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RESUMO CRÍTICO- MITO DA CAVERNA


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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA A EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA- POLO PINHEIRO- MA
DISCIPLINA: FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
PROFESSOR: FERNANDO CÉSAR DOS SANTOS
ALUNA: OZELINA NOGUEIRA FERREIRA
RESUMO CRÍTICO:
Compreendendo a Educação Escolar por meio do “Mito da Caverna”.
O Mito ou Alegoria da Caverna foi escrito por Platão (427-347 a. C). Como discípulo fiel de Sócrates todos os seus escritos tem relação com seu mestre. Seus livros abordam vários temas dentre os quais pode-se destacar: política, justiça, conhecimento e estética. No que diz respeito à obra em evidencia o autor demonstra de uma forma alegórica a sua teoria do conhecimento, na qual concebia a ideia de que existiam dois tipos de conhecimento: o sensível e o inteligível.
A Alegoria fala sucintamente sobre uma caverna em que homens viviam escravizados, acorrentados desde a sua infância. Tudo o que eles conseguiam ver se restringia a imagens projetadas na parede do fundo por meio de uma fogueira localizada no exterior da caverna. Ou seja, tudo o que estava ao alcance dos seus olhos eram apenas sombras das coisas que passam nas suas costas, tudo que ouviam eram apenas ecos e essa era toda sua realidade, todo conhecimento, toda a natureza e todo o seu universo. 
Mas um dia um dos prisioneiros é liberto e ao examinar o interior da caverna, consegue ver como as imagens chegavam até eles. Já do lado fora depare-se com um mundo luminoso, cheio de cores, de movimentos e isto ofusca bruscamente sua visão, causando-lhe espanto. Mas gradativamente ele começa se habituar à luz e distinguir as imagens a sua volta até finalmente contemplar diretamente o sol, a fonte de toda luminosidade.
O contexto do Mito da Caverna associado à temática educação nos faz entender de maneira reflexiva que o mundo contemporâneo representa essa caverna, com seus preconceitos, julgamentos, imposições, comodismo, alienação, supervalorização as imagens e ecos projetados na internet, nas mídias e nas crenças adquiridas e aprendidas ao longo do tempo. Portanto, percebe-se que a caverna apenas se expandiu, a fogueira foi substituída por meios audiovisuais mais modernos tornando as projeções mais reais e o número de prisioneiros aumentou espantosamente.
Então, nesse sentido a Escola é a oportunidade de conhecer o lado de fora da caverna, pois é um espaço que proporciona um conhecimento além das aparências, inteligível e investigativo. Considerando que, em cada fase do ensino o educando gradativamente vai se habituando à luz (conhecimento), a qual dissipa as sombras do senso comum e da ignorância levando-o a contemplar o mundo com coerência, através do processo de investigação. Para tanto a visão do aluno é direcionada à posição correta, instigando o raciocínio para além da “caverna”.
Assim, o âmbito escolar propicia o desenvolvimento da conscientização através da superação do isolamento e do alheamento. Como instituição mediadora do saber tem essa função de romper com o conhecimento adquirido sem fundamentação e proporcionar o despertar crítico, de modo que cada aluno, gradativamente conquiste autonomia e inicie o caminho de reconstrução de suas próprias ideias. 
Mas para que realmente haja essa passagem do mundo das “sombras” e aparências para o mundo das ideias e essências a educação oferecida precisa ser concisa, dialética, eficiente e libertadora permitindo ao aluno julgar, analisar e compreender todas as informações que lhe são expostas. Somente dessa forma terá condições de entender sua realidade e lutar para crescer dentro das suas limitações até ultrapassa-las.
De fato, isso deve acontecer, senão o discente mesmo estando na escola ficará condicionado ao mundo das “sombras”, sem entender a realidade a sua frente e sem explorar o mundo de possibilidades que há fora da “caverna”.