Buscar

Teoria Geral do Processo - Aula 8

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEORIA GERAL DO PROCESSO Aula 8
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES
No direito processual moderno prevalece o critério de classificação das ações que se funda no tipo de provimento requerido pelo autor ao juiz. É o chamado Critério Funcional, porque é fundado no papel desempenhado pela ação.
De tal ponto de vista, as ações são classificadas em:
AÇÕES DE CONHECIMENTO: São aquelas que tendem a provocar a jurisdição para que ela emita um juízo de valor sobre um fato concreto em litígio. Nesta espécie de ação o órgão jurisdicional exerce um papel preponderantemente cognitivo, ou seja, é chamado a conhecer os fatos e os argumentos alegados pelas partes para, num segundo momento, julgar por sentença qual delas tem razão.
Nas ações de conhecimento, o juiz realiza três operações básicas:
a) Conhece os fatos da realidade alegados pelas partes;
b) Avalia juridicamente esses fatos à luz das normas e demais fontes do direito;
c) Determina as conseqüências estabelecidas abstratamente pelas normas legais para os fatos reais, formulando a norma concreta (sentença) reguladora dos fatos reais a partir da norma abstrata (lei e demais fontes do direito).
As ações de conhecimento se subdividem em:
a) Ações Meramente Declaratórias: São aquelas em que a parte busca do Estado-Juiz uma sentença sobre a existência (declaratória positiva) ou inexistência (declaratória negativa) de uma relação jurídica incerta e controvertida, ou sobre um fato juridicamente relevante.
Todas as ações de conhecimento tendem a uma sentença que contenha uma declaração. A peculiaridade das meramente declaratórias é que nestas, a declaração é o fim em si, ou seja, o objetivo principal.
b) Ações Condenatórias: São aquelas em que o autor pede uma declaração sobre a situação jurídica deduzida no processo com a conseqüente imposição de um comando ao réu para que cumpra a obrigação de que foi reconhecido devedor. Visa obter do juiz um comando (sentença) dirigido ao réu para que cumpra, em favor do autor, a prestação de que foi declarado devedor.
c) Ações Constitutivas: São aquelas tendentes a uma sentença que constitua, modifique ou extinga uma relação jurídica. Sua especificidade está, pois, na circunstância de ser um meio de produção de efeitos jurídicos. Daí porque dispensa um processo específico de execução, uma vez que alcança sua finalidade pelo simples fato de criar, alterar ou extinguir uma relação jurídica.
2) AÇÕES DE EXECUÇÃO: A ação de conhecimento condenatória tem por finalidade impor um comando ao réu. Este pode cumprir o comando voluntariamente. Se, porém, o réu não cumpre o comando voluntariamente, surge a necessidade de fazê-lo por meios coativos, ou seja, surge a necessidade de transformar o comando (sentença) em realidades práticas, mesmo contra a vontade do réu.
A ação executiva resume-se no poder do autor de pedir ao Estado a adequação da situação existente no mundo da realidade ao estabelecido no comando contido na sentença, mediante o emprego de meios coativos, se necessário.
3) AÇÕES CAUTELARES: São as destinadas a assegurar e garantir o eficaz desenvolvimento e do resultado das ações de conhecimento e executivas. São manejadas para evitar que o direito posto em juízo, e para o qual se pede a medida cautelar, seja de qualquer modo prejudicado.
Sob a ótica estrutural, são autônomas, mas do ponto de vista funcional, são subsidiárias das ações cognitivas e executivas, cujo objeto visam assegurar.
As ações cautelares tem caráter provisório, já que os provimentos a que se dirigem, perdem a vigência, uma vez sobrevindo o provimento definitivo.
A Antecipação de Tutela (Liminares): Tem aplicação restrita ao processo civil. Constituem uma espécie do gênero cautelar, pois devem também demonstrar o perigo da demora dos outros processos (periculum in mora) e a verossimilhança das alegações face ao direito (fumus boni iuris).
Os pedidos de antecipação de tutela são geralmente incidentais dentro de um processo cognitivo e visam a aceleração da prestação jurisdicional.
Assim, as medidas cautelares ficam divididas em:
Medidas antecipatórias ou satisfativas;
Medidas assecuratórias ou conservativas.
A Classificação das Ações Trabalhistas: Além desta classificação apresentada, as ações trabalhistas podem ser classificadas segundo critérios próprios do direito do trabalho, como por exemplo, quanto as titulares.
Podem ser:
Individuais: Quando são movidas por pessoa ou pessoas certas e determinadas.
Coletivas: (Dissídios coletivos). São ações titularizadas por categorias profissionais de empregados ou empregadores representados no processo pelos respectivos sindicatos.
A Classificação das Ações Penais: As ações penais são exemplos de ações cognitivas por excelência, pois o Estado-Juiz deverá efetivamente conhecer os fatos narrados para posteriormente proferir sentença. 
Existem, no caso das ações penais, duas correntes de entendimento acerca de sua classificação. 
Uma corrente defende que as ações penais são sempre declaratórias, vez que se busca através do processo, por sentença, declarar a verdade acerca dos fatos.
Não se pode negar, entretanto, que o titular da ação pede sempre a condenação do réu, sendo este pedido, condição de procedibilidade, motivo pelo qual, parte da doutrina entende ser a ação penal declaratória, condenatória.
Outro critério de classificação, é muito importante e o mais utilizado no direito penal, inclusive adotado pela própria lei penal e processual penal. É o critério da titularidade da ação:
Ação Penal Pública: É a regra. Será sempre movida pelo Ministério Público. (atribuição constitucional, art. 129 e infra constitucional, art. 102, CP).
Pode ser:
 - Pública Incondicionada: Seu manejo é incondicional. Basta que se tenha notícia do fato típico objeto deste tipo de ação. 121, 122, 124, 134, 135, 136
- Pública Condicionada a Representação: É aquela promovida também pelo Ministério Público, mas que depende da manifestação de vontade das pessoas que, no caso, a lei indicar. Ex lesão corporal leve
Ação Penal Privada: É aquela em que o ofendido é o próprio titular da ação e não o Ministério Público. Ex 145
O PROCESSO
* Conceito: É através do processo que o Estado cumpre a sua função jurisdicional.
O Processo é a série de operações paulatinas praticadas pelos órgãos judiciários, com a necessária participação das partes, necessários à produção de um resultado final, realizando o direito no caso concreto e em última instância, tendendo ao cumprimento da função jurisdicional.
Características do Processo: O processo apresenta as seguintes características:
Complexidade: Significa que o processo, compõe-se necessariamente de mais de um ato;
Temporalidade: O processo é indissociável do tempo, pois nele se desenvolve;
Interdependência entre seus atos: Quer dizer que cada ato tem como pressuposto o ato antecedente e, por sua vez, é pressuposto do consequente. São relacionados entre si, tendo em vista a produção do resultado final;
Progressividade: O processo sempre avança em busca do resultado final que é a coisa julgada.
* O Procedimento: (Ordinário, sumário (art. 275), etc.) É o conjunto de normas que estabelecem as condutas a serem observadas no desenvolvimento da atividade processual pelos sujeitos do processo: juiz, autor e réu, bem assim, pelos auxiliares da justiça e os terceiros que, eventualmente são chamados a participar da atividade processual.
* Processo de Conhecimento, Execução e Cautelar: Assim como na classificação das ações, o processo é da mesma forma classificado. Porém naquela classificação, privilegia-se os aspectos funcionais da ação (qual o objetivo). Aqui, privilegia-se os aspectos estruturais, quais sejam:
- No Processo de Conhecimento: As alegações das partes, em posições opostas e A produção de provas, indispensáveis à formação da convicção do juiz e; Os pedidos (imediato e mediato).
- No Processo de Execução: A estrutura do processo de execução depende da natureza dodireito a ser realizado. No civil, geralmente, a estrutura do processo de execução consta de atos materiais tendentes à satisfação concreta do direito do exeqüente. No penal, a estrutura do processo também é composta de atos materiais, mas tendentes à segregação do condenado quando a pena é privativa de liberdade.
- No Processo Cautelar: Os elementos estruturais mais típicos do Processo Cautelar são a provisoriedade e a sumariedade que por sua vez se manifestam:
a) Na não – exaustividade da cognição do julgador;
b) Na abreviação dos prazos;
c) na revogabilidade das decisões;
1

Continue navegando