, a todos os cidadãos jurisdicionados, a reanálise de seu processo, administrativo ou judicial, geralmente por uma instância superior.) Por essa razão os processos têm duas analises sucessivas a respeito de sua competência podendo ser originaria ou hierárquica.
- Em matéria civil temos também duas justiças competentes: federal (determinadas pelo art. 109 da CF/88) e estadual (determinados pelo art.45 do CPC). 
- Toda competência será fixada a partir de 3 critérios: competência territorial, competência funcional e competência objetiva, que se subdividem em competências absolutas (publicas) e relativas (privadas). 
-Competencia territorial: se reporta aos limites territoriais em que cada órgão judicante exerce sua atividade jurisdicional.
-Competencia funcional: atende as normas que regulam as atribuições dos diversos órgãos judiciais. Ex: foro privilegiado. 
- Competência Objetiva: aquela que se funda no valor da causa, na sua natureza ou na qualidade das partes. Art. 42 do CPC.
-A competência é considerada absoluta, em princípio, quando fixada em razão da matéria, em razão da pessoa ou pelo critério funcional, competência absoluta é inderrogável, não podendo ser modificada. A incompetência absoluta deve ser declara de ofício e pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção (art. 113, CPC). 
-Considera-se competência relativa quando fixada em razão do território ou em razão do valor da causa, a incompetência relativa é argüida por meio de exceção, não podendo ser declarada de ofício. Deve-se declarada pela parte prejudicada na 1º oportunidade sobre pena de promoção da competência. 
Aula 3- Modificação da Competência:
- A competência é fixada no momento da propositura da ação, as absolutas de critérios em razão a matéria, pessoa e funcional não há modificação/prorrogação de suas competências, já as relativas de valor de causa e territorial, podem sofrer alterações após sua propositura.
- Exceções: art. 45, 47, 51, 52 CPC e ações de falência.
- Quando não é o caso de uma dessas exceções, temos 2 maneiras de provocar a competência relativa dos processos: forma legal e forma voluntaria. 
Prevenção: prefixação da competência do juízo.
Prorrogação: quando se amplia a esfera da competência de um órgão judiciário.
- Se nos casos de comp. Absoluta podemos alegar a incompetência do juízo a qualquer momento nos casos de comp. Relativa devemos impugnar na 1º oportunidade nos autos do processo.
- A prorrogação legal pode ocorrer de duas formas: conexão (art.55) é reconhecida quando duas ou mais ações têm em comum o pedido ou a causa de pedir, não se falando em identidade de partes. Continência (art.56) é reconhecida pelo NCPC quando entre duas ou mais ações houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
-Prorrogação voluntaria: ocorre quando a vontade das partes influencia a modificação da competência, ocorre somente em comp. Relativa, exemplo: eleição de foro.
-Juízo Universal: é o foro competente para processar e julgar causas referente a patrimônio/universalidade jurídica, falência, insolvência civil.
Aula 4- Partes e procurações.
- O processo comum é composto por uma relação jurídica trilateral (autor, juízo, réu), nesta relação todos devem trabalhar em prol da resolução do conflito.
- Partes são aqueles que participam em contraditório a formação do resultado do processo.
- Podemos distinguir as partes de duas maneiras: sujeito da lide (aqueles que possuem atuação pertinente ao processo, ligados diretamente ao problema, autor e réu); e sujeito do processo (todos que participam do processo no geral).
- O oficial de justiça, testemunha, tradutores, contadores etc. fazem parte do processo.
-: O advogado só pode postular em juízo, em nome da parte, devidamente habilitado, salvo exceção prevista no art.104 do cpc.
Obs3: A procuração é eficaz para todas as fases do processo,
- Deveres das partes e procuradores: Estão previstas no art. 77 do CPC entre eles o dever de informar o endereço na 1º oportunidade e o dever de agir de boa-fé.
- Capacidade Processual: art.70 a 76 do CPC.
 Representa um pressuposto processual de validade, a tipicidade da ação vincula-se ao direito material pretendido. 
- Art. 11, ninguém pode peitar direito alheio em nome próprio (a postula de direito alheio causa a anulabilidade do processo).
- Capacidade postulatória: pressuposto (capazes), validade (objeto licito), processual (forma prescrita ou não proibida).
- Substituição processual: A titularidade da ação vincula-se a titularidade do direito pretendido na ação denominados legitimidade ordinária.
- O art. 18 CPC, aponta que ninguém pode pleitear direito alheio em nome próprio, contudo, a lei excepcional confere legitimação extraordinária em determinados casos:
- Art. 109. A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a legitimidade das partes.§ 1º O adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, sucedendo o alienante ou cedente, sem que o consinta a parte contrária.§ 2º O adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como assistente litisconsorcial do alienante ou cedente.§ 3º Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao adquirente ou cessionário.
- Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-áa sucessão pelo seu espólio ou pelos seus sucessores, observada o disposto no art. 313, §§ 1º e 2º.
- Sucessão Processual: no caso do processo somente é licita a sucessão voluntaria das partes nos casos expressos, isso ocorre nos casos de alienação da coisa ou na cessão de direitos (denominados neste caso de sucessão intervivos), também há sucessão causa morte quando uma das partes falece, nesta situação suspende-se o processo e segue-se a habilitação prevista no Art. 687. A habilitação ocorre quando, por falecimento de qualquer das partes, os interessados houverem de suceder-lhe no processo.
-Sucessão do Advogado: pode ser substituído por revogação ou renuncia, quando a parte revoga deve providenciar um substituto no mesmo ato (art.111 CPC). No caso de renuncia o advogado deve representar a parte ainda por 10 dias desde que necessário para evitar lhe prejuízo.
- Ônus financeiro do processo: a tutela jurisdicional é serviço publico remunerado, logo, incumbem às partes prover os gastos com o processo art.82 CPC.
Obs1: os gastos compreendem por custas e despesas, as custas são verbas pagas ao poder publico e as despesas são todos os demais gastos feitos pelas partes art.84 do CPC.
Aula 5- Juízes:
- No sistema judiciário do Brasil temos judicantes: singulares (monocráticos) e coletivos (colegiados).
- No 1º grau temos os órgãos singulares formados apenas por 1 juiz. 
- Nos graus superiores os juízes são coletivos e formam tribunais que são compostos por vários juízes que recebem denominações diferentes (desembargadores e ministros).
- Os juízes são os representantes do estado na entrega da tutela jurisdicional.
- Para o bom exercício de sua função jurisdicional, um juiz precisa gozar de: independência, autoridade e responsabilidade. 
- Alguns limites são impostos aos juízes: disciplina/administrativo, legalidade, autos do processo.
- Para assegurar a independência dos juízes a própria constituição concede algumas garantias: vitaliciedade, inamobilidade, irredutibilidade de subsídio. 
- A CF 88 também prevê algumas vedações aos juízes (art.96 parag. Ú) que dialogam com os de impedimento e suspensão previstos nos art. 144 e 145 do CPC.
- Todas estas previsões ajudam ao juiz a cumprir com as suas obrigações procedimentais previstas no art. 139 do CPC: isonomia, celeridade, economia processual, autoridade, autocomposição.
- Além das vedações os juízes podem ser suspensos (art.145) e impedidos (art.144).
- Auxiliares do Juiz: o juiz tem o poder jurisdicional, e conta com diversos auxiliares para atingir seu objetivo, podendo ser permanentes ou eventuais previsto no art 149 CPC.
-Ministério Público: surgiu com a necessidade de promover a defesa dos interesses coletivos da sociedade na representação de crimes. 
- O juiz aplica a lei e o MP busca o interesse coletivo.
- A função legal do MP prevê a defesa da ordem jurídica do regime democrático e dos interesses e direitos da sociedade e individuais. (art.176)
-O MP pode atuar de duas formas: parte ou fiscal da lei.
- Advocacia pública: defende os interesses públicos da união, estado, DF e municípios. 
- Defensoria Pública: instituição essencial da função judicial do estado exercerá orientação judicial, a promoção de direitos humanos e a defesa de direitos individuais e coletivos em todos os graus de forma integral e gratuita. 
Aula 6- Litisconsórcio: Pluralidade de demandantes ou demandados em um mesmo processo.
- Justifica sua formação em razão do direito material em disputa, onde há mais de um titular ou há existência de conexões formuladas pelos diversos autores ou o oposto.
O litisconsórcio pode ser : Ativo ( pluralidade de autores), passivo (pluralidade de réus), inicial ( formado no inicio do processo), incidental ( no curso do processo), necessário ( sua formação é imprescindível para o resultado final do processo), facultativo ( as partes podem optar por sua formação ou não), unitário (quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes. Quando a decisão de mérito tiver que ser a mesma para todos, esse litisconsórcio é unitário) e não unitário. 
- O litisconsórcio necessário ocorre somente no polo passivo.
- A ausência de um litisconsorte necessário faz com que a sentença seja considerada nula.
- Quando for um litisconsórcio facultativo a sentença alcançara somente os que participarem do processo.
- Em relação a sua participação no processo os litisconsortes são considerados partes autônomas da lide.
- No litisconsórcio unitário a manifestação de um deles pode beneficiar os demais, mas NUNCA prejudicar.
- O beneficio da contagem de prazos em dobro para processos físicos pode ser aplicados aos litisconsortes desde que os procuradores sejam distintos.
- Litisconsórcio multitudinário: trata-se da quantidade expressiva dos participantes no polo ativo ou passivo, quando isso ocorre, o juiz, de oficio ou a pedidos das partes pode limitar quando julgar prejudicial ao andamento do processo.
Aula 7- intervenção de terceiros:
Chama-se intervenção de terceiros o ingresso de um terceiro em um processo em curso.
- Terceiro é todo aquele que não é sujeito de um processo, mas que ao ingressar na lide se torna um.
- Com EXCEÇÃO da assistência simples toda intervenção de terceiros faz com que o 3º se torne um sujeito da lide.
A intervenção pode ser voluntaria (quando o 3º espontaneamente postula sua intervenção), forçada (quando o 3º ingressa independentemente de usa vontade).
O CPC , apresenta a maior parte das situações de intervenção:
1- assistência
2-denunciação da lide
3-chamamento ao processo
4- IDPJ- Incidente de desconsideração da personalidade Jurídica
5- amicus curiae
6-3º prejudicado
+ Assistências: a intervenção é voluntaria, permite ingressar no processo para ajudar uma das partes da demanda a obter sentença favorável, formulado, o juiz, deverá ouvir as partes no prazo de 15 dias, se houver impugnação o juiz decidira suspender o processo.
+ Assistências simples: nesta modalidade o assistente atuara como auxiliar do assistido (seja ele autor ou réu) precisa comprovar uma relação jurídica para pleitear seu ingresso, não adquire condição de parte do processo, pois não atua na defesa e seu interesse e sim do assistido.
+ Assistências litisconstitucional: possui os mesmo direitos e deveres que o assistido, atua na defesa de seus próprios interesses, precisa demostrar relação jurídica com o assistido e com o adversário do assistido também.
- Denunciação da lide: modalidade de intervenção forçada pode ser provocada por qualquer das partes, seu objetivo e ajuizar uma demanda regressiva condicional, ao mesmo processo, contra quem sucumbiu, é cabível em duas situações garantir o direito a evecção, garantir o direito a regresso. 
- A denunciação consiste em chamar o terceiro (denunciado) que mantem um vinculo de direito com a parte denunciante para responder pelo garantia do negocio jurídico, caso o denunciante saia vencido no processo.
- Chamamento no processo: modalidade de intervenção forçada provocada pelo réu, admissível em processos cognitivos em hipóteses do art.130 do CPC, sendo eles afiançados, vários fiadores e devedores solidários.
Aula 8- Incidentes da desconsideração da personalidade jurídica: foi desenvolvida com o fim de prevenir o desvio de finalidade do ente empresarial, nesta teoria os bens particulares dos sócios que concorreram para a pratica do ato respondem pela dos danos provocados pela sociedade.
- Desvio de finalidade é caracterizado por fraude de credores, contrato social e/ou a lei.
- Ação para retirada da IDPJ, é formada para assegurar o pleno direito ao contraditório ao devido processo legal aos sócios que não faziam parte da demanda originalmente.
- A IDPJ SÓ OCORRE DEPOIS DE A PERDA DA CAPACIDADE DE HONRAR SUS DIVIDAS.
- REQUISITOS: DESVIO DE FINALIDADE E CONFUSÃO PATRIMONIAL.
- Teoria maior típica do procedimento comum onde deve-se comprovado além da perda da capacidade de honrar suas dividas ,o desvio definalidade e a confusão patrimonial.
- Teoria menor é necessário apenas a comprovação do estado de insurgência ( a perda da capacidade de honrar suas dividas).
- Desconsideração inversa da personalidade jurídica: segue os mesmo requisitos do IDPJ, ou seja, desvio de finalidade e confusão patrimonial neste caso a pessoa jurídica será responsabilizada por obrigações contraídas por seus sócios. 
- Amicus curiae (amigo do tribunal)
trata-se de um auxiliar do juízo em causas de relevância social, repercussão geral ou cujo o objeto seja bastante especifico.
- o amicus curiae não deve atuar na defesa dos seus interesses ou auxiliar uma das partes, ele atua no prol de um interesse.
- Pode ser solicitado pelo juiz, pelas partes ou por 3º.
- Sua função é melhorar o débito processual e contribuir para uma decisão mais justa.
- Intervenção anômala: A União poderá intervir nas causas em que figurarem, como autoras ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas federais.
 CASOS CONCRETOS PROCESSO CIVIL 1
CASO CONCRETO 1 
1ª: Uma empresa brasileira celebra um contrato com uma empresa alemã para instalação de equipamentos essenciais para o funcionamento de um gasoduto no Estado do Rio de Janeiro / Brasil. A justiça brasileira é competente para dirimir um conflito de interesses envolvendo este contrato? Com exclusividade? Justifique. 
R: Sim, em razão da jurisdição internacional concorrente que envolve o caso. Sem exclusividade, pois não se encaixa na hipótese do art. 25 (clausula de eleição de foro em contrato internacional). 
2ª (COSEAC /2018 ) São de jurisdição exclusiva da autoridade judiciária brasileira as ações: 
a)de alimentos, quando o alimentando tiver domicílio no Brasil. 
b) relativas a imóveis situados no Brasil. 
c) de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil. 
d) em que a obrigação tiver que ser cumprida no Brasil. 
e) em que o fundamento seja fato ou ato praticado no Brasil.
CASO CONCRETO 2 
1ª: Pedro e Mariana após treze anos de casados e dois filhos absolutamente incapazes, com 06 e 08 anos respectivamente, resolvem se divorciar. Considerando que Mariana vive com os filhos na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro e Pedro, por conta de uma nova oportunidade de trabalho, mudou-se para Volta Redonda, responda: Qual o juízo competente para processar e julgar a ação de divórcio? Fundamente.
R: Foro competente é na barra da tijuca, visto que a mãe está na guarda dos filhos incapazes segundo o art. 53, inc. I.
2ª:(IESES/ 2018) Acerca das regras jurídicas dispostas no Código de Processo Civil e que definem a competência interna, assinale a alternativa INCORRETA:
a) O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
b) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. 
c) A ação fundada em direito real sobre bens imóveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
d) A ação fundada em direito pessoal será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
CASO CONCRETO 3
1ª: Antônio propõe uma ação de indenização por danos materiais em função da demora da entrega do material de construção pela loja Construa Tranquilo LTDA. O material é indispensável para a execução de um projeto de reforma grandioso na casa de Antônio e mesmo diante do pagamento, a loja demorou mais de dois meses para fazer a entrega paralisando em parte a execução da obra. A ação foi distribuída para a 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, local onde Antônio reside e coincidentemente está localizada a loja de construção. Uma semana depois, Antônio resolve promover contra a mesma empresa, por conta deste atraso na entrega, uma ação de indenização por danos morais. Indaga-se: Estas ações são conexas? A segunda pode ser distribuída por dependência? Justifique.
R: São conexas de acordo com o art. 55, parágrafo 1º, NCPC, que diz: “Reputam-se conexas 2 ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.” Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. Conexões para evitar decisões conflitantes. 
2ª: No que tange aos critérios de modificação de competência,
a) A competência determinada em razão do território, pessoa ou função é derrogável por convenção das partes. 
b) Reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum pedido, as partes e a causa de pedir. 
c) Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, ainda que um deles já tenha sido sentenciado.
d) A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, ocorrendo à prevenção com o oferecimento da contestação pelo réu. 
e) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
CASO CONCRETO 4
1. Pedrinho, menor absolutamente incapaz, promove uma ação de alimentos em face de seu pai, Joaquim Lourenço. O juiz ao analisar a inicial verifica a ausência do represente legal e determina a emenda no prazo de 15 dias, nos termos do artigo 321 do Código de Processo Civil, para que conste a representação do menor. Agiu corretamente o magistrado? Justifique. 
R: Sim. Agiu corretamente como o art. 321, por ser menor incapaz, Pedrinho tem a capacidade de ser parte no processo, porem não possui capacidade processual de agir, logo, a decisão do juiz está correta, pois tal ação deve ser feita pelo seu tutor responsável legal.
2.( VUNESP/ 2018) São deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo, conforme determina o Código de Processo Civil de 2015, 
a) expor o direito em juízo conforme a verdade. 
b) não formular pretensão ou defesa quando ciente de que são polêmicas. 
c) cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais de natureza final, não criando embaraços à sua efetivação, discutindo as de natureza provisória. 
d) não praticar qualquer inovação, transação ou assunção no estado de direito do bem litigioso. 
e) declinar, no primeiro momento que lhe couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva.
CASO CONCRETO 5
1ª: Executado devido ao descumprimento de sentença que determinou o pagamento de prestação alimentícia ao seu filho relativamente incapaz, Luiz Cláudio é surpreendido com a decisão do magistrado de suspender seu passaporte até o cumprimento da obrigação alimentar. Inconformado procura você advogado (a) questionando se tal medida determinada pelo juiz está prevista em lei. Como orientar o cliente? Analise a questão à luz do artigo 139, IV do CPC/15. Fundamente. 
R: Em vista, a obrigação do juiz de fazer cumprir as suas decisões conforme o art. 139, inc. 6, sim! Poderá o juiz determinar a suspensão do passaporte de Luiz Cláudio. 
2: (FCC/2018) Em relação ao juiz: 
a) responderá por perdas e danos, civil e diretamente, quando, no exercício de suas funções, proceder com dolo, fraude ou culpa. 
b) poderá dilatar os prazos processuais, mas não alterar a ordem de produção dos meios de prova, que é peremptória e, se desobedecida, acarretará a nulidade do ato. 
c) poderá, como regra, julgar por equidade e considerando os usos e costumes e princípios gerais do direito. 
d) deverá decidir o mérito da lide nos limites propostos pela parte, em princípio, podendo, porém conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. 
e) cabe determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimentode ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniárias.
CASO CONCRETO 6
1ª Questão. É possível falar em litisconsórcio ativo necessário? Justifique. 
R: Em regra não é possível, com tudo em casos excepcionais, para não prejudicar o direito de ação de outrem, pode-se determinar o litisconsórcio ativo necessário daquele que não desejava participar da ação (por exercer seu direito subjetivo de demandar). 
2ª: (INAZ/2018) O litisconsórcio é um instituto do direito processual civil que pode ser conceituado como a pluralidade de partes em um dos polos ou nos dois polos do processo. Dentre as várias modalidades de litisconsórcio, de acordo com o art. 114 do Novo Código de Processo Civil, o litisconsórcio necessário pode ser definido como:
a) Litisconsórcio é uma mera opção de formação, em geral a cargo do autor. 
b) Trata-se do litisconsórcio que, por disposição da lei ou pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes. 
c) Será litisconsórcio necessário quando o juiz tiver que decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes. 
d) Será formado o litisconsórcio necessário em que for possível uma decisão de conteúdo diverso para cada um dos litisconsortes.
CASO CONCRETO 7
1ª) Hugo, José e Armando assumiram uma dívida solidária no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) com Carlos. Diante do inadimplemento o credor Carlos propõe ação objetivando reaver o dinheiro e indica apenas Hugo no polo passivo. Atuando como advogado (a) de Hugo o que pode ser feito no caso concreto? Cabe alguma modalidade de intervenção de terceiros? Fundamente.
R: A intervenção de terceiro que pode ser usada é chamamento ao processo conforme consta no art. 130, p. 3º, CPC (demais devedores solidários, quando credor exige de um ou alguns o pagamento da divida comum). Hugo pode pedir através de uma intervenção forçada a chamar José e Armando ao processo, e poderá pagar a divida e reaver sua parte com Jose e Armando. 
2ª Questão ( FCC / 2016 ) Com relação à Assistência considere: I. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre. II. Na assistência simples, sendo revel o assistido, o assistente será considerado revel também. III. Assistência simples obsta que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação ou renuncie ao direito sobre o que se funda a ação. IV. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo. De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e IV. b) I, II e III. c) II, III e IV. d) II e IV. e) I e III.
CASO CONCRETO 8
1ª) O amicus curiae, ou amigo da Corte, previsto no artigo 138 do Diploma Processual Civil, pode ser considerado um dos importantes meios de democratização do processo. Como leciona Humberto Theodoro Júnior “mostra-se – segundo larga posição doutrinária – preponderantemente, como auxiliar do Juízo em causas de relevância social, repercussão geral ou cujo objeto seja bastante específico, de modo que o magistrado necessite de poio técnico”. Disserte acerca da discussão doutrinária sobre sua natureza jurídica e sobre a possibilidade de oferecer recursos. Fundamente.
R: O amicus curiae representa verdadeiro portador de interesses institucionais espalhado na sociedade, em questões que ultrapassem meramente particulares. A possibilidade para que haja a sua participação é simples, basta se levar em conta que uma decisão irá atingir toda a coletividade, para que sejam admitidas em contraditório, pessoas físicas ou jurídicas, que possuam adequada representatividade para contribuir e trazer elementos informativos para a prolação de uma melhor decisão. Dessa forma, obter-se a uma decisão melhor embasada e porque não informada, que gozará de maior legitimidade democrática. O novo CPC trata especificamente disso no art. 138. 
2ª) O incidente de desconsideração da personalidade jurídica :
a) É um processo exclusivo, cujas disposições previstas no Código de Processo Civil não se aplicam à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica. 
b) É cabível apenas no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. 
c) Será instaurado a pedido da parte e o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de cinco dias. 
d) Será instaurado a pedido da parte e o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de dez dias. 
e) Será resolvido por decisão interlocutória sendo que, se a decisão for proferida pelo relator, caberá agravo interno.

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