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Ação Popular com pedido liminar

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DO MUNICÍPIO W.
(espaço de cinco linhas)
GABRIEL, estado civil..., profissão...e ocupante do cargo eletivo de vereador do município W, inscrito no Cadastro de Pessoas Física (CPF) sob nº..., com Registro Geral (RG) nº..., endereço eletrônico, título de eleitor nº...., residente e domiciliado no endereço ...., do município W, por intermédio de seu advogado que ao final assina (procuração anexa), inscrito na OAB/UF sob nº...., com endereço profissional sito a ...., e com endereço eletrônico...., local indicado para receber intimações (artigo 77, V do CPC), impetrar AÇÃO POPULAR COM PEDIDO LIMINAR com fundamento no artigo 5º, inciso LXXIII da Constituição Federal, na Lei 4.717/1965 e no artigo 319 do Código de Processo Civil, em face do Prefeito do município W senhor Abreu (qualificação completa), podendo ser localizado no endereço ..., de Bastião (qualificação completa), podendo ser localizado no endereço ..., de Julius Presidente da empresa pública Azul (qualificação completa e endereço) e também em face de Carlos, diretor do setor de comunicação da empresa pública Azul (qualificação completa e endereço).
I – DOS FATOS
Primeiro fato: O autor é vereador do município W e líder comunitário ciente do fato de que o Prefeito Abreu contratou e nomeou o senhor Bastião para o cargo de assessor administrativo da prefeitura municipal, em detrimento de estreita relação de amizade que com seu pai, senhor Julius, que é presidente da empresa pública Azul. Ocorre que o senhor Bastião não atua na função nomeada, comparecendo à prefeitura ao final de cada mês apenas para assinar o ponto, o que é evidente caso de improbidade administrativa por afrontar aos princípios constitucionais da administração pública e estar causando dano ao erário.
Segundo fato: A empresa pública Azul, que é presidida pelo Senhor Julius, a mando do senhor Julius e através de seu diretor do departamento de divulgação senhor Carlos, realizou ato de homenagem ao aniversário do Prefeito Senhor Abreu em veículo de comunicação de massa, realizando contratação de mídia e um minuto em horário nobre na emissora local para veiculação de propaganda, sendo veiculada na data do aniversário do Prefeito.
Diante de tais fatos, como cidadão e vereador da municipalidade, o autor não vê outra alternativa, senão a ajuizamento de ação popular que vise reparar os atos lesivos ao patrimônio pelo fundamentos a seguir aduzidos.
II – DO DIREITO
Inicialmente cabe salientar que o autor preenche o requisito para ingresso em juízo deste remédio constitucional que é ação pular (artigo 2º, § 3º da Lei 4.717/65), como já demonstrado é vereador do município e para tal cargo deve este estar em pleno gozo de seus direitos passivos e ativos políticos, o que se comprova com a cópia do titulo de eleitor anexo.
A ação popular é cabível na forma do artigo 5º, inciso LXXIII da Constituiçãoe do artigo 1º da Lei n. 4.717/65 para anular ato lesivo ao patrimônio público, neste caso do Município W e da empresa Pública Azul.
A competência para processar e julgar a ação popular depende da origem do ato impugnado e do interesse dos entes (artigo 5º da Lei 4.717/65), sendo neste caso atos praticados contra a fazenda pública municipal e a empresa pública Azul, a competência é do Juiz de Direito Local.
O impetrados são partes legítimas partes legitimas para compor o polo passivo, uma vez que a ação popular pode ser proposta em face de pessoas públicas ou provadas, autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado ou mesmo ratificado o ato impugnado (artigo 6º da Lei 4.717/65).
Em ambos os fatos narrados verifica-se afronta aos princípios constitucionais da administração pública (artigo 37 caput, da Constituição Federal), sendo a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. E ainda a própria legalidade do artigo 5º, II também da Constituição.
Ao contratar senhor Bastião, que nada realiza na prefeitura apenas recebe o salário que provém de verba pública, em detrimento de relação de amizade com senhor Julius, pai do requerido Bastião, fere o princípio da impessoalidade, da moralidade e da legalidade. E também os impetrados senhores Julius e Carlos ao utilizar de verba da empresa pública para praticar ato estranho a finalidade da empresa pública, fazendo uso indevido de verba pública e causando ato lesivo ao erário.
Sabe-se que os atos praticados pelos administradores tanto da empresa pública quanto pelo chefe do executivo, apesar de em certas situações permitir o uso da discricionariedade, já pacifico o entendimento de que tal ato discricionário está vinculado aos princípios da administração acima citado, não podendo tais atos gerar dano ao patrimônio que é público, e ao pagar um funcionário que não trabalha o Prefeito está causando dando direto a fazenda pública municipal e da mesma forma ao se utilizar de recursos da empresa pública para homenagear o prefeito também causa dano, devendo este ser restituído na forma do § 4º do artigo 37 da Constituição Federal e artigo 11 da Lei n. 4.717/65.
Ademais, ambos os atos praticados nos dois fatos ferem o princípio da razoabilidade e proporcionalidade, uma vez que não é razoável a contratação de funcionário que não exercerá suas funções, apenas receber o salário, e ainda, não é proporcional a utilização de verba pública para homenagear o chefe do executivo por seu aniversário.
Todos os impetrados estão envolvidos nos atos ímprobos, o Prefeito Abreu por contratar o Senhor Bastião, por motivos de amizades; o senhor Bastião por não fazer nada do que está atribuída sua função e apenas receber o salário; o senhor Julius e o senhor Carlos por se utilizar de verba da empresa pública para ato estranho a finalidade da empresa pública.
III – DA MEDIDA LIMINAR
É perfeitamente cabível o pedido de concessão de liminar para suspender o ato lesivo ao patrimônio público municipal que está a remunerar um funcionário que não trabalhar e apenas comparece para assinar o ponto, isso na forma do artigo 5º, § 4º e artigo da lei 4.717/65, preenchendo os requisitos fumus boni iures e periculum in mora.
A probabilidade do direito ou fumus boni iures está presente no fato ser notório a contratação do requerido Bastião para um cargo, no qual não desempenha nenhuma função, e o perigo de dano ou periculum in mora está mais que evidente no fato desse funcionário estar sendo remunerado sem exercer qualquer função, devendo seu pagamento ser suspenso para não causa mais danos ao erário.
Preenchidos os requisitos, requer-se concessão de medida liminar para suspender a remuneração do requerido Bastião funcionário que não trabalha e apenas comparece para assinar o ponto.
IV – DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto requer a Vossa Excelência:
A) A concessão de liminar para suspender a remuneração do requerido Bastião funcionário que não trabalha e apenas comparece para assinar o ponto e a notificação do impetrado quanto a concessão da medida liminar
B) A citação dos impetrados na forma do artigo 7º inciso I, alínea a da Lei 4.717/65, para que querendo responda a ação, sob pena de revelia;
C) A intimação do Ministério Público para acompanhar o feito (artigo 6º, § 4ºe artigo 7º, § 1º a da Lei 4.717/65) na qualidade de custus legis – fiscal da lei (artigo 178, I do CPC);
D) A procedência da ação para anular a contratação do impetrado Bastião, e a condenação deste e do senhor Prefeito Abreu no ressarcimento ao dano causado ao erário por todo o período de contrato; a condenação dos impetrados Senhor Julius e senhor Carlos a restituição de todos os valores gasto com a homenagem ao aniversário do Prefeito;
E) A condenação de todos os impetrados ao pagamento de custas e honorários advocatícios e ao ressarcimento de perdas e danos na forma do artigo 11 e 12da Lei 4.717/65;
F) Requer ainda provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitido, em especial a prova testemunhal e documental.
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais) paraefeitos fiscais.
Nestes termos, pede deferimento.
Município W, data.
Advogado
OAB

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