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� PAGE �1� EFICÁCIA DO ATO/NEGÓCIO JURÍDICO (continuação) TERMO CONCEITO SAN TIAGO DANTAS: é o momento que se determina no tempo, em que os efeitos de um ato jurídico devem começar a produzir-se ou, então, cessar sua produção. MOTA PINTO: cláusula acessória típica pela qual a existência ou a exercitabilidade dos efeitos de um negócio são postas na dependência de um acontecimento futuro mas certo, de tal modo que os efeitos só começam ou se tornam exercitáveis a partir de certo momento (termo suspensivo ou inicial) ou começam desde logo, mas cessam a partir de certo momento (termo resolutivo ou final). EXEMPLO: “concedo ao meu vizinho o direito de utilizar meu terreno como depósito para sua construção. Todavia, a ocupação transitória de meu terreno se dará a partir do dia 1º de junho próximo e se estenderá até o dia 31.12.2008.” Assim, é de se entender que a concessão já foi feita; os efeitos jurídicos é que vão se verificar a partir do dia 1º e se estenderão até o dia 31.12.2008. DIFERENÇA ENTRE TERMO E CONDIÇÃO No TERMO não existe dúvida sobre o evento (eventualidade), própria da condição. Já se sabe que o ato produzirá efeitos. Portanto NÃO HÁ DÚVIDA QUANTO À SUA EFICÁCIA – apenas seus efeitos são protraídos no tempo. COMO SE SABER SE ESTÁ DIANTE DE UM TERMO OU UMA CONDIÇÃO? Deve-se responder às perguntas “SE” e “QUANDO” certus an et certus quando: TERMO certus an et incertus quando: TERMO. Ex: dar-te-ei as jóias de minha, quando ela falecer. Incertus an et incertus quando: CONDIÇÃO Incertus na et certus quando: deve-se saber qual a vontade da parte. Exemplo: contrato com a empresa X para que venha fazer a ampliação da casa da praia, que se iniciará quando João chegar à maioridade. SE A AMPLIAÇÃO DA CASA LIGA-SE A JOÃO, ou seja, para que ele aproveite melhor a casa, levando seus amigos, tem-se uma CONDIÇÃO. Assim, caso João faleça antes de completar a maioridade, condição não se implementou, por impossibilidade, e o negócio é inválido. Todavia, SE A MAIORIDADE DE JOÃO É APENAS UMA MARCO DE TEMPO, sem ligação alguma com a pessoa de João, tem-se um TERMO. Diante disso, no dia da maioridade de João – mesmo com seu falecimento -, as obras terão início, pois o negócio é válido. DIFERENÇA ENTRE TERMO E PRAZO TERMO: é o momento que se determina no tempo, em que os efeitos de um ato jurídico devem começar a produzir-se ou, então, cessar sua produção. PRAZO: é o período de tempo que se estende até um termo, ou entre dois termos determinados. CONTAGEM DO PRAZO: ART. ART. 132, e §§. TERMO INICIAL: por analogia, entende-se como termo suspensivo. TERMO FINAL: por analogia, entende-se como termo resolutivo. OBSERVAÇÕES GERAIS O beneficiário, assim como o titular de eventual direito, PODE PRATICAR TODOS OS ATOS DE CONSERVAÇÃO NECESSÁRIOS À GARANTIA DO SEU DIREITO. ASSIM COMO O TITULAR DE EVENTUAL DIREITO, PODE O BENEFICIÁRIO, EM CASO DE NEGÓCIO A TERMO, DISPOR LIVREMENTE DE SEU DIREITO. IMPLEMENTO DO TERMO O IMPLEMENTO se dá com a VERIFICAÇÃO DO DIA considerado como TERMO. EFEITOS EX-NUNC – para frente (CONTRÁRIO DO ACONTECE COM A CONDIÇÃO) – Pois o termo nada mais é do que a subordinação dos efeitos do ato jurídico a um certo limite de tempo, de maneira que esse limite de tempo assinala o início e o fim dos efeitos. Portanto, faltando aqui o estado de incerteza característico do negócio condicional, no período de pendência, pois o acontecimento de que dependem os efeitos do negócio é certo (será normalmente um momento temporal ou um prazo), não se verifica qualquer irretroatividade. � MODO OU ENCARGO CONCEITO É um ÔNUS AO BENEFICIÁRIO DO DIREITO, para que se dê o recebimento do benefício. Não é uma compensação, mas sim um sacrifício imposto ao beneficiário. Assim, O ENCARGO NÃO SE DIRIGE À COMPOSIÇÃO DO DESFALQUE PATRIMONIAL DO AUTOR DO BENEFÍCIO. CARACTERÍSTICAS A direção econômica do encargo é diferente da direção que a contraprestação (ônus) exige; bem como é impessoal (pode estar ligada a um terceiro). O encargo nunca suspende ou resolve o ato jurídico principal. Assim: Não há a criação de um negócio condicional (CONDIÇÃO). Assim, pode-se dizer que a condição suspensiva não obriga, mas suspende o exercício do direito, enquanto que a cláusula que estipula o encargo não suspende o exercício do direito, mas obriga o beneficiário. Não há suspensão dos efeitos jurídicos até um momento determinado (TERMO). NÃO CUMPRIMENTO DO ENCARGO Duas alternativas ao autor do benefício: Ação ordinária para exigir o cumprimento do encargo. Revogação do benefício (os efeitos tidos até então são válidos, ao contrário do que ocorre no caso de não-implemento da condição).
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