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Unidade III 
 
 
 
 
MEDICINA DO TRABALHO 
 
 
 
 
Profa. Ma. Paula Castro 
 No Brasil, os serviços de reabilitação e readaptação existem 
desde 1944, em que os Institutos de Aposentadoria e Pensões 
dos Comerciários – IAPC e da Indústria – IPAI. 
 Em 1960, com a Lei Orgânica da Previdência Social, foi 
regulamentado que a assistência reeducativa e de readaptação 
profissional deveria cuidar das ações de reabilitação dos 
segurados que estavam sob regime de benefício de auxílio- 
doença, sendo incluídos no rol dos beneficiários os 
aposentados e os pensionistas por invalidez. 
Reabilitação profissional 
 Com a unificação dos Institutos de Pensão em 1966, aconteceu 
a criação do Instituto Nacional da Previdência Social e, assim, 
houve a extensão dos benefícios para todos os trabalhadores. 
 Já nas décadas de 1970 e 1980, essas ações passaram a ser 
executadas pelos Centros de Reabilitação Profissional – CRP, 
que tinham como característica ser unidades de grande porte e 
com equipe multiprofissional: médicos, fisioterapeutas, 
terapeutas ocupacionais, psicólogos e professores, que tinham 
como ações dar suporte e atendimento para os beneficiários, 
que na sua maioria eram pessoas que tinham sofrido algum 
tipo de acidente e apresentavam sequelas. 
 
 Com a Nova Constituição promulgada em 1988, houve uma 
diferenciação das ações executadas, transferindo para o 
Ministério da Saúde aquelas que se referiam à reabilitação 
física do trabalhador e a reabilitação profissional continuou a 
ser de competência do Ministério da Previdência Social. 
 O novo modelo para assistência à saúde tinha a preocupação 
de garantir a todo o cidadão e sua família políticas públicas no 
momento de maior vulnerabilidade (velhice, doença e 
desemprego), ações de proteção social. 
 Art. 194, da Constituição Federal: “um conjunto integrado de 
ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade 
destinadas a assegurar o direito à saúde, à previdência e à 
assistência social”. 
 
 “Serviço de assistência social que tem por finalidade a 
integração ao mercado de trabalho e a participação no convívio 
social dos beneficiários da Previdência Social, incapacitados 
parcial ou totalmente para o trabalho e os portadores de 
deficiência física.” 
 O conceito pode ainda ser encontrado em outras referências, 
como as definições das Recomendações 99 e 168, da OIT, 
sendo elas: “a parte do processo contínuo e coordenado, que 
compreende a prestação de serviços de avaliação, de 
orientação, de ajustamento, de formação profissional e de 
colocação seletiva, para que as pessoas com limitações físicas 
e/ou mentais possam integrar-se em seu meio social como 
pessoas úteis”. 
Conceito 
A OIT define, por sua vez, a reabilitação profissional como: 
“a parte do processo contínuo e coordenado de adaptação e de 
readaptação que compreende a prestação de meios – 
especialmente orientação profissional, formação profissional e 
colocação seletiva – para que as pessoas com deficiência 
possam obter e conservar um emprego adequado.” 
 
O Ministério da Previdência, por meio do Instituto Nacional de 
Seguridade Social, teve as seguintes ações designadas pelo 
Decreto n. 3.048/1999, art. 137, incisos I a IV: 
 avaliação do potencial laborativo; 
 orientação e acompanhamento da programação profissional; 
 articulação da comunidade; 
 acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de 
trabalho. 
 
Delegação de habilitação e reabilitação profissional 
Projeto de Reabilitação Profissional: Articulando Ações em 
Saúde do Trabalhador e Construindo a Reabilitação Integral. São 
pressupostos da reabilitação profissional: 
 É uma ação da Seguridade Social. 
 Entende-se por Seguridade Social o conjunto de ações 
integradas de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social. 
 As instituições públicas e privadas são igualmente 
responsáveis pelas condições de saúde e segurança nos 
ambientes e nos processos de trabalho, bem como na inclusão 
social e profissional da pessoa com deficiência. 
 
Diretoria de Saúde do Trabalhador 
 O território do segurado ou da pessoa com deficiência precisa 
ser considerado como espaço de referência para o processo 
de habilitação e reabilitação profissional. 
 O trabalho de reabilitação profissional é uma ação 
interdisciplinar e deve acontecer por meio de equipes 
multiprofissionais, com vistas a ampliar a percepção 
individual e dimensão coletiva, considerando o trabalho como 
fundante para a construção do ser social. 
 A reabilitação profissional deve fortalecer e aprimorar a 
prevenção de riscos ocupacionais e mitigar os efeitos da 
incapacidade laboral. 
 
 A reabilitação profissional deve reconhecer as capacidades e 
as potencialidades de cada trabalhador, considerando suas 
dimensões subjetivas, por meio da valorização da escuta, da 
empatia e do apoio, em detrimento do definir, do decidir e do 
eleger pelo outro. 
 O reabilitado é um sujeito ativo do seu processo de 
reabilitação profissional, dotado de vontade própria. Portanto, 
capaz de encontrar soluções para suas circunstâncias. 
 O acesso à informação é um direito fundamental de todo 
cidadão e deve estar pautado na celeridade, na uniformização e 
na transparência de processos de trabalho e protocolos. 
 
Interatividade 
A reabilitação profissional é um programa estruturado, que deve 
envolver, além da dimensão física, os processos psicossociais, 
como meio de atingir sua finalidade maior que é: 
a) A permanência no trabalho. 
b) Elevar os níveis de produtividade. 
c) Aceitar a legislação vigente. 
d) Evitar problemas com os gestores. 
e) Diminuir os riscos fiscais e trabalhistas. 
 
 O beneficiário é um trabalhador ou um potencial trabalhador 
que precisa ser visto como uma pessoa produtiva, que possui 
expectativas, principalmente sobre a sua capacidade de voltar 
a ser produtivo mesmo diante de uma incapacidade instalada. 
 A equipe de reabilitação profissional deve buscar o 
entendimento de qual é o significado de reinserção no 
mercado de trabalho para aquele beneficiário. 
 Os profissionais precisam transmitir confiança, garantindo, 
assim, vínculo do trabalhador, conquistando a confiança do 
trabalhador e criando um espaço de escuta adequado para a 
identificação das potencialidades e para o enfrentamento das 
dificuldades desse sujeito. 
 
Reabilitação profissional 
 Diretoria de Saúde e Segurança Ocupacional da Secretaria de 
Políticas de Previdência do Ministério da Previdência Social, o 
INSS paga por ano, aproximadamente, R$ 10,5 bilhões em 
benefícios para trabalhadores que tiveram acidentes e 
doenças do trabalho e aposentadorias especiais decorrentes 
da condição do ambiente de trabalho. 
 Portanto é importante que o Estado consiga intervir de 
maneira preventiva nos agravos à saúde do trabalhador, pois 
o que não deve ser natural é a condição de lesões e sequelas 
dos trabalhadores ser encarada como natural. 
 Para uma adequada reabilitação dos trabalhadores 
acidentados, são necessárias mudanças nos setores de 
trabalho e nos critérios que levam a consideração da 
incapacitação. 
 
Gastos com a reabilitação 
 Decreto n. 3.298/99 dispõe sobre a Política Nacional de 
Integração da Pessoa com Deficiência que consolidou as 
normas definidas na Lei n. 7.853/89: 
1. Deficiência: toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou 
função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere 
incapacidade para o desempenho da atividade, dentro do padrão 
considerado normal para o ser humano. 
2. Incapacidade: redução efetiva e acentuada da capacidade de 
integração social, com necessidade de equipamentos, 
adaptações, meios ou recursos especiais paraque a pessoa com 
deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias 
ao seu bem-estar e ao desempenho de atividade a ser executada. 
 
Deficiência e incapacidade 
 A partir da análise da incapacidade, inicia-se o processo de 
identificação das possibilidades de reinserção desse 
trabalhador. 
 É importante que o beneficiário receba uma prescrição por 
meio do diagnóstico de sua atividade atual e identifique quais 
são as estratégias necessárias e seguras, e quais as ações que 
podem ser de risco. 
 
Segundo a legislação, a reabilitação é obrigatória aos 
segurados, inclusive aos aposentados e aos seus dependentes, 
e têm direito ao benefício: 
 o segurado em gozo de auxílio-doença, seja decorrente de 
acidente de trabalho ou previdenciário; 
 o aposentado por aposentadoria especial, por tempo de 
serviço ou idade, que permanece em atividade laborativa e 
que sofre acidente do trabalho; 
 aposentado por invalidez; 
 o dependente maior de 14 anos portador de deficiência. 
 
Benefícios da reabilitação profissional 
 O segurado deve ser submetido à perícia com os médicos do 
INSS, para o reconhecimento das incapacidades para o 
trabalho ou para as atividades habituais. 
 Após o diagnóstico, seja de origem ocupacional ou não, a 
responsabilidade do tratamento médico e/ou cirúrgico e/ou de 
reabilitação física será do Sistema Único de Saúde (SUS). 
 A Lei Orgânica da Saúde 8.080/90 prevê que a reabilitação 
física é de competência do SUS e fica a cargo do INSS a 
reabilitação profissional e o pagamento dos benefícios durante 
o período de afastamento. 
 Quando identificado na perícia que há nexo causal 
reconhecido com o trabalho, o benefício concedido será de 
auxílio-doença acidentário. 
 
A realização dessa prescrição deve ser de um profissional de 
ergonomia, levando em consideração os seguintes critérios: 
 O processo de recuperação e a funcionalidade do trabalhador a 
ser inserido; 
 A ocupação antes do afastamento; 
 Os impactos cognitivos sobre o trabalhador em decorrência da 
defasagem nos processos de produção durante o período de 
afastamento; 
 Os impactos psicológicos derivados da gravidade da lesão. 
Reinserção no trabalho 
Análise das tarefas e das atividades: 
 Estudo das tarefas nas situações de referência: posturas, 
movimentos, requisitos técnicos das tarefas, mudanças 
técnicas e organizacionais; 
 Análise das estratégias de operação: procedimentos 
operacionais, conhecimentos tácitos, conhecimentos 
contextualizados. 
 
Classificação de funcionalidade 
Classificação de funcionalidade e adequação do trabalho: 
 Análise do trabalhador reinserido: potencialidades, barreiras, 
facilitadores, conhecimentos operacionais; 
 Programa de reabilitação; 
 Adequação da situação de trabalho: rearranjo do local e das 
tarefas com adaptações de artefatos, facilitadores para as 
tarefas, acessibilidade e relações sociais; em função do 
resultado da análise das tarefas e das atividades. 
 
Reinserção 
Projeto e avaliação da prescrição: 
 Estágio de reinserção: ocupação do posto pelo trabalhador 
reinserido com acompanhamento psicossocial e de 
desempenho técnico; 
 Avaliação das tarefas e do local pelo trabalhador e por 
técnicos envolvidos; 
 Geração de novos requisitos de tarefas e novas adequações. 
 
Interatividade 
Cabe ao INSS promover a prestação da habilitação e da 
reabilitação profissional, sendo certo que: 
a) Toda e qualquer despesa realizada pelo segurado para a 
aquisição de órtese será reembolsada. 
b) As órteses ou próteses não serão fornecidas aos 
aposentados. 
c) A empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a 
preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários 
reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência habilitadas. 
d) Constitui obrigação da Previdência Social a colocação do 
segurado em emprego para o qual foi reabilitado. 
e) Concluído o processo de reabilitação profissional será 
encerrado o benefício do auxílio-acidente. 
O amplo campo de atuação da higiene e da segurança do trabalho 
consegue atingir seus objetivos com a aplicação prática e eficaz 
de seus principais programas de prevenção: 
 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). 
 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). 
 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na 
Indústria da Construção (PCMAT). 
 O PCMSO e o PPRA são obrigatórios para todos os 
empregadores e instituições que admitam trabalhadores 
regidos pela CLT, e o PCMAT é específico para os 
empregadores e as instituições da indústria da construção civil. 
 
Programas de prevenção e controle 
 O PPRA definido e regulamentado pela NR9 estabelece a 
obrigatoriedade da elaboração e da implementação por parte 
de todos os empregadores e instituições que admitam 
trabalhadores como empregados, visando à preservação da 
saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio de 
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente 
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que 
venham a existir no ambiente de trabalho, considerando a 
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
 As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de 
cada estabelecimento da empresa, sendo sua abrangência e 
sua profundidade dependentes das características dos riscos 
e das necessidades de controle. 
 
NR 9 (PPRA) Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais 
 Planejamento anual com estabelecimento de metas, 
prioridades e cronograma; 
 Estratégia e metodologia de ação; 
 Formado registro, manutenção e divulgação dos dados; 
 Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do 
PPRA. 
 Deve ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma 
vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu 
desenvolvimento, realização dos ajustes necessários e 
estabelecimento de novas metas e prioridades. 
Estrutura do PPRA 
 Antecipação e reconhecimento dos riscos; 
 Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; 
 Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; 
 Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; 
 Monitoramento da exposição aos riscos; 
 Registro e divulgação dos dados. 
 
Etapas do PPRA 
 O PPRA tem como obrigatoriedade a avaliação, o controle e o 
monitoramento dos riscos ambientais físicos, químicos e 
biológicos do ambiente de trabalho; porém fica a critério do 
SESMT a inclusão de outros riscos laborais, como o risco 
ergonômico e de acidentes, em seu programa de prevenção, 
que não é obrigatório pela NR9, mas qualifica mais ainda a 
gestão dos riscos nas organizações. 
 São considerados riscos ambientais os agentes físicos, 
químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho, 
que, em razão de sua natureza, concentração ou intensidade e 
tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do 
trabalhador. 
 
 
 A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas 
instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de 
modificações já existentes. 
 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os 
seguintes itens, quando aplicáveis: 
 Sua identificação; 
 A determinação e a localização das possíveis fontes 
geradoras; 
 A identificação das possíveis trajetórias e dos meios de 
propagação dos agentes no ambiente de trabalho; 
 A identificação das funções e a determinação do número de 
trabalhadores expostos; 
 
 A caracterização das atividades e do tipo da exposição; 
 A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de 
possível comprometimento da saúde decorrente do 
trabalho; 
 Os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos 
identificados. 
 A avaliação quantitativa deverá ser realizadasempre que 
necessária para: 
 Comprovar o controle da exposição ou a inexistência de 
riscos identificados na etapa de reconhecimento; 
 Dimensionar a exposição dos trabalhadores; 
 Subsidiar o equacionamento das medidas de 
controle. 
 
Agentes Tipo Fonte geradora Graduação Medidas de prevenção 
 Efeitos Exposição EPC EPI 
Físico 
Químico 
Biológico 
Como determinar os riscos 
Graduação dos riscos 
Categoria Gradação efeitos à saúde Categoria Gradação de exposição 
0 Efeitos reversíveis e pequenos 0 Nenhum contato com o agente ou 
desprezível 
1 Efeitos reversíveis à saúde, preocupante 1 Contatos esporádicos com o agente 
2 Efeitos severos à saúde, preocupante 2 Contato frequente com o agente à 
baixa concentração 
3 Efeitos irreversíveis à saúde, preocupante 3 Contato frequente com o agente às 
altas concentrações 
4 Ameaça à vida, lesão incapacitante ocupacional 4 Contato frequente à altíssima 
concentração 
Interatividade 
Acerca do PPRA, assinale a alternativa correta. 
a) O cronograma de ações não é parte integrante do 
documento base. 
b) A NR-9 se aplica a todas as empresas regidas pela CLT, 
não importando o tipo de atividade, risco ou número de 
funcionários. 
c) A NR-10 trata desse programa. 
d) Somente o engenheiro de segurança pode assinar esse 
documento. 
e) O PPRA é bem semelhante ao mapa de riscos, com poucas 
diferenças. 
 O PCMSO é regulamentado pela NR 7 e pode ser definido 
como um programa que tem como objetivo estabelecer o nexo 
causal entre a atividade profissional a um determinado risco 
no ambiente de trabalho e, após a detecção, monitorar e fazer 
o devido controle para que não venha causar danos à saúde 
do trabalhador. 
 Deve ser elaborado e implementado por todos os 
empregadores e instituições, com o objetivo de promoção e 
preservação da saúde do conjunto de seus trabalhadores, 
sendo parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas 
da empresa no campo da preservação da saúde de seus 
colaboradores, devendo, ainda, estar articulado com o 
disposto nas demais normas. 
 
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – 
PCMSO 
Objetivos do PCMSO 
 Considerar as questões de incidentes sobre o indivíduo e a 
coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental 
clínico-epidemiológico na relação entre sua saúde e trabalho; 
 Ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce 
dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de 
natureza subclínica, além da constatação da existência de 
casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à 
saúde dos trabalhadores; 
 Ser planejado e implantando com base nos riscos à saúde dos 
trabalhadores; 
 Obedecer a um planejamento cujas ações de saúde a serem 
executadas durante o ano estejam previstas, devendo ser 
objeto de relatório anual. 
 
 Garantir a elaboração e a efetiva implementação do PCMSO, 
bem como zelar pela sua eficácia; 
 Custear todos os procedimentos relacionados ao PCMSO, sem 
ônus para o empregado; 
 Indicar, entre os médicos do SESMT da empresa, um 
coordenador responsável pela execução do PCMSO; 
 No caso da empresa estar desobrigada de manter médico do 
trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar 
médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para 
coordenar o PCMSO; 
 Inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador 
poderá contratar médico de outra especialidade para 
coordenar o PCMSO. 
 
Responsabilidades do empregador 
O PCMSO deve incluir no desenvolvimento de suas atividades a 
realização obrigatória dos seguintes exames médicos: 
 Admissional; 
 Periódico; 
 Retorno ao trabalho; 
 Mudança de função; 
 Demissional. 
 
 Para cada um desses exames realizados, o médico emitirá o 
Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), em duas vias. A 
primeira é arquivada no local de trabalho do trabalhador, para 
que fique à disposição da fiscalização do trabalho, e a segunda 
via é obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante 
recibo na primeira. 
 Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo a avaliação 
clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas 
aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico 
individual, que ficará sob responsabilidade do médico-
coordenador, e deverão ser mantidos por um período mínimo 
de 20 anos após o desligamento do trabalhador. 
 
Serviço Especializado de Segurança e Medicina do 
Trabalho – SESMT 
 Todas as empresas devem tratar da segurança e da prevenção 
de acidentes, bem como das condições do ambiente de 
trabalho pelos instrumentos do SESMT e da CIPA. Esses serão 
os órgãos dentro da empresa responsáveis pela proteção da 
integridade física do trabalhador e de qualquer condição 
anormal ao ambiente que possam afetar a saúde do 
trabalhador. 
 A CLT, em seus artigos 162 a 165, bem como a Portaria 
n. 3.214/78 do Ministério do Trabalho regulamentam o SESMT 
e a CIPA, tornam obrigatória em todas as empresas que 
possuam trabalhadores que tenham vínculo empregatício 
regido pela CLT. 
 
 Para sua implantação deverá ser levado em conta o número 
de funcionários da empresa, além de quais são os riscos 
presentes no ambiente de trabalho. 
 O SESMT tem como finalidade principal garantir a integridade 
física do trabalho, de maneira a controlar os riscos aos quais 
os profissionais possam estar expostos, e avaliando de que 
maneira podem acontecer melhorias das condições em cada 
processo de trabalho, dentro da instituição, para que não 
acontece aquilo que se busca prevenir: o acidente de trabalho. 
 
O SESMT deverá ser composto pelos seguintes profissionais: 
 Engenheiro de segurança do trabalho; 
 Médico do trabalho; 
 Enfermeiro do trabalho; 
 Técnicos de segurança do trabalho; 
 Auxiliares de enfermagem do trabalho. 
 
Responsabilidade da equipe SESMT 
 Aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e 
medicina do trabalho a todos os seus componentes, de 
maneira a reduzir e, se possível, eliminar os riscos ali 
existentes; 
 Determinar quando esgotados todos os meios conhecidos para 
eliminação dos riscos e, se persistir, mesmo reduzidos, 
deverão ser utilizados pelo trabalhador os EPIs, desde que a 
concentração, a intensidade ou a característica do agente 
assim o exijam; 
 Promover a realização das atividades de conscientização, 
educação e orientação aos trabalhadores para a prevenção de 
acidentes do trabalho e doenças ocupacionais; 
 Esclarecer e conscientizar os empregados sobre os acidentes 
de trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor 
da prevenção; 
 Analisar e registrar os acidentes ocorridos, com ou sem 
vítima, e todos os casos de doença ocupacional; 
 Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes de 
trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade; 
 Elaborar plano de controle de efeitos de catástrofes, de 
combate a incêndios, salvamento e pronto-atendimento a 
vítimas. 
Interatividade 
Sobre as diretrizes do PCMSO, é correto afirmar: 
a) São partes integrantes do conjunto mais amplo de iniciativas da 
empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar 
articuladas com o disposto nas demais NRs. 
b) Deverão ter caráter de correção dos agravos à saúde relacionados ao 
trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da 
existência de casos de doenças profissionais à saúde dos 
trabalhadores. 
c) Deverão considerar as questões sobre o bem-estar do indivíduo e a 
coletividade de trabalhadores, privilegiando o uso de EPI, para 
proteção da saúde ocupacional do trabalhador. 
d) Deverão ser planejadas com base nos riscos à saúde dos 
trabalhadores e implementadas com base no histórico de acidentes daempresa, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas 
demais NR. 
e) Deverão garantir implementação das normas regulamentadoras, bem 
como zelar pela sua eficácia. 
 
 
 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA! 
	Slide Number 1
	Reabilitação profissional
	Slide Number 3
	Slide Number 4
	Conceito
	Slide Number 6
	Delegação de habilitação e reabilitação profissional
	Diretoria de Saúde do Trabalhador
	Slide Number 9
	Slide Number 10
	Interatividade
	Resposta
	Reabilitação profissional
	Gastos com a reabilitação
	Deficiência e incapacidade
	Slide Number 16
	Benefícios da reabilitação profissional
	Slide Number 18
	Slide Number 19
	Reinserção no trabalho
	Classificação de funcionalidade
	Reinserção
	Interatividade
	Resposta
	Programas de prevenção e controle
	NR 9 (PPRA) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
	Estrutura do PPRA
	Etapas do PPRA
	Slide Number 29
	Slide Number 30
	Slide Number 31
	Como determinar os riscos
	Slide Number 33
	Interatividade
	Resposta
	Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO
	Objetivos do PCMSO
	Responsabilidades do empregador
	Slide Number 39
	Slide Number 40
	Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT
	Slide Number 42
	Slide Number 43
	Responsabilidade da equipe SESMT
	Slide Number 45
	Interatividade
	Resposta
	Slide Number 48

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