APS - JOGOS COMO RECURSOS AUXILIADORES DE APRENDIZAGEM

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PROJETO DE ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 4° PERÍODO
São José dos Campos – SP
2018
RESUMO: O trabalho é resultado de uma pesquisa qualitativa que teve como objetivo identificar e compreender a importância dos jogos como prática pedagógica na educação de crianças de maneira lúdica. O presente trabalho foi desenvolvido em uma escola particular na cidade de Jacareí, com alunos de uma sala de aula do segundo ano do Ensino Fundamental I. Verificou-se que as atividades/jogos lúdicos no ensino da matemática permitiram que os alunos aproximassem a Matemática do cotidiano, tornando o ensino-aprendizagem efetivo e dinâmico em conjunto com os jogos.
Palavras-Chave: Jogo, Brincadeira, Criança e Aprendizagem.
ABSTRACT: The work is the result of a qualitative research that aimed to identify and understand the importance of games as pedagogical practice in the education of children in a playful way. The present work was developed in a private school in the city of Jacareí, with students from a classroom of the second year of elementary school. It was verified that playful activities / games in mathematics teaching allowed the students to approach Mathematics from the everyday, making teaching-learning effective and dynamic in conjunction with games.
 Keywords: Game, Play, Child and Learning.
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como objetivo compreender e refletir a importância dos jogos no desenvolvimento da criança nas atividades pedagógicas em que estão envolvidos. O referido trabalho está organizado em tópicos que aborda as características e a importância deste para o desenvolvimento infantil, uma vez que aponta caminhos e possibilidades para o educador utilizá-los como recurso didático-metodológico no processo educativo.
Os jogos e as brincadeiras apresentam características distintas e estão classificados de acordo com Piaget (apud Friedmann, 1996) em simbólico, de exercício, regras, competição, tradicional, os jogos livres e orientados. Esses jogos promovem o desenvolvimento dos aspectos afetivo, motor, cognitivo e social da criança.
Na atuação do educador, os jogos e brincadeiras com fins educativos devem ser utilizados como recurso didático-metodológico, pois no planejamento das atividades devem-se considerar os objetivos a serem atingidos. O professor deve atuar como mediador no processo ensino aprendizagem, sempre com um olhar atento aos jogos e brincadeiras, de forma que atendam às necessidades individuais e coletivas, de acordo com a faixa etária da criança.
Este trabalho está embasado nas aulas, na pesquisa supervisionada e com o estudo de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática.
“JOGOS COMO RECURSOS AUXILIADORES DE APRENDIZAGEM”
O jogo se origina do vocábulo latino ludos, que significa diversão, brincadeira e que é tido como um recurso capaz de promover um ambiente planejado, motivador, agradável e enriquecido, possibilitando a aprendizagem de várias habilidades. Dessa maneira, os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem podem aproveitar-se do jogo como recurso facilitador na compreensão dos diferentes conteúdos pedagógicos. Desse modo Piaget (1976) afirma que:
"O jogo é, portanto, sob as suas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil”.
JOGO “TRILHA DA TABUADA”
Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam como objetivos do ensino fundamental que os alunos sejam capazes de:
- Construir o significado do número natural a partir de seus diferentes usos no contexto social;
- Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipóteses sobre elas,
 com base na observação de regularidades, utilizando-se da linguagem oral,
 de registros informais e da linguagem matemática. 
- Resolver situações-problema e construir, a partir delas, os significados das operações fundamentais.
Buscando alcançar tais objetivos, foi escolhido o jogo Trilha da Tabuada, com a finalidade de trabalhar as operações matemáticas, focada na multiplicação, compreensão de noções de sequências numéricas e incentivo do cálculo mental.
A aplicação do jogo ocorreu no dia 13 de novembro de 2018, no Colégio SEPP (Saint’ Exupery Pequeno Príncipe), localizada na cidade de Jacareí – SP, com os alunos do 2° ano do ensino fundamental, com a idade em média de sete anos.
Antes de iniciar o jogo, os alunos foram orientados sobre as regras a serem respeitadas e a forma de como se jogar. A trilha da Tabuada possui um tabuleiro com trinta e nove “casas”, um dado e cartões com contas de multiplicação a serem resolvidas e o ganhador será o jogador que ultrapassar a linha de saída primeiro.
Assim que o jogo foi apresentado, houve uma grande empolgação por parte dos alunos, já que era algo novo na rotina de sala de aula, ouviram atentamente e entenderam imediatamente as instruções e regras e logo pediram para que se iniciasse o jogo.
Logo no inicio, observei atentamente a cada dupla e no decorrer do jogo, os alunos foram se familiarizando com as regras e a forma de como jogar. Algumas duplas alcançaram a linha de saída um pouco antes do esperado e me perguntavam se podiam ajudar as outras duplas que estavam com um pouco mais de duvidas, pois eles tinham uma “técnica” que iria ajudar, eu autorizei, pois de acordo com Piaget (1998, p. 141):
"A cooperação, com efeito, é um método característico da sociedade que se constrói pela reciprocidade”.
O jogo possibilitou que houvesse, raciocínio rápido, a busca da autonomia para resolver seus problemas, entendimento das regras, colocaram em prática todo o conhecimento que está adquirindo, percepção das causas, consequências das ações (a criança passa a deixar mais complexas suas ações, pois começa a ter noção de que cada ação tem sua reação), cada vez mais os alunos foram adquirindo a noção do quão complexo é, agir sem pensar e, foi elaborado tanto a individualidade quanto a coletividade (com a necessidade de ajudar o colega com dificuldade e, defender a si mesmo para que ganhasse o jogo). 
FICHA TÉCNICA DO JOGO
Número de jogadores: de dois até quatro
Contém: um tabuleiro, quatro peões coloridos, cartões com operações de multiplicação e um dado.
Início do jogo
Os alunos deverão escolher um dos peões coloridos, em seguida, jogavam-se o dado, o aluno que tirasse o maior número no dado ele iniciava o jogo.
De acordo com o número sorteado no dado, o aluno irá avançando as “casinhas”. As “casinhas” são das cores brancas e amarelas fluorescente. Se o aluno cair na branca, ele aguarda os outros colegas jogarem não sendo necessário fazer alguma “continha’, mas se cair na amarela, é necessário que algum colega do jogo, pegue um cartão e faça a pergunta da operação matemática do cartão, tem-se o período de um minuto para responder a conta, havendo acerto, o aluno de avança uma “casinha” uma espécie de bônus, caso contrário, o aluno retrocede um “casinha”.
Final do jogo
O vencedor é o jogador o qual ultrapassa a saída primeiro, sem ter errado no máximo duas contas.
CONCLUSÃO
O jogo estimulou os alunos; a praticar a tabuada - adquirindo assim o desenvolvimento intelectual e aperfeiçoamento do conhecimento que ela obteve – a trabalhar em grupo – buscando o melhor para o grupo, o coletivo – e o respeito as regras.
O ensino da matemática é de suma importância para a formação dos alunos, pois estimula a autonomia, a tomada de decisões e permite o desenvolvimento, intelectual e lógico.
Por isso é importante que o professor prepare momentos, construa jogos e principalmente utilize os conhecimentos da sala de aulae transcenda isso para os jogos, fora da sala de aula.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
_______. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1997. Disponível em: https://cptstatic.s3.amazonaws.com/pdf/cpt/pcn/volume-03- matematica.pdf. Acesso em outubro de 2018.
PIAGET, Jean. Psicologia e pedagogia. Trad. Lindoso DA, Ribeiro da Silva RM. Rio de Janeiro: Forense Universitária; 1976.
_______. Sobre Pedagogia. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1998.
ANEXOS
Figura A, do jogo “Trilha da Tabuada”.
Figura B.