Buscar

Apostila cirurgia oral 1 tecnicas anestesicas e principios de cirurgia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Apostila de 
Cirurgia I 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliane Machado 2014.1 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
2 
 
 INERVAÇÃO DA REGIÃO DA MAXILA. 
 O nervo maxilar parte do meio do gânglio de Gasser (gânglio trigeminal) apoiado na 
fossa trigeminal. Ele deixa o crânio através do forame redondo, o qual está localizado na 
asa maior do osso esfenoide e cai na fossa pterigopalatina na forma de gânglio 
pterigopalatino. 
Na fossa pterigopalatina o nervo maxilar emite o nervo zigomático (segue anteriormente 
penetrando na orbita pela fissura orbital inferior e se divide em zigomatotemporal e 
zigomatofacial), o pterigopalatino (que darão origem ao nasopalatino (ramo nasal), 
palatino maior e palatino menor (ramos palatinos)) e o alveolar superior posterior 
(emitido um pouco antes da fissura orbital inferior). 
 
 a) nasopalatino: é um ramo nasal do nervo pterigopalatino e passa para a cavidade 
oral através do forame incisivo e proporcionando a sensibilidade da mucosa palatina na região 
da pré maxila (dos caninos aos incisivos centrais). 
 
 b) nervo palatino maior: passam para a cavidade oral através forame palatino maior 
(localizado no palato duro imediatamente após segundo molar e proporciona inervação 
sensitiva dos tecidos moles palatinos do terceiro molar até distal do canino. 
 
 c) nervo palatino menor: emergem do forame palatino menor (localizado atrás do 
maior). É responsável pela inervação sensitiva da mucosa do palato mole (não quero 
anestesiar). 
 
 d) nervo alveolar superior posterior: originado na fossa pterigopalatina logo antes da 
fissura orbital inferior e passa para a cavidade oral pelas foraminas do tuber e proporciona 
inervação sensitiva da polpa dentaria, osso alveolar e gengiva vestibular de molares 
superiores (exceto a raiz mesio-vestibular do primeiro molar). 
 
 O “resto” penetra a orbita pela fissura orbital inferior, passando nesse momento a 
se chamar nervo infra orbital. No canal infra orbital, o nervo infra orbital, emite os ramos 
alveolares superior médio (ASM) e superior anterior (ASA). A continuação do nervo infra 
orbital vai emergir do forame infra orbital e originar os 3 ramos terminais: palpebral 
inferior, labial superior e nasal lateral (inerva asa do nariz e pele da região paranasal). 
 
 e) alveolares superior médio: descem pelas paredes do seio maxilar em pequenos 
canais ósseos e inervam polpa, gengiva vestibular, osso da região de pré-molar e raiz mesio 
vestibular do primeiro molar superior. 
 
 f) superior anterior ou ASA: descem pela parede anterior da maxila percorrendo 
canais ósseos, e inervam gengiva vestibular, osso e polpa dos dentes anteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
3 
 
1. Região de molares: 
a) dentes (= polpa dentária, ligamento periodontal e osso alveolar): ramos alveolares 
superiores posteriores 
*o ASP é ramo direto do nervo maxilar, emitido dentro da fossa pterigopalatina 
*o ASP passa para a cavidade oral pelas foraminas do tuber da maxila. 
 
b) tecido mole vestibular (=gengiva, mucosa, submucosa e periósteo): ramos alveolares 
superiores posteriores 
*o ASP é ramo direto do nervo maxilar, emitido dentro da fossa pterigopalatina 
*o ASP passa para a cavidade oral pelas foraminas do tuber da maxila. 
 
c) tecido mole lingual: nervo palatino maior 
* O palatino maior é um dos ramos palatinos do nervo pterigopalatino (maxilar – 
pterigopalatino – palatino maior) 
* O palatino maior passa para a cavidade oral através forame palatino maior (localizado no 
palato duro imediatamente após segundo molar, cerca de 1cm em direção à linha média) 
 
!!O primeiro molar geralmente é inervado por dois nervos: ramos alveolares superiores 
posteriores (inervam as raízes disto-vestibular e lingual) e ramos alveolares superiores médios 
(inervam a raiz mésio-vestibular) 
 
2. Região de pré-molares 
a) dentes: ramos alveolares superiores médios 
* o ASM é um ramo do nervo infra orbital (maxilar – infra orbital – ASM) 
* O ASM desce pelas paredes do seio maxilar em pequenos canais ósseos até os locais de 
inervação. 
 
b) tecido mole vestibular: ramos alveolares superiores médios 
* o ASM é um ramo do nervo infra orbital (maxilar – infra orbital – ASM) 
* O ASM desce pelas paredes do seio maxilar em pequenos canais ósseos até os locais de 
inervação. 
 
c) tecido mole lingual: nervo palatino maior 
* O palatino maior é um dos ramos palatinos do nervo pterigopalatino (maxilar – 
pterigopalatino – palatino maior) 
* O palatino maior passa para a cavidade oral através forame palatino maior (localizado no 
palato duro imediatamente após segundo molar, cerca de 1cm em direção à linha média) 
 
! Os ramos alveolares superiores médios podem não existir. Nesse caso, o primeiro molar 
e o segundo pré-molar serão inervados pelos ramos alveolares superiores posteriores, e o 
primeiro pré-molar será inervado pelo nervo alveolar superior anterior. 
 
3. Região de caninos e incisivos 
a). Dentes: alveolar superior anterior 
* o ASA origina-se do nervo infra orbital imediatamente antes do forame infra orbital. 
* o ASA desce pela parede anterior da maxila percorrendo canais ósseos até seu local de 
inervação. 
 
b) Tecido mole vestibular: alveolar superior anterior 
* o ASA origina-se do nervo infra orbital imediatamente antes do forame infra orbital. 
* o ASA desce pela parede anterior da maxila percorrendo canais ósseos até seu local de 
inervação. 
 
c) tecido mole lingual: nasopalatino 
* O nasopalatino é o ramo nasal do pterigopalatino (maxilar – pterigopalatino– nasopalatino) 
* O nasopalatino passa para a cavidade oral através do forame incisivo (localizado na linha 
média do palato a 1cm dos incisivos centrais superiores). 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
4 
 
 INERVAÇÃO DA REGIÃO DA MANDIBULA. 
 É o terceiro ramo do nervo trigêmeo. Ele atravessa o crânio pelo forame oval e logo 
abaixo deste se ramifica num verdadeiro ramalhete. A divisão mandibular emite ramos em 
três áreas: do nervo não dividido e das divisões anterior e posterior. Os ramos do nervo não 
dividido são os nervos espinhoso e pterigoideo medial. Na divisão anterior temos os nervos 
pterigoideo lateral, masseter, temporal e o bucal. E na divisão posterior temos os nervos 
auriculotemporal (receber inervação sensitiva da ATM), milo-hióideo, lingual, alveolar 
inferior, incisivo e mentoniano. 
 Dentre esses nervos citados, os que possuem importância na analgesia odontológica 
são: nervo bucal, alveolar inferior, lingual, incisivo e mentoniano. 
a) nervo bucal: é um ramo do nervo mandibular da divisão anterior, originando-se dele logo 
após o forame oval, na fossa infratemporal. Ele desce pela face medial da mandíbula e passa 
pelo trígono retromolar (onde eu vou anestesiar), atinge depois a região vestibular do 3 
molar inferior e começa a emitir seus ramos terminais. 
 O nervo bucal dá sensibilidade à gengiva vestibular dos dentes posteriores e á prega 
mucobucal dessa região. Suas fibras gengivais podem estender-se desde a região de pré-
molares ou ficarem restritas a uma pequena área dos molares. 
 O nervo bucal passa entre as duas cabeças do musculo pterigolateral e se dirige para 
face lateral do musculo Bucinador onde se divide em vários filetes nervosos que perfuram 
este musculo. 
b) nervo alveolar inferior: é um ramo do nervo mandibular 
que se origina na fossa infratemporal e desce pela face 
medialda mandíbula. A partir desse ponto, emite mais um 
ramo: o nervo milo-hioideo e penetra no forame e canal da 
mandíbula e ocupa toda a extensão do canal da mandíbula, 
emitindo ramos e formando um plexo dentário que inerva os 
molares e pré-molares (tecido ósseo, dentes, periodonto). O 
nervo alveolar inferior depois se bifurca em nervo mentual e 
ramos incisivos. 
 
c) nervo lingual: Na fossa infratemporal, o nervo lingual 
compõe o tronco do nervo mandibular, juntamente com o 
nervo alveolar inferior. Ao se separarem, o nervo lingual 
desce pela face medial da mandíbula coloca-se à frente do 
alveolar inferior e ambos encaminham-se para o espaço pterigomandibular (entre o músculo 
pterigóideo medial e o ramo da mandíbula). 
Depois desce inferiormente todo trajeto lateral da língua e vai se dirigir medialmente até o 
ápice da língua. Inerva os dois terços da língua e o tecido mole lingual de todo hemiarco 
inferior. 
Obs: o nervo lingual veicula as fibras do nervo corda do tímpano que é responsável por 
veicular fibras secreto motoras para as glândulas submandibular e sublingual. Quando o nervo 
lingual é lesado a secreção fica comprometida. 
Obs: Ao anestesiar o alveolar inferior, o nervo lingual geralmente é invervado. 
 
d) nervo incisivo: ramos terminais do nervo alveolar inferior, após a origem do nervo 
mentual. Continuam seu trajeto intraósseo em direção anterior em pequenos canais ósseos. 
Inervam polpa e osso dos incisivos e caninos inferiores e gengiva vestibular da região. 
 
e) nervo mentoniano: ramo do alveolar inferior que se origina a partir da exteriorização pelo 
forame mentual. A partir daí divide-se em seus ramos terminais para a gengiva, mento e lábio 
inferior. Inerva a pele do lábio inferior e do mento e gengiva vestibular de pré-molar a 
incisivos. 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
5 
 
f) nervo milo-hioideo: porção motora no nervo mandibular e ele vai dar movimento para o 
musculo milo-hioideo e musculo digástrico. 
Obs: Sempre que for extrair um dente inferior, vou ter que anestesiar a lingual ou suas 
ramificações terminais, porque vou ter que trabalhar na gengiva tb. 
 
- ANATOMIA DA REGIÃO DA MANDÍBULA 
1. Região de molares 
a) dentes: nervo alveolar inferior 
* a alveolar inferior origina-se do mandibular na fossa infratemporal. 
* o alveolar inferior desce e entra no canal da mandíbula pelo forame mandibular até o 
forame mentual. 
 
b) tecido mole vestibular: nervo bucal e alveolar inferior 
* o nervo bucal origina-se do nervo mandibular logo após ao forame oval na fossa 
infratemporal.. 
* o nervo bucal se divide em filetes terminais que atravessam o musculo bucinador e passam 
pela fossa retromolar e fundo de vestíbulo (passando pela vestibular dos molares). É 
anestesiado onde o nervo cruza a borda anterior da mandíbula, acima da fossa retromolar. 
 
c) tecido mole lingual: nervo lingual 
* o nervo lingual origina-se do mandibular na fossa infratemporal, percorre o trajeto até o 
pterigomandibular junto com o alveolar inferior, porém mais anterior e medial. 
* o nervo lingual continua sem trajeto abaixo do canal da mandíbula e acima do nervo milo-
hioideo e termina aprofundando-se na musculatura da língua. 
 
2. Região de pré-molares 
a) dentes: nervo alveolar inferior 
* a alveolar inferior origina-se do mandibular na fossa infratemporal. 
* o alveolar inferior desce e entra no canal da mandíbula pelo forame mandibular até o 
forame mentual. 
 
b) tecido mole vestibular: nervo mentual e nervo alveolar inferior 
* o nervo mentual origina-se do alveolar inferior a partir do forame mentual. 
* o nervo mentual a partir do forame mentual divide-se em ramos terminais que inervam a 
gengiva vestibular do pré-molar ao incisivo, mento e lábio inferior. 
 
c) tecido mole lingual: nervo lingual 
* o nervo lingual origina-se do mandibular na fossa infratemporal, percorre o trajeto até o 
pterigomandibular junto com o alveolar inferior, porém mais anterior e medial. 
* o nervo lingual continua sem trajeto abaixo do canal da mandíbula e acima do nervo milo-
hioideo e termina aprofundando-se na musculatura da língua. 
 
3. Região de caninos e incisivos 
a). Dentes: ramos incisivos. 
* o nervo incisivo origina-se do alveolar inferior após a origem do nervo mentual. 
* o nervo incisivo continua o seu trajeto intraósseo em canais osseos e inervam os dentes de 
canino a incisivo e gengiva vestibular dos mesmos. 
b) Tecido mole vestibular: nervo mentual e ramos incisivos 
*.. 
 
c) tecido mole lingual: nervo lingual 
* o nervo lingual origina-se do mandibular na fossa infratemporal, percorre o trajeto até o 
pterigomandibular junto com o alveolar inferior, porém mais anterior e medial. 
* o nervo lingual continua sem trajeto abaixo do canal da mandíbula e acima do nervo milo-
hioideo e termina aprofundando-se na musculatura da língua. 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
6 
 
- Outras regiões da cavidade oral 
a) palato mole: nervo palatino menor 
b)lábio superior: ramo labial superior do nervo infra orbital 
c) lábios inferior: nervo mentual 
d) mucosa da bochecha: nervo bucal (principalmente) e na região póstero-superior o nervo 
alveolar superior posterior. 
e) soalho da cavidade oral: nervo lingual 
f) língua: dois terços anterior o nervo lingual e o terço posterior o nervo glossofaríngeo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
7 
 
 ANESTESIOLOGIA. 
 
a) Mecanismos De Ação: Temos muito íons sódio do lado de fora e alguns íons potássio do 
lado de dentro, fazendo com que o interior da célula fique negativo (-70mV) e o exterior da 
célula fique positivo. 
 Quando temos um estimulo começa a entrar Na+ pelos canais (fechados) e seu 
potencial de ação vai aumentando (despolarização lenta), de -70mV para -50mV (limiar de 
despolarização). Quando chega nesse ponto, os canais se abrem e o sódio entra muito 
rapidamente, e o interior da célula de negativo fica positivo até se equilibrar com o meio 
extracelular (despolarização rápida) de maneira unidirecional. 
 Os anestésicos locais por sua vez, vão atuar em receptores específicos de membrana 
dos canais de sódio, não permitindo que esses se abram e impedindo a fase de despolarização 
rápida, interrompendo o impulso e consequentemente a sensação de dor. Ou seja, os AL 
impedem o acesso do sódio ao axoplasma do nervo, impedindo a despolarização da membrana 
e com isso o potencial de ação. 
 
b) Anestésicos: são na sua maioria aminas terciárias (parte hidrofílica). São anfipáticos, isto 
é, possuem uma parte lipofílica (anel benzeno, maior parte da molécula) e uma hidrofílica. 
OBS: É importante que todo AL injetável possua uma parte hidrofílica, caso contrário, não 
entrará na célula. Os grupamentos lipofílicos e hidrofílicos são separados por uma cadeia 
intermediária que incluem ligação éster ou amida. 
- tipos: Um AL com ligação de éster (Procaína) são prontamente hidrolisados em solução 
aquosa e apresentam metabolização plasmática. EX: Benzocaína, Procaína... 
 E os AL com ligação amida (Lidocaína) tem alta resistência a hidrólise, tendo 
metabolização hepática. EX: Lidocaína, Prilocaína, Mepivacaína, Bupivacaína... 
obs.: os que tem metabolização hepática vão demorar mais paraser metabolizados, efeito 
duradouro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) No tubete: 
Sal anestésico – bloqueio da condução nervosa. 
Vasoconstrictor – diminui absorção do anestésico pelos vasos sanguíneos, aumentando a 
duração da anestesia e diminuindo a toxicidade. Hemostasia temporária. 
Bissulfito de sódio – antioxidante do vasoconstrictor. 
Cloreto de sódio – isotonicidade da solução. 
Soro fisiológico ou em água destilada– diluente. 
*Preservadores (ácido parabenico –preservador do anestésico) 
 (Bissulfito de sódio – preservador do vasoconstritor adrenérgico) 
*Antibacteriano (metil-parabeno) 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
8 
 
d) Anestesico e pH: 
 O anestésico ele pode ter carga ou não, dentro do tubete eu tenho a forma do AL com 
carga e sem carga, as duas em equilíbrio químico. (AL+ -> AL +H+). 
A forma com carga, ionizada (AL+) é hidrossolúvel e portanto não consegue passar pela 
membrana com facilidade. Já a parte sem carga, não ionizada, é lipossoluvel e consegue 
passar pela membrana composta por fosfolipídios. 
 O pH normal tecidual é em torno de 7,4, porém quando eu tenho áreas inflamadas o 
pH fica entre 5 e 6, mais ácido, ou seja, mais moléculas de H+ espalhadas pelo tecido e com 
isso o equilíbrio é deslocado para esquerda (AL+ -> AL + H+), aumentando a quantidade de 
AL+. Essa forma ionizada não consegue penetrar no tecido e com isso a anestesia vai demorar 
muito para fazer efeito. 
 De forma oposta, quando eu estou em um meio básico, com pH maior que 7, o 
equilíbrio químico se desloca para forma não ionizada e eu tenho uma maior difusão pela 
membrana neuronal. 
Obs: Difusão – através da bainha do nervo (substância não-ionizada – AL). Determina a 
velocidade do início da anestesia. 
 Ligação – com o sítio do receptor do canal de sódio (substância ionizada – AL+). 
Determina a duração do efeito da anestesia. 
e) Anestesico e pka: 
 Se eu falo que a Mepivacaína tem pKa 7,6, significa que em pH 7,6 a quantidade de 
AL+ é igual a de AL (50% de cada). Logo, se eu injetar a Mepivacaína em pH mais baixo que 
7,6, o equilíbrio vai ser deslocado para esquerda formando mais AL+ (forma ionizada), 
diminuindo a difusão. 
 Ou seja, quanto menor o pKa, menos ionizada a substância estará e mais rápido o 
início de ação (pois penetrará tudo de uma vez) e vice-versa. 
 
f) Diferentes Anestesico e ações: 
 
1. Lidocaína* (nome comercial: xylocaina) (sem vaso, 1:100.000 ou 1:200.000): 
- Lidocaína 2% - 
- Possuem um metabolismo hepático (sofre biotransformação) e excreção renal (10% 
inalterado) 
- Possui propriedade vasodilatadora menor que a Procaína, porém, maior que a Prilocaína e a 
Mepivacaína. 
- pKa 7,9 
- Possui um início de ação rápido (3 a 5 min) e possui uma longa duração (90 min). 
- Dose máxima 500mg 
- é indicado para gestante. 
 
Obs: CUIDADO COM EFEITO REBOTE: O sangramento para enquanto o vasopressor estiver 
fazendo efeito, após o término do seu efeito, vai voltar a sangrar, ou seja, esse não é um 
método adequado para se estancar sangramentos – utilizar sutura. 
2. Mepivacaína (nome comercial: Mepivacaína 2%com vaso ou 3%sem vaso): 
-Tem uma potência semelhante a Lidocaína, porém, pode ser menos toxica. 
-Seu metabolismo é feito pelo fígado e é excretado de 1 a 16% inalterado pela urina (excreção 
renal). 
- Possui uma vasodilatação bem discreta 
- Tem uma propriedade vasodilatadora discreta comparando com outras. 
-risco para gravidez é C mas pode ser utilizado em gestantes sem vaso. 
-OBS: *muito utilizado para anestesiar áreas inflamadas pois é o menor pKa (7,6) que temos. 
- indicado para pacientes que não podem usar vasoconstritor (já que tem menor efeito 
vasodilatador). 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
9 
 
3. Prilocaína (nome comercial: citocaina 3%): 
- Possui potência semelhante com a Lido e a Mepi e é 40% menos tóxica que a Lido (seus 
níveis plasmáticos caem mais rapidamente). 
- Seu metabolismo é feito no fígado, pulmão e plasma. 
-pKa 7,9 
-Dose máxima absoluta: 600 mg 
-* Gera metabolitos ativos: é hidrolisada diretamente por amidases, gerando Ortotoluidina e 
N-Propilalanina. A Ortotoluidina pode induzir a formação de metemoglobina, causando a 
metemoglobinemia (dificuldade das hemácias carrearem oxigênio, levando a dificuldade 
respiratória, cianose da mucosa bucal e unhas) 
Obs: se a Prilocaína for administrada em doses grandes, tem que ser tratada com doses de 
uma solução de azul de metileno a 1% (1 a 2 mg/kg) administrada intravenosamente por 5 
min. Também pode sofrer biotransformação no rim e no pulmão. 
-Sua excreção é renal e uma parte muito pequena apenas é excretada inalterada na urina, 
pois possui uma biotransformação eficiente. 
- * É indicado para pacientes que são sensíveis a adrenalina (com doença cardiovascular). 
-* Indicado para pacientes com problemas hepáticos pois não é metabolizado unicamente lá. 
-* É contraindicado para hemostasia, pois seu efeito principal é em veias e não em artérias. 
- É contraindicado para gestante pois a hemoglobina fetal tem uma menor capacidade de se 
ligar ao oxigênio. 
 
4. Articaína: 
-É mais potente e com maior difusão que a Lido e a Prilocaína e possui toxicidade semelhante 
de ambas. 
- Seu metabolismo é duplo, podendo ser no plasma e no fígado, sua excreção é renal (5 a 10% 
inalterado na urina). 
-pKa 7,8 
- Seu início de ação é rápida (1 a 2 min; já que é o mais lipossoluvel). 
- Dose máxima absoluta: 500 mg. 
-Também é indicado para pacientes com problema hepático já que é metabolizada no fígado. 
-contraindicado para crianças menores de 4 anos. 
Obs: contra indicada para pessoas com alergia comprovada ao enxofre (contém na molécula 
da Articaína). 
Obs: apresentação comercial mais concentrada para compensar a meia vida mais rápida. 
 
5. Bupivacaína: 
- Possui uma potência 4 vezes maior que da Lido, Mepi e Prilo e toxicidade 4 vezes maior 
também que a Lido e a Mepi. 
- Possui um metabolismo hepático e uma excreção renal. 
- pKa8,1 
- Possui uma alta vasodilatação, porém, menor que da Procaína. 
- Requer um tempo maior para seu início (6 a 10 min) e possui uma longa duração (2h e 40 
min até 5h) – ajuda para pacientes que não podem usar muita adrenalina, não diminuindo a 
eficácia no tempo de duração. 
- Dose máxima absoluta: 90 mg. 
- Indicações: Procedimentos muito demorados que precise de anestesia pulpar profunda; 
fazer controle da dor pós-operatória em pacientes com limiar baixo. 
- Contraindicação: cardiopatas (maior cadiotoxicidade entre os anestésicos, depressão 
cardiovascular em altas dosagens) e pacientes pediátricos pois devido a sua ação prolongada 
os pacientes podem se lesionar. 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
10 
 
- Calculo da Dose Máxima: 
Em relação a quantidade de tubetes a serem usados: 
Lidocaína 2% = 2 g para 100 ml, que é equivalente a 2000 mg para 100 ml = 20 mg/ml; sendo 
que 1 tubete contém 1,8 ml. 
 2000mg ------------------------100ml 
 x-------------------------------- 1,8 ml 
 x=36mg em 1 tubete 
 
 
Se a dose máxima absoluta é de 500 mg de Lidocaína por sessão, por regra de três, o limite 
máximo36 mg ----------------------- 1 tubete 
 500 mg --------------------– x tubetes 
 X = 13 tubetes 
 
 
- ANESTÉSICOS TIPO ÉSTER: 
a) Benzocaína: É um anestésico somente usado topicamente devido a ausência de sua cadeia 
hidrofílica, possuindo, portanto, pouca solubilidade na água e pequena absorção 
cardiovascular. Permanece no local de aplicação por mais tempo, permitindo a duração 
prolongada da ação. Podem haver reações alérgicas no local depois de um uso prolongado ou 
rotineiro. 
b) Procaína (não é mais usado): Possui uma potência baixa, e também uma baixa toxicidade 
devido ao seu metabolismo, que é rapidamente hidrolisado no plasma. Possui propriedade 
vasodilatadora grande se comparado aos outros AL, e isso não é bom por diminuir a 
durabilidade do anestésico. Possui um início lento (6 a 10 min) e duração muito baixa (0,1h). 
Não apresenta danos aos hepatopatas. 
Procaína 2% - quase não anestesia polpa/tecido mole (15 a 30 min). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
11 
 
 
VASOCONSTRITORES 
 
 Todos os anestésicos são vasodilatadores, logo, adiciona-se vasoconstritor a sua 
substância pois com isso irá diminuir a absorção do anestésico, prolongar a sua duração, 
diminuir a toxicidade e além disso, vai produzir a hemostasia que é o estancamento do sangue 
facilitando a visualização. 
 Os vasos constritores disponíveis no mercado são: 
 
 - adrenalina (ou epinefrina). 
 - noradrenalina (ou norepinefrina). 
 - levonordefrina (corbadrina). 
 
 - fenilefrina 
 
 
 - felipressina. 
 
 
Obs: 1) aminas simpatomiméticas são aminas que agem do mesmo jeito que a adrenalina 
produzida pela suprarrenal , atuando nos receptores alfa ou beta) 
2) A felipressina é um análogo sintético da vasopressina (produzida pelos rins). 
3) Além disso, a adrenalina, noradrenalina e levonordefrina são catecolaminas, pois possuem 
um anel catecóide na sua formulação. 
 
1) ADRENALINA 
- Vasoconstritor mais utilizado na odontologia. 
- Padrão ouro. 
- É derivada do nosso próprio hormônio e atua em receptores alfa1 (presentes em artérias, 
causando vasoconstrição), beta1 (presentes no coração, aumentando frequência cardíaca) e 
beta2 (presentes nos vasos sanguíneos que irrigam a musculatura esquelética, aumentando o 
fluxo sanguíneo dessa região); 
- atua um pouco mais sobre os receptores beta. 
 
!Obs: por isso quando fazemos injeção intravascular acidental o vasoconstritor pode atingir a 
circulação sistêmica e se ligar aos receptores beta1 do coração causando taquicardia. 
 
- Outras apresentações: 
Posso ter adrenalina (da mais concentrada para a menos) 1:50.000 > 1:100.000 > 
1:200.000. Porem a adrenalina mais concentrada pode causar uma isquemia e necrose no 
palato e/ou uma vasodilatação rebote (o sangramento para enquanto o vasopressor estiver 
fazendo efeito, após o término do seu efeito, ocorre uma vasodilatação grande que faz com 
que o local sangre). 
 
2) NORADRENALINA 
- Não apresenta vantagens em relação a adrenalina devido aos efeitos adversos. 
- Derivada do hormônio noradrenalina presente no nosso corpo. Ele age sobre os receptores 
alfa (90%) e muito pouco nos receptores beta (10%). 
 
!Obs.: a noradrenalina seria o vasoconstritor ideal uma vez que quando adicionamos o vaso 
queremos atingir apenas os receptores alfa e ela o atinge 90% das vezes. Porém, seu efeito é 
muito menos que o da adrenalina e teremos que injetar uma quantidade maior para ter o 
mesmo efeito. 
- A noradrenalina se liga muito fortemente aos receptores, gerando um risco de ter uma 
vasoconstrição muito prolongada e uma posterior vasodilatação rebote. Apresenta ainda 
riscos de arritmia pela estimulação das células do marca-passo pela estimula os receptores 
b1. Mas a adrenalina também apresenta esse risco. 
 
 
Aminas 
simpatomiméticas. 
Análogo da 
vasopressina 
Catacolamínico
s 
Não Catacolamínicos 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
12 
 
- Dose máxima: 
A dose máxima dela para pacientes ASA 1 ou ASA2 é de 0,34mg (aproximadamente 5 tubetes 
de 1:30.00) 
e para ASA 3 ou ASA 4 é de 0,14mg (aproximadamente 2 tubetes) 
 
3) LEVONORDEFRINA 
- Maior ação sobre os receptores α (75%) 
- Apenas 15% da ação da adrenalina e temos que anestesiar mais para termos o mesmo efeito. 
- Apresenta os mesmos problemas que a noradrenalina: tem que ser mais concentrada pra ter 
o efeito, se liga fortemente aos receptores α, vasodilatação rebote, pode produzir arritmia e 
não apresenta vantagens em relação a adrenalina. 
 
- Dose máxima: 
dose máxima é de 1mg/sessão, 20ml 1:20.000 
 
4) FENILLEFRINA 
- Ação quase que exclusiva em receptores α (95%). 
- Potencia de efeito sigficativamente menor do que do que a adrenalina (5%). Sua potência é 
tão baixa, que ela deve ser concentrada numa diluição de 1:2.500. 
- Tem efeito vasoconstrictor mais prolongado e efeitos adversos potencialmente mais 
duradouros (ligação muito forte com os receptores). 
 
- Dose máxima: 
dose máxima é de 4mg por sessão, 10ml 1:2500 
 
5) FELIPRESSINA 
- Análogo sintético do hormônio antidiurético (vasopressina). 
- Possui mecanismo de ação diferente da adrenalina, portanto não age nos receptores α e β 
cardíacos, mas sim sobre os receptores V1 da vasopressina, que tem maior ação em vênulas. 
- Está associado apenas a prilocaína. 
- É indicada para pacientes hipertensos, com cardiopatia isquêmica ou outras complicações, 
pois afeta em menor grau o sistema cardiovascular. Tem menor capacidade hemostática. 
-A felipressina não apresenta efeito na transmissão nervosa adrenérgica, portanto, pode ser 
administrada com segurança a pacientes com hipertireoidismo e àqueles que recebem 
inibidores da MAO ou antidepressivos tricíclicos. 
- Apresenta ações antidiuréticas e ocitócicas, as últimas contraindicando seu uso a pacientes 
grávidas. 
 
- Dose máxima: A dose máxima é de 0,27UI (9ml ou 5 tubetes de 0,03 UI/ml cada), 
para pacientes ASA 3 ou 4 (pacientes com insuficiência cardiovascular clinicamente 
significativa) 
(a diluição da felipressina é diferente, em unidades internacionais, não pode dizer 
que é %). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
13 
 
- Reações alérgica: 
Na maioria das vezes o sal anestésico em si não é capaz de causar alergia porém, o 
preservador do vasoconstritor adrenérgico e o antibacteriano que existem dentro do tubete 
anestésico são capazes de causar alergia. São eles: Bissulfito de sódio (preservador do 
vasoconstritor que previne que ele sofra oxidação e torne a anestesia mais acida causando 
maior dor) e metil-parabeno (antibacteriano) 
 
Obs: A felipressina não é um adrenérgico e por isso possui outro tipo de preservador que 
oferece menor risco de alergia que o Bissulfito de sódio. Usar Prilocaína com felipressina em 
pacientes alérgicos. 
- Efeitos adversos dos vasoconstrictores 
As reações adversas graves são muito raras. Porém esse efeito é mais pronunciado em 
pacientes hipertensos, cardiopatas, com distúrbios anormais (hipertiroidismo) ou quando 
acontece uma injeção intravascular, pois acontece um aumento brusco da pressão arterial, 
arritmias, e pode ocorrer até mesmo um AVE hemorrágico. Num paciente saudável e jovem, 
esses efeitos vão ser muito sutis, já em pacientes que têm pressão alta e estãonervosos com 
o procedimento, a pressão que está, por exemplo, em 15x10, pode subir pra 17x8, junto com 
a frequência cardíaca. 
Podemos concluir que a adrenalina endógena (secretada em situações de dor e estresse) é 
mais prejudicial que a que tem no anestésico, devemos então conversar com o paciente e 
acalma-lo e usar sim o anestésico com vaso pois nos ajudará (prolongando o efeito e gerando 
hemostasia). 
 
- Prevenção de acidentes 
 A injeção de anestésico deve ser lenta (aprox. P 1,5 minuto). Primeiro que há uma pressão 
hidrofílica, então ele distende os tecidos, ele é ligeiramente ácido e está abaixo da 
temperatura corporal. Tudo isso contribui para que o paciente sinta dor durante a injeção. 
- Calculo de dose máximas de adrenalina: 
Em paciente ASA 1 e 2 a dose máxima é 0,2mg/sessão; 
e em paciente ASA 3 e 4 a dose máxima é de 0,04mg/sessão. 
a) Adrenalina 1:100.000, significa que 1000 mg ------------- 100.000 ml 
 1000 mg ---------------- 100.000 ml 
 x ------------------ 1,8 ml 
 x= 0,018 mg 
 
 1 tubete ------------------- 0,018 mg 
 x --------------------------- 0,04 (dose máxima) 
 x= aprox.. 2 tubetes 
 
R: o paciente ASA 3 e 4 podem usar no máximo 2 tubetes; 
 
b) Quantos tubetes de adrenalina 1:200.000 podem ser administrados num paciente 
cardiopata? 
1:200.00, significada que 1.000 mg --------------- 200.000 ml 
1.000 mg --------------- 200.000 ml 
x -------------------------- 1,8 ml 
x= 0,009mg por tubo 
 
1 tubo ---------------- 0,009 mg 
 x --------------------- 0,04 (dose máxima para ASA 3 e 4) 
 x= 4 tubetes 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
14 
 
c) Quantos tubetes de adrenalina 1:50.000 podem ser administrados num paciente 
cardiopata? 
 
1000 mg --------------------- 50.000 ml 
x---------------------------- 1,8 ml 
x= 0,036 em 1 tubo 
 
logo, só pode ser usado um tubete já que a dose máxima é 0,04. 
 
 
- OBSERVAÇOES 
* Caso eu já tenha usado os 4 tubetes que eu podeira num paciente ASA3 ou ASA4 e 
precisasse de mais anestésico, qual eu poderia usar? 
Prilocaína + felipressina. 
*Qual o anestésico indicado pra pacientes hipertensos? 
Lidocaína com adrenalina 1:100.000 e 1:200.000, prilocaína com felipressina e mepivacaína 
sem vaso. Em cirurgia vai ser priorizado o uso de anestésico com vaso. O que pode ser feito 
também é anestesiar com lidocaína e prilocaína, anestesiar com um pouco do tubete 
lidocaína+adrenalina os tecidos moles, que ai eu tenho a vasoconstricção da adrenalina e o 
volume maior da injeção troncular com a prilocaína. Ou seja, eu anestesio o nervo com 
prilocaína+feli, que possui uma baixa vasoconstricção e não vai interferir na PA do meu 
paciente, e faço uma pequena injeção de lidocaína+adrenalina no tecido mole pra diminuito o 
sangramento. Pode-se misturar mais de um anestésico nesses pacientes, desde que justifique 
você se valer das propriedades de cada um deles 
*Contraindicação absoluta de adrenalina (ASA3 e ASA4) 
Não vamos utilizar adrenalina em pacientes: hipertensos não controlados (PA>16x10), 
pacientes com menos de seis meses de pós infarto ou ponte em artéria coronária/stent, 
angina pectoris instável, arritmias cardíacas graves, ICC não controlada, hipertiroidismo não 
controlado, freocromocitoma (tumor de glândula surpra-renal), história de alergia a sulfitos 
(indicado felipressina), pacientes sob efeito de drogas ilícitas (têm aumentada a 
disponibilidade de dopamina e adrenalina na fenda sináptica, o uso de vaso pode causar 
distúrbios cardiovasculares)e pacientes sob efeito do uso da MAO (antidepressivo). Pra esses 
pacientes, recomenda-se o uso de prilocaína 3% com felipressina ou mepivacaína 3% sem vaso 
(ação anestésica muito reduzida, sem indicação para cirurgia). 
 
* Quantos tubetes utilizar ? 
 Na lidocaína, a dose máxima contabilizada no primeiro cálculo, baseada no sal anestésico, foi 
de 13 tubetes e no segundo cálculo, baseado no vasoconstrictor, foi de 11. Então quantos 
tubetes eu vou utilizar no máximo no meu paciente? 11, pois o fator limitante do 
vasoconstrictor é mais importante, principalmente de pacientes cardiopatas. 
*PROVA: 
a) Para lido com adrenalina de 1:100.000: 11 tubetes em um individuo normal 
 2 tubetes em um indivíduo asa 3 ou 4. 
b) Para lido com adrenalina de 1:200.000: 22 tubetes em um individuo normal 
 4 tubetes em um individuo asa 3 ou 4 
c) Para prilocaina com felipressina 0,03ml/UI: 9 tubetes em indivíduos asa 3 ou 4 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
15 
 
 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA 
“O local de infiltração da droga em relação a área de intervenção determina o tipo de injeção 
administrada”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- TÉCNICA BÁSICA DE INJEÇÃO: 
Pra uma anestesia atraumática são seguidos os seguintes passos: 
1. Secar com uma gaze e fazer a antissepsia da mucosa na área de puntura da agulha. 
2. Observar clinicamente, mediante palpação, os pontos de reparo anatômicos. 
3. Fazer uso de anestésico tópico (pode ser aplicado com cotonete esterilizado ou gaze 
estéril). 
4. Tencionar a mucosa na região da puntura, para que a agulha não desvie da mucosa e a 
penetração 
seja a mais indolor possível. 
5. Durante a realização de diversas técnicas anestésicas locais maxilares e mandibulares, 
torna-se necessária a palpação digital de pontos de reparo para a introdução da agulha. 
6. É fundamental que após a identificação desses pontos de reparo, o cirurgião-dentista 
utilize afastadores cirúrgicos do tipo Minnesota para retrair os tecidos e facilitar a penetração 
da agulha evitando dessa forma acidentes perfuro-cortantes com o profissional durante a 
injeção anestésica. 
7. Empunhadura adequada da seringa. 
8. Posição ergonômica adequada do operador. 
9. A penetração nos tecidos e a retirada da agulha deverão ser feitas em uma única direção, 
de forma a não desenvolver pressões de lateralidade. Se for necessário, a injeção em mais de 
uma direção, devemos retornar a agulha em sua posição inicial e então introduzi-la 
novamente em sua nova direção. 
10. O bisel da agulha deverá estar voltado para o tecido ósseo. 
11. A injeção da solução anestésica deverá ser lenta, utilizando-se seringa anestésica que 
permita a realização de aspiração ou refluxo (não injetar dentro de vasos). 
12. Durante toda a injeção o cirurgião-dentista deve manter-se atento a qualquer possível 
reação do paciente, interrompendo de imediato a anestesia e estipulando, se necessário, 
tratamento imediato das alterações. 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
16 
 
 
 
- 3 TIPOS PRINCIPAIS DE INJEÇÃO DE ANESTÉSICOS: 
a) infiltração local: anestésico é aplicado somente no local que iremos atuar, atingindo 
somente as pequenas terminações nervosas da área de tratamento. 
ex: anestésico no opérculo do 3 molar inferior somente, para retira-lo. 
 Anestésico na papila interproximal para fazer alisamento radicular. 
 
 
 
 
 
b) bloqueio de campo: o anestésico local é infiltrado próximo a ramos nervosos terminais 
maiores, sendo anestesiado uma área que estiver aoredor, um pouco distante do local de 
injeção. 
ex: aplicar anestésico no ápice da raiz do canino para tratar uma cárie na coroa do dente. 
 
 
 
 
 
c) bloqueio de nervo: o anestésico local é depositado próximo a um tronco nervoso principal, 
e anestesia todos os seus nervos, para atuação geralmente distante do local de injeção. 
ex: bloqueio do nervo alveolar inferior que anestesia todos os dentes de uma hemiarcada. 
 
 
 
 
 
OBS.: Para um bloqueio de campo na região da mandíbula devemos entrar com a agulha 
paralelo ao longo eixo do dente, já na maxila, devido a inclinação da mesma devemos inclinar 
em 15 graus a agulha para alcançar o ápice da raiz, e com o bisel sempre voltado para o osso 
porque então o anestésico será liberado próximo do osso e se difundir até o nervo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
17 
 
 
- TÉCNICAS DE INJEÇÃO MAXILAR: 
1) SUPRAPERIÓSTEA (bloqueio de campo): Infiltrar sempre em direção ao ápice, lembrando 
que o bisel da agulha [curta] sempre voltado para o osso. Com isso, a solução anestésica é 
depositada próximo ao periósteo e o osso, infiltrando-se por difusão através das foraminas aí 
existentes. 
Para não errar, palpar o ápice e infiltrar a agulha na sua direção, quando a agulha tocar no 
osso devemos recuar um pouco e injetar 1/3 do tubete. 
 
a) área de introdução (deposito o AL): prega mucobucal da região apical do dente a ser 
anestesiado. 
 
b) Nervos anestesiados (área alvo): Grandes ramos terminais do plexo dentário (todos os 
nervos que estão no ápice da raiz e se difunde na maxila). 
 
c) Área anestesiada: Toda área inervada pelos grandes ramos terminais deste plexo; polpa, 
área de raiz do dente, periósteo bucal, mucosa e tecido conjuntivo da região anestesiada. 
 
d) Pontos de reparo (área de introdução): inserir na prega mucobucal acima do ápice do 
dente a ser anestesiado, por isso, observar a coroa do dente e contorno da raiz do dente 
também. 
 
e) Indicações: Indica-se este tipo de anestesia para anestesiar a polpa dos dentes maxilares, 
nos casos de trabalhos de pequena duração e em áreas pequenas (um ou dois dentes e/ou 
região pequena de tecidos moles). 
OBS: Nas regiões maxilares (osso mais poroso) existem foraminas que facilitam a absorção da 
solução anestésica. 
 
f) Contraindicações: Infecção e inflamação aguda na área da injeção, osso denso na região de 
ápice do dente (1º molar permanente em crianças – zigomático; incisivo – osso do nariz). 
 
g) Vantagens: Alta taxa de sucesso, injeção tecnicamente fácil, totalmente atraumática. 
 
h) Desvantagens: Não é recomendada para grandes áreas devido a necessidade de múltiplas 
injeções – causa dor no paciente e administração de volumes maiores de anestésico pode 
causar maiores problemas sistêmicos ou locais. Além disso, não podem ser empregadas nos 
dentes inferiores devido a compacta cortical óssea ser muito espessa e, portanto, a 
difusibilidade do anestésico prejudicada. 
 
OBS: existe uma técnica subperiostea que seria a injeção entre o periósteo e o osso, 
desempenhando a mesma função. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUPRA PERIOSTEA 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
18 
 
 
 
 
2) INTRA LIGAMENTAR (podendo ser realizada na maxila ou mandíbula) : 
 
a) área de introdução: espaço do ligamento 
periodontal 
 
c) Área anestesiada: polpa, ligamento periodontal e 
osso alveolar da região anestesiada. 
 
d) ponto de reparo: agulha entra no sulco gengival 
paralelamente ao osso atingindo o ligamento 
periodontal, continuar com a agulha CURTA mesmo 
sentindo resistencia. 
 
e) indicações: exodontia em dentes com raízes 
curtas, dentes com motilidade, paciente hemofílicos 
com complementação. 
 
g)complicações: pode haver extrusão de dentes, causada pela aplicação de pressão excessiva 
e, principalmente, grandes quantidades exageradas de solução anestésica. 
 
 
 
3) INTRASEPTAL (variação da técnica intraóssea, 
recomendada para técnicas cirúrgicas periodontais) : 
 
a) área de introdução: perfurar a papila interdental 
até atingir a crista óssea 
 
c) Área anestesiada: estruturas do dente (polpa, 
ligamento e osso) a ser anestesiado 
 
d) ponto de reparo: papila Interdentária 
 
e) indicações: técnicas cirúrgicas periodontais. 
 
 
 
 
 
 
4) INTRA ÓSSEA (+usada na mandíbula): fazer um túnel com a broca para injetar anestesia 
diretamente no ápice da raiz, precisa de uma anestesia previa. 
 
a) área de introdução: trabécula ósseo (diretamente no osso) 
 
c) Área anestesiada: osso do dente a ser 
anestesiado 
 
d) ponto de reparo: osso 
 
e) indicações: tratamento de dentes isolados que 
mesmo após ter sido dada a anestesia o dente 
não foi anestesiado podendo haver ali uma 
alteração anatômica. 
 
g)complicações: possibilidade de quebra da 
agulha e que causa geralmente um desconforto 
SUB PERIOSTEA 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
19 
 
pós-anestésico. 
 
5) TÉCNICA DA TUBEROSIDADE BAIXA (BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR 
POSTERIOR): . Com o paciente de boca semi aberta e a mandíbula deslocada para o lado da 
anestesia, palpar a crista maxilo malar – acima do 2º molar e introduzir a agulha curta com o 
bisel pro osso pela prega mucobucal (1/2 – para cima, para dentro e para trás em ângulos de 
45 graus) e injeta 1 tubete do anestésico. 
 
a) área de introdução: prega mucobucal na região da tuberosidade da maxila (região 
posterior, superior e medial á borda posterior da maxila. São bloqueados na fossa 
infratemporal. 
 
b) Nervos anestesiados (área alvo): nervo alveolar superior posterior e seus ramos 
 
c) Área anestesiada: polpa dos molares (exceto a raiz mesio vestibular do primeiro molar*), 
osso alveolar e gengiva vestibular; 
 
d) Pontos de reparo: prega mucobucal, tuberosidade maxilar. 
 
e) Indicações: para tratamentos de 2 ou mais molares superiores, quando a supraperiosteal 
está contraindicada (presença de inflamação) ou foi ineficaz. 
 
f) Contraindicações: pacientes hemofílicos, já que o risco de hemorragia é grande. 
 
g) Vantagens: atraumática quando aplicada corretamente e minimiza o volume de solução e 
de injeção. 
 
h) Desvantagens: Hematoma (introdução da agulha no plexo venoso pterigóideo ou 
perfuração da artéria maxilar – a hemorragia só parará quando a pressão do sangue 
extravascular for maior ou igual ao intravascular, não há área acessível para comprimir e 
interromper o sangramento). 
Pode ser que ocorra uma anestesia da divisão maxilar (ficando língua e lábio inferior também 
anestesiados) devido à proximidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
20 
 
 
6) BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO (bloqueio de campo): presente 
apenas em uma pequena parcela da população reduzindo a utilização clinica desta 
técnica. Usa-se agulha curta tb. 
 
a) área de introdução: prega mucobucal acima do ápice do segundo pré superior. 
 
b) área alvo: osso maxilar acima do ápice do segundo pré molar superior. 
b) Nervos anestesiados: alveolar superior medio e seus ramos terminais. 
 
c) Área anestesiada: polpa, osso alveolar e ligamento periodontal dos pré-molares superiores 
e raiz mesio vestibular do primeiro molar. 
d)Pontos de reparo: prega mucobucal na região do 2 pré superior. 
 
e) Indicações: quando o bloqueio do nervo infraorbitário não produz inervação distal do 
canino, significa que pode haver uma variação anatômica e o médio está inervando também o 
canino, ai temos que anestesia-lo também. E, além disso, quando temos procedimentos 
envolvendo pré-molares. 
Obs: Quando o ASM está ausente a inervação é feita pelo ASA, mas a técnica utilizada 
pode ser a mesma. 
g) Vantagens: minimiza o número de injeções e o volume. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
21 
 
 
 
7) BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR OU BLOQUEIO DO 
INFRAORBITARIO): Palpar com o dedo indicador a região do forame infraorbitário (abaixo da 
incisura infra-orbital) e com o polegar afastar o lábio/mucosa e infiltrar por região de pré 
molar, na direção do osso (bisel voltado para ele) até que toque suavemente a borda superior 
do forame infraorbitário. Utilizar AGULHA LONGA (metade) e injetar 2/3 do tubete. 
 
a) área de introdução: prega mucobucal do primeiro pré superior. 
 
b) área alvo: forame infra orbitário 
 
b) Nervos anestesiados: ramos terminais do nervo infra orbital, alveolar superior anterior e 
médio (quando presente). 
 
c) Área anestesiada: polpa, ligamento periodontal, osso alveolar e mucosa vestibular dos 
dentes da região anterior (de incisivo a canino) e em algumas pessoas também dos pré 
molares e raiz mesio vestibular do primeiro molar. E ainda os ramos terminais do 
infraorbitário (pálpebra inferior, asa do nariz e região paranasal e lábio superior). 
d) Pontos de reparo: prega mucobucal sobre o 1 pré, incisura e forame infraorbitário. 
 
e) Indicações: Procedimento envolvendo mais de dois dentes e seus tecidos bucais 
adjacentes, inflamação ou infecção que contra indique injeção Supraperióstea, quando não 
for eficaz a Supraperióstea devido ao osso cortical denso. 
f) contra indicações: Áreas de tratamento discretas – apenas um ou dois dentes (neste caso 
utilizamos a supraperióstea), hemostasia de áreas localizadas, quando desejável, não pode 
ser adequadamente atingida com esse tipo de injeção, indica-se a infiltração local. 
 
g) Vantagens: Técnica simples e segura – minimiza o número de perfurações e o volume de 
solução utilizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Existe uma abordagem palatina para o bloqueio do nervo alveolar superior 
anterior que é muito parecido com o nasopalatino, mas se diferencia pelo local final 
da agulha dentro do canal incisivo. Produz anestesia do nervo nasopalatino e de 
ramos do ASA, anestesiando dentes de canino a canino e mucosa vestibular e palatina 
desta região. É indicado para procedimentos odontológicos que envolvem os dentes 
e tecidos moles anterior nos dois lados. 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
22 
 
8) NASOPALATINO: É a técnica anestésica do palato mais dolorida e traumática para o 
paciente, sendo de suma importância que o dentista siga o protocolo de injeção atraumática 
o mais rigoroso possível. A metade da agulha curta (bisel voltado para o osso) será introduzida 
lateralmente (ângulo de 45 graus) em direção a papila incisiva – linha média atrás dos 
incisivos centrais, onde localiza-se o forame incisivo até que toque suavemente o osso 
palatino, devendo retirar a agulha 1 mm e infiltrar ¼ do tubete 
 
a) área de introdução: mucosa palatina (linha media atrás dos incisivos) 
 
b) área alvo: forame incisivo 
 
b) Nervos anestesiados: nervo nasopalatino 
 
c) Área anestesiada: mucosa da região anterior palatina de canino a canino (BILATERAL) 
 
d) ponto de reparo: forame incisivo, papila incisiva (linha media atrás dos incisivos centrais 
superiores) 
 
e) indicações: Quando necessária anestesia dos tecidos moles palatinos (restauração 
subgengival, inserção de matriz subgengival), analgesia durante procedimentos periodontais 
ou cirúrgicos envolvendo tecido mole e duro palatino. 
 
f) contraindicações: Necrose e isquemia dos tecidos moles – vasoconstrictor concentrado, 
hematoma – raro devido a firme aderência ao osso e sua densidade. 
OBS: não pode injetar diretamente na papila, injetar na lateral até o osso. 
OBS: região muito aderida ao osso, aumenta resistencia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
23 
 
9) PALATINO MAIOR: achar o forame usando o cotonete fazer pressao causando uma isquemia 
no local, aplicar o anestésico (toca no osso e recua para depositar o anestésico). 
 
a) área de introdução: tecidos moles levemente anteriores ao forame palatino maior 
 
b) área alvo: nervo palatino maior. 
 
b) Nervos anestesiados (área-alvo): nervo palatino maior e seus ramos 
 
c) Área anestesiada: parte posterior do palato duro, tecidos moles subjacentes, osso 
alveolar, polpa dentaria e gengiva palatina do 3 molar até a distal do canino; 
 
d) ponto de reparo: forame palatino maior próximo as raízes do 2 e 3 molar superior, 1 
centímetro para a linha media. 
 
e) indicações: em casos em que a anestesia da mucosa do palato é necessária. 
 
f) contra indicações: não pode usar noradrenalina nessa região, causa uma necrose do tecido 
porque é muito concentrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
24 
 
10) NERVO MAXILAR (TUBEROSIDADE ALTA): É a partir deste que saem todos os outros 
ramos, ele anestesia todos os outros nervos. É a mesma técnica da tuberosidade baixa, 
porém, ao invés de entrar com 2/3 da agulha, entra com ela toda. Há uma outra técnica para 
anestesiar o nervo maxilar – TÉCNICA DE CARREA, que utiliza o forame palatino maior para 
alcançar a fossa pterigopalatina. 
 
a) área alvo: prega mucobucal na face distal do segundo molar superior (na tuberosidade da 
maxila) , irá injetar diretamente na fossa pterigopalatina. 
Obs: área superior e medial á área alvo do bloqueio do ASP. 
 
b) Nervos anestesiados: todo o maxilar e suas ramificações (ASA, ASM, ASP, infraorbitário, 
palatino maior e nasopalatino. 
 
c) Área anestesiada: todas as áreas de uma hemiarcada da maxila 
 
d) ponto de reparo: prega muco bucal, tuberosidade da maxila e processo zigomático. E 
forame palatino maior (na técnica de carrea). 
 
e) indicações: para várias extrações, área de atuação grande. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
25 
 
11) TÉCNICA DO PALATO OU INFILTRAÇÃO LOCAL DO PALATO OU COMPLEMENTAÇÃO 
PALATINA: É a que mais dói, por isso deve-se injetar anestésico devagar É infiltrativa para 
palato, onde a agulha curta é introduzida (bisel voltado para o osso) em ângulo de 45 graus na 
gengiva inserida e aproximadamente de 5 a 10 mm da gengiva livre (entra no sulco gengival e 
perde o anestésico), até tocar suavemente o osso. Infiltrar ¼ do tubete (ao longo da 
perfuração). 
 
a) área alvo: gengiva inserida do palato de 5 a 10 
mm da margem gengival livre. 
 
b) Nervos anestesiados: ramos terminais dos 
nervos nasopalatino e palatino maior 
 
c) Área anestesiada: Região infiltrada,muco 
periósteo palatino 
 
d) ponto de reparo: tecido gengival no centro 
estimado da área de tratamento. 
 
e) indicações: principalmente obter hemostasia 
durante procedimentos cirúrgicos e controle da 
dor palato gengival. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
26 
 
 
TÉCNICA ANESTÉSICA DA MANDÍBULA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tendo em vista que, em um adulto, a cortical do osso mandibular é bem mais espessa 
se comparada à maxila, a difusão dos anestésicos locais se torna mais complicada, gerando 
assim uma dificuldade maior para obter sucessos de insensibilização das estruturas inervadas 
por seus nervos. 
 
 Por ter essa dificuldade na obtenção do sucesso da anestesia utilizando a técnica 
convencional (de Halsted), no Nervo Alveolar Inferior, se fez necessário a criação de novos 
métodos para tentar alcançá-lo, sendo elas o bloqueio do nervo mandibular de Gow Gates, o 
bloqueio do nervo mandibular com a boca fechada de Akinosi-Vazirani, injeção do ligamento 
periodontal (LPD, intraligamentar), a anestesia intraóssea, e, mais recentemente, anestésicos 
locais tamponados. Embora todas elas tenham algumas vantagens em relação à abordagem 
tradicional, nenhuma delas é desprovida de falhas e contraindicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
27 
 
1) BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR 
 Essa técnica é a segunda mais utilizada, e provavelmente a mais importante em 
odontologia, porém ela, infelizmente, também se mostra a mais frustrante, por conta do alto 
índice de erros em sua execução. Ela é utilizada bastante para insensibilizar um quadrante 
inteiro, contanto apenas com a necessidade de anestesiar, separadamente, o nervo bucal, 
quando formos trabalhar na mucosa vestibular dos molares. Há também, em raras ocasiões. A 
necessidade de se utilizar uma infiltração supraperiosteal na região dos incisivos, para corrigir 
a anestesia parcial causada pela superposição das fibras sensoriais do lado contralateral. 
 Avançar a agulha devagar até poder sentir que ela encontra uma resistência óssea, 
com isso, retire 1-2 mm aproximadamente realize a aspiração! Caso ela seja negativa, 
deposite o anestésico de forma calma e vagarosa, para não gerar dor ao paciente; 
 
a) área de introdução membrana mucosa do lado medial (lingual) do ramo da mandíbula; 
 
b) Nervos anestesiados (área alvo): NAI antes de entrar no forame mandibular e anestesia 
também o incisivo, mentual e o lingual. 
 
c) Área anestesiada: Procedimentos em múltiplos dentes mandibulares num quadrante, casos 
em que é necessária a anestesia dos tecidos moles bucais, casos em que é necessária a 
anestesia dos tecidos moles linguais. 
 
d) Pontos de reparo: Incisura coronoide (concavidade maior na borda anterior do ramo da 
mandíbula), rafe pterigomandibular (parte vertical) e o plano oclusal dos dentes 
mandibulares posteriores; 
 
e) Indicações: Procedimentos em múltiplos dentes mandibulares num quadrante, casos em 
que é necessária a anestesia dos tecidos moles bucais e casos em que é necessária a anestesia 
dos tecidos moles linguais. 
 
f) Contraindicações: crianças porque tem uma grande probabilidade de morder os lábios ou 
língua 
 
g) Vantagens: uma injeção proporciona a anestesia de quase um quadrante completo. 
 
h) Desvantagens: anestesia da língua e lábio inferior podendo causar injurias. 
 Importante!!!: A carpule precisa vir do 2° pré-molar|1° molar inferior oposto ao lado de 
trabalho, para conseguir uma angulação correta, como na imagem acima; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
28 
 
2) BLOQUEIO DO NERVO BUCAL: 
 O nervo bucal proporciona inervação sensorial aos tecidos moles bucais adjacentes 
tão somente aos molares mandibulares. A única indicação da administração de um bloqueio 
do nervo bucal, portanto, é nos casos em que se considera a manipulação desses tecidos (p. 
ex., em raspagens ou curetagens, na colocação de um dispositivo compressivo em dique de 
borracha sobre os tecidos moles, na remoção de cáries subgengivais, na preparação 
subgengival do dente, na colocação de um cordão para retração gengival ou na colocação de 
faixas matriz). 
 
a) área de introdução: membrana mucosa distal e bucal em relação ao dente molar mais 
distal no arco; 
 
b) Nervos anestesiados (área alvo): nervo bucal ao passar pela borda anterior do ramo da 
mandíbula. 
 
c) Área anestesiada: Tecidos moles e periósteo bucal dos dentes molares mandibulares. 
 
d) Pontos de reparo: molares mandibulares, prega mucobucal 
 
e) Indicações: Casos em que a anestesia dos tecidos moles bucais é necessária para 
procedimentos dentários na região molar mandibular. 
 
g) Vantagens: tecnicamente fácil 
 
h) Desvantagens: potencial dor se a agulha entrar em contato com o periósteo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
29 
 
3) BLOQUEIO DO NERVO MANDIBULAR: A TÉCNICA DE GOW GATES 
 A técnica Gow-Gates é um verdadeiro bloqueio nervoso mandibular, por proporcionar 
anestesia sensorial em praticamente toda a distribuição de V3: O nervo alveolar inferior, o 
lingual, o milo-hióideo, o mentual, o incisivo, o auriculotemporal e o bucal. 
 Introduzir a agulha delicadamente nos tecidos no local de injeção, imediatamente 
distal ao segundo molar maxilar, e alinhar a agulha com o plano que se estende do meio do 
tragos até a comissura labial. 
 Dirigir a seringa à área-alvo no trago, até fazer contato com o osso. Uma vez que 
houver o contato com o osso, remover a agulha 1mm e depositar 1,8ml de anestésico em 60-
90segundos. 
a) área de introdução: membrana mucosa na parte mesial do ramo da mandíbula, numa linha 
da incisura intertrágica até o canto da boca, imediatamente distal ao segundo molar maxilar; 
 área alvo: aspecto lateral do colo condilar, abaixo da inserção do musculo pterigoideo 
lateral. 
 
b) Nervos anestesiados: Alveolar inferior, mentual, incisivo, lingual, milo-hióideo, 
auriculotemporal e o bucal (em 75% dos pacientes). 
 
c) Área anestesiada: Dentes mandibulares até a linha média, mucoperiósteo e membranas 
mucosas bucais do lado da injeção; Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade 
oral, tecidos moles e periósteo da língua; Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da 
mandíbula, pele sobre o zigoma, parte posterior da bochecha e regiões temporais. 
 
d) Pontos de reparo: 
Extraorais: Borda inferior do trago (incisura intertrágica) e canto da boca. 
Intraorais: Altura da injeção estabelecida pela colocação da ponta da agulha logo abaixo da 
cúspide mesiolingual do segundo molar maxilar, penetração dos tecidos moles num ponto 
imediatamente distal ao segundo molar maxilar como a altura estabelecida na etapa 
precedente. 
 
e) Indicações: Múltiplos procedimentos nos dentes mandibulares, casos em que é necessária a 
anestesia dos tecidos moles bucais, do terceiro molar até a linha média; Casos em que é 
necessária a anestesia dos tecidos moles linguais; Casos em que um bloqueio do nervo 
alveolar inferior convencional não é bem-sucedido.f) Contraindicações: pacientes que não consigam abrir tanto a boca. 
 
g) Vantagens: maior frequência de êxito em relação ao NAI, incidência mais baixa de 
aspiração positiva e a ausência de problemas de inervação sensorial acessória aos dentes 
mandibulares 
 
h) Desvantagens: se restringem à curva de aprendizado do operador até que ele adquira 
experiência com essa ‘nova’ técnica. 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
30 
 
4) BLOQUEIO MANDIBULAR DE BOCA FECHADA DE VAZIRANI-AKINOSI: 
 Embora essa técnica possa ser usada sempre que seja desejada a anestesia 
mandibular, sua principal indicação continua a ser naquelas situações em que a abertura 
mandibular limitada impede o uso de outras técnicas de injeção mandibular. 
 Com a boca fechada, distender a bochecha do paciente e inserir o corpo da seringa 
paralelo ao plano oclusal maxilar, acima dos molares maxilares. Dirigir a agulha 
posteriormente e um pouco lateralmente, de modo que ela avance numa tangente ao 
processo alveolar maxilar posterior e paralela ao plano oclusal maxilar; 
 Após a injeção, fazer o paciente retornar a uma posição ereta ou semiereta. A 
paralisia dos nervos motores ocorre tão ou mais rapi damente que a anestesia sensorial. O 
paciente com trismo começa a perceber maior capacidade de abrir a mandíbula logo após o 
depósito do anestésico; 
 
a) área de introdução tecidos moles sobrejacentes à borda medial (lingual) do ramo 
mandibular diretamente adjacente à tuberosidade maxilar, na parte alta de junção 
mucogengival circunvizinha ao terceiro molar maxilar; 
 área alvo: tecido mole na borda medial do ramo mandibular na região do nervo alveolar 
inferior, lingual e milo-hioideo. 
 
b) Nervos anestesiados (área alvo): 
Alveolar inferior, incisivo, mentual, lingual 
e milo-hióideo 
 
c) Área anestesiada: Dentes mandibulares 
até a linha média, corpo da mandíbula e 
parte inferior do ramo mandibular, 
mucoperiósteo e membrana mucosa bucais 
anteriores ao forame mentual, dois terços 
anteriores da língua e assoalho da 
cavidade oral (nervo lingual), além dos 
tecidos moles e periósteo linguais (nervo 
lingual). 
 
d) Pontos de reparo: Junção mucogengival do terceiro (ou do segundo) molar maxilar, 
tuberosidade maxilar e incisura coronoide no ramo da mandíbula. 
 
e) Indicações: Abertura mandibular limitada, múltiplos procedimentos em dentes 
mandibulares, incapacidade de se visualizar marcos (pontos de referências) para o BNAI (p. 
ex., devido a uma língua grande). 
 
g) Vantagens: proporciona uma anestesia eficaz na presença de um nervo alveolar bífido. 
OBS: Caso a paralisia nervosa motora esteja presente, mas a anestesia sensorial não seja 
adequada para permitir o início do procedimento dentário, administrar um novo bloqueio de 
Vazirani-Akinosi ou, como o paciente agora consegue abrir a boca, efetuar um bloqueio 
nervoso alveolar inferior, de Gow-Gates ou incisivo padrão ou uma injeção LPD ou intraóssea. 
OBS: só não pego o bucal porque ele se ramifica antes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
31 
 
5) BLOQUEIO DO NERVO MENTUAL: 
 Em muitos procedimentos dentários há pouquíssima indicação para o uso do bloqueio 
do nervo mentual. De fato, das técnicas descritas nesta seção o bloqueio do nervo mentual é 
a empregada em menor frequência. O paciente deve estar em decúbito dorsal. 
 Com seu dedo indicador esquerdo, puxar lateralmente o lábio inferior e os tecidos 
moles bucais. (1) A visibilidade melhora. (2) Tecidos bem esticados permitem uma penetração 
atraumática. Avançar a agulha bem devagar até chegar ao forame. 
A profundidade de penetração é de 5 a 6 mm! Para o bloqueio do nervo mentual ser bem-
sucedido, não há nenhuma necessidade de entrar no forame mentual ou de fazer contato com 
o osso; 
 
 a) área de introdução: prega mucobucal no forame mentual ou imediatamente anterior ao 
mesmo; 
 
b) Nervos anestesiados (área alvo): Mentual, na saída do forame, um ramo terminal do 
alveolar inferior. 
 
c) Área anestesiada: Membrana mucosa bucal, anteriormente ao forame mentual (em torno 
do segundo pré-molar) até a linha média e a pele do lábio inferior e do queixo. 
 
d) Pontos de reparo: pré-molares mandibulares e prega mucobucal; 
 
e) Indicações: Casos em que a anestesia dos tecidos moles bucais é necessária para 
procedimentos na mandíbula anteriormente ao forame mentual, como os seguintes: 1. 
Biópsias dos tecidos moles 2. Sutura de tecidos moles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
32 
 
6) BLOQUEIO DO NERVO INCISIVO: 
 Localizar o forame mentual, com seu dedo indicador esquerdo, puxar lateralmente o 
lábio inferior e os tecidos moles bucais. Pois a visibilidade melhora e os tecidos bem esticados 
permitem uma penetração atraumática; 
 Penetrar a membrana mucosa no canino ou no primeiro pré-molar, dirigindo a agulha 
ao forame mentual; Avançar a agulha bem devagar até chegar ao forame mentual, não 
precisa penetrar, se colocar próximo ele se difunde. 
 
a) área de introdução: prega mucobucal no forame mentual ou imediatamente anterior a 
ele; 
 área alvo: forame mentual 
 
b) Nervos anestesiados: Mentual e incisivo. 
 
c) Área anestesiada: Membrana mucosa vestibular do segundo pré-molar até a linha média, 
lábio inferior e pele do queixo, além de fibras nervosas pulpares de pré-molares, canino e 
incisivos. 
 
d) Pontos de reparo: pré-molares mandibulares e prega mucobucal; 
 
e) Indicações: Procedimentos dentários envolvendo a anestesia pulpar em dentes 
mandibulares anteriores ao forame mentual; Casos em que o BNAI não está indicado: Quando 
são tratados seis, oito ou 10 dentes anteriores (p. ex., de canino a canino ou de pré-molar a 
pré-molar), o bloqueio do nervo incisivo é recomendado em lugar de BNAI bilaterais. 
 
h) Desvantagens: não proporciona anestesia lingual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
34 
 
CADEIA ASSÉPTICA EM CIRURGIA ORAL 
 
 Durante uma cirurgia, nós iremos expor o meio interno, por isso deveremos ter o 
maior cuidado com a biossegurança. 
 Biossegurança é o conjunto de normas e ações voltadas para prevenção, minimização 
ou eliminação de riscos de contaminação envolvidas com todas as atividades que nós temos 
(pesquisa, produção, ensino), visando a nossa saúde e a do paciente. Durante um 
procedimento podemos contrair diversos tipos de doenças como: Hepatite B, C, A, HIV, etc... 
sendo C (tem vacina) e B (não tem vacina) as mais prováveis. 
 Na cadeia asséptica eu tenho o preparo do equipamento cirúrgico, do instrumental, 
preparo da equipe (que é constituída pelo operador ou cirurgião, segundo cirurgião ou auxiliar 
e instrumentador se tiver)e o preparo do paciente. 
 
 A limpeza do ambiente pode-se dividir por preparatório, operatório decorrente e 
terminal. 
a) limpeza preparatória: acontece até 10 minutos antes do procedimento, fazendo a fricção 
das superfícies com álcool 70 e gaze. 
b) Limpeza operatória: acontece durante o procedimento cirúrgico, quando uma gaze suja 
de sangue cai no chão, por exemplo, ai eu tenho que: 
1º - primeiramente devemos cobrir o local com papel toalha e uma solução desinfetante 
(hipoclorito de sódio 1%) por 30min 
2º - removo o resíduo, coloco o desinfetante na área afetada, deixo mais 10 min. 
3º - termino de limpar e secar. 
 
c) Limpeza decorrente: acontece entre um paciente e outro. É a limpeza de equipamento, 
móveis e piso principalmente os horizontais que acumulam mais bactérias. É feita com água e 
sabão, hipoclorito de sódio 1% e água limpa para enxague. 
 
d) Limpeza terminal: acontece após a última cirurgia. É a limpeza de equipamento, móveis, 
superfícies verticais e horizontais. Semanalmente tem que limpar (DESINFECTAR) sala de 
espera, sala administrativa, etc. 
 
Preparo do material e instrumental cirúrgico 
 Teoricamente esses artigos são divididos em críticos (são aqueles que têm contato 
com sangue, quando há rompimento da barreira epitelial, precisam ser esterilizados), 
semicríticos (são aqueles em contato com mucosa hígida, como por exemplo, espelho clínico, 
abaixador de língua, etc, também precisam ser esterilizados) e não críticos (são aqueles em 
contato com pele hígida, quando podem ser limpos e lavados, como, por exemplo, óculos de 
proteção, aparelho de aferir pressão, etc podem ser lavados ou desinfetados). 
Obs: Podemos esterilizar quimicamente o material com óxido de etileno e o ácido peracético, 
o óxido de etileno é uma esterilização industrial e o ácido peracético o material tem que ser 
imerso por até uma hora. 
 
Obs: Na esterilização, todas as formas de vida são destruídas, mesmo as mais resistentes 
como os esporos bacterianos. Já na desinfecção (álcool 70% - 3 aplicações e fricção por 30 
segundos com intervalo de 1 minuto- ou ácido peracético 0,5% - deixa agir em torno de 
10min) são destruídos a maioria dos microrganismos patogênicos, não todos. 
 
Obs: O cloro pode ser utilizado para desinfetar, mas não o instrumental, pois corrói e oxida o 
material, utilizado apenas no chão, normalmente hipoclorito na concentração 1%, água 
sanitária 25 para 1. 
 
Obs: Qual é a diferença entre antissepsia e desinfecção? Antissepsia é realizada em tecidos 
vivos e desinfecção em objetos inanimados. 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
35 
 
 
Preparo da equipe 
 Por fim, o preparo da equipe cirúrgica, operador, auxiliar e paciente, pode ter um 
assistente que fica transitando e que pode ajudar para pegar alguma coisa, abrir uma gaze, 
etc. 
 Para entrar na clínica a paramentação básica: roupa limpa, pró pé, pijama cirúrgico, 
gorro, máscara, óculos, avental e luva. A primeira coisa a se fazer ao entrar na clínica é 
colocar gorro (tem que cobrir todo o cabelo). A máscara TEM que ser tripla, em casos de 
tuberculose deve-se usar outro tipo de máscara a N95. 
 Os óculos são colocado antes da lavagem das mãos, antes de começar a cirurgia é a 
primeira coisa que se coloca depois lavagem das mãos, devem ter terminação periférica, bem 
adaptado, é indicado para o profissional e paciente. Para lavagem das mãos tem que ser 
retirado todos os objetos (anéis, pulseiras, relógio, etc), o que iremos fazer é a degermação 
pré cirúrgica com a escova iremos friccionar, contendo clorexidina 2%, toda mão, unhas e 
antebraço (até o cotovelo. A secagem é feita com toalha estéril, que vem no kit cirúrgico. 
 Degermantes são aqueles associados com sabão, os tópicos devem permanecer em 
contato com a pele ou mucosa e as tinturas são alcoólicas (por exemplo: álcool iodado). Em 
cirurgia utiliza-se basicamente dois: PVPI 10% e clorexidina, se for para pele 2%, para lavagem 
das mãos 2% ou 4% com sabão, se for para bochecho 0,12%. 
 Depois que se coloca gorro, máscara, óculos e lavagem das mãos é que se coloca o 
jaleco cirúrgico (que deve ser pego pela gola) e depois se calça a luva. se eu colocar primeiro 
a luva, a manga do meu jaleco fica por cima da luva e então escorre soro e ou sangue e vai 
direto para meu braço. 
 Depois que eu calcei a luva, eu sou um ser esterilizado, não posso tocar em mais nada 
que não esteja estéril e por isso devemos cobrir as superfícies em que encostamos com papel 
alumínio. 
- PREPARO DO PACIENTE: 
 Depois que eu fiz a assepsia intra-oral (bochecho com perioxidin) eu faço uma 
assepsia extra-oral com PVPI 10% ou clorexidina 2%, com pinça Allis e gaze. Essa assepsia 
extra-oral, no centra cirúrgico deve compreender de glabela a hioide, ou seja, toda face do 
paciente. Já em cirurgia oral, vamos compreender da região paranasal, infraorbitária, ate 
tragus e ate glabela. Por quê? Porque se você for fazer alveolar inferior você terá que palpar 
o ramo da mandíbula e toda essa região terá que ter a solução asséptica. 
obs.: se o paciente estiver sedado fazer uma fricção da mucosa do paciente com iodo. 
 
Obs.: essa assepsia extra-oral é feita sempre do centro para a periferia, em movimentos 
circulares e em sentido único. 
 Depois que eu começar a cirurgia, eu terei que ter cuidado com as agulhas, com as 
brocas utilizadas para não ocorrer nenhum acidente, muito cuidado com os materiais perfuro 
cortantes principalmente, e eles deverão ser os primeiros a ser retirados da mesa de cirurgia. 
 Obs.: se você não usar o campo cirúrgico em uma cirurgia, você pode esterilizar de novo e 
deixar para alguma emergência de outra cirurgia, porem um campo cirúrgico não ira salvar 
sua vida, logo você precisa de um kit para cada cirurgia. 
Obs.: a mesa cirúrgica é montada de acordo com a sua utilização na cirurgia (anestesia, 
descolamento até sutura). 
 Depois que está tudo preparado, e o paciente já fez a assepsia intra e extra oral. 
Então podemos colocar um campo fenestrado (barreira sobre a face); 
 Depois monto a alta rotação e encapo a mesma, e uma vez montada, devo colocar ela 
no campo, porque o buraco do equipo não está estéril. 
 Depois monto a aspiração, com ajuda do auxiliar e ele também não voltara para o 
equipo, ele ficaria em cima do paciente, preso. 
 Acabando a cirurgia, ocorrera uma divisão, o operador vai cuidar do paciente 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
36 
 
passando as instruções finais e liberando o mesmo, logo, ele já pode retirar a luva. 
 Já o auxiliar vai cuidar dos instrumentos, de luva, começando com o descarte dos 
materiais perfuro cortantes no local apropriado. 
 Depois que o operador tiver liberado o paciente, ele vai separar um recipiente com 
detergente enzimático para lavar a mangueira e outros instrumentos utilizados que serão 
depositados no mesmo pelo auxiliar, ainda com luvas. Depois de alguns minutos agindo, 
calcaremos a luva de borracha grossa, jogaremos no lixo as coberturas utilizadas e lavar os 
instrumentais com escova de cabo longo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caren Moreno, Daniela Claudino, Ericles Santos, Juliane Machado, Mylla Berbert e Thamires Medeiros 2014.1 
 
37 
 
PRINCIPIOS DA EXODONTIA SIMPLES 
- “O controle da ansiedade se inicia na maioria dos casos com uma explicação completa do 
procedimento planejado, incluindo a afirmação

Continue navegando