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DRENAGEM URBANA Prof.: Edwin Fabiano Aula 10 – 04/05/13 MICRODRENAGEM EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO Cálculo de galerias em uma área urbana com as seguintes características: • Quadras com largura de 80 m. • Ocupação das quadras residencial com coeficiente de deflúvio C = 0,60. • Todas as vias secundárias com largura de 10 m, declividade transversal z = 48. • Lâmina d'água admissível até a crista do pavimento das ruas. • Coeficiente de rugosidade de Manning das sarjetas e pavimentos igual a 0,015. • Equação de chuvas intensas de Florianópolis. • Período de retorno T= 4 anos. • Tempo de entrada inicial te = 10 minutos. DELIMITAÇÃO DA BACIA URBANA 36,90 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Para organização do trabalho de cálculo do sistema de galerias, os procedimentos podem ser subdivididos em etapas: ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO A identificação da bacia implica no traçado de seus divisores, de forma a destacá-la como unidade hidrológica. Para facilidade da organização de planilhas de cálculos, é importante que se estabeleça um sistema de convenções para identificação de ruas e cruzamentos. • cruzamento de ruas ou nó: 1,2,3, ...i...n • trecho da rua entre os nós 'p' e 'q': trecho p-q • área de contribuição: A1, A2, A3, ...Aj...Am IDENTIFICAÇÃO DA BACIA 38,12 36,53 36,90 37,42 38,21 36,79 34,57 32,85 34,63 37,70 37,91 35,26 32,38 33,46 37,12 36,28 32,17 33,21 37,10 38,32 RUA 1 RUA 2 RUA 3 RUA 4 R U A 5 R U A 6 R U A 7 R U A 8 R U A 9 R U A 1 0 - Identificação das ruas - Definição de pontos de cruzamento - Identificação dos nós 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Considera-se que a precipitação sobre um lote é descarregada na sarjeta à frente do mesmo, ou seja, uma sarjeta recebe contribuição diretamente da quadra a ela adjacente. Com a definição das áreas de contribuição do escoamento superficial são estabelecidos os sentidos de escoamento nas sarjetas. DIVISÃO DAS SUB-BACIAS RUA 1 RUA 2 RUA 3 RUA 4 R U A 5 R U A 6 R U A 7 R U A 8 R U A 9 R U A 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A1 A2 A3 A4 A10 A11 A12 A13 A18 A19 A20 A21 A27 A28 A29 A30 A5 A6 A7 A8 A9 A14 A15 A16 A17 A22 A23 A24 A25 A26 - Traçado das áreas de contribuição - Identificação das áreas - Definição do escoamento 38,12 36,53 36,90 37,42 38,21 36,79 34,57 32,85 34,63 37,70 37,91 35,26 32,38 33,46 37,12 36,28 32,17 33,21 37,10 38,32 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO As capacidades das sarjetas serão necessárias para verificação da necessidade de galerias ao longo das vias. A definição da máxima lâmina d’água é feita em função do tipo de via, da sua largura e declividades transversais da sarjeta e da via. Tipo de via: secundário com inundação máxima até a crista do pavimento. Largura da via B=10 metros Declividade transversal única da sarjeta e da via z=48 𝑦0 = 𝐵 2 𝑧 = 10 2 48 = 0,104𝑚 𝑦0 =? ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO A análise do escoamento permite estabelecer a composição das contribuições do escoamento aos nós e definição dos tempos de concentração dos mesmos. O tempo de concentração de um nó é o tempo que o escoamento leva para chegar a ele pelo caminho mais distante. Assim, quando a montante de um nó existem apenas um ou mais nós iniciais, o tempo de concentração deste nó é o maior dos tempos de entrada para os trechos correspondentes. ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO RUA 1 RUA 2 RUA 3 RUA 4 R U A 5 R U A 6 R U A 7 R U A 8 R U A 9 R U A 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A1 A2 A3 A4 A10 A11 A12 A13 A18 A19 A20 A21 A27 A28 A29 A30 A5 A6 A7 A8 A9 A14 A15 A16 A17 A22 A23 A24 A25 A26 38,12 36,53 36,80 37,42 38,21 36,79 34,57 32,85 34,63 37,70 37,91 35,26 32,38 33,46 37,12 36,28 32,17 33,21 37,10 38,32 nó inicial nó de passagem nó cego 38,12 36,53 36,90 37,42 38,21 36,79 34,57 32,85 34,63 37,70 37,91 35,26 32,38 33,46 37,12 36,28 32,17 33,21 37,10 38,32 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO RUA 1 RUA 2 RUA 3 RUA 4 R U A 5 R U A 6 R U A 7 R U A 8 R U A 9 R U A 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A1 A2 A3 A4 A10 A11 A12 A13 A18 A19 A20 A21 A27 A28 A29 A30 A5 A6 A7 A8 A9 A14 A15 A16 A17 A22 A23 A24 A25 A26 nó inicial nó de passagem nó cego ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Composição das contribuições do escoamento aos nós Nó Área diretamente contribuinte Nós contribuintes Observações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Composição das contribuições do escoamento aos nós Nó Área diretamente contribuinte Nós contribuintes Observações 1 nó inicial 2 A1,A2 3 A3 4 A4 5 nó inicial 6 A5 7 A6, A10 2,6 8 A7, A11, A12, A16 3,9 nó cego 9 A8, A13, A17 4,10 10 A9 11 nó inicial 12 A14, A18 13 A15, A19, A20, A24 7,14 nó cego 14 A21, A25 15 15 A26 16 A22 17 A23, A27, A28 12, 16, 18 nó cego 18 A29 19 19 A30 20 nó inicial ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Análise dos tempos de concentração Nó Tempos de concentração* Observações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 *O tempo de concentração de cada nó será o valor máximo entre as alternativas possíveis. ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Análise dos tempos de concentração Nó Tempos de concentração* Observações 1 nó inicial 2 te1-2; te3-2 3 te4-3 4 te5-4 5 nó inicial 6 te1-6 7 tc2+tp2-7; tc6+tp6-7 8 tc3+tp3-8; te7-8; tc9+tp9-8; te14-8 nó cego 9 tc4+tp4-9; tc10+tp10-9; te15-9 10 te5-10 11 nó inicial 12 te6-12; te11-12 13 tc7+tp7-13; te12-13; tc14+tp14-13; te18-13 nó cego 14 tc15+tp15-14; te19-14 15 te20-15 16 te11-16 17 tc12+tp12-17; tc16+tp16-17; tc18+tp18-17 nó cego 18 tc19+tp19-18 19 te20-19 20 nó inicial *O tempo de concentração de cada nó será o valor máximo entre as alternativas possíveis. ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO A composição das contribuições do escoamento aos nós apresentados na tabela anterior permite identificar três nós cegos, 8, 13 e 17. O nó 17 está situado no limite da bacia e poderá ser considerado como a saída natural do sistema de drenagem. Os outros dois nós necessitam de bocas de lobo e galerias para prover saída ao escoamento superficial. ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO As alternativas de traçados de galerias que obrigatoriamente deverão ser instaladas para prover drenagem a estes pontos são diversas. A alternativa escolhida para o traçado da rede será aquela com menor volume de escavação para assentamento das galerias em cada trecho. 38,12 36,53 36,90 37,42 38,21 36,79 34,57 32,85 34,63 37,70 37,91 35,26 32,38 33,46 37,12 36,28 32,17 33,21 37,10 38,32 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO RUA 1 RUA 2 RUA 3 RUA 4 R U A 5R U A 6 R U A 7 R U A 8 R U A 9 R U A 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 nó cego Trechos com galerias obrigatórias 38,12 36,53 36,90 37,42 38,21 36,79 34,57 32,85 34,63 37,70 37,91 35,26 32,38 33,46 37,12 36,28 32,17 33,21 37,10 38,32 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO RUA 1 RUA 2 RUA 3 RUA 4 R U A 5 R U A 6 R U A 7 R U A 8 R U A 9 R U A 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 nó cego Trechos com galerias obrigatórias A1 A2 A3 A4 A10 A11 A12 A13 A18 A19 A20 A21 A27 A28 A29 A30 A5 A6 A7 A8 A9 A14 A15 A16 A17 A22 A23 A24 A25 A26 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Observando a declividade da superfície em cada trecho, o traçado da rede deverá passar pelos nós: 8, 14, 13, 18 e 17. Na fase posterior de cálculos poderão ainda ser identificadas necessidades de galerias em outros trechos. O traçado final da rede deverá ser feito somente após a análise das alternativas resultantes destes cálculos. A necessidade obrigatória de galerias em alguns trechos implica em revisão da composição dos escoamentos e dos tempos de concentração, incluindo- se os caminhos criados por estas galerias. ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Análise dos tempos de concentração *O tempo de concentração de cada nó será o valor máximo entre as alternativas possíveis. Nó Área diretamente contribuinte Nós contribuintes Galerias contribuintes Tempos de concentração* 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Análise dos tempos de concentração *O tempo de concentração de cada nó será o valor máximo entre as alternativas possíveis. *O índice g indica galeria no trecho. Nó Área diretamente contribuinte Nós contribuintes Galerias contribuintes Tempos de concentração 1 2 A1,A2 te1-2; te3-2 3 A3 te4-3 4 A4 te5-4 5 6 A5 te1-6 7 A6, A10 2,6 tc2+tp2-7; tc6+tp6-7 8 A7, A11, A12, A16 3,9 tc3+tp3-8; te7-8; tc9+tp9-8; te14-8 9 A8, A13, A17 4,10 tc4+tp4-9; tc10+tp10-9; te15-9 10 A9 te5-10 11 12 A14, A18 te6-12; te11-12 13 A15, A19, A20, A24 7,14 14-13 tc7+tp7-13; te12-13; tc14+tp14-13g ;te18-13 14 A21, A25 15 8-14 tc15+tp15-14; te19-14; tc8+tp8-14g 15 A26 te20-15 16 A22 te11-16 17 A23, A27, A28 12, 16, 18 18-17 tc12+tp12-17; tc16+tp16-17; tc18+tp18-17g 18 A29 19 13-18 tc13+tp13-18g; tc19+tp19-18 19 A30 te20-19 20 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Áreas de contribuição Nó Área diretamente contribuinte A1 (km²) Nós contribuintes à montante A2 (km²) A1+A2 (km²) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Áreas de contribuição Cada área de contribuição foi adotada com A = 0,00405km² Nó Área diretamente contribuinte A1 (km²) Nós contribuintes à montante* A2 (km²) A1+A2 (km²) 1 2 A1,A2 0,00810 0,00810 3 A3 0,00405 0,00405 4 A4 0,00405 0,00405 5 6 A5 0,00405 0,00405 7 A6, A10 0,00810 2,6 0,01215 0,02025 8 A7, A11, A12, A16 0,01620 3,9 0,02430 0,04050 9 A8, A13, A17 0,01215 4,10 0,00810 0,02025 10 A9 0,00405 0,00405 11 12 A14, A18 0,00810 0,00810 13 A15, A19, A20, A24 0,01620 7,14g 0,07290 0,08910 14 A21, A25 0,00810 15,8g 0,04455 0,05265 15 A26 0,00405 0,00405 16 A22 0,00405 0,00405 17 A23, A27, A28 0,01215 12, 16, 18g 0,10935 0,12150 18 A29 0,00405 19, 13g 0,09315 0,09720 19 A30 0,00405 0,00405 20 *O índice g indica galeria no trecho. ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Tempos de concentração e áreas de contribuição *O índice g indica galeria no trecho. *O tempo de concentração de cada nó será o valor máximo entre as alternativas possíveis. Nó Tempos de concentração A1+A2 (km²) ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Tempos de concentração e áreas de contribuição *O índice g indica galeria no trecho. *O tempo de concentração de cada nó será o valor máximo entre as alternativas possíveis. Nó Tempos de concentração A1+A2 (km²) 3 te4-3 0,00405 4 te5-4 0,00405 6 te1-6 0,00405 10 te5-10 0,00405 15 te20-15 0,00405 16 te11-16 0,00405 19 te20-19 0,00405 2 te1-2; te3-2 0,00810 12 te6-12; te11-12 0,00810 7 tc2+tp2-7; tc6+tp6-7 0,02025 9 tc4+tp4-9; tc10+tp10-9; te15-9 0,02025 8 tc3+tp3-8; te7-8; tc9+tp9-8; te14-8 0,04050 14 tc15+tp15-14; te19-14; tc8+tp8-14g 0,05265 13 tc7+tp7-13; te12-13; te18-13; tc14+tp14-13g 0,08910 18 tc19+tp19-18; tc13+tp13-18g 0,09720 17 tc12+tp12-17; tc16+tp16-17; tc18+tp18-17g 0,12150 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO O dimensionamento da rede de drenagem é realizado para cada trecho, de montante para jusante. Os cálculos são organizados da seguinte forma: • Para cada nó calcula-se a vazão de projeto Qp correspondente à sua área de contribuição e seu tempo de concentração; • Verifica-se a capacidade das sarjetas Qadm no trecho de rua a jusante deste nó; • Caso Qp>Qadm, será necessário dimensionar galeria no trecho; ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO • Quando a galeria tiver declividade contrária ao trecho de rua, busca-se que o valor desta declividade seja tal que a velocidade do escoamento no interior da galeria esteja entre os limites 0,75 - 5,00 m/s, evitando-se também profundidades excessivas para os poços de visita. ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO Para o dimensionamento das galerias devem ser avaliados diferentes cenários com a variação das declividades, verificando-se os diâmetros resultantes, as profundidades de assentamento das galerias e os volumes de escavação. Outras alternativas podem ser igualmente soluções aceitáveis. A definição de uma alternativa deve, neste caso, ser baseada em uma análise dos custos de implantação. OBRIGADO! DRENAGEM URBANA Prof. Edwin Fabiano edwin.alves@unisul.br
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