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corporeidade e motrocidade humana 1

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Prévia do material em texto

Prof. André Filippis
UNIDADE I
Corporeidade 
e Motricidade Humana 
 O corpo como objeto de estudo em diversas áreas da Educação Física.
 Aspectos biológicos, psicológicos e sociais.
 O corpo deve ser estudado e entendido em sua totalidade de aspectos.
 O corpo reflete uma cultura!
 A interação com esta cultura se dá pelo movimento.
 Como se deu a transformação do corpo durante os anos?
 Como é o entendimento do corpo atualmente?
Introdução
 O corpo durante a história era utilizado de diversas formas dentro de determinado 
contexto social.
 Movimentos de atividades diárias, como correr, saltar, pular...
 Movimentos corporais expressivos, que são formas não verbais de comunicação 
– exemplos: gestos, posturas e expressões faciais.
 A ética corporal, sobre a aparência do próprio corpo – exemplo: pudor e ideal de 
beleza.
 O controle de estrutura dos impulsos e das necessidades.
 Em cada sociedade o corpo é visto, concebido e tratado 
de diversas formas, dependendo de diversos fatores.
A Corporeidade na História da Humanidade
Na Grécia Antiga...
 Não existia a dicotomia entre corpo e mente (alma).
 O ser era único e indivisível.
 Platão – dá início a oposição entre corpo e alma.
 Fundamentou-se em uma divisão de mundo.
A Corporeidade na História da Humanidade
Ser humano
Soma – Corpo
Psique –Alma
ao mundo 
sensível
Pertencent
e ao 
mundo 
inteligível
Mundo Real
(Inteligível)
Corpo
Porção de matéria
Habita o mundo real
Corrupto
Pecaminoso
Prevalecem as aparências
Mortal
Desprovido de inteligência
A alma comandava todas as ações do corpo –
ela era o princípio do movimento
Mundo Ideal
(Sensível)
Alma
Habita o mundo ideal
Quase divindade
Onde reside a verdade
Perfeita
Imortal
Capacidade de pensar 
Aristóteles
 Sustenta um pensamento diferente do platonismo;
 Coloca a alma como uma forma de vida interior, mas que está totalmente ligada 
ao corpo;
 Teoria do Hilemorfismo (hilé – matéria) e (morphé – forma).
 Considera que a matéria (alma) não poderia ser separado da forma (corpo), 
pois um fazia parte do outro.
 Corpo e alma são dois aspectos distintos, porém 
inseparáveis, de uma mesma realidade.
A Corporeidade na História da Humanidade
 O corpo acaba sofrendo um processo de descorporalização, em que se tem uma 
evolução contínua da racionalização – ideia muito semelhante a de Platão;
 O corpo era um instrumento de trabalho, sustento e comunicação com 
a sociedade;
 Essa descorporalização se dá principalmente por questões religiosas impostas na 
Idade Média, uma vez que a Igreja Católica tinha grande influência no sistema 
social, comercial e político;
Na Idade Média (V – XV)
 Um dos responsáveis pela concepção de corpo na Igreja, definido como um 
cárcere da alma;
 Essas ideias vão de encontro ao pensamento platônico e acabaram sendo um 
dos fundamentos da Igreja.
Aplicando esse dualismo em tudo:
 Bem e mal; Graça e pecado; Corpo e matéria.
 Deus e homem; Luz divina e trevas eternas.
A alma deveria governar e manter vigilância constante 
sobre o corpo e seus sentidos para que estes não 
impedissem que se conhecesse a verdade divina.
Santo Agostinho
Evidência
Análise
Síntese
Exaustivo
 A partir do Renascimento, foi favorecida a racionalidade, apoiada em uma série 
de avanços científicos e técnicos;
 No campo do pensamento do local ou lugar que o corpo e a alma ocupam, o 
filósofo francês René Descartes (1596-1650) tem na base de seu pensamento a 
importância do método como ponto principal para a construção do saber;
O corpo – do Renascimento a uma nova concepção com o capitalismo
Método: instrumento que ajuda a controlar cada um dos passos dados e a 
deduzir algo desconhecido de algo conhecido.
 A filosofia cartesiana proposta por Descartes toma como verdade a alma em 
detrimento do corpo, por causa da busca do conhecimento verdadeiro e a única 
forma de obter e produzir esse conhecimento é pela razão, que é uma faculdade 
da alma, enquanto o corpo, por meio dos sentidos e das sensações, como sede, 
é capaz de enganar o ser humano.
 O corpo passa a ser um objeto de estudo em diversas áreas principalmente 
pela medicina;
 Submeter pessoas, ainda vivas, a estudos anatômicos 
para tentar compreender como o comportamento do 
corpo junto à alma acontecia. 
 Friedrich Nietzcshe, contrapõe as concepções de dicotomia de Descartes.
 Início da concepção de Corpo Vivo – o Corpo dentro de um contexto social.
 Experiências de um homem vivo e não um mero objeto.
 A mente não sobrepõe mais o corpo, interage com ele por meio dos sentidos e 
das emoções.
 Necessidade de conhecer a linguagem que o corpo transmite.
“Pelo corpo se conhece a alma e não o inverso!”
Friedrich Nietzcshe
 Na mesma concepção de um corpo interagir com o meio em que vive, Karl Marx 
observa que o trabalho é a ideia central para se entender o homem e sua 
corporeidade, pois no trabalho o homem exerce movimentos que pertencem 
à sua corporalidade.
 Porém, com a concepção capitalista – produção em massa e linhas de produção 
–, o processo de criação e produção por esse corpo foi alienado, sendo somente 
um mero reprodutor de movimentos produtivos, tratando o trabalhador como 
uma mercadoria.
Karl Marx
Como Descartes compreende a relação do corpo e da alma para desenvolver 
seu modelo?
a) Corpo e alma vivem em harmonia habitando o mesmo corpo.
b) Pensamento semelhante ao de Aristóteles, colocando uma separação entre 
corpo e mente.
c) O corpo é capaz de se movimentar, de sentir, de pensar, mas é movido 
pelas sensações.
d) Pensamento semelhante ao de Platão, colocando uma 
separação entre corpo e mente.
e) Confere ao corpo e à alma uma relação de dependência.
Interatividade
 A visão dualista proposta por Platão e Descartes permanece até hoje → 
valorização do pensar em detrimento do Corpo/Movimento.
 Porém, Nietzsche e Marx são precursores dos pensadores contemporâneos, com 
a visão de um corpo único e representativo.
 Porém, o pensamento contemporâneo apresenta uma visão mais complexa, 
tendo com base o ser humano e sua relação com o mundo.
Os principais pensadores sobre o corpo são:
 Maurice Merleau-Ponty.
 Michel Foucault.
A Corporeidade Contemporânea
Merleau-Ponty
 Filósofo. 
 Traz em seus trabalhos a ideia 
totalmente contrária ao dualismo.
 Afirma que o homem é um ser vivo, 
inserido em um meio definido, que parte 
de um desenvolvimento de projetos e 
atua na mudança desse meio.
A Corporeidade Contemporânea
Foucault
 Filósofo.
 Trata o corpo como uma esfera 
política, alvo de relações de poder 
na sociedade moderna.
 O corpo foi utilizado desde a Idade 
Média, por intermédio de castigos 
corporais e torturas, até a Idade 
Moderna e a Contemporânea, tendo 
um corpo treinado, submisso e dócil, 
passível de controle e manipulação.
O filósofo francês dá início a uma nova época na filosofia nas questões que 
envolvem:
 A vida;
 A historicidade;
 A subjetividade; 
 A cultura do indivíduo;
 A sociedade.
O corpo segundo Merleau-Ponty
 Merleau-Ponty não concebe o corpo em partes ou um conjunto de órgãos de 
sentido com funções e atitudes passivas de somente captar os estímulos, mas o 
corpo de um indivíduo/sujeito que olha, observa e sente;
 A experiência do corpo consigo mesmo é fundamental para o entendimento na 
relação homem-mundo.
A Corporeidade Contemporânea – Merleau-Ponty
 Um corpo disciplinado significa aquele mantido sob controle.
 Essa disciplina leva a um autocontrole, sem necessitar de comando externo.
Segundo Foucault (1987), a origemda disciplina se configura por meio de três 
formas de adestramento do corpo: 
 a vigilância hierárquica, as sanções normalizadoras e o exame.
O corpo segundo Foucault
 Um sistema de controle sobre o corpo, que integra uma rede de controle vertical 
(hierarquia), utilizando-se de meio de observação e conferindo o efeito de 
fiscalização de produção, principalmente em sistemas produtivos, tendo como 
objetivo o lucro (por exemplo, as fábricas).
Vigilância hierárquica
 Um sistema duplo de recompensa e punição, com o objetivo de corrigir e 
minimizar os desvios do sujeito na sociedade onde vive, tendo como premissa a 
micropenalidade, com base em tempo e comportamento, fundamentando-se em 
leis, programas e regulamentos.
Sanção normalizadora 
 Relacionado com as duas técnicas anteriores (vigilância e sanção) cujas relações 
de poder constroem o saber e constituem o sujeito de relações de poder e saber;
 É o ponto máximo do controle normalizante, uma vigilância que permite qualificar, 
classificar e punir.
Exame
 O corpo se tornando um objeto de submissão.
 Formando corpos para o exercício de tarefas específicas e assim aumentando a 
força dos corpos em questões econômicas de utilidade.
 O corpo é um confronto bélico! Sem liberdade!
A Corporeidade Contemporânea – Michel Foucault
O filósofo francês Merleau-Ponty traz uma concepção diferenciada de como 
perceber e conceber o corpo perante a mente. Com isso, como o corpo é tratado 
segundo a ótica de Merleau-Ponty?
a) Noção de liberdade, em que o mundo não existe sem o homem.
b) Objetivo de buscar a compreensão do homem de uma forma segregada.
c) Uma visão diferente a respeito da mente, que encara as percepções como algo 
distinto das sensações.
d) O corpo é tratado como um campo criador de sentidos.
e) O corpo é uma matéria intelectual.
Interatividade
 A motricidade surge como sinal da corporeidade que está no mundo para 
algum objetivo.
 O movimento está relacionado a um entendimento e interação com o mundo 
e o sujeito.
 Respeitando a complexidade do ser humano.
 “A motricidade representa a vocação da abertura do homem aos outros e ao 
mundo, funcionando, em certo sentido, como provocação que liberta da solidão, 
para inseri-lo no plano da convivência”. (TOJAL, 2011)
A Motricidade na Educação Física
 Com isso, existe uma linha complexa entre os componentes internos – exemplo: 
sistema nervoso – e componentes externos – exemplo: cultura.
 Os componentes externos são captados a partir das experiências de interação 
com o meio externo, representando assim uma intencionalidade.
 Com isso, a motricidade revela a intencionalidade operante do homem em se 
movimentar com sentido e conteúdo.
 Com o objetivo de sempre se superar e não apenas uma 
máquina reprodutora de movimentos preestabelecidos.
A Motricidade na Educação Física
 Motricidade → busca pela superação de algo que seja interessante para o sujeito, 
que é particular de cada indivíduo, tendo como foco o seu máximo.
 A Educação Física deve se preocupar com o sujeito que produz o movimento e 
não somente com as estrutura que o produz – músculos, articulações e ossos.
 A partir do corpo → a motricidade representa um significado para o corpo, pois 
este significado representa uma intencionalidade.
A Motricidade na Educação Física
 Intencionalidade que manifesta a intenção do corpo, tendo assim o aumento do 
entendimento da percepção, que é a ligação entre o corpo e o mundo.
 Motricidade é muito mais que somente o organismo.
 O homem é integral em movimento, sendo assim a expressão da corporeidade
em belos movimentos corporais, com intencionalidade, em consonância com 
o mundo, se relacionando com as coisas e inserindo o homem em 
processo construtivo.
A Motricidade na Educação Física
 Pela motricidade o homem tem suas primeiras experiências de exploração do 
mundo pelo movimento.
 Constituindo assim um processo de humanização, pois a aprendizagem de cada 
indivíduo ocorre em sua relação com o meio social.
A Motricidade na Educação Física
Fonte: 
https://cdn.morguefile.co 
m/imageData/public/files
/j/Jogonesoft/01/l/14539
69233bx5mq.jpg
 A motricidade humana é um fenômeno complexo.
 A motricidade não nasce pronta, não apresenta uma ordem cronológica nem 
acontece em estágio.
 A motricidade é um constructo social, dependendo de uma interação.
 Com isso são apresentadas infinitas possibilidades de construção de uma 
motricidade do indivíduo.
A Motricidade na Educação Física
 O corpo em movimento sempre foi um dos encantos da Educação Física, seja 
em um ambiente escolar, em um jogo recreativo ou em um contexto de alto 
rendimento.
 Será que este encanto se dá pela compreensão completa do movimento?
 Se a compreensão for realizada de uma maneira segregada...
 Em muitos casos, a Educação Física acaba tendo 
uma visão reducionista do movimento, excluindo a 
complexidade das interações entre as diversas esferas 
do ser humano.
A Motricidade na Educação Física
 Motricidade é muito mais do que um organismo, composto por um conjunto de 
conceitos, é o homem integral em movimento, expressando a sua corporeidade 
nos belos movimentos corporais, sempre com intencionalidades, em consonância 
com o mundo, relacionando-se com as coisas e inserindo o ser humano em um 
processo construtivo;
 É um fenômeno com extrema complexidade, pois ela não nasce pronta, não tem 
uma ordem cronológica, nem estágio que acontece, pois é influenciada pelo meio 
social, dependendo de uma interação.
A Motricidade na Educação Física
A motricidade é a corporeidade representada pela 
intencionalidade de movimento.
"A Motricidade Humana, por sua vez, consiste no estudo das inter-relações culturais 
e biológicas (ontogenéticas e filogenéticas) no Movimento Humano [...] (GALVÃO e 
outros in DARIDO e RANGEL, 2005, p. 27)".
Relacionado ao significado dos termos Ciência da Motricidade Humana com 
as afirmativas abaixo marque a alternativa correta:
I. Uma ambiguidade entre as influências biológicas e culturais no movimento 
dos seres humanos.
II. A valorização das questões do meio ambiente 
e da subjetividade de quem se movimenta.
III. Uma área temática de estudos, uma profissão 
ou um componente do currículo.
IV.Um entendimento único da mecânica do movimento.
Interatividade
a) As alternativas I, III e IV estão corretas.
b) As alternativas III e IV estão corretas.
c) As alternativas I e III estão corretas.
d) As alternativas II e IV estão corretas.
e) As alternativas I, II e III estão corretas.
Interatividade
 Qual o objetivo ou alvo de estudos da Educação Física?
 Um corpo dividido e segregado – anatomia; fisiologia; psicologia –
uma visão dualista.
 Essa separação é ruim para a compreensão do ser humano?
 Depende...
“[...] É fundamental que os especialistas não percam de 
vista a totalidade do ser humano [...] as diferentes áreas do 
saber são apenas perspectivas, parcialização do homem, 
embora cooperem para o conhecimento, não desvelem seu 
ser total, mascarando sua essência”.
GONÇALVES, 2012
A Corporeidade na Educação Física e no Esporte
 A Educação Física se relaciona com a corporeidade e a motricidade humana...
 abrangendo diversas formas de atividades físicas.
 As diversas formas de atividades físicas representam a cultura ou 
fenômenos culturais.
 Quando ocorre a interação com a cultura, o sujeito se apropria dela, acontecendo 
assim uma integração com sua história.
 Desenvolvendo, dessa maneira, a formação da história da humanidade.
A Corporeidade na Educação Física e no Esporte
 É necessário que a Educação Física tenha que tratar o corpo como sujeitoe não 
como objeto → intencionalidade
 Corporeidade – uma proposta de superar a visão mecanicista ou a dicotomia 
fragmentadora do ser humano.
 Educação Física acaba por trazer para a sua atuação a ideia de um corpo que 
desenvolve um trabalho por meio de movimento, de uma forma mecanizada → 
corpo-máquina e corpo-objeto.
A Corporeidade na Educação Física e no Esporte
Isto afeta a corporeidade dos indivíduos, mas como?
 As questões sociais determinam as normas de relacionamento com o corpo, 
práticas de beleza, manipulação e mutilação, apresentando um significado 
superficial e simbólico.
 Diversas alterações nos padrões de beleza durante o século XX, principalmente 
na busca por um corpo magro e com formas definidas.
 Somente esse padrão é bem aceito pela sociedade.
 Acarretando problemas no conceito da autoimagem.
A Corporeidade na Educação Física e no Esporte
A autoimagem é construída a partir de três componentes:
 Perceptivo – aparência física.
 Subjetivo – satisfação da aparência.
 Comportamental – situação de fuga, desconforto.
 A autoimagem é reforçada pela sociedade mediante aprovação e pela modelação, 
tentando reproduzir ou imitar um padrão determinado.
A Corporeidade na Educação Física e no Esporte
A busca incessante pelo padrão aceito pode levar a uma visão deturpada da 
autoimagem, acarretando transtornos alimentares:
 Bulimia;
 Anorexia nervosa (autoinanição).
 Estes tipos de transtornos têm as mulheres como principais vítimas.
A Corporeidade na Educação Física e no Esporte
Fonte: http://cache4.asset-
cache.net/gc/512623523-
male-anorexia-
gettyimages.jpg?v=1&c=IW 
SAsset&k=2&d=1gc6Fjpk 
WorOFC421%2bOJZPqcM
m9duoTbkED0sggMa%2fM
%3d&b=QjRF
Fonte: http://cache1.asset-
cache.net/gc/471105594-
anorexia-
gettyimages.jpg?v=1&c=IWSAs
set&k=2&d=%2bi0 
TKuZOViIYmuCQXwo6lzRi1j%2
fEpX4Sw7Ajj55glts%3d&b=NTI
Outros transtornos de autoimagem:
 Disformia muscular.
 Transtorno este que pode levar ao desenvolvimento da vigorexia, que afeta 
principalmente jovens homens.
O que leva a desenvolver os transtornos de imagem?
 Imposição da mídia, sociedade e meio esportivo.
 Considerar um padrão ideal e que sem ele não obterá a felicidade.
 O corpo como prisioneiro de um sistema de poder.
A Corporeidade na Educação Física e no Esporte
O profissional de Educação Física pode ter dificuldade de perceber e compreender 
a corporeidade devido:
 às características acadêmicas – processo científico;
 à divisão pela qual o ser humano em movimento é estudado.
O profissional deve formular uma concepção diferenciada em relação ao 
corpo humano:
 não ter a ideia de um corpo perfeito ou a ser melhorado 
para um rendimento, mas sim de um corpo vivo, que tem 
uma existência racional e sensível.
A Corporeidade na Educação Física e no Esporte
 A corporeidade considera um ser biológico e também um ser social → relação 
com o contexto social.
 O profissional deve ser capaz de compreender o homem em sua totalidade e 
assim produzir um intervenção condizente com a realidade deste homem.
Para conseguir aplicar esta concepção:
 o profissional deve buscar um corpo possível em uma prática sistematizada;
 deixar de lado o corpo idealizado – abandonando os 
modismos sazonais da Educação Física.
A Corporeidade na Educação Física e no Esporte
 O profissional não pode desprezar as experiências do sujeito, o sistema social
e a cultura em que ele está inserido.
 Procurar contribuir para o desenvolvimento deste corpo real e existente, que irá 
se movimentar em busca de uma superação.
 Saber trabalhar o sujeito racional, criativo, dependente do conhecimento de si, 
dos outros e do mundo.
 Se o profissional entender isso ele agregará diversos 
valores que darão suporte à sua atuação.
A Corporeidade na Educação Física e no Esporte
 A corporeidade exigirá um trabalho amplo do profissional.
 Atuará com uma grande variedade de sujeitos.
 Ir contra as mensagens vinculadas por diversos meios de comunicação.
 A compreensão de uma corporeidade integral faz com que o profissional tenha 
consciência dos rumos que a área apresenta.
 Valorizar o sentido de humanidade e o sujeito-autor de 
uma história e de uma cultura.
A Corporeidade na Educação Física e no Esporte
 Culto obsessivo ao corpo pode provocar distúrbios”.
 “- A gente prefere estar bonito a cuidar da saúde”.
 A busca exagerada pelo físico perfeito atinge jovens que estão cada dia mais 
preocupados com a aparência. O problema acontece quando isso se torna uma 
doença e eles passam a praticar exercícios físicos em excesso e fazem uso de 
anabolizantes, ignorando efeitos e complicações ocasionados por tal 
procedimentos. Folha de S.Paulo, Caderno de Saúde, 4/9/2005 (com adaptações).
 Considerando o fragmento de reportagem apresentado 
acima e a intervenção adequada do profissional de 
educação física, em termos éticos, é correto afirmar que, 
para promover um estilo de vida saudável entre os jovens 
na instituição em que trabalha, o profissional de educação 
física deve:
Interatividade
a) Proibir que esses jovens façam qualquer menção ou tirem dúvidas acerca do 
uso de esteroides anabolizantes, de modo a não dar publicidade a esse tema.
b) Fiscalizar a venda e o consumo de substâncias ergogênicas farmacológicas 
no local de trabalho, para reduzir o uso indiscriminado desses produtos.
c) Criar um selo que ateste a autenticidade dos esteroides anabolizantes 
para impedir a comercialização e o uso de produtos falsificados.
d) Estimular a prática de exercícios físicos para uma vida saudável e esclarecer 
as finalidades e os riscos do emprego dos esteroides anabolizantes.
e) Divulgar, entre esses jovens, casos de uso dos esteroides 
anabolizantes com fins estéticos que priorizam o culto ao 
corpo idealizado.
Interatividade
ATÉ A PRÓXIMA!

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