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no mercado para investir o seu dinheiro e deste espera o retorno. O retorno do capital próprio é o índice que mede o retorno que os donos têm sobre o seu capital investido no empreendimento. 4.4.6 Análise completa Uma análise completa da situação financeira da empresa poderá ser feita por: • Análise Geral: de vários índices, para reunir todos os aspectos das atividades da empresa, identificando as principais necessidades ou áreas de responsabilidade. Para se chegar a este resultado é necessário realizar uma análise dos quatro grupos, isoladamente, avaliando: liquidez, atividade, endividamento e rentabilidade. Na sequência, avaliar o risco (liquidez, atividade e endividamento) com as possibilidades de retorno (rentabilidade). • Análise DuPont: visa identificar as principais áreas responsáveis pelo retorno do patrimônio líquido, ou seja, pelo desempenho financeiro; a partir do desdobramento do: lucro sobre as vendas, eficiência na utilização do ativo e uso da alavancagem. UNIDADE 1 TOPIC 2 FLUXOS E PLANEJAMENTO Na Gestão Financeira, os fluxos expressam os recebimentos e os pagamentos, ou seja, as entradas e as saídas de dinheiro do caixa. Planejamento é indispensável, pois, ao planejar você estará criando um cenário futuro do que poderá acontecer. Neste momento, você também pode avaliar a possibilidade de novos investimentos ou, ainda, tomar decisões para enfrentar uma crise. 2 FLUXOS DE CAIXA O fluxo de caixa apresenta as entradas e saídas, bem como as necessidades diárias ou de um período. Nos fluxos de caixa também aparecem os investimentos e sua depreciação – desvalorização que ocorre em função da idade e do uso do bem. Ao elaborar a demonstração do fluxo de caixa, consideramos: • Fluxos operacionais: consideram todas as entradas e saídas diretamente relacionadas à produção e comercialização dos produtos e/ou serviços. • Fluxos de investimentos: expressam as aquisições de imobilizado (terrenos, edificações, máquinas, equipamentos, móveis, utensílios e veículos) e participações societárias. • Fluxos de financiamentos: demonstram os recebimentos e pagamentos de capital próprio (dinheiro dos sócios) e ainda do capital de terceiros (dinheiro emprestado de não sócios). é preciso conhecer cada um dos detalhes dos fluxos: operacionais, de investimento e de financiamentos; pois destes detalhes chegamos aos resultados, revelando lucro ou prejuízo do período. Um gestor financeiro não vai se limitar apenas aos resultados apresentados, mas irá realizar o planejamento financeiro, considerando as ações de: • Longo Prazo: geralmente, as decisões tomadas pelos dirigentes estratégicos em cada uma das áreas da empresa. Podemos exemplificar como: construção de uma nova fábrica, expansão para novos mercados, criação de uma nova linha de produtos, novos investimentos na produção, ou até mesmo a redução de quaisquer itens. • Curto Prazo: são as providências operacionais do dia a dia, conforme ilustradas na Figura 1 – nos fluxos operacionais. O fluxo de caixa é controlado em detalhes, identificando todas as receitas e despesas, apontando, ao final de cada dia, a disponibilidade ou necessidade de dinheiro. Uma demonstração deste fluxo está representada no quadro a seguir: 3 ORÇAMENTOS DE CAIXA É uma demonstração que apresenta as entradas e as saídas de caixa planejadas da empresa, que a utiliza para estimar suas necessidades de caixa no curto prazo, com especial atenção para o planejamento do uso de superávits e a cobertura de déficits. Procuram projetar em torno de um ano. A atividade de prever as vendas deve considerar as capacidades internas de produção da empresa, para que não se venda mais do que efetivamente é possível produzir ou entregar. Observar o mercado, com a finalidade de compreendermos se nosso produto terá aceitação, verificar a existência de produtos substitutos ou, ainda, a concorrência. Em tempos de turbulência, não é uma tarefa fácil. O orçamento de caixa revelará a evolução dos números no decorrer do ano, mês a mês. Através dele também pode-se tomar algumas decisões para que os resultados finais sejam alcançados, realizando ajustes no decorrer dos meses. Pode-se ainda constatar determinado mês com uma falta muito grande de dinheiro, mas em alguns meses poderá haver o excedente (superávit). As atividades de planejamento precisam levar sempre em consideração as três condições: • Pessimista: onde muitas coisas podem dar errado, poucas vendas, inadimplência alta e muitos pagamentos a serem realizados. • Mais provável: geralmente é reproduzido dentro daquilo que vem ocorrendo nos últimos períodos. • Otimista: geralmente consideramos altas vendas, além do pagamento de todos os compromissos. Um bom gestor financeiro dá os seus primeiros passos controlando o seu dinheiro, procurando aumentar os seus ganhos, diminuir as despesas e acumulando alguma riqueza. 4 DEMONSTRAÇÕES E BALANÇOS PROJETADOS É fundamental que no planejamento financeiro possamos projetar as demonstrações e os balanços. Com estas projeções conseguimos, inclusive, avançar na análise dos índices. Geralmente, tem-se como base os dados do exercício anterior e incorporam-se às previsões para o período ou exercício seguinte. O planejamento, projetando as vendas mensais, deve considerar esta variação mensal nas vendas, a fim de projetar os resultados próximos da sua realização. Quanto mais detalhada for esta projeção, melhor pode-se acompanhar o realizado, revendo algumas decisões a fim de alcançar os resultados projetados. Para que micro e pequenas empresas cresçam, é necessário projetar os seus resultados. Muitas desconhecem os seus fluxos e não apresentam orçamentos, da mesma forma que um barco vai para a direção em que sopra o vento. UNIDADE 1 TOPIC 3 VARIÁVEIS NA GESTÃO FINANCEIRA 2 VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO O dinheiro tem o seu valor ajustado no decorrer do tempo, ilustrado com a seguinte situação: relacione 10 itens que podem ser comprados hoje com R$ 500,00. Se você guardar este dinheiro em sua carteira durante um ano, com certeza daqui a um ano não poderá mais comprar estes itens pelo mesmo preço. Este hoje e amanhã nos remete ao presente e ao futuro distante por um intervalo de dias, meses ou anos, denominado de linha do tempo. Nesta linha do tempo, entre um valor presente e outro futuro, os montantes são corrigidos por uma taxa preestabelecida. As taxas podem ser expressas nos diferentes intervalos: ao dia (a.d.), ao mês (a.m.), ao ano (a.a.) etc. A Matemática Financeira ensina como converter as taxas de um período a outro. As expressões a seguir são fundamentais para o gestor financeiro: • Valor Presente (VP): corresponde ao montante de dinheiro que temos neste exato momento (valor presente) - hoje. Em algumas literaturas e calculadoras, também podemos encontrar, do inglês, a sigla PV (Present Value). • Valor Futuro (VF): corresponde ao montante de dinheiro que teremos em data futura. Do inglês, temos a sigla FV (Future Value). imagine ter aplicado R$ 1.000,00 numa conta-poupança no dia 10 do mês passado. Neste mês, no dia 10, a sua aplicação completa um mês, e você terá direito ao rendimento destes últimos 30 dias. Diariamente, o BACEN (Banco Central do Brasil) divulga a taxa de rendimento da poupança. Supondo que o rendimento, considerando juros e correção monetária, foi de 0,60% a.m. (ao mês), agora o saldo é de R$ 1.006,00, sendo que R$ 6,00 foi o rendimento. Para o próximo mês, a base de cálculo será o saldo de R$ 1.006,00 – tecnicamente a aplicação tem como base a capitalização composta (juros sobre juros). Geralmente, o rendimento das aplicações financeiras costuma ser inferior à taxa de juros paga nos empréstimos. Ao realizar o orçamento, prever resultados futuros, o gestor financeiro precisa projetar uma taxa de juros para corrigir o valor presente num valor futuro. 3 RISCO E RETORNO Segundo Gitman (2004, p.184), “fundamentalmente, o risco é a possibilidade de perda financeira”, e em nossas ações