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Tratamento Restaurador Atraumático (TRA)

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26/04/2019
Tratamento restaurador 
atraumático (TRA)
Mayla Kezy Teixeira
FACULDADE UNIÃO ARARUAMA DE ENSINO
Curso de Odontologia
 Década 80: Tanzânia, J. Frenchen visava diminuir os custos de tratamento
e o nº de extrações - programa comunitário em saúde bucal da faculdade de
Odontologia;
 Instrumentos manuais disponíveis + preenchidas com cimento de fosfato
de zinco = todos os indivíduos ficaram sem dor de dente;
.
Histórico TRA 
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 1986: os resultados foram apresentados no encontro científico da
Associação Odontológica da Tanzânia a abordagem TRA
 1994: Reconhecimento pelo OMS.
 1995: Técnica chega ao Brasil.
 Século XXI: estudos (promoção de saúde)
.
Histórico TRA 
 Abordagem de intervenção mínima tanto para prevenir a cárie quanto para
deter sua progressão;
 Consiste na remoção do tecido dentário cariado decomposto e mole com
instrumentos manuais, sem anestesia, seguida por restauração da cavidade
com um material dentário (CIV);
 Ionômero de vidro (CIV) de alta viscosidade.
Conceito TRA 
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 Tratamento de lesões cariosas envolvendo somente dentina, sem
comprometimento pulpar;
 Cavidades acessíveis por instrumentos manuais e no selamento de
fóssulas e fissuras;
 Pacientes institucionalizados;
 Pessoas que não possuem acesso ao tratamento odontológico;
 Locais sem energia elétrica.
Indicações TRA 
 Lesões cariosas grandes próximas à polpa;
 Fístulas, abcessos ou outras lesões associadas ao dente;
 Exposição pulpar;
 Dor crônica ou inflamação da polpa;
 Cavidade sem acesso proximal ou oclusal.
Contra-indicações TRA 
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O material restaurador recomendado em 2014 para uso com TRA é
o ionômero de vidro (CIV) de alta viscosidade (proporção
pó/líquido ácido poliacrílico ≥ 3,4:1,0).
Materiais restauradores para TRA
 Apresentação:
 Pó: vidro de fluoroalumino silicato
 Líquido: ácido poliacrílico, ácido carboxílico poliprótico, água.
 Reação de presa: 5-10min
 Para estar completamente estável: 24hrs
 Indicação:
 Tipo I: cimentação
 Tipo II: restaurador
 Tipo III: forro, base e selante
CIV
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2 frascos: pó e líquido Cápsulas pré-dosadas
Formas de apresentação
 Biocompatibilidade;
 Aderência à estrutura dental;
 Coeficiente de expansão térmica semelhante à estrutura dental;
 Hídricos (sinérese e embebição);
 Liberação e Absorção de flúor.
Propriedades - CIV
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 Adição de ácido poliacrílico no pó e distribuição mais heterogênea de
partículas de vidro que permite grande incorporação de carga;
 Maior resistência à compressão;
 Fácil condensação;
 Marcas: Vitro molar, KETAC MOLAR.
CIV de alta viscosidade
Técnica TRA Instrumentos dentários e materiais de consumo
 Instrumentais: espelho bucal, uma sonda, pinças, um machado dentário, um cortador de
esmalte para acesso, curetas e um aplicador/esculpidor
 Os materiais de consumo: rolinhos de
algodão, bolinhas de algodão, vaselina, copo,
cunhas de madeira, tiras de matriz ou tira de
poliéster, papel de articulação e cimento
ionômero de vidro.
FEJERSKOV, Ole; NYVAD, Bente; KIDD, Edwina, 2015
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 Limpar dente afetado – escovação prévia
 Isolar com rolete de algodão
 Remover todo esmalte enfraquecido
 Remover a dentina amolecida
Técnica TRA
FEJERSKOV, Ole; NYVAD, Bente; KIDD, Edwina, 2015
 Condicionamento da cavidade com ácido fraco
 Aplicação do ionômero de vidro
 Pressão digital - 4 a 5 min com objetivo
manter a compressão no CIV durante sua
geleificação
 Remoção de excessos
 Verniz à prova d´água
 Não comer durante uma hora
Técnica TRA
FEJERSKOV, Ole; NYVAD, Bente; KIDD, Edwina, 2015
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• Condicionamento da cavidade com ácido fraco: 
• Ácido fosfórico 37% ou ácido poliacrílico 10-20% por 10 a 20s.
• Lavagem e secagem
Manipulação Clínica
Manipulação Clínica
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1. Dispensar o pó
2. Dispensar o líquido
3. Dividir o pó ao meio
4. Aglutinar a primeira 
metade do pó ao líquido ( 5‐
15s)
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5. Aglutinar a outra metade do pó ao líquido 
6. Tempo total de mistura: 45s
O brilho superficial indica a presença de poliácido para quelação e
adesão ao dente
Proteger as margens cimentadas com verniz depois da remoção
dos excessos permite a maturação adequada do material
Manipulação Clínica
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 Instrumentos de corte afiado
 Proporção pó e líquido adequada
 Controle de infecção
IMPORTANTE:
 Diagnóstico
Acompanhamento
Cuidados
Apresenta menor nível de contaminação e consistência
ligeiramente endurecida, o que a torna mais resistente à
remoção manual durante a confecção do preparo cavitário.
Altamente contaminada e apresenta consistência bastante
amolecida, sendo de fácil remoção com o uso de
instrumentos manuais.
Dentina infectada X dentina afetada
Dentina cariada infectada 
Dentina cariada afetada 
Opalini blog
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 Baixo custo;
 Preservação de tecido dentinário sadio;
 União do procedimento curativo e preventivo;
 Restauração danificada facilmente reparável;
 Fácil aceitação por crianças e adultos;
 Programas de promoção de saúde;
 Prevenção de cárie secundária;
 Preparo cavitário conservador.
Vantagens do TRA
 Custo do material restaurador;
 Controle de umidade;
 Muitos insucessos em classe II;
 Longevidade das restaurações;
 Material sofre interferência pelo operador e alterações climáticas;
 CIV: maior desgaste da superfície e dureza menor.
Desvantagens do TRA
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 Remoção insuficiente do esmalte desmineralizado e da dentina em
decomposição;
 Mistura inadequada pó/líquido do ionômero de vidro;
 Nível de umidade e temperatura do ionômero de vidro preparado;
 Preenchimento incompleto da cavidade com o ionômero de vidro misturado
manualmente;
 Contaminação por saliva e/ou sangue;
Causas de falhas do TRA
Adequação do meio bucal X TRA
Adequação do meio
Controle de cárie como etapa de 
transição
Fase preparatória de completa 
reintegração da cavidade bucal
TRA
Tratamento definitivo
Caráter preventivo
Mantém o dente na cavidade 
bucal, preservando suas funções
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Capeamento pulpar indireto X TRA
Capeamento 
pulpar indireto
Enfoque na 
resposta 
pulpar
Técnica: uso 
de brocas e 
curetas
TRA
Enfoque na 
resposta 
dentinária
Técnica: 
somente 
curetas
 Consiste em utilizar os mesmos princípios do convencional, no entanto, em
ambiente de consultório;
 Adiciona-se à técnica materiais diferentes e outros instrumentos como:
 Instrumentos rotatórios para melhorar o acesso
 Remoção da cárie do limite amelo-dentinário com baixa rotação
 TRAm cria condições para remineralização da dentina. Critério confiável
para remover dentina: em lascas/escamas.
TRA modificado 
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Dúvidas??
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