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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA DO SISTEMA DIGESTÓRIO (GASTRITE e ÚLCERAS) Prof. MSc. Luiz Humberto Fagundes Júnior. 02/05/2019 ‹nº› 1 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 02/05/2019 ‹nº› GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA Gastrite: Inflamação da mucosa gástrica Causas: Infecções bacterianas Álcool Tabagismo Stress ( HCl) Medicamentos Úlcera péptica Escoriação da mucosa gástrica e duodenal Causas: As mesmas causas da gastrite. 02/05/2019 ‹nº› GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA Uma gastrite pode evoluir para uma úlcera péptica. Uma úlcera péptica pode evoluir para um câncer. Entretanto, o câncer pode se desenvolver silenciosamente! 02/05/2019 ‹nº› GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA Suco gástrico: Composição: Ácido clorídrico Pepsinogênio Muco Íons de bicarbonato 02/05/2019 ‹nº› GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA Regulação da secreção de ácido clorídrico pelas células parietais: Gastrina estimula a secreção de HCL Secretina inibe a secreção de HCL Histamina estimula a secreção de HCL Prostaglandinas Inibe a secreção de HCL Acetilcolina estimula a secreção de HCL Qual a principal função do HCL ? 02/05/2019 ‹nº› GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA Destruição do mucocitoprotetor: Álcool. Bile. Substâncias do Cigarro. AINE. Glicocorticoides, etc. Prostaglandinas locais: Estimulam secreção do muco e bicarbonato. Impedem a secreção ácida. 02/05/2019 ‹nº› 02/05/2019 ‹nº› GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA Úlcera Gástrica Úlcera Duodenal 02/05/2019 ‹nº› HELICOBACTER PYLORI 02/05/2019 ‹nº› 02/05/2019 ‹nº› HELICOBACTER PYLORI Diagnóstico: Normalmente é realizados por métodos invasivos, que incluem a coleta de material por endoscopia Teste da urease. Sensibilidade (90%). Especificidade (95-100%). Teste histológico. Exame em meio de cultura (placa de ágar). 02/05/2019 ‹nº› HELICOBACTER PYLORI Tratamento: Esquema tríplice Inibidores da bomba de prótons Omeprazol ou Lansoprazol. Antimicrobianos Amoxicilina, Claritromicina, ou Metronidazol. 02/05/2019 ‹nº› HELICOBACTER PYLORI Exemplo 01.: Erradic ® Omeprazol 20mg Claritromicina 500mg Amoxicilina 500mg Exemplo 02.: Pyloripac ® Lansoprazol 30mg Claritromicina 500mg Amoxicilina 500mg Tratamento: Uso: duas vezes ao dia, durante 07 ou 14 dias 02/05/2019 ‹nº› HELICOBACTER PYLORI Outros protocolos terapêuticos: Protocolo 01. Omeprazol : 40 mg Claritromicina: 500 mg Metronidazol: 500 mg Uso: duas vezes ao dia, durante 14 dias 02/05/2019 ‹nº› HELICOBACTER PYLORI Outros protocolos terapêuticos: Protocolo 02. Subsalicilato de bismuto: 262mg Tetraciclina: 500 mg Metronidazol: 250 mg Uso: quatro vezes ao dia, durante 14 dias 02/05/2019 ‹nº› GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA Tratamento: Análogos das prostaglandinas. Antiácidos. Antagonista H2. Inibidores da bomba de prótons. 02/05/2019 ‹nº› ANÁLOGOS DAS PROSTAGLANDINAS Misoprostol (Citotec ®) Análogo metílico da PGE2. Mecanismo de ação: Estimula a secreção de muco e de bicarbonato pela mucosa gástrica; além de inibir a secreção ácida. uso: 100-200 mg, 03-04 x ao dia. 02/05/2019 ‹nº› ANÁLOGOS DAS PROSTAGLANDINAS Misoprostol (Citotec ®) Efeitos adversos: Diarréia e dor abdominal em cólica (10-20%). Contração ulterina. Sangramento vaginal. Contra - indicações: Gravidez. 02/05/2019 ‹nº› 02/05/2019 ‹nº› ANTIÁCIDOS Considerações Eram a base do tratamento dos distúrbios ácido-pépticos até o advento dos antagonista H2 e inibidores da bomba de prótons. Atualmente: pirose e dispepsia. Seu principal mecanismo consiste na redução da acidez intragástrica por mecanismo de reação química local, neutralizando ou formando compostos menos ácido no estômago, elevando o PH gástrico. São geralmente bases compostas por Na+, Ca++, Mg++ e Al++ Ação rápida, porém curta. 02/05/2019 ‹nº› 02/05/2019 ‹nº› ANTAGONISTA H2 Introduzido no mercado em meados da década de 1970. De 1970 a 1990, constituíram os fármacos mais prescritos no mundo inteiro. Teve seu uso ameaçado com o reconhecimento do papel desempenhado por H.pylori na doença ulcerosa e com o advento dos inibidores da bomba de prótons. 02/05/2019 ‹nº› ANTAGONISTA H2 Fármacos: Cimetidina (Tagamet®, Ulcedine®). Ranitidina (Antak®, Label®). Famotidina (Famox®). Nizatidina (Axid®). Mecanismo de ação: Inibe a secreção gástrica por bloquear as ações da histamina nos receptores H2. 02/05/2019 ‹nº› ANTAGONISTA H2 Ações: Inibem a secreção de ácido estimulada pela histamina, pela gastrina e acetilcolina Reduzem a secreção de pepsina. Promovem a cicatrização de úlceras duodenais e pépticas. Não exercem efeito direto sobre a motilidade. 02/05/2019 ‹nº› ANTAGONISTA H2 Usos clínicos: Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Doença ulcerosa péptica. Dispepsia não-ulcerosa. Prevenção do sangramento da gastrite relacionado ao estresse. 02/05/2019 ‹nº› Agente Dose (mg) Intervalo (horas) Horário Duração (semanas) Cimetidina Ranitidina Famotidina Nizatidina 800 ou 400 300 40 300 ou 150 24 12 24 24 24 12 Ao deitar Após café da manha e ao deitar Ao deitar Ao deitar Ao deitar Após café da manha e ao deitar 4-8 4-8 4-8 4-8 4-8 4-8 02/05/2019 ‹nº› INIBIBORES DA BOMBA DE PRÓTONS Introduzido no mercado no final da década de 1980. Estão entre os medicamentos mais vendidos no mundo inteiro. Inibem 90-98% da secreção de ácidos em 24 horas. Atualmente, são os fármacos de escolha para a cicatrização da úlcera péptica. Cicatrização em 95% dos pacientes. 02/05/2019 ‹nº› INIBIBORES DA BOMBA DE PRÓTONS Fármacos: Omeprazol (Gastrium®, Omep®,Losec®). Lansoprazol (Lanz®, Prazol®, Lanzol®). Rabeprazol (Pariet®). Pantoprazol (Pantocal®, Pantozol®, Zurcal®). Esomeprazol (Nexium®). 02/05/2019 ‹nº› INIBIBORES DA BOMBA DE PRÓTONS Considerações: Ação mais forte e mais duradoura do que a dos antagonistas H2. Inativado pelo pH estomacal, mas se acumula nos canalículos da célula parietal, o que aumenta sua eficiência. Necessidade de revestimento entérico: Cápsula com grânulos (Omeprazol, Lansoprazol) Comprimido drageado (Pantoprazol) 02/05/2019 ‹nº› Agente Dose (mg) Intervalo (horas) Horário Duração (semanas) Omeprazol Pantoprazol Lansoprazol Rabeprazol Esomeprazol 20 40 30 20 40 24 24 24 24 24 Ao levantar Ao levantar Ao levantar Ao levantar Ao levantar 4-8 4-8 4-8 4-8 4-8 02/05/2019 ‹nº› INIBIBORES DA BOMBA DE PRÓTONS Usos clínicos: Doença por refluxo gastroesofágico (DRGE). Úlceras associadas a H. Pylori. Úlceras associadas a AINE. Prevenção da recorrência de sangramento de úlceras pépticas. Dispepsia não-ulcerosa. Prevenção da gastrite de estresse. 02/05/2019 ‹nº› INIBIBORES DA BOMBA DE PRÓTONS Efeitos adversos: Diarreia, náuseas, Cefaléia, dor muscular, dor articular e dor abdominal (1-5%). Hipovitaminose (cianocobalamina). Risco de infecções entéricas. Exantemas, leucopenia e disfunção hepática são mais raros. 02/05/2019 ‹nº› OUTROS FÁRMACOS USADOS NO TTT DA GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA Sucralfato (carafate®) Mecanismo de ação: Ao reagir com HCl, forma uma pasta viscosa e de consistência firme, que se liga seletivamente a úlcera Estimula a secreção de prostaglandina e bicarbonato pela mucosa gástrica. Efeitos Adversos: Constipação (2%) Usos clínicos: Cicatrização de úlceras duodenais Prevenção do sangramento da gastrite relacionada a estresse Posologia: 1 g, 04 x ao dia (estômago vazio) 02/05/2019 ‹nº› OUTROS FÁRMACOS USADOS NO TTT DA GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA Subsalicilato de bismuto (Peptulan®) Mecanismo de ação: Semelhante Sucralfato. Efeitos Adversos: Enegrecimento da fezes.Ataxia. Confusão mental. Cefaléia. Usos clínicos: Dispepsia. Prevenção da diarréia do viajante. Erradicação da infecção por H. pylori (terapia tríplice). 02/05/2019 ‹nº› Bons Estudos 02/05/2019 ‹nº›
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