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Sistemas De Informação para Comércio Exterior - Livro-Texto Unidade II

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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA COMÉRCIO EXTERIOR
Unidade II
5 SISTEMAS PARA O COMÉRCIO EXTERIOR
Com o avanço da tecnologia, as atividades do cotidiano ficaram muito mais simples e rápidas. Uma 
conta, por exemplo, pode ser paga por meio de alguns toques na tela do celular. E as vantagens também 
chegaram ao comércio exterior. Apesar de a burocracia ainda atrapalhar boa parte dos processos, alguns 
sistemas foram criados justamente para diminuir esse obstáculo e tornar algumas operações mais fáceis. 
Vamos verificar aqui os mais importantes.
5.1 Siscomex 
O Siscomex, instituído pelo Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992, é um sistema informatizado 
responsável por integrar as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio 
exterior, através de um fluxo único e automatizado de informações. O Siscomex permite acompanhar 
tempestivamente a saída e o ingresso de mercadorias no país, uma vez que os órgãos de governo intervenientes 
no comércio exterior podem, em diversos níveis de acesso, controlar e interferir no processamento de operações 
para uma melhor gestão de processos. Por intermédio do próprio Sistema, o exportador (ou o importador) troca 
informações com os órgãos responsáveis pela autorização e fiscalização. Desse modo, o sistema têm as funções 
de auxiliar a fiscalização e tornar o processo mais ágil, menos burocrático e mais eficiente.
Em 2008, foi realizada a integração do Siscomex com o Sistema Mercante (sistema informatizado 
do Departamento de Fundos da Marinha Mercante – DEFRMM), e houve a criação do Siscomex Carga. 
Esse sistema permitiu que, além de fazer o controle das cargas, a Receita Federal também pudesse 
acompanhar todas as entradas e saídas das embarcações (navios de carga) nos portos alfandegados, 
possibilitando um maior controle na fiscalização de importações e exportações feitas por via marítima.
O Siscomex foi elaborado pelo Serviço Nacional de Processamento de Dados – Serpro, empresa 
ligada ao Ministério da Fazenda e responsável pelo desenvolvimento e controle das Tecnologias de 
Informação para o serviço público.
Resumidamente, podem-se destacar as seguintes vantagens no Siscomex: harmonização de conceitos e 
uniformização de códigos e nomenclaturas; ampliação dos pontos de atendimento; eliminação de coexistências 
de controles e sistemas paralelos de coleta de dados; simplificação e padronização de documentos; diminuição 
significativa do volume de documentos; agilidade na coleta e processamento de informações por meio 
eletrônico; redução de custos administrativos para todos os envolvidos no sistema; crítica de dados utilizados 
na elaboração das estatísticas de comércio exterior.
O módulo exportação do Siscomex foi desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e lançado em 1993. 
O módulo importação, desenvolvido pelo Serpro, foi lançado em 1997. Em 2007 e 2008 foram lançados, 
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Unidade II
respectivamente, o Drawback Suspensão Web e o Drawback Verde-Amarelo Web, que estão vinculados ao 
Siscomex Exportação e Importação e cujos dados servem de apoio para a efetivação e baixa do ato concessório. 
Em abril de 2010, entrou em operação o módulo Drawback Integrado Web na forma da nova 
regulamentação jurídica do Drawback, isto é, aquela que abrange os regimes Verde-Amarelo, Suspensão 
Comum e o próprio Integrado na sua forma original. Apenas os atos concessórios dos regimes de 
Drawback para Embarcação e Fornecimento no Mercado Interno continuam sendo registrados e 
mantidos no módulo inicial conhecido como Drawback Suspensão.
 Saiba mais
Para saber mais acerca do Siscomex, acessse:
BRASIL. Ministério da Fazenda; Secretaria da Receita Federal. Sistema 
Integrado de Comércio Exterior – Siscomex. 17 jun. 2015. Disponível em: <http://
idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/importacao-e-exportacao/
sistema-integrado-de-comercio-exterior-siscomex>. Acesso em: 6 ago. 2018.
5.2 Vicomex 
O sistema Visão Integrada do Comércio Exterior – Vicomex, parte integrante do Portal Siscomex, 
objetiva simplificar o monitoramento das operações de comércio exterior, facilitando a atuação dos 
intervenientes envolvidos nessas atividades.
Ele disponibiliza aos usuários um painel de controle de suas operações, concentrando num só 
ponto informações até então dispersas em diferentes módulos do Siscomex, bem como em sistemas 
independentes dos órgãos anuentes. Assim, permite ao importador e exportador, bem como a seus 
representantes legais, realizarem consultas acerca de suas operações, em andamento e já concluídas, de 
importação e exportação, com indicação do status atual de cada processo e visualização completa de 
todas as suas etapas, sem a necessidade de consultar diversos sistemas. Além disso, é uma ferramenta 
para facilitar a gestão dos processos de importação e exportação pelos operadores no comércio exterior.
 Saiba mais
Caso queira conhecer todas as funcionalidades do Vicomex, acesse:
BRASIL. Manual de utilização: Sistema Visão Integrada e módulo Anexação 
Eletrônica de Documentos. 2. ed. Brasília: Siscomex, 2015. Disponível em: 
<http://portal.siscomex.gov.br/informativos/manual-vicomex-anexacao>. 
Acesso em: 6 ago. 2018.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA COMÉRCIO EXTERIOR
 
Figura 21 – Sistema Visão Integrada – página inicial
O sistema é capaz de consultar a situação de Registros de Exportação – RE, Licenças de Importação 
– LI, Despachos de Exportação – DE e Despachos de Importação – DI, apresentando dados como a data 
da última situação, o canal de parametrização, exigências administrativas e aduaneiras etc.
Duas são as modalidades de consulta existentes. A primeira, “operações em andamento”, exibe, de 
forma agregada, os últimos registros em que houve mudança de status, apresentando ao interveniente 
a informação mais atualizada sobre o andamento de suas operações. 
A segunda modalidade permite ao usuário consultar RE, LI, DE e DI individualmente, ou por período, 
com a possibilidade de acesso ao histórico de cada uma dessas operações.
Resta lembrar que o Vicomex permanece em desenvolvimento, com previsão de adição de novas 
funcionalidades, modalidades de consulta e dados de interesse do comércio exterior.
Na atual versão, o sistema Visão Integrada é franqueado tanto aos responsáveis quanto aos 
representantes legais de importadores e exportadores, mediante a utilização de certificado digital.
 Saiba mais
Para saber como obter o certificado digital e-CPF, acesse: 
BRASIL. Ministério da Fazenda; Secretaria da Receita Federal. Certificados 
digitais. Brasília, 15 ago. 2017. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.
gov.br/orientacao/tributaria/senhas-e-procuracoes/senhas/certificados-
digitais/certificados-digitais>. Acesso em: 30 nov. 2017.
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5.3 Sisprom 
O Sistema de Registro de Informações de Promoção – Sisprom é o instrumento pelo qual as 
empresas registram suas operações de promoção de produtos e serviços com redução à zero do 
Imposto de Renda, antes de efetuar as remessas para pagamento de despesas quando da participação 
em feiras e eventos no exterior e de pesquisa de mercado realizada fora do Brasil ou feita como forma 
de ampliação da inserção internacional em ambiente global de extrema competição.A divulgação de 
produtos e serviços no exterior é um dos pilares para o aumento da competitividade das empresas 
brasileiras.
Desde 2013, o acesso é feito através de Certificação Digital, por isso não é mais necessário o envio 
de documentos como contrato, estatuto social ou procuração que espelhe a representação legal da 
empresa para o reconhecimento do beneficiário do incentivo. Agora, tudo é feito através do sistema.
O cadastro é feito pela empresa utilizando seu e-CNPJ, que fornece as informações necessárias 
para a obtenção do beneficio fiscal. Esse procedimento integra todos os envolvidos com o benefício, 
propiciando celeridade, transparência e racionalidade. Ao mesmo tempo, preserva a segurança e a 
tempestividade das operações de promoção comercial.
Por ocasião do cadastro da empresa, poderão ser habilitados no próprio sistema seus representantes 
legais, que acessarão o Sisprom através do e-CPF, o que elimina a antiga necessidade de envio de 
procuração para comprovar o poder de representação da empresa. 
Após o cadastro instantâneo, a empresa estará apta a realizar seus registros de operações de 
promoção no Sisprom e efetuar a remessa para o exterior na instituição autorizada a operar no mercado 
de câmbio. 
A Lei nº 11.774, de 17 de setembro de 2008, prevê as diversas situações de redução a zero do Imposto 
sobre a Renda – IR em pagamentos, créditos, entregas, empregos ou remessas relativas a despesas 
contraídas com residentes ou domiciliados no exterior, incluída a promoção de produtos, serviços e 
destinos turísticos brasileiros. 
 Saiba mais
Obtenha mais informações consultando:
BRASIL. Lei nº 11.774, de 17 de setembro de 2008. Brasília, 2008. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11774.
htm>. Acesso em: 30 nov. 2017.
O Decreto nº 6.761, de 5 de fevereiro de 2009, regulamenta a aplicação da redução a zero da 
alíquota do IR incidente sobre os rendimentos de beneficiários residentes ou domiciliados no exterior, 
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA COMÉRCIO EXTERIOR
e dá outras providências, em conformidade com o disposto no parágrafo único do artigo 1º da Lei nº 
9.481, de 13 de agosto de 1997. 
A Instrução Normativa RFB nº 1.037, de 4 de junho de 2010, relaciona países ou dependências 
com tributação favorecida, considerando que os rendimentos recebidos por pessoas físicas ou jurídicas 
neles residentes ou domiciliadas estão sujeitos ao imposto sobre a renda na fonte à alíquota de 25%, 
conforme § 4º do art. 1º do Decreto nº 6.761, de 5 de fevereiro de 2008. 
Diz esse decreto:
Art. 1º Fica reduzida a zero a alíquota do imposto sobre a renda incidente 
sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a 
residentes ou domiciliados no exterior, relativos a:
I - despesas com pesquisas de mercado, bem como aluguéis e arrendamentos 
de estandes e locais para exposições, feiras e conclaves semelhantes, no 
exterior, inclusive promoção e propaganda no âmbito desses eventos, 
para produtos e serviços brasileiros e para promoção de destinos 
turísticos brasileiros;
II - contratação de serviços destinados à promoção do Brasil no exterior, por 
órgãos do Poder Executivo Federal;
III - comissões pagas por exportadores a seus agentes no exterior;
IV - despesas de armazenagem, movimentação e transporte de carga e 
emissão de documentos realizadas no exterior;
V - operações de cobertura de riscos de variações, no mercado internacional, de 
taxas de juros, de paridade entre moedas e de preços de mercadorias (hedge);
VI - juros de desconto, no exterior, de cambiais de exportação e as comissões 
de banqueiros inerentes a essas cambiais; e
VII - juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e destinados 
ao financiamento de exportações.
§ 1º Para os fins do disposto no inciso I do caput, consideram-se despesas 
com promoção de produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros 
aquelas decorrentes de participação, no exterior, em exposições, feiras 
e conclaves semelhantes.
§ 2º Consideram-se serviços destinados à promoção do Brasil no exterior, na 
hipótese do inciso II do caput, aqueles referentes à consultoria e execução 
de assessoria de comunicação, de imprensa e de relações públicas.
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§ 3º Para os fins do disposto no inciso IV do caput, considera-se também 
valor despendido pelo exportador brasileiro o pago, creditado, entregue, 
empregado ou remetido ao exterior por operador logístico que atue em 
nome do exportador e comprove a vinculação do dispêndio com a operação 
de exportação.
§ 4º Os rendimentos mencionados nos incisos I a V do caput, recebidos por 
pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada em país ou dependência 
que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota inferior a vinte por 
cento, a que se refere o art. 24 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 
sujeitam-se ao imposto sobre a renda na fonte à alíquota de vinte e cinco 
por cento (BRASIL, 2009b).
A redução da alíquota do Imposto de Renda sobre Pagamento de Despesas com Promoção no Exterior 
tem como objetivo apoiar empresas e entidades brasileiras na promoção de seus produtos e serviços no 
mercado internacional.
Estão englobadas as despesas decorrentes da participação, no exterior, em feiras, exposições e eventos 
semelhantes, propaganda realizada no âmbito desses eventos, bem como a realização de pesquisa de 
mercado no exterior, a exemplo: aluguel de espaço na feira; montagem e desmontagem do estande; 
aluguel de TV, internet, telefone, móveis que comporão o estande; contratação de profissional para 
atuar no estande (garçom, atendente etc.); tradutor; press release; dentre outras.
5.4 Siscoserv 
O Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e de Outras Operações que 
Produzam Variações no Patrimônio (Siscoserv) foi instituído pela Portaria Conjunta RFB/SCS nº 1.908, 
de 19 de julho de 2012, para registro das informações relativas às transações realizadas entre residentes 
no Brasil e no exterior compreendendo serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações 
no patrimônio das pessoas físicas, jurídicas ou dos entes despersonalizados.
O Siscoserv consiste em um sistema informatizado desenvolvido como ferramenta para o 
aprimoramento das ações de estímulo, formulação, acompanhamento e aferição das políticas públicas 
relacionadas a serviços e intangíveis, bem como para a orientação de estratégias empresariais de 
comércio exterior de serviços e intangíveis.
O sistema guarda conformidade com as diretrizes do Acordo Geral sobre Comércio de Serviços (Gats) 
da Organização Mundial do Comércio (OMC), promulgado pelo Decreto no 1.355, de 30 de dezembro 
de 1994.
Ele possui dois módulos: 
• Módulo venda: devem ser registrados os serviços, intangíveis e outras operações que produzam 
variações no patrimônio, vendidos por residentes ou domiciliados no País a residentes ou 
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domiciliados no exterior. Este módulo abrange também o registro das operações realizadas por 
meio de presença comercial no exterior.
• Módulo aquisição: devem ser registrados os serviços, intangíveis e outras operações que produzam 
variações no patrimônio, adquiridos por residentes ou domiciliados no País, de residentes ou 
domiciliados no exterior.
No módulo venda do Siscoserv estão previstos os seguintesregistros:
• Registro de Venda de Serviços (RVS): contém dados referentes à venda, por residente ou domiciliado 
no País, de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio, a 
residente ou domiciliado no exterior.
• Registro de Faturamento (RF): contém dados referentes ao faturamento decorrente de venda 
objeto de prévio RVS.
• Registro de Presença Comercial (RPC): contém dados referentes às operações realizadas por meio 
de Presença Comercial no Exterior relacionada à pessoa jurídica domiciliada no Brasil.
Estão obrigados a registrar as informações no Sistema, no módulo venda, os residentes ou 
domiciliados no Brasil que realizem, com residentes ou domiciliados no exterior, operações de 
venda de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio das 
pessoas físicas, jurídicas ou dos entes despersonalizados, inclusive operações de exportação 
de serviços.
Estão obrigados a efetuar registro no módulo venda do Siscoserv:
• O prestador do serviço residente ou domiciliado no Brasil.
• A pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no Brasil, que transfere o intangível, inclusive 
os direitos de propriedade intelectual, por meio de cessão, concessão, licenciamento ou por 
quaisquer outros meios admitidos em direito.
• A pessoa física ou jurídica ou o responsável legal do ente despersonalizado, residente ou domiciliado 
no Brasil, que realize outras operações que produzam variações no patrimônio.
Para fins do módulo venda do Siscoserv, são considerados prestadores de serviço os residentes ou 
domiciliados no Brasil que faturam os residentes ou domiciliados no exterior.
Também são obrigados a efetuar registro no Siscoserv os órgãos da administração pública, direta 
e indireta, da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. O registro realizado por pessoa 
jurídica deve ser feito por estabelecimento.
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Unidade II
 Observação
O registro no Siscoserv independe da contratação de câmbio, do meio 
de pagamento ou da existência de um contrato formal.
Também devem ser registradas as operações de venda de serviços iniciadas e não concluídas antes 
das datas constantes do Anexo Único da Portaria Conjunta RFB/SCS nº 1.908, de 19 de julho de 2012. 
Para essas operações, deve ser registrada como data de início a indicada no Anexo Único, por capítulo 
da NBS. Caso haja saldo a faturar, deve ser indicado como valor da operação o saldo remanescente 
a faturar. Nos casos em que o faturamento tenha ocorrido integralmente antes da data indicada no 
anexo, deve ser registrado o valor proporcional da operação correspondente ao período remanescente 
da prestação do serviço, justificando o valor registrado no campo Informações Complementares. 
Caso tenha ocorrido o faturamento integral antes das datas constantes do Anexo Único da Portaria 
Conjunta RFB/SCS nº 1.908, de 19 de julho de 2012, e não tenha sido iniciada a prestação do serviço, o 
registro de faturamento obedecerá ao item 2.2 do Capítulo 2. 
 Saiba mais
Para consultar os manuais dos módulos venda e aquisição, consulte:
BRASIL. Ministério da Fazenda; Secretaria da Receita Federal. Siscoserv 
– Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e 
Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio. 17 maio. 2016. 
Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/
declaracoes-e-demonstrativos/siscoserv-sist-integrado-de-com-exterior-
int-e-outras-operacoes-prod-var-patrim/siscoserv-sistema-integrado-
de-comercio-exterior-de-servicos-intangiveis-e-outras-operacoes-que-
produzam-variacoes-no-patrimonio#Manuais>. Acesso em: 6 ago. 2018.
Em qualquer um dos casos, a data dos dados da Receita Federal deve ser aquela constante da nota 
fiscal ou documento equivalente. As operações iniciadas e concluídas antes das datas do Anexo Único 
não devem ser registradas, independentemente de terem sido faturadas ou não.
Não podem ser registradas operações realizadas antes do início da prestação do serviço, da 
transferência do intangível ou da realização de outra operação que produza variação no patrimônio.
A responsabilidade pelos registros de venda de serviços – RVS/RF do módulo venda do Siscoserv é 
do residente ou domiciliado no País que mantenha relação contratual com residente ou domiciliado no 
exterior e que contra este fature a prestação de serviço como “bens, mercadorias, serviços, intangíveis 
ou outras operações que produzam variações no patrimônio”, ainda que ocorra subcontratação de 
residente ou domiciliado no País ou no exterior.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA COMÉRCIO EXTERIOR
No módulo aquisição do Siscoserv estão previstos os seguintes registros:
• Registro de Aquisição de Serviços (RAS): contém dados referentes à aquisição, por residente 
ou domiciliado no País, de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no 
patrimônio, de residente ou domiciliado no exterior.
• Registro de Pagamento (RP): contém dados referentes ao pagamento relativo à aquisição objeto 
de prévio RAS.
Estão obrigados a registrar as informações no módulo aquisição do sistema os residentes ou 
domiciliados no Brasil que realizem, com residentes ou domiciliados no exterior, operações de aquisição 
de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, 
jurídicas ou dos entes despersonalizados, inclusive operações de importação de serviços.
Estão obrigados a efetuar registro no Módulo Aquisição do Siscoserv:
• O tomador do serviço residente ou domiciliado no Brasil.
• A pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no Brasil, que adquire o intangível, inclusive 
os direitos de propriedade intelectual, por meio de cessão, concessão, licenciamento ou por 
quaisquer outros meios admitidos em direito.
• A pessoa física ou jurídica ou o responsável legal do ente despersonalizado, residente ou domiciliado 
no Brasil, que realize outras operações que produzam variações no patrimônio.
Para fins do módulo aquisição do Siscoserv são considerados prestadores de serviço os residentes ou 
domiciliados no exterior que faturam os residentes ou domiciliados no Brasil.
Também são obrigados a efetuar registro os órgãos da administração pública, direta e indireta, da 
União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. Assim como ocorre no módulo venda, o registro 
realizado por pessoa jurídica deve ser efetuado por estabelecimento.
 Lembrete
O registro no Siscoserv independe da contratação de câmbio, do meio 
de pagamento ou da existência de um contrato formal.
Os gastos pessoais no exterior relativos à aquisição de serviços efetuados por pessoas físicas 
residentes no País que se desloquem temporariamente ao exterior a serviço de pessoas jurídicas 
domiciliadas no País são operações da pessoa física no Siscoserv.
São exemplos de gastos pessoais a aquisição de refeições, hospedagem e locomoção no exterior em 
viagens de negócios, de treinamento, missões oficiais, participação em congressos, feiras e conclaves.
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Também devem ser registradas as operações de aquisição de serviços iniciadas e não concluídas antes 
das datas constantes do Anexo Único da Portaria Conjunta RFB/SCS nº 1.908, de 19 de julho de 2012. Para 
essas operações, deve ser registrada como data de início aquela indicada no Anexo Único, por capítulo da 
NBS. Caso haja saldo a pagar,deve ser indicado como valor da operação o saldo remanescente a pagar. 
Nos casos em que o pagamento tenha ocorrido integralmente antes da data indicada no anexo, deve 
ser registrado o valor proporcional da operação correspondente ao período remanescente da prestação 
do serviço, justificando o valor registrado no campo Informações Complementares. Em qualquer dos 
casos, a data constante dos dados do RP deve ser aquela em que ocorreu o pagamento.
As operações iniciadas e concluídas antes das datas constantes do Anexo Único não devem ser 
registradas, independentemente de terem sido ou não pagas.
Não podem ser registradas operações previamente ao início da prestação do serviço, da transferência 
do intangível ou da realização de outra operação que produza variação no patrimônio.
A responsabilidade pelos registros RAS/RP no módulo aquisição do Siscoserv é do residente ou 
domiciliado no País que mantenha relação contratual com residente ou domiciliado no exterior e que 
por este seja faturado pela prestação de serviço, ainda que ocorra a subcontratação de residente ou 
domiciliado no País ou no exterior.
Em 14 de dezembro de 2011, foi editada a Lei nº 12.546, que autoriza o Poder Executivo a instituir 
a Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e outras Operações que Produzam Variações no 
Patrimônio (NBS), bem como as suas respectivas Notas Explicativas (Nebs), elemento subsidiário para 
a interpretação da nomenclatura. A NBS e a Nebs foram publicadas em 2 de abril de 2012 através 
do Decreto nº 7.708, que instituiu a NBS e as Nebs. Em 29 de novembro de 2012, através da Portaria 
Interministerial MF/MDIC nº 385, foi instituída a comissão com membros da RFB e da SCS com a função 
de propor alterações na NBS e na Nebs a partir de interesses do setor público ou privado.
 Lembrete
A responsabilidade pelos registros RVS/RF do módulo venda do Siscoserv 
é do residente ou domiciliado no País que mantenha relação contratual com 
residente ou domiciliado no exterior e contra este fature a prestação de serviço.
A NBS é o classificador nacional para a identificação dos serviços e intangíveis como produtos. Ela 
viabiliza a adequada elaboração, fiscalização e avaliação de políticas públicas de forma integrada e, 
visando à competitividade do setor, propicia a harmonização de ações voltadas ao fomento empreendedor, 
à tributação, às compras públicas, ao comércio exterior, entre outras.
A NBS e as suas Nebs foram desenvolvidas a partir de 2008 por um grupo instituído por Portaria 
Conjunta Interministerial do Ministério da Fazenda, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior e do Banco Central do Brasil e composto por especialistas da Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, da Secretaria de Comércio e Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
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(IBGE) e do Banco Central do Brasil. Na elaboração da nomenclatura e de suas notas explicativas, 
obedeceu-se aos padrões técnicos estabelecidos e consolidados pelos organismos internacionais 
relevantes, resultando em uma nomenclatura plenamente harmonizada com os principais classificadores 
internacionais (em especial a Central Products Classification – CPC das Nações Unidas, utilizada nas 
negociações internacionais que envolvem serviços).
Aplicações imediatas da NBS já ocorrem na Administração Pública – ela é, por exemplo, o classificador 
utilizado pelo Siscoserv. A NBS também é utilizada na definição dos serviços elegíveis ao financiamento no 
âmbito do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) e na ampliação dos serviços elegíveis aos 
adiantamentos de contrato de câmbio (ACC) e adiantamento de cambiais entregues (ACE). 
Diante do dinamismo que caracteriza o setor de serviços, em 29 de novembro de 2012 foi publicada 
a Portaria Interministerial nº 385, do Ministério da Fazenda (MF) e do Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que estabeleceu Comissão de Representantes da Secretaria da 
Receita Federal do Brasil (RFB/MF) e da Secretaria de Comércio e Serviços (SCS/MDIC), para a promoção 
de revisão da NBS e de suas notas explicativas.
O processo de revisão, desenvolvido durante o ano de 2013, com a colaboração do Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 
buscou identificar e corrigir erros, inconsistências e omissões importantes existentes na nomenclatura. 
Como resultado, em 17 de dezembro de 2013 foi publicada a Portaria Conjunta nº 1.820, que aprovou a 
versão 1.1 da NBS. Essa versão entrou em vigor em 1º de janeiro de 2014, e contempla ajustes à versão anterior, 
publicada pelo Decreto nº 7.708, de 2 de abril de 2012. A versão 1.1 visa aprimorar a NBS e as Nebs, facilitando 
a aplicação e interpretação da Nomenclatura para as políticas e instrumentos públicos que delas se utilizam.
6 SISCOMEX WEB: SISTEMA INTEGRADO DE COMÉRCIO EXTERIOR
O Siscomex constituiu extraordinário avanço, ao informatizar os controles existentes, que eram 
realizados por meio de declarações em papel, carimbos e assinaturas. Segundo o Decreto nº 660, de 
25 de setembro de 1992, “o Siscomex é o instrumento administrativo que integra as atividades de 
registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, mediante fluxo único, 
computadorizado, de informações” (BRASIL, 1992a). 
O Siscomex foi, portanto, projetado para ser o instrumento pelo qual a legislação de comércio 
exterior seria executada. Todas as medidas administrativas incidentes sobre as importações e sobre as 
exportações deveriam, assim, ser implementadas através do Siscomex.
O sistema inovou ao criar um fluxo único de informações, em que todos os intervenientes, públicos e 
privados, registram informações, declarações em sucessivas etapas, conforme fluxograma estabelecido, 
uniformizando, assim, os procedimentos. O Siscomex Importação entrou no ar em 1º de janeiro de 1997.
Em 6 de agosto de 2012, entrou em produção o Siscomex Importação Web, trazendo uma série de 
funcionalidades e facilidades da nova plataforma. No entanto, apenas as declarações de importação 
do tipo consumo, as quais representam quase 90% do total das declarações registradas anualmente, 
migraram para essa nova plataforma.
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Unidade II
Conforme novas necessidades foram surgindo, novos sistemas foram sendo criados e integrados 
ao Siscomex, a exemplo do Siscomex Drawback Web, para a concessão dos regimes especiais de 
drawback e do Siscomex Carga, destinado ao acompanhamento aduaneiro das cargas que ingressam 
no Brasil pela via marítima. Além disso, sistemas já existentes foram modernizados, por exemplo, o 
Siscomex Exportação. 
A importante iniciativa de criação do Siscomex fez com que o Brasil, na década de 1990, estivesse 
na vanguarda mundial em desenvolvimento de sistemas de comércio exterior. No entanto, apesar do 
sucesso de sua implementação, o sistema foi idealizado no contexto do comércio exterior brasileiro 
daquela época – e é importante ter em mente que o comércio do Brasil com o mundo aumentou 
expressivamente em seu fluxo e em sua complexidade de lá para cá. 
Aliada ao crescimento do comércio tem-se também a constante necessidade de elaboração de novas 
políticas públicas, voltadas ao desenvolvimento e à melhoria da condição de vida da população nas mais 
diversas áreas, como a saúde humana, a segurança alimentar, o meio ambiente, a segurança pública e a 
segurança do consumidor. 
Essas políticas são também implementadas mediante controles incidentessobre operações de 
comércio exterior, que demandam a criação de instrumentos específicos adequados à sua implementação.
O desenvolvimento econômico pressupõe também aumento da eficiência do setor produtivo, o 
que somente é possível com um comércio exterior competitivo. Diante da realidade atual tão distinta 
daquela em que se deu a criação da presente estrutura de controle governamental do comércio exterior, 
mesmo com as constantes atualizações e modernizações feitas pelo governo em anos recentes, urge 
uma reformulação das ferramentas presentemente utilizadas. 
O Programa Portal Único de Comércio Exterior foi, assim, lançado com o objetivo de atender de 
forma mais eficiente a demanda do comércio exterior brasileiro do contexto atual e dos próximos 
anos, de modo a fazer com que o Siscomex se mantenha efetivo no cumprimento de seus objetivos 
simplificadores e integradores, conforme traçados no momento de sua criação.
Com o desenvolvimento da nova plataforma, módulos do Siscomex que serão substituídos têm 
cronograma de desligamento aprovado em reunião com a participação do MDIC e do MF.
Exportadores de todo o Brasil terão até o dia 2 de julho de 2018 para migrar completamente suas 
operações para o Novo Processo de Exportações do Portal Único de Comércio Exterior. A decisão foi 
tomada pela Comissão Gestora do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). 
A medida foi fundamentada no compromisso assumido pelo governo federal de trabalhar em 
prol da facilitação do comércio e da previsibilidade e reflete ainda a necessidade de se conferir maior 
racionalidade aos gastos públicos. 
Também a partir de 2 de julho de 2018 serão interrompidos os novos registros nos módulos 
Novoex, DE-Hod e DE-Web, sistemas atualmente utilizados para a realização de exportações. 
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Entretanto, esses módulos permanecerão disponíveis para consultas e retificações dos registros 
previamente efetuados. 
Até que o desligamento dos referidos módulos ocorra, a Secretaria de Comércio Exterior 
(Secex) e a Receita Federal do Brasil (RFB) intensificarão as ações de divulgação e capacitação 
dos operadores de comércio exterior para garantir que a transição entre os sistemas aconteça de 
maneira segura e previsível. A data limite para a migração das operações de importação ainda será 
definida e divulgada. 
6.1 Novo processo de exportações
Dentre as facilidades disponibilizadas pelo Novo Processo de Exportações aos operadores de comércio 
exterior estão a substituição de três documentos processados nos sistemas antigos – o Registro de 
Exportação (RE), a Declaração de Exportação (DE) e a Declaração Simplificada de Exportação (DSE) – pela 
Declaração Única de Exportação (DUE), a integração da DUE com a Nota Fiscal Eletrônica (Nfe), a melhor 
rastreabilidade e controle das operações, a redução de pelo menos 60% no número de informações 
prestadas e o paralelismo dos fluxos processuais.
6.1.1 Apresentação
O Portal Único de Comércio Exterior é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior e da Receita Federal do Brasil, que visam à reformulação dos processos de exportação, 
importação e trânsito aduaneiro, e buscam estabelecer processos mais eficientes e integrados entre 
todos os envolvidos no comércio exterior. 
Com essa reformulação, busca-se estabelecer processos mais eficientes, harmonizados e integrados 
entre todos os intervenientes públicos e privados no comércio exterior. Da reformulação dos processos, o 
Programa Portal Único passa ao desenvolvimento e integração dos fluxos de informações correspondentes 
a eles e dos sistemas informatizados encarregados de gerenciá-los. Assim, o Programa Portal Único de 
Comércio Exterior nasce baseado em três pilares:
Programa Portal Único
Integração dos 
intervenientes
Redesenho dos 
processos
Tecnologia da 
informação
Figura 22 – Pilares do Programa Portal Único de Comércio Exterior
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6.1.2 Integração
O primeiro pilar é a integração entre os atores do comércio exterior. Tem-se, primeiramente, a 
cooperação entre os intervenientes de governo e do setor privado para o planejamento e desenvolvimento 
do Programa Portal Único. 
Formou-se uma grande estrutura de governança, sob coordenação conjunta da Secretaria da Receita 
Federal do Brasil e da Secretaria de Comércio Exterior e sob supervisão da Casa Civil. Essa estrutura 
compreende os órgãos de governo que atuam no comércio exterior. São eles:
• Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB);
• Secretaria de Comércio Exterior (Secex);
• Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento;
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
• Agência Nacional do Cinema (Ancine);
• Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
• Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP);
• Câmara de Comércio Exterior (Camex);
• Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN);
• Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);
• Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz);
• Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM);
• Departamento de Polícia Federal (DPF);
• Exército Brasileiro;
• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
• Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro);
• Instituto Brasileiro do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan);
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• Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI);
• Ministério da Defesa;
• Ministério das Relações Exteriores (MRE);
• Secretaria de Aviação Civil;
• Secretaria de Portos (SEP);
• Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
A integração cooperativa do setor privado com o programa, mediante entidades representantes 
dos diferentes intervenientes privados nas operações de comércio exterior (importadores, exportadores, 
despachantes aduaneiros, transportadores, depositários, terminais portuários etc.), é fundamental, visto 
serem eles os beneficiários das melhorias que o Programa Portal Único trará.
Segundo o site do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC):
A integração entre órgãos de governo no âmbito do Programa Portal Único 
de Comércio Exterior é incremental. Quanto mais os órgãos se integram 
e compartilham, maior o conhecimento gerado sobre suas necessidades 
(BRASIL, [s.d.]b). 
A figura a seguir é uma ilustração dessa ideia:
Conhecimento das necessidades
Co
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rt
ilh
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Dados
Informações
Metodologias
Ferramentas
Inteligência
Figura 23 – Integração entre órgãos intervenientes no comércio exterior
No mesmo site mencionado (BRASIL, [s.d.]b), o governo afirma que:
No desenvolvimento da integração, a etapa inicial é o simples 
compartilhamento de dados, aqueles presentes nos sistemas e documentos 
de comércio exterior, entre os intervenientes. 
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Com a evolução da mútua compreensão das necessidades das partes 
envolvidas, tendo em vista os objetivos de cada uma, podem-se identificar 
quais informações podem ser compartilhadas entre os órgãos, de modo a 
facilitar para cada um o exercíciode suas competências.
Por informações, entendem-se aqui os conjuntos de dados apresentados de 
forma organizada. Com base no conhecimento do que há de comum nas 
atividades dos órgãos, pode-se passar ao compartilhamento de metodologias 
de trabalho, trazendo maior previsibilidade aos operadores. 
O compartilhamento de metodologias leva ao compartilhamento das ferramentas 
destinadas à implementação dessas metodologias. Se dois ou mais órgãos contam 
com o mesmo tipo de necessidade de controle (inspeção física, por exemplo) e 
partilham a mesma metodologia para executá-lo, convém a todos o emprego do 
mesmo instrumento, um sistema de TI, por exemplo, para esse fim. 
Toda essa evolução conduz à última etapa: a integração da inteligência. 
Com base na ampla difusão de dados e informações entre os agentes, aliada 
ao uso de metodologias uniformes e ferramentas de gestão compartilhadas, 
é possível a criação de sistemas de inteligência capazes de identificar 
irregularidades nas operações a partir de critérios de controle e autorização 
de diversos órgãos, desde fraudes tributárias até o descumprimento de 
regulamentos técnicos e normas ambientais. 
6.1.3 Redução de prazos e custos
Conforme o Banco Mundial (BANCO MUNDIAL, 2017) o projeto Doing Business mede, analisa e 
compara as regulamentações aplicáveis às empresas e o seu cumprimento em 190 economias e cidades 
selecionadas nos níveis subnacional e regional, e apresenta índices que permitem a comparação da 
qualidade das regulamentações de negócios de diversos países. 
Pelos dados constantes no site (BANCO MUNDIAL, 2017), com relação ao tempo para exportar, em 
conformidade com obrigações na fronteira (horas), o Brasil perde 49 horas a um custo de US$ 959,00.
Esses números fazem com que o Brasil figure na 125ª posição na classificação relativa à facilidade 
para fazer negócios do Doing Business, atrás da Argentina, que está classificada na 117ª posição.
 Saiba mais
Caso queira conhecer a metodologia e os comparativos entre países, acesse: 
BANCO MUNDIAL. Sobre o Projeto Doing Business. Doing business, 2017. 
Disponível em: <http://portugues.doingbusiness.org/about-us>. Acesso em: 
26 jul. 2018.
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6.1.4 Simplificação 
O portal único funciona como interface única entre governos e operadores privados, concentrando 
em um único ponto as exigências e os serviços dos diversos órgãos intervenientes. 
A imagem a seguir ilustra a estrutura dos processos de comércio exterior. As setas verdes indicam as 
informações prestadas pelos operadores privados e as vermelhas indicam as respostas e exigências dos 
órgãos de governo:
Anuências prévias
Inspeção no porto
Logística 
portuária
Inspeção 
coordenada com 
base em análise de 
riscos
Exportador 
Importador
Transportador
Figura 24 – Estrutura dos processos de comércio exterior 
6.2 Anuente web
Os órgãos governamentais intervenientes no Siscomex classificam-se como:
• Gestores: responsáveis pela administração, manutenção e aprimoramento do sistema dentro de 
suas respectivas áreas de competência. São eles:
— Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), responsável pelas áreas aduaneira e tributária;
— Secretaria de Comércio Exterior (Secex), responsável pela área administrativa; 
— Banco Central do Brasil (Bacen), responsável pelas áreas financeira e cambial.
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• Anuentes: são todos os órgãos que necessitam efetuar uma análise complementar, dentro 
de sua área de competência, de determinadas operações de exportação, e são responsáveis 
pela autorização do processo de importação/exportação na etapa administrativa/comercial, 
de determinados bens, como: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério 
da Saúde e Ibama, entre outros. Estão interligados ao Siscomex, de modo a tornar mais ágil 
essa análise. Desse modo, para que a operação se torne efetiva, é necessário, em alguns casos, 
o estabelecimento de normas específicas por parte dos órgãos anuentes. Como exemplo, 
temos a exportação de material radiativo que necessita da anuência da Comissão Nacional de 
Energia Nuclear (CNEN), assim como a exportação de remédios, que está sujeita à anuência do 
Ministério da Saúde. Essas relações não substituem a consulta ao Tratamento Administrativo 
do Siscomex para verificação do sistema administrativo aplicado às mercadorias. As respectivas 
siglas constantes das relações são relativas aos órgãos conforme segue:
• Ancine: Agência Nacional do Cinema;
• Aneel: Agência Nacional de Energia Elétrica;
• ANP: Agência Nacional de Petróleo;
• Anvisa: Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
• CNEN: Comissão Nacional de Energia Nuclear;
• Comexe: Comando do Exército;
• Decex: Departamento de Operações de Comércio Exterior;
• DNPM: Departamento Nacional de Produção Mineral;
• DPF: Departamento de Polícia Federal;
• ECT: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos;
• Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis;
• Inmetro: Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial;
• Mapa: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
• MCT: Ministério da Ciência e Tecnologia;
• Suframa: Superintendência da Zona Franca de Manaus.
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6.3 Cadastro aduaneiro 
O cadastro de despachantes aduaneiros e ajudantes de despachante aduaneiro no sistema de 
cadastro dos intervenientes do comércio exterior na Receita Federal, que é considerado o representante 
legal perante o Siscomex, é a pessoa física autorizada por importador/exportador (pessoa física ou 
pessoa jurídica) para atuar em seu nome, no exercício das atividades relacionadas com o despacho 
aduaneiro. De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1.603, de 15 de dezembro de 2015, publicada 
no Diário Oficial da União em 16 de dezembro de 2015, poderá ser credenciado a operar o Siscomex 
como representante legal:
• despachante aduaneiro;
• dirigente ou empregado da pessoa jurídica representada;
• empregado de empresa coligada ou controlada da pessoa jurídica representada;
• funcionário ou servidor especificamente designado, nos casos de órgão da administração pública 
direta, autarquia e fundação pública, órgão público autônomo, organismo internacional e outras 
instituições extraterritoriais.
6.3.1 Cadastro de empresa exportadora/renovação 
Após a habilitação do responsável legal pela pessoa jurídica na Receita Federal, este poderá credenciar 
no Siscomex as pessoas físicas que atuarão como representantes da empresa para a prática dos atos 
relacionados com o despacho aduaneiro.
• Pessoa jurídica: o credenciamento e o descredenciamento de representantes da pessoa jurídica 
para a prática das atividades relacionadas com o despacho aduaneiro no Siscomex serão efetuados 
diretamente no sistema pelo respectivo responsável legal habilitado, no módulo “Cadastro de 
Representante Legal” do Siscomex.
• Pessoa física: o credenciamento e o descredenciamento de representante de pessoa física 
poderão ser feitos na forma mencionada ou mediante solicitação para a Unidade da Secretaria da 
Receita Federal do Brasil responsável pelo despacho aduaneiro, com a indicação do despachante 
aduaneiro, acompanhado do respectivo instrumento de outorga de poderes. Cabe lembrar que 
pessoa física não poderá importar mercadoriasem quantidades que revelem prática de comércio. 
Para importações de mercadorias destinadas ao comércio, procedentes do Paraguai por via 
terrestre, entre os municípios de Ciudad Del Este (Paraguai) e Foz do Iguaçu (Brasil), realizadas por 
Microempreendedor Individual (MEI), é possível a utilização do Regime de Tributação Unificada 
(RTU), de acordo com regras próprias de inscrição no regime, e conforme a Lei nº 11.898, de 8 de 
janeiro de 2009. Outras operações de importação ou exportação de mercadorias com destinação 
comercial devem ser realizadas por pessoa jurídica previamente habilitada no Siscomex. Segundo 
a Lei nº 11.898, de 8 de janeiro de 2009, 
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Art. 2º O Regime de que trata o art. 1º desta Lei permite a importação, por via 
terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento 
unificado de impostos e contribuições federais incidentes na importação, 
observado o limite máximo de valor das mercadorias importadas por 
habilitado, por ano-calendário, fixado pelo Poder Executivo, bem como o 
disposto no art. 7º desta Lei. 
Parágrafo único. A adesão ao regime é opcional e será efetuada na forma 
estabelecida pelo Poder Executivo (BRASIL, 2009d).
O artigo 7º da mesma lei diz que:
Art. 7º Somente poderá optar pelo Regime de que trata o art. 1º desta Lei 
a microempresa optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação 
de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de 
Pequeno Porte – SIMPLES NACIONAL, de que trata a Lei Complementar nº 
123, de 14 de dezembro de 2006.
§ 1º Ao optante pelo Regime não se aplica o disposto no art. 56 da Lei 
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 
§ 2º A operação de importação e o despacho aduaneiro poderão ser realizados 
pelo empresário ou pelo sócio da sociedade empresária, por pessoa física 
nomeada pelo optante pelo Regime ou por despachante aduaneiro. 
§ 3º A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará os termos e 
condições de credenciamento das pessoas de que trata o § 2º deste artigo 
(BRASIL, 2009d).
O interessado, pessoa física ou jurídica, somente poderá ser representado para exercer atividades 
relacionadas ao despacho aduaneiro de mercadorias:
• por intermédio do despachante aduaneiro;
• pessoalmente, se pessoa física;
• se pessoa jurídica, também mediante:
— dirigente;
— empregado;
— funcionário ou servidor especificamente designado, no caso de órgão da administração pública, 
missão diplomática ou representação de organização internacional.
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Consequentemente, somente tais pessoas podem ser credenciadas como representantes do 
interessado para atuar em seu nome no Siscomex, conforme os artigos 808 e 809 do Decreto nº 6.759, 
de 5 de fevereiro de 2009, que regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, 
o controle e a tributação das operações de comércio exterior, que diz: 
Art. 808. São atividades relacionadas ao despacho aduaneiro de mercadorias, 
inclusive bagagem de viajante, na importação, na exportação ou na 
internação, transportadas por qualquer via, as referentes a:
I - preparação, entrada e acompanhamento da tramitação e apresentação 
de documentos relativos ao despacho aduaneiro;
II - subscrição de documentos relativos ao despacho aduaneiro, inclusive 
termos de responsabilidade;
III - ciência e recebimento de intimações, de notificações, de autos de 
infração, de despachos, de decisões e de outros atos e termos processuais 
relacionados com o procedimento de despacho aduaneiro;
IV - acompanhamento da verificação da mercadoria na conferência aduaneira, 
inclusive da retirada de amostras para assistência técnica e perícia;
V - recebimento de mercadorias desembaraçadas;
§ 1º Somente mediante cláusula expressa específica do mandato poderá 
o mandatário subscrever termo de responsabilidade em garantia do 
cumprimento de obrigação tributária, ou pedidos de restituição de indébito 
ou de compensação. 
§ 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil poderá dispor sobre outras 
atividades relacionadas ao despacho aduaneiro de mercadorias. 
Art. 809. Poderá representar o importador, o exportador ou outro interessado, 
no exercício das atividades referidas no art. 808, bem assim em outras 
operações de comércio exterior (BRASIL, 1988b):
6.4 Siscomex Novoex
A partir de 28 de dezembro de 2017, o novo processo de exportações do Portal Único de Comércio 
Exterior passou a abranger as operações de exportação sujeitas à anuência prévia dos órgãos e entidades 
da Administração Pública Federal. A medida foi implementada pela Portaria Secex nº 52, publicada em 
28 de dezembro de 2017, no Diário Oficial da União (DOU).
Com a alteração, o tratamento administrativo do novo processo de exportações será feito através 
do Módulo Licenças, Permissões, Certificados e Outros Documentos de Exportação (LPCO), integrado aos 
demais módulos do Portal Único. O exportador tem acesso aos formulários de pedidos de documentos 
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Unidade II
referentes aos tratamentos administrativos de cada órgão competente para autorizar a exportação, e 
deverá fazer a vinculação dos documentos à Declaração Única de Exportação (DU-E), quando pertinente.
 Saiba mais
Você pode conferir a lista de sistemas disponível no novo processo de 
exportações acessando:
BRASIL. Lista de sistemas. Portal Único Siscomex, [s.d.]. Disponível em: 
<http://portal.siscomex.gov.br/lista_sistemas_view?p_cat=8884758b-
97f2-4c57-816c-488d3f2c5f3a>. Acesso em: 7 ago. 2018.
6.5 Siscomex DE Web
O Siscomex Exportação Web - Módulo Aduaneiro (DE Web) é um sistema que disponibiliza para 
os exportadores, bem como seus representantes legais e ajudantes de despachantes aduaneiros, 
funcionalidades para a elaboração, retificação, consulta e impressão das Declarações de Exportação.
6.5.1 Conceitos e definições
De acordo com o art. 580 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 – Regulamento Aduaneiro,
Art. 580 - Despacho de exportação é o procedimento mediante o qual é 
verificada a exatidão dos dados declarados pelo exportador em relação à 
mercadoria, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas 
a seu desembaraço aduaneiro e a sua saída para o exterior (BRASIL, 2009a).
Toda mercadoria destinada ao exterior, inclusive a reexportada, está sujeita a despacho de exportação, 
com as exceções estabelecidas na legislação específica.
Em geral, o despacho de exportação será processado por meio de Declaração de Exportação (DE), 
registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), tendo a si vinculados um ou mais 
registros de exportação (RE). Existem também despachos que podem ser processados por meio da 
Declaração Simplificada de Exportação (DSE), prescindindo de RE, e, ainda, despachos sem registro no 
Siscomex previstos em normas específicas.
A elaboração e registro da DE poderá ser realizada no processamento centralizado num servidor de 
grande porte OS/390 (Host On-Demand – HOD) ou na web.
Será dispensada de despacho aduaneiro de exportação a saída do País de mala diplomática ou 
consular, assim considerada a que contenha tão somente documentos diplomáticos e objetos destinados 
a uso oficial (Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, art. 27, promulgada pelo Decreto nº 
56.435, de 8 de junho de 1965 e Instrução Normativa nº 338, de 2003). Diz o artigo27 desse decreto:
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA COMÉRCIO EXTERIOR
1. O Estado acreditado permitirá e protegerá a livre comunicação da Missão 
para todos os fins oficiais. Para comunicar-se com o Govêrno e demais 
Missões e Consulados do Estado acreditante, onde quer que se encontrem, 
a Missão poderá empregar todos os meios de comunicação adequados, 
inclusive correios diplomáticos e mensagens em códigos ou cifra. Não 
obstante, a Missão só poderá instalar e usar uma emissora de rádio com o 
consentimento do Estado acreditado.
2. A correspondência oficial da Missão é inviolável. Por correspondência oficial 
entende-se tôda correspondência concernente à Missão e suas funções.
3. A mala diplomática não poderá ser aberta ou retida.
4. Os volumes que constituam a mala diplomática deverão conter sinais 
exteriores visíveis que indiquem o seu caráter e só poderão conter 
documentos diplomáticos e objetos destinados a uso oficial.
5. O correio diplomático, que deverá estar munido de um documento 
oficial que indique sua condição e o número de volumes que constituam a 
mala diplomática, será, no desempenho das suas funções, protegido pelo 
Estado acreditado.
6. O Estado acreditante ou a Missão poderão designar correios diplomáticos 
“ad hoc”. Em tal caso, aplicar-se-ão as disposições do parágrafo 5 dêste 
artigo, mas as imunidades nêle mencionadas deixarão de se aplicar, desde 
que o referido correio tenha entregado ao destinatário a mala diplomática 
que lhe fôra confiada.
7. A mala diplomática poderá ser confiada ao comandante de uma aeronave 
comercial que tenha de aterrissar num aeroporto de entrada autorizada. O 
comandante será munido de um documento oficial que indique o número de 
volumes que constituam a mala, mas não será considerado correio diplomático. 
A Missão poderá enviar um de seus membros para receber a mala diplomática, 
direta e livremente, das mãos do comandante da aeronave (BRASIL, 1965). 
O despacho aduaneiro de mercadorias adquiridas no mercado interno, inclusive no comércio 
de subsistência das populações fronteiriças, residentes no exterior, de conformidade com os limites 
e condições estabelecidos na Instrução Normativa SRF nº 118, de 10 de novembro de 1992, será 
processado com base na respectiva nota fiscal, dispensado o registro no Siscomex, não gerando, para 
o vendedor, direito à isenção de tributos, nem a qualquer outro benefício ou incentivo à exportação, 
conforme art. 65 da Instrução Normativa SRF nº 28, de 27 de abril de 1994 (BRASIL, 1994c). Diz o 
artigo 65 dessa instrução:
Art. 65. O despacho aduaneiro de mercadorias adquiridas no mercado 
interno, inclusive no comércio de subsistência das populações fronteiriças, 
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residentes no exterior, de conformidade com os limites e condições 
estabelecidos na Instrução Normativa nº 118, de 10 de novembro de 1992, 
será processado com base na respectiva Nota Fiscal, dispensado o registro 
no Siscomex (BRASIL, 1994c).
A Instrução Normativa SRF nº 118 diz:
Art. 1º As unidades da Secretaria da Receita Federal deverão permitir a saída 
do território nacional, mediante a apresentação da Nota-Fiscal respectiva, 
de mercadorias nacionais adquiridas no mercado interno:
I - que se comportem no limite de valor equivalente a US$ 2.000,00 
(dois mil dólares dos Estados Unidos) e, se em valor superior, não revelem 
destinação comercial;
II - que não estejam sujeitas a controles específicos de outros órgãos da 
Administração Pública;
III - cuja exportação não se subordine ao regime de cota ou contingenciamento.
§ 1º Fica excluída, da restrição indicada no inciso II, a saída do País de 
açúcar, de qualquer tipo, quando destinado a países limítrofes, desde que 
se comporte no limite de valor equivalente a até US$ 250.00 (duzentos e 
cinquenta dólares dos Estados Unidos) semanais.
§ 2º O volume do produto que deixar o País nas condições autorizadas no 
parágrafo anterior deverá ser informado, pelas repartições aduaneiras que 
jurisdicionam os locais de saída do País, à Coordenação-Geral do Sistema de 
Controle Aduaneiro, na conformidade do Quadro em anexo.
Art. 2º A saída de mercadoria para o exterior, na forma do artigo anterior, 
não gera, para o vendedor, direito à isenção de tributos, nem a incentivos 
fiscais, a qualquer título.
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Ficam revogadas as Instruções Normativas SRF nos 45, de 17 de maio 
de 1983, 87, de 21 de julho de 1986, 5, de 12 de janeiro de 1988 e 52, de 19 
de maio de 1989 (BRASIL, 1992b).
6.5.2 Procedimentos preliminares
Antes do despacho de exportação, que se inicia com o registro da declaração de exportação, o 
exportador deve se habilitar para operar no Siscomex, procedimento regido pela Instrução Normativa 
RFB nº 1.603, de 15 de dezembro de 2015.
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Uma vez cadastrado, o exportador receberá uma senha para operar no Siscomex e poderá acessá-lo 
por meio do link do Portal Siscomex <http://www.portalsiscomex.gov.br/> ou de programa (emulador) 
fornecido pelo Serpro.
A exportação será submetida ao controle administrativo da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) 
do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), nos termos da Portaria Secex 
nº 23, de 14 de julho de 2011.
6.5.3 Habilitação para utilizar o Siscomex 
Para que seja efetuada uma exportação ou importação de mercadorias por meio do Siscomex, 
primeiramente o interessado deve providenciar, com a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), sua 
habilitação para operação no sistema. 
Em regra geral, o despacho aduaneiro deve ser processado no Siscomex. Entretanto, para que seja 
efetuada operação de exportação ou importação de mercadorias por meio do Siscomex, seja comum ou 
simplificado, o interessado deve providenciar previamente com a Secretaria da Receita Federal do Brasil 
sua habilitação para operação no sistema e o credenciamento de seus representantes para a prática de 
atividades relacionadas ao despacho aduaneiro.
A Instrução Normativa RFB nº 1.603, de 15 de dezembro de 2015, e a Portaria Coana nº 123, de 17 
de dezembro de 2015, estabelecem os procedimentos de habilitação para operação no Siscomex e de 
credenciamento de representantes de pessoas físicas e jurídicas para a prática de atividades relacionadas 
ao despacho aduaneiro.
6.5.4 Credenciamento de representante legal no Siscomex 
É o sistema que permite ao responsável legal por pessoa jurídica credenciar, no Siscomex, as pessoas 
físicas que atuarão como representantes da empresa para a prática dos atos relacionados com o 
despacho aduaneiro.
Diz a Instrução Normativa RFB nº 1.603, de 15 de dezembro de 2015:
Art. 1º A habilitação da pessoa física responsável por pessoa jurídica importadora, 
exportadora ou internadora da Zona Franca de Manaus (ZFM), para a prática de 
atos no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), e o credenciamento 
dos respectivos representantes para a prática de atividades relacionadas com 
o despacho aduaneiro, perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), 
deverão ser formalizados com observância do disposto nesta Instrução Normativa.
§ 1º As disposições desta Instrução Normativa aplicam-se também aos órgãos 
da administração pública direta, autarquias, fundações públicas, órgãos 
públicos autônomos, organismosinternacionais e a outras instituições 
extraterritoriais, bem como às pessoas físicas em seus próprios nomes.
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§ 2º O empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 
de janeiro de 2002 (Código Civil), e o microempreendedor individual (MEI) a 
que se refere o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 
2006, serão habilitados como pessoa jurídica (BRASIL, 2015e).
 Saiba mais
Para verificação de como proceder a habilitação para utilizar o 
Siscomex, acesse:
BRASIL. Ministério da Fazenda; Secretaria da Receita Federal. Instrução 
Normativa RFB nº 1.603, de 15 de dezembro de 2015. Brasília, 2015. 
Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.ac
tion?visao=anotado&idAto=70354#1590149>. Acesso em: 30 nov. 2017.
6.5.5 Comércio de diamantes – DNPM 
O Sistema Cadastro Nacional do Comércio de Diamantes – CNCD visa ao cadastramento de produtores e 
comerciantes de diamantes brutos em território nacional, ao controle das declarações de produção e venda no 
mercado interno e ao gerenciamento dos requerimentos de Certificado do Processo de Kimberley (CPK).
Implantado no Brasil em 2003, o Sistema de Certificação do Processo de Kimberley (SCPK) é um 
mecanismo internacional que visa evitar que diamantes ilegais possam financiar conflitos armados 
e desacreditar o mercado legítimo de diamantes brutos. Para atender aos objetivos do SCPK, o 
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) instituiu o monitoramento e o controle do 
comércio e da produção de diamantes brutos em território nacional por meio do Cadastro Nacional do 
Comércio de Diamantes (CNCD) e do Relatório de Transações Comerciais (RTC).
6.5.6 Credenciamento de pesquisadores – CNPq
Antes de iniciar o planejamento de uma importação, é necessário definir quem será o responsável 
pela importação: 
• Instituição: podem solicitar o credenciamento instituições sem fins lucrativos, ou fundações de 
apoio ativas no fomento, na coordenação ou na execução de programas de pesquisa científica ou 
tecnológica para proceder a importação de bens, em conformidade com a lei.
• Pesquisador: podem solicitar o credenciamento pesquisadores com título de doutor ou perfil 
científico ou tecnológico equivalente, vinculados às instituições credenciadas pelo CNPq ou que 
preencham os requisitos para o credenciamento.
Uma vez definido o responsável pela importação, deve-se verificar se ele está com o credenciamento 
válido no CNPq, nos termos da Lei nº 8.010, de 29 de março de 1990:
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Art. 1º São isentas dos impostos de importação e sobre produtos 
industrializados e do adicional ao frete para renovação da marinha mercante 
as importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, 
bem como suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e 
produtos intermediários, destinados à pesquisa científica e tecnológica.
§ 1º As importações de que trata este artigo ficam dispensadas do exame 
de similaridade, da emissão de guia de importação ou documento de efeito 
equivalente e controles prévios ao despachos aduaneiro.
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se somente às importações realizadas 
pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, 
por cientistas, por pesquisadores, por Instituição Científica, Tecnológica e 
de Inovação - ICT e por entidades sem fins lucrativos ativos no fomento, 
na coordenação ou na execução de programas de pesquisa científica e 
tecnológica, de inovação ou de ensino e devidamente credenciados pelo 
CNPq. (Redação dada pela Lei nº 13.322, de 2016)
Art. 2º O Ministro da Fazenda, ouvido o Ministério da Ciência e Tecnologia, 
estabelecerá limite global anual, em valor, para as importações mencionadas 
no art. 1º.
§ 1º Não estão sujeitas ao limite global anual:
a) as importações de produtos, decorrentes de doações feitas por pessoas físicas ou 
jurídicas estrangeiras, destinados ao desenvolvimento da Ciência e Tecnologia; e
b) as importações a serem pagas através de empréstimos externos ou de acordos 
governamentais destinados ao desenvolvimento da Ciência e Tecnologia.
§ 2º A quota global de importações será distribuída e controlada pelo CNPq 
que encaminhará, mensalmente
a) à Secretaria da Receita Federal (SRF) relação das entidades e pessoas físicas 
importadoras, bem como das mercadorias autorizadas, valores e quantidades;
b) à Secretaria de Comércio Exterior - SeCEx, para fins estatísticos, relação dos 
importadores e o valor global, por pessoa física ou jurídica, das importações 
autorizadas (BRASIL, 1990).
6.5.7 Controle administrativo da Secex
No ato da primeira operação de exportação ou importação registrada no Siscomex, ocorrerá 
automaticamente a inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI) da Secretaria de 
Comércio Exterior (Secex), sem maiores formalidades. Uma vez inscrito no Registro de Exportadores 
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e Importadores (REI), não será necessária qualquer providência adicional do exportador para 
manutenção do registro.
As pessoas físicas (agricultor ou pecuarista, com registro no Instituto Nacional de Colonização e 
Reforma Agrária – Incra, artesãos, artistas ou assemelhados, registrados como profissionais autônomos) 
deverão solicitar o cadastramento no REI ao Departamento de Operações de Comércio Exterior da Secex.
A inscrição no REI poderá ser suspensa ou cancelada nos casos de punição em decisão administrativa 
final, impedindo o exportador de realizar novas operações no comércio exterior.
A operação de exportação se sujeita, em regra, ao controle administrativo/comercial da Secretaria 
de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, sendo 
necessária a obtenção, previamente à declaração de exportação, do respectivo Registro de Exportação (RE).
Além do Registro de Exportação (RE), a etapa administrativa/comercial de controle das exportações 
prevê para alguns casos o Registro de Operação de Crédito (RC).
Em situações tratadas na Instrução Normativa SRF 611, de 18 de janeiro de 2006, desde que não 
sujeitas a controle específico de órgãos anuentes, o exportador poderá optar pelo registro de Declaração 
Simplificada de Exportação (DSE), prescindindo do registro do RE.
Segundo a IN SRF 611, de 18 de janeiro de 2006:
Art. 30 A DSE apresentada nos termos do caput do art. 29 poderá ser 
utilizada no despacho aduaneiro de bens:
I - exportados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, até o limite 
de US$ 50,000.00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da América) ou 
o equivalente em outra moeda; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa 
RFB nº 846, de 12 de maio de 2008)
II - exportados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, até 
o limite de US$ 50,000.00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da 
América) ou o equivalente em outra moeda; (Redação dada pelo(a) Instrução 
Normativa RFB nº 846, de 12 de maio de 2008)
III - sob o regime de exportação temporária, nas hipóteses previstas em 
legislação específica; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 
1601, de 14 de dezembro de 2015)
IV - reexportados para fins de extinção do regime de admissão temporária; 
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1601, de 14 de dezembro 
de 2015)
V - que devam ser devolvidos ao exterior por:95
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a) erro manifesto ou comprovado de expedição, reconhecido pela 
autoridade aduaneira;
b) indeferimento de pedido para concessão de regime aduaneiro especial;
c) não atendimento a exigência de controle sanitário, ambiental ou de 
segurança exercido pelo órgão competente; ou
d) qualquer outro motivo, observado o disposto na Portaria MF no 306, de 
21 de dezembro de 1995.
VI - contidos em remessa postal internacional, até o limite de US$ 50,000.00 
(cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em 
outra moeda; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 846, de 12 
de maio de 2008)
VII - contidos em encomenda aérea internacional, até o limite de US$ 
20,000.00 (vinte mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente 
em outra moeda; transportados por empresa de transporte internacional 
expresso porta a porta; ou
VII - contidos em encomenda aérea internacional, até o limite de US$ 
50.000,00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o 
equivalente em outra moeda, transportada por empresa de transporte 
internacional expresso porta a porta; ou (Redação dada pelo(a) Instrução 
Normativa RFB nº 846, de 12 de maio de 2008)
VIII - integrantes de bagagem desacompanhada.
Parágrafo único. A DSE de que trata este artigo será utilizada, ainda, no 
despacho aduaneiro de veículo para uso do viajante no exterior, exceto 
quando sair do País por seus próprios meios (BRASIL, 2006c).
6.5.8 Etapas do despacho
O despacho aduaneiro de exportação é processado, no Siscomex, em diversas etapas a serem 
executadas pelo exportador, pelo depositário, pela fiscalização aduaneira e pelo transportador.
Em linhas gerais, cabe:
• ao exportador o registro da DE ou DSE no sistema;
• ao depositário a confirmação de que a carga a ser desembaraçada encontra-se em seus armazéns;
• à fiscalização aduaneira a recepção dos documentos;
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• à fiscalização aduaneira a conferência aduaneira;
• à fiscalização aduaneira o início e conclusão do trânsito aduaneiro;
• ao transportador a informação referente à carga efetivamente embarcada com destino ao exterior.
A seguir, são apresentados três fluxogramas, da DE, da DE Web e da DSE, contendo não 
somente as diversas etapas do despacho, mas também outros procedimentos que integram o 
processo de exportação.
Despacho de exportação
Canal laranja Canal vermelho Canal verde
Validação:
• Automática
• Secex
• Órgãos anuentes
Registro de exportação - RE
Declaração de exportação
Confirmação da presença da carga
Enviar declaração para o despacho
Recepção de documentos
Conferência aduaneira
Distribuição do despacho
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Cancelam
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Retificação de
Registros dos dados de embarque vias rodoviária, fluvial e lacustre
Averbação de embarque e de transposição de fronteira
Emissão de comprovante de exportação
Seleção parametrizada
Registros dos dados de embarque vias aérea, marítima e ferroviária
Desembaraço
Início de trânsito
Conclusão de trânsito
Desembaraço automático
Solicitação de despacho no 
estabelecimento do exportador
Registro de crédito - RC
Redir Redir
Figura 25 – Roteiro de exportação
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Canal laranja Canal vermelho Canal verdeRedir.(aduana)
Redir.
(aduana)
Registro de exportação Novoex (exportador)
Despacho de exportação DE web tipo “normal”
Validação:
• Automática
• Secex
• Órgãos anuentes
Elaboração DE (exportador, ajudante)
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Cancelamento/retificação DE elaborada (exportador, ajudante)
Registro DE (exportador)
Análise da 
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Análise da 
solicitação 
(aduana)
Solicitação exportação 
temporária (exportador)
Solicitação de despacho em estab. indicado 
pelo export. (exportador)
Seleção parametrizada (sistema ou aduana) 
Presença da carga (depositário, administrador Redex, exportador, sistema)
Recepção de documentos (sistema aduana)
Recepção de documentos (aduana)
Desembaraço (aduana)Desembaraço (aduana)
Início de trânsito 
(aduana)
Conclusão de trânsito 
(aduana)
Registro dos dados de embarque vias aérea ou marítima (transportador ou aduana)
Averbação de embarque e de transposição de fronteira (sistema ou aduana)
Desembaraço automático
Enviar declaração para despacho (exportador ou aduana)
Análise (aduana)
Solicitação de retificação DE ou cancelam
ento DE (exportador)
Retificação DE ou cancelam
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Desvinculação definitiva RE, vinculação RE (aduana)
Retificação DE (aduana)
Cancelamento DE (aduana)
Análise
(defer./indefer.) 
(aduana)
Solicitação de desvinculação definitiva RE, 
Solicitação de vinculação RE (exportador)
Solicitação de retificação DE (exportador)
Dados de embarque vias rodoviária, ferroviária, fluvial e lacustre 
(transportador, exportador)
Figura 26 – Despacho de exportação – DE Web
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Despacho simplificado de exportação
Sem armazenamento Com armazenamentoElaboração de DSE
Confirmação da presença de carga
Registro dos dados de embarque via rodoviária
Registro da DSE
Canal vermelho
Distribuição do despacho
Conferência / Desembaraço
Emissão de comprovante de exportação
Desembaraço automático
Canal verde
Registro da DSE
Seleção parametrizada
Início de trânsito
Conclusão de trânsito
Registro dos dados de embarque vias: aérea, marítima e ferroviária
Averbação de embarque ou transposição de fronteira
• Exportador
• AFRFB/ATRFB
• ECT/Courrier
• Depositário
• Transportador
• Exportador
• Exportador, AFRFB, ATRFB
• Sistema
• AFRFB supervisor
• AFRFB
• Sistema
• AFRFB, ATRFB
• Transportador
• AFRFB
• Sistema
• AFRFB
• AFRFB, ATRFB, exportador
Figura 27 – Despacho simplificado de exportação - DSE
6.5.9 Despacho a posteriori
O registro da declaração

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