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Desafio Profissional 5º semestre pedagogia - 2019

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	DESENVOLVIMENTO	�
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 14
4 REFERÊNCIAS 15
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INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é refletir sobre o cuidar, o educar e o brincar na Educação Infantil e na transição do aluno para o Ensino Fundamental com ênfase no direito do brincar da criança e na organização dos ambientes para a brincadeira. 
A brincadeira no desenvolvimento da aprendizagem: Busca uma reflexão de como o brincar e a brincadeira favorecem o desenvolvimento da aprendizagem e da criatividade da criança. Para definir a brincadeira infantil, ressaltamos a importância do brincar para o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo.
O conceito de infância: Visa entender como se deu o processo do desenvolvimento da concepção de infância, sendo importante analisar as diferentes mudanças e destacar que a visão que se tem de criança hoje é algo que foi historicamente construído ao longo dos anos. 
A organização dos espaços educativos: apresenta uma discussão sobre a influência do espaço físico no desenvolvimento da criança, tendo como finalidade discutir a importância do espaço físico no desenvolvimento e aprendizagem da criança, bem como as interações entre os pares e o papel do educador nos espaços oferecidos para a criança. 
 A utilização do espaço da brinquedoteca: analisa a brinquedoteca enquanto ferramenta pedagógica para os educadores, a sua contribuição para o desenvolvimento cognitivo da criança e de como esse espaço pode proporcionar às crianças uma aprendizagem prazerosa.
 O currículo, a interdisciplinaridade e as práticas pedagógicas: Busca uma reflexão de como os professores e os gestores da escola podem pensar as metodologias e organizações curriculares específicas, a diversidade organizacional do Ensino Fundamental e a interdisciplinaridade na transformação do currículo em ações práticas.
 As práticas lúdicas no ensino fundamental: Visa refletir em como o professor do Ensino Fundamental poderá manter práticas lúdicas e que contemplem as brincadeiras articulando-se com os conteúdos curriculares, ou mesmo em momentos do brincar livre.
DESENVOLVIMENTO
A BRINCADEIRA NO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
	Brincar é criar, imaginar, interagir com o outro. No ato da brincadeira a criança se desenvolve e constrói sua coordenação motora, promovendo socialização e interação com as outras crianças e com o mundo. O brincar é a primeira linguagem da criança, a partir das atividades lúdicas é que ela irá se desenvolver provocando seu processo de socialização, comunicação, construção de pensamentos. 
	O brincar é algo natural no cotidiano das crianças, pois se define como criativo, prazeroso, espontâneo e sem nenhum comprometimento. O brincar caracteriza-se como uma forma de expressão criativa e promotora de conhecimento, vivenciada pela criança desde seu nascimento.
 Para Oliveira (2000), “O brincar, assim como o descobrir e inventar novas coisas e/ou técnicas, são possibilidades que se desenvolvem ao longo da história, muitas vezes de maneira entrelaçada”.
Crislaine Salomão (2013) corrobora que o Brincar é uma linguagem que a criança utiliza para promover a interação entre os demais, e que através  do   Brincar,   há o desenvolvimento de habilidades, autonomia e criatividade por  envolver o direito de comunicar-se, conviver e aprender.
O ato de brincar acontece em determinados momentos do cotidiano infantil, neste contexto, Oliveira (2000) aponta o ato de brincar, como sendo um processo de humanização, no qual a criança aprende a conciliar a brincadeira de forma efetiva, criando vínculos mais duradouros. Assim, as crianças desenvolvem sua capacidade de raciocinar, de julgar, de argumentar, de como chegar a um consenso, reconhecendo o quanto isto é importante para dar início à atividade em si.
O brincar se torna importante no desenvolvimento da criança de maneira que as brincadeiras e jogos que vão surgindo gradativamente na vida da criança desde os mais funcionais até os de regras. Estes são elementos elaborados que proporcionarão experiências, possibilitando a conquista e a formação da sua identidade. Como podemos perceber, os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e afetiva. Para uma aprendizagem eficaz é preciso que o aluno construa o conhecimento, assimile os conteúdos. E o jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem, neste sentido, Carvalho (1992, p.14) afirma que:
(...) desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante.  
Carvalho (1992, p.28) acrescenta, mais adiante:
(...) o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo.
As ações com o jogo devem ser criadas e recriadas, para que sejam sempre uma nova descoberta e sempre se transformem em um novo jogo, em uma nova forma de jogar.  Quando a criança brinca, sem saber fornece várias informações a seu respeito, no entanto, o brincar pode ser útil para estimular seu desenvolvimento integral, tanto no ambiente familiar, quanto no ambiente escolar.
É brincando também que a criança aprende a respeitar regras, a ampliar o seu relacionamento social e a respeitar a si mesma e ao outro. Por meio da ludicidade a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando sua alegria de brincar. Em contrapartida, em um ambiente sério e sem motivações, os educandos acabam evitando expressar seus pensamentos e sentimentos e realizar qualquer outra atitude com medo de serem constrangidos. 
Zanluchi (2005, p.91) afirma que 
“A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia.”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida.
O CONCEITO DE INFÂNCIA
O conceito de infância foi criado há pouco mais de 200 anos e, embora seja construído e reconstruído continuamente, o modo como é concebido nos dias atuais pode conservar traços de concepções que pertenceram a outros tempos e contextos, como é o caso da visão idealista da infância enquanto idade de inocência, como um dado atemporal e universal ou, ainda, como período de grandes potencialidades humanas com progressão linear, cumulativas e previsíveis.
Para entender como se esse processo do desenvolvimento da concepção de infância, é importante analisar as diferentes mudanças e destacar que a visão que se tem de criança hoje é algo que foi historicamente construído ao longo dos anos.  Dessa maneira, é possível observar os contrastes em relação ao sentimento de infância presente em determinados momentos da história. Algumas atitudes que hoje parecem um absurdo, como o tratamento indiferente à criança pequena, há alguns séculos atrás era considerado como algo normal.
 	Por mais estranho que pareça, a sociedade nem sempre viu a criança como um ser especial e único, dotado de particularidades e cuidados especiais. Por muito tempo a tratou como um adulto em miniatura.
 	Philippe Ariès, um grande historiador francês, problematizou o conceito de infância e fez uma análise de três períodos distintos (que vai do século XIII ao século XVIII e do século XVIII à atualidade).Ele afirma que não havia distinção entre o mundo adulto e o infantil, as crianças viviam em meio ao universo dos adultos. Falavam e se vestiam como eles, jogavam os seus jogos e até participavam de suas festas.
 	Já no segundo período (séc. XVIII) houve uma significativa mudança. A sociedade passou a separar as crianças dos adultos e então surgem as primeiras instituições escolares. Por fim, no terceiro período (atualidade), a criança já começa a ocupar o seu verdadeiro espaço e acontece então a consolidação do conceito de infância que conhecemos hoje, embora muitos progressos ainda estivessem por acontecer. 
 	As instituições escolares, por muito tempo, organizavam seus espaços e rotinas diárias embasadas nas ideias assistencialistas, ou seja, a principal função da escola não era transmitir conhecimentos por meio de informações e conteúdos didáticos, o principal objetivo era cuidar, especialmente, de crianças de 0 a 6 anos. 
 	Porém, com as diversas mudanças ocasionadas pelo desenvolvimento das grandes cidades e as diversas modificações socioculturais, as coisas foram mudando de figura. 
 	Para modificar essa concepção assistencialista, houve uma mudança atenuada na educação infantil. Era necessário enxergar e assumir as suas especificidades e rever quais eram as responsabilidades da sociedade e o real papel do Estado perante as crianças pequenas.
 	A educação para as crianças pequenas deve promover a integração entre os diversos aspectos que as norteiam, como o aspecto físico, emocional, cognitivo, entre outros. 
 	Hoje, sabemos que a criança é um ser dotado de particularidades e cuidados especiais, principalmente as mais pequeninas. Muitas pessoas, até mesmo a própria família, acreditam que as crianças de 0 a 3 anos não se expressam de forma nítida e relevante. Alguns adultos tentam adivinhar o que as crianças querem, na inocência de acharem que elas não sabem informar seus desejos, e ficam fazendo suposições. Chega a ser espirituoso!
 	Mas é preciso entender um pouco mais sobre esse mundo que rodeia os bebês e compreender o que eles podem aprender desde cedo.
A ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇOS EDUCATIVOS
	Buscando uma perspectiva de sucesso para o desenvolvimento e aprendizagem do educando no contexto da educação infantil o espaço físico torna-se um elemento indispensável a ser observado. A organização deste espaço deve ser pensada tendo como principio oferecer um lugar acolhedor e prazeroso para a criança, isto é, um lugar onde as crianças possam brincar, criar e recriar suas brincadeiras sentindo-se assim estimuladas e independentes.
Os espaços devem ser organizados de forma a desafiar a criança nos campos: cognitivo, social e motor. Oportunizando a criança de andar, subir, descer e pular, através de várias tentativas, assim a criança estará aprendendo a controlar o próprio corpo, um ambiente que estimule os sentidos das crianças, que permitam a elas receber estimulação do ambiente externo, como cheiro de flores, de alimentos sendo preparados. Sentindo a brisa do vento, o calor do sol, o ruído da chuva. Experimentando também diferentes texturas: liso, áspero, duro, macio, quente, frio. Carvalho & Rubiano (2001, p.111) dizem que: “a variação da estimulação deve ser procurada em todos os sentidos: cores e formas; músicas e vozes; aromas e flores e de alimentos sendo feitos; oportunidades para provar diferentes sabores”.
A UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO DA BRINQUEDOTECA
O Brinquedo faz parte da vida da criança independente do nível social ou cultural a que pertence. Segundo Horn (2004, p.70): “o brinquedo sempre fez parte da vida das crianças, independentemente de classe social ou cultural em que está inserida”. É intrínseco da criança o hábito do brincar. Até mesmo ao se alimentar, a criança brinca com os alimentos. Portanto ao proporcionar diversos espaços para a criança brincar e agir dentro do espaço, se estará propondo novos desafios que tornarão a criança um agente da sua própria aprendizagem de forma mais lúdica. 
 	 Vygotsky citado por Rego (2002, p.80): “considera o brinquedo uma importante fonte de promoção de desenvolvimento. Afirma que, apesar do brinquedo não ser o aspecto predominante da infância, ele exerce uma enorme influência no desenvolvimento infantil”. 
Portanto não devemos conceber a infância longe do brinquedo visto a importância do mesma aqui referenciada. E principalmente de proporcionar o brinquedo em ambientes preparados para que a criança brinque com liberdade de ação e em total interação com outras crianças.
Os tipos de brinquedos e brincadeiras mais comuns são: os brinquedos educativos têm fins pedagógicos que são utilizados em salas de aula para incrementar a prática docente dos professores e ajudar no processo de ensino/aprendizagem dos alunos, as brincadeiras tradicionais infantis que está ligada diretamente a cultura popular das crianças, as brincadeiras de faz-de-conta onde a criança expressa seu lado imaginário, o simbólico, e as brincadeiras de construção que estimula a criatividade, a coordenação psicomotora e as habilidades das crianças.
A brinquedoteca tem a função primordial de fazer as crianças felizes, mas, segundo Cunha (1994), também existem outros objetivos, como: 
Proporcionar um espaço onde a criança possa brincar sossegada, sem cobranças e sem sentir que está atrapalhando ou perdendo tempo; Estimular o desenvolvimento de uma vida interior rica e da capacidade de concentrar a atenção; Estimular a operatividade das crianças; Favorecer o equilíbrio emocional; Dar oportunidade à expansão de potencialidades; Desenvolver a inteligência, criatividade e sociabilidade; Proporcionar acesso a um número maior de brinquedos, de experiências e de descobertas; Dar oportunidade para que aprenda a jogar e a participar; Incentivar a valorização do brinquedo como atividade geradora de desenvolvimento intelectual, emocional e social; Enriquecer o relacionamento entre as crianças e suas famílias; Valorizar os sentimentos afetivos e cultivar a sensibilidade (p.29)
	
O CURRÍCULO, A INTERDISCIPLINARIDADE E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
	A escola, não é apenas um espaço social emancipatório ou libertador, mas também é um cenário de socialização da mudança. Sendo um ambiente social, tem um duplo currículo, o explicito e o formal, o oculto e informal. A prática do currículo é geralmente acentuada na vida dos alunos estando associada às mensagens de natureza afetiva e às atitudes e valores. O Currículo educativo representa a composição dos conhecimentos e valores que caracterizam um processo social. Ele é proposto pelo trabalho pedagógico nas escolas.
Atualmente, o currículo é uma construção social na acepção de estar inteiramente vinculado a um momento histórico à determinada sociedade e às relações com o conhecimento. Nesse sentido, a educação e currículo são vistos intimamente envolvidos com o processo cultural, como construção de identidades locais e nacionais.
Hoje existem várias formas de ensinar e aprender e umas delas é o currículo oculto. Para Silva, o currículo oculto é “o conjunto de atitudes, valores e comportamentos que não fazem parte explícita do currículo, mas que são implicitamente ensinados através das relações sociais, dos rituais, das práticas e da configuração espacial e temporal da escola”.
Ao pensarmos no homem como um ser histórico, também refletiremos em um currículo que atenderá, em épocas diferentes a interesses, em certo espaço e tempo histórico. Existe uma diferença conceitual entre currículo, que é o conjunto de ações pedagógicas e a matriz curricular, que é a lista de disciplinas e conteúdos do currículo.
 	O currículo, não é imparcial, é social e culturalmente definido, reflete uma concepção de mundo, de sociedade e de educação, implica relações de poder, sendo o centro da ação educativa. A visão do currículo está associada ao conjunto de atividades intencionalmente desenvolvidas para o processo formativo.
O currículo é um instrumento político que se vincula à ideologia, à estrutura social, à cultura e ao poder. A culturaé o conteúdo da educação, sua essência e sua defesa, e currículo é a opção realizada dentro dessa cultura. As teorias críticas nos informam que a escola tem sido um lugar de subordinação e reprodução da cultura da classe dominante, das elites, da burguesia. Porém, com a pluralidade cultural, aparece o movimento de exigência dos grupos culturais dominados que lutam para ter suas raízes culturais reconhecidas e representadas na cultura nacional, pois por trás das nossas diferenças, há a mesma humanidade.
Há várias formas de composição curricular, mas os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam que os modelos dominantes na escola brasileira, multidisciplinar e pluridisciplinar, marcados por uma forte fragmentação, devem ser substituídos, na medida do possível, por uma perspectiva interdisciplinar e transdisciplinar.
Para elaboração de um currículo escolar devemos levar em consideração as vertentes caracterizadas pela: ontologia (trata da natureza do ser); epistemologia (define a natureza dos conhecimentos e o processo de conhecer); axiologia (preocupa-se com a natureza do bom e mau, incluindo o estético). As ciências nos mostram que não há desenvolvimento sustentado sem o capital social, gerador de inovação, de responsabilidade e de participação cívica. E que a escolarização é a condição fundamental de acesso à cultura, ao sentido crítico, à participação cívica, ao reconhecimento do belo, e ao respeito pelo outro.
 A prática pedagógica é uma atividade complexa e dinâmica, que se efetiva num ambiente social particular, formalmente responsável pela educação do aluno. Para entender à demanda do contexto atual, deve ser organizada de modo que possibilite a formação de um cidadão critico capaz de lidar conscientemente, com a realidade cientifica e tecnológica na qual está inserido.
 Tal formação pressupõe uma educação comprometida com o desenvolvimento das capacidades necessárias à intervenção critica e consciente nessa realidade. O currículo das escolas públicas caracteriza-se pela divisão do conhecimento escolar em disciplinas específicas, agrupando-as por áreas de conhecimento com o objetivo de facilitar sua integração. 
 Cabe aos professores descobrir como manter um diálogo entre elas e desenvolver um ensino capaz de fazer com os estudantes aprendam a relacionar os diferentes segmentos do conhecimento. Neste trabalho, partindo da premissa de que a aprendizagem escolar e decorrência de relação sociais, afetivas e cognitivas que se estabelecem especialmente na sala de aula nos ocuparemos das situações formais de ensino.
 Afinal, a escola é uma instituição que tem na instrução sua principal dimensão educativa, educa através da instrução. Entretanto, nosso foco de atenção está na posição intermediaria do ensino em relação à aprendizagem do aluno no processo educativo. 
 O aluno com sua identidade particular, é o ponto de partida para a organização do ensino que, por sua vez, só terão sido bem sucedidos se o aluno, agora como ponto de chegada tiver aprendido. 
 No que se refere à organização dos professores com formação profissional especializada, um aspecto que diferencia sua formação das exigências pedagógicas atuais. Ou seja, o ensino não é a finalidade do processo educativo, é o meio pelo qual a aprendizagem do aluno é favorecida. 
 Assim o ato de ensinar e de aprender é intermediado por diferentes tipos de representação sobre um mesmo conhecimento: a do professor, a do aluno e a do material de ensino. É a qualidade dessa interação que poderá favorecer a ocorrência de aprendizagem. 
 Entretanto, não é qualquer aprendizagem que se deseja; para ser um conhecimento passível de utilização em outros contextos e momentos , ela deve ser significativa.
 Tipos de Aprendizagem - a aprendizagem significativa ocorre quando o indivíduo consegue relacionar, de forma não arbitraria, o conteúdo a ser aprendido com aquilo que ele já sabe, conseguindo, assim, generalizar e expressar esse conteúdo com sua própria linguagem. 
 Quando não consegue estabelecer esse relacionamento e formular essa generalização, diz-se que houve aprendizagem mecânica, ou seja, o individuo só consegue expressar as ideias repetindo as mesmas palavras, memorizadas de forma arbitraria, sem ter, de fato, assimilado os conteúdos envolvidos. 
 Essa diferenciação, aparentemente óbvia, sugere que a analise da aprendizagem, como se fosse um fenômeno que ocorresse ou não ocorresse, simplifica um conceito bastante complexo. 
 É importante assumir que, a possibilidade de não aprender, existe e de fazê-lo de forma significativa ou mecânica (Borges e Moreira, 2003) e, também, que o sujeito responsável pelo ensino trabalha de forma consciente ou não, por uma delas.
Quando se fala em aprendizagem significativa, deve-se considerar que o material a ser aprendido deve possuir um significado lógico, passível de ser aprendido pelo aluno e que, após a aprendizagem, esse significado passará a ser psicológico e característico para cada individuo.
 	O material potencialmente significativo é aquele cujas partes interagem com os conhecimentos prévios do aluno, de forma não arbitraria e substantiva. Vale salientar, ainda, que a pratica pedagógica também não deve ser avaliada de forma dicotômica como se fosse boa ou ruim. Sempre haverá aspectos positivos e negativos.
AS PRÁTICAS LÚDICAS NO ENSINO FUNDAMENTAL
	Podemos compreender que as atividades lúdicas no espaço escolar criam um clima de entusiasmo na turma e podem possibilitar uma aprendizagem mais prazerosa. É importante salientar que, por meio do lúdico, a criança propicia condições de liberação da fantasia, vence suas dificuldades, pois a brincadeira é uma forma de descobrimento e compreensão do mundo, proporcionando o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. Portanto, brincar constitui-se em descobrir formas alternativas ao aprendizado. 
	De forma complementar, Kishimoto (2000, p. 22) enfatiza que: 
Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança. Neste sentido, qualquer jogo [...], desde que respeite a natureza do ato lúdico, apresenta caráter educativo e pode receber também a denominação geral de jogo educativo. 
	Cabe ponderar que estudos já têm mostrado o valor do lúdico para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem, pois atividades que envolvem a ludicidade são mais atrativas e interessantes para a criança, o que diminui a possibilidade do fracasso escolar. O jogo pode ser utilizado como uma estratégia metodológica a mais para estimular a vontade de aprender nas crianças, e, muitas vezes esse aspecto é deixado de lado nas salas de aulas.
	O uso dos recursos lúdicos tem ganhado espaço na educação escolar devido, principalmente, ao grande contingente de pesquisas que mostram os benefícios que as brincadeiras com cunho educativo trazem ao aprendizado das crianças em diferentes âmbitos, como a aquisição de conhecimento, a socialização com os colegas, o convívio com as regras, o respeito ao próximo, dentre outros. Como se observa, a utilização do lúdico na escola como recurso pedagógico é de grande importância, neste sentido, Rosa (2003, p.40) afirma que “o brinquedo é a essência da infância e seu uso permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento”.
No processo de aprendizagem, as interações sociais são indispensáveis, tanto para o desenvolvimento moral como para o desenvolvimento cognitivo. Através dos jogos as crianças podem se desenvolver em aspectos sociais, morais, cognitivos, políticos e emocionais. Por esses motivos, a escola precisa abrir espaço ao lúdico e utilizá-lo como ferramenta no processo de ensino-aprendizagem.
São as regras da brincadeira que fazem com que a criança se comporte de forma mais avançada do que aquela habitual para sua idade, pois tem que esforçarse para exibir um comportamento semelhanteao modelo imaginado por ela, ou seja, para Vygotsky (1989), a imitação não é mera cópia de um modelo, mas reconstrução individual daquilo que é observado nos outros, contribuindo assim, para o desenvolvimento da criança. Ao desenvolver um jogo imaginário, a criança ensaia comportamentos e papéis, projeta-se em atividades dos adultos, ensaia atitudes, valores, hábitos e situações para os quais não está preparada na vida real. A atuação, nesse mundo imaginário, cria uma Zona de Desenvolvimento Proximal formada por conceitos ou processos em desenvolvimento, possibilitando a aprendizagem.
[...] A atividade lúdica infantil fornece informações elementares a respeito da criança, compreendendo suas emoções, a forma como interage com seus colegas, seu desempenho físico-motor, seu estágio de desenvolvimento, seu nível linguístico, sua formação moral. (RODRIGUES, 2000, p. 46)
	No Ensino Fundamental I, o lúdico dá espaço ao saber sistematizado, e temos o exemplo claro de que a atividade lúdica fica isolada do contexto de sala de aula. O brincar fica para a hora do recreio, onde a criança se movimenta, fala espontaneamente, expõe sua ansiedade e agressividade. As aulas de educação física, tão queridas e esperadas pelas crianças, também fazem parte desse momento lúdico na escola. Com o tempo, a própria criança passa a ver essa disciplina como momento de lazer, despida de qualquer caráter sério e educativo. 
	Para Piaget, os jogos tornam-se mais significativos à medida que a criança se desenvolve. O jogo é um universo crítico e criativo; gera valores e estimula a interação. E assim temos mais uma evidência de que o lúdico, o jogo ou a brincadeira são de grande valia como estratégia pedagógica. O lúdico é uma das principais vias de aprendizagem e comunicação da criança com o mundo. Portanto, é imprescindível que os jogos estejam presentes no processo de evolução dessa criança, e dentro do espaço escolar; devem ser vistos como auxiliares no processo de ensino-aprendizagem.
	Os professores precisam estar bem preparados para desenvolver conteúdos e estratégias da proposta curricular de uma maneira mais prazerosa, tanto para o aluno como ele mesmo. O adulto deve ser um estimulador e condutor, fazendo o aluno participar de forma crítica, livre e criativa, partindo de suas necessidades e interesses. Quando um professor desperta na criança a paixão pelos estudos, ela 20 mesma buscará o conhecimento e fará tudo para corresponder. Isso se consegue despertando, conscientizando e confiando no aluno e no trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao brincar a criança se desenvolve totalmente, passa a entender o mundo em que está incluída. Então, o brincar não é somente uma questão de distração, mas também uma maneira de capacitar, de desenvolver e de se socializar.
 A brincadeira é característica das crianças e necessita ser estimulada por serem pedagogicamente significativa em si mesma, ainda que não seja conceituado o único meio pelo qual as crianças aprendem, cabe ao educador oferecer por meio do lúdico o conhecimento de várias áreas que encorajem seus alunos a utilizarem este conhecimento para resolverem complicações, uma vez que brincar é uma verdade cotidiana na vida da criança, no qual seus desejos são convertidos em veracidade.
Deste modo, quanto proporcionamos momentos de brincadeira e sociabilidade, para a criança, mais alegre, criativa, afetiva e espontânea ela será. Sendo necessário que o professor favoreça a brincadeira em sala de aula como situação que facilite a aprendizagem.
É importante dar a criança chance para que possa viver e aprender de maneira mais prazerosa e alegre. Assim sendo, é dever dos educadores trazer a ludicidade para espaço escolar, a fim de que, os alunos consigam aprender com mais emoção e de forma mais intensa.
 
REFERÊNCIas
 PROSCENCIO, Patrícia A. Desafio Profissional de Brinquedoteca e o Elemento Lúdico; Educação Aplicada aos Cuidados da Criança; História da Educação e da Pedagogia; Organização e Metodologia do Ensino Fundamental; Prática Pedagógica: Gestão e Desenvolvimento de Pessoas. [On-line]. Valinhos, 2018, p. 1-8. Disponível em: <www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: 11 maio. 2019
FERRONATO, Raquel F.; BIANCHINI, Luciane G. B.; PROSCÊNCIO, Patrícia A.. A infância e o direito de brincar: da didatização do lúdico à expressão livre das crianças. Rev zero-a-seis, v. 19, n. 36, p. 445-463, jul.-dez. Disponível em:< file:///C:/Users/clafa/Downloads/52207-183210-1-PB.pdf> Acesso em: 11 maio. 2019
FRANÇA, Silvana dos S.; A Importância do cuidar, educar e brincar para o desenvolvimento da criança na educação infantil. Blog – FCE, abr-2019. Disponível em:< http://fce.edu.br/blog/a-importancia-do-cuidar-educar-e-brincar-para-o-desenvolvimento-da-crianca-na-educacao-infantil/> Acesso em: 11 maio. 2019
HAMZE, Amélia. O currículo e a Aprendizagem. Brasil Escola – Canal do Educador. Disponível em:<https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/o-curriculo-aprendizagem.htm> Acesso em: 11 maio. 2019
NEZ, Egeslaine de; MOREIRA, Janete A. N. Reflexões sobre a utilização da Brinquedoteca na Educação Infantil: um estudo de caso no Norte do Mato Grosso. Rev. Fac. Educ. (Univ. do Estado de Mato Grosso), vol. 19, ano 11, n.1, p. 129-145, jan./jun. 2013. Disponível em:< http://www2.unemat.br/revistafaed/content/vol/vol_19/artigo_19/129_145.pdf> Acesso em: 11 maio. 2019
PEREIRA, Mariana M. ;ALMEIDA, Liliane O.; MEIRA, Andressa R. O Brincar: Uma Atividade Criativa e que promove conhecimento. Pontíficia, Universidade Católica do Paraná, Curitiba de 23 a 26/9/2013 Disponível em:< http://educere.bruc.com.br/CD2013/pdf/10417_6145.pdf> Acesso em: 11 maio. 2019
HANK, Vera L. C. BRANCHER, Emerson A. O espaço físico e sua relação no desenvolvimento da aprendizagem. Meu Artigo – Brasil Escola. Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI  - Curso Normal Superior / Educação Infantil (NEI 16) - Trabalho de Graduação - 12/04/06 Disponível em:< https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-espaco-fisico-sua-relacao-no-desenvolvimento-aprendizagem-.htm> Acesso em: 11 maio.2019.
MORCHIDA, Tizuko. O brincar na educação infantil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=09w8a-u-AUU>. Acesso em: 11 maio.2019.
FANTACHOLI, Fabiane das N. A importância do brincar na Educação Infantil. Monografias- Brasil Escola. Disponível em:<https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-importancia-brincar-na-educacao-infantil.htm> Acesso em: 11 maio.2019.
GOMES, Kátila F. O LÚDICO NA ESCOLA: atividades lúdicas no cotidiano das escolas do ensino fundamental I no município de Araras. Rio Claro, 2009. Disponível em:< https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/119288/gomes_kf_tcc_rcla.pdf?sequence=1> Acesso em: 11 maio.2019.
A interdisciplinariedade na Prática Pedagógica, Portal da Educação. Disponível em:< https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/a-interdisciplinaridadena-pratica-pedagogica/31826> Acesso em: 11 maio.2019.
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
polo de castro
clarice pedroso fagundes - r.a: 1299162830
Desafio Profissional 
O cuidar, o educar e o brincar na Educação Infantil e na transição do aluno para o Ensino Fundamental
CASTRO - PR
2019
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
polo de castro
clarice pedroso fagundes - r.a: 1299162830
Desafio Profissional 
O cuidar, o educar e o brincar na Educação Infantil e na transição do aluno para o Ensino Fundamental
 Trabalho apresentado as disciplinas:
 Brinquedoteca e o elemento lúdico;Educação aplicada aos cuidados da criança;
 História da educação e da pedagogia;
 Organização e metodologia do ensino fundamental;
Prática pedagógica: gestão e desenvolvimento 
de pessoas.
Anhanguera-Uniderp.
Tutora a Distância: ILA FIGUEIRA
CASTRO - PR
2019

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