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Leia com atenção o texto-base a seguir: As transformações encaminhadas no processo do Plano Real refundam o poder político, um novo Estado brasileiro pós-nacional-desenvolvimentista. O Plano Real propicia um salto histórico, uma fase distinta da revolução democrática brasileira, na qual passam a fluir, em novas bases, as incertezas, preferências e escolhas dos atores. Ao ser eleito em 1994, FHC disse, em discurso no Senado Federal, que aquelas eleições encerraram a transição e consolidaram a democracia. A transição democrática deu-se ao mesmo tempo que a crise de poder do Estado desenvolvimentista. A ideia de FHC é compreensível na medida em que, desde o Plano Real, o regime democrático passa a mover-se num novo padrão de poder de Estado, ao que se chegou por um processo que rearranjou as esferas sociopolítica e político-institucional. Isso não significa fazer juízo de valor aprobativo do Plano Real, porque a reforma monetária e as mudanças estruturais a ela vinculadas não têm tido eficácia no cumprimento de algumas de suas metas e promessas fundamentais: recuperação da capacidade de investimento do Estado, desenvolvimento econômico, geração de emprego e justiça social. Novas e antigas contradições passam e continuam a desafiar os atores dominantes e dominados na etapa histórica liberalizante efetivada desde as eleições de 1994. IANONI, Marcus. Políticas Públicas e Estado: o Plano Real. Lua Nova, São Paulo, n. 78, p. 143-183, 2009 A partir dessas informações, descreva e caracterize os principais aspectos econômicos perseguidos pelo Plano Real, iniciado no Brasil a 27 de fevereiro de 1994. Em 1994 o plano real facilitou a vitória na presidência de Fernando Henrique Cardoso, e permaneceu nas eleições seguintes. Devido algumas crises internacionais foi mudado as políticas econômicas porém, a estabilidade da moeda permaneceu, essa estabilização permitiu avanços como por exemplo no mercado de trabalho que se formalizou, desigualdade social diminuiu, a economia brasileira foi elevada a grau de investimento, o Brasil passou de devedor a credor do FMI (Fundo monetário internacional). A partir de 1995 o plano real passou a enfrentar três grandes crises, e em todas essas ocasiões o Brasil foi gravemente afetado, pois estava em reforma e necessitava de recursos e investimentos estrangeiros, o governo fragilizado sente-se obrigado a aumentar a taxa básica de juros, assim ocorria a tentativa de remuneração das capitais, com o objetivo de evitar uma quebra generalizada que empurrasse o país a uma moratória externa (default). Em março de 1999 a taxa de juros do Brasil chegou a 45%, as consequências foram o desemprego, cortes de gastos públicos, e a retração de alguns setores da economia
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