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LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE (PE:IEC) POSTAGEM 3: EXAME (ATIVIDADE 1 + ATIVIDADE 2) RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA COMUNIDADE + PROJETO DE INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE ELIANE TEIXEIRA DA SILVA PIMENTEL RA 1754349 PÓLO SENADOR CANEDO/GO 2018 Interativa LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA x COMUNIDADE (PE:IEC) POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA COMUNIDADE ELIANE TEIXEIRA DA SILVA PIMENTEL – RA 1754349 SENADOR CANEDO/GO 2018 CARACTERIZACÃO DA ESCOLA 1. Identificação: a) Nome: Colégio Estadual Dr. Henrique Santillo, localizada na Rua 30 de Maio, esquina com Rua São Vicente e Avenida Minas Gerais, Vila São João, Senador Canedo – GO, telefone (62) 3206-6404 e é mantida pelo Estado de Goiás por meio da Secretaria Estadual de Educação 2. Análise critica do ambiente físico a) A localização da escola é compatível com o acesso da clientela? Sim. Porém, algumas observações são necessárias. A escola é a única em um conglomerado de seis bairros (Vila São João, Residencial Valéria Perillo, Conjunto Margarida Procópio, Vila Galvão, Condomínio Portugal e Residencial Marília) que possui o Ensino Médio. O contingente populacional da região que a escola pretende atender gira entorno de 15.000 (quinze mil) habitantes. b) O espaço físico da escola está adequado à sua proposta pedagógica? Não. Quando questionada, a coordenação da escola nos informou que a proposta pedagógica da escola visa principalmente “ensinar aos alunos a descobrirem os seus conhecimentos que já existe dentro de cada um”. No tocante à inadequação do espaço físico à proposta pedagógica, a coordenação enfatizou principalmente um projeto pedagógico denominado “Projeto Zen”, que tem como objetivo estimular os alunos à meditação, porém, não pode ser executado por falta de espaço físico. c) A relação entre número de alunos e espaço (área) é adequada nas salas de aula, no pátio, na biblioteca, no laboratório e em outras dependências? Nas salas de aula a alocação de alunos é adequada, não há, por exemplo, superlotação, déficit de vagas etc. d) Há salas-ambientes? Elas atingem suas finalidades? Sim. A escola possui biblioteca, porém, não está sendo utilizada de forma adequada. Possui laboratório de informática, porém, não está funcionando. A coordenação informou que a escola adquiriu um laboratório de química recentemente, porém, também não está em funcionamento. 2.1. Quanto à utilização da biblioteca, do laboratório ou de outras dependências: Neste item, apenas o quesito de letra “a” possui resposta afirmativa, parcialmente. A coordenação nos informou que a biblioteca e subutilizada. Os alunos apenas a utilizam para consultas eventuais. Conforme será demonstrado em entrevista feita com alguns alunos, as consultas são realizadas dentro da biblioteca apenas, porém, quando há necessidade, por exemplo, de levar algum livro para consulta em casa isso não é permitido por não haver um sistema de controle de entrada e saída de livros. Como dito, as respostas às demais questões, letras “b” e “c” são satisfeitas conforme a seguir. A escola não possui uma área que permite novas ampliações, por isso, o novo laboratório de química recentemente adquirido não pode ser montado. O laboratório de informática não está em funcionamento, logo, não é utilizado por ninguém e não atingem os objetivos possíveis que poderiam ser alcançados, tais como: contribuição com o aprendizado dos alunos e, principalmente, com a inclusão digital dos mesmos. Em relação aos questionamentos de letra “d” e “e” vale observar: Item “d”: a gestão da escola, diretor, coordenadores e os próprios professores são empenhados em garantir uma qualidade razoável do ensino ministrado aos alunos. A omissão do governo fica evidente quanto a não implementação do laboratório de química e ao não funcionamento do laboratório de informática. Item “e”: ao lado da escola há uma ampla área pública que permite a ampliação da escola com espaços destinados aos laboratórios, quadra de esportes etc. 3. Característica da gestão escolar a) Como foi a participação dos vários profissionais da educação na elaboração da proposta pedagógica e do regimento escolar? A proposta pedagógica recebe o nome de Projeto Político Pedagógico – PPP – é elaborado em conjunto, ou seja, detêm a participação de professores e gestores. b) Existe um conselho de escola ou órgão semelhante? Como funciona? Que decisões relevantes têm tomado? Os alunos participam? E os pais? Sim. É composto por professores, servidores da secretaria de educação, funcionários administrativos e a diretoria da escola. Os fatos ocorridos no contexto escolar que saem deste contexto (ex. uma denúncia sobre irregularidades na gestão) são levadas para discussão e votação e decisão do conselho. Após a discussão do assunto é lavrada uma ATA onde se registra os fatos mencionados durante a reunião do conselho e posteriormente acrescentada a decisão do conselho para a solução do problema. Todos os presentes na reunião do conselho, assinam a ATA e ficam responsáveis para acompanhar as medidas necessárias à resolução do problema. A reunião dos membros do conselho promove uma discussão do assunto e adoção de medidas mediante consenso entre os membros para a solução do problema. Os alunos não participam nem os pais. c) Documentos como proposta pedagógica, regimento escolar entre outros propiciaram, na sua elaboração, uma reflexão conjunta da comunidade escolar (interna)? Como já mencionado na letra “a” pelo que pode ser observado, as decisões a cerca dos rumos que a escola deve seguir são tomadas sempre de forma conjunta, não é algo pronto, é algo construído por professores, gestores e demais servidores ligados ao processo educacional. É sem sombra de dúvida que essa forma de gestão compartilhada possibilita a reflexão conjunta da comunidade escolar, apesar de não haver a participação dos alunos e tampouco dos pais. d) Há comentários relevantes sobre outros aspectos? Há uma única crítica em relação a este tópico – Características da gestão escolar – que se assenta no fato de durante a pesquisa de campo toda as informações foram passadas verbalmente, não houve apresentação de qualquer documento que sustentasse a apresentação feita pela coordenação da escola. 4. Organização administrativa e pedagógica a) Como é a estrutura organizacional da escola (essa pergunta deve ser respondida com a apresentação do organograma)? Não havia um organograma na escola, todavia, a coordenadora fez um esboço do organograma descrevendo como é a estrutura da escola: a escola possui uma diretoria que é assessorada diretamente por um departamento administrativo e por uma secretaria; possui duas coordenações – pedagógica e de turnos; possui o departamento dos professores que são assessorados por professores de apoio – deficiências múltiplas e deficiências visuais; alunos. b) Quais os cursos oferecidos, número de classes, horários? Como são tomadas as decisões em relação a esses aspectos e ao calendário escolar? O funcionamento da escola e divido em turnos: b.1. Turno matutino: possui 08 (oito) turmas, sendo: - 1º ano A, B e C; 2º ano A, B, e C; 3º ano A e B. Nessas séries os alunos possuem faixa etário entre 14 e 20 anos. b.2. Turno vespertino: possui 06 (seis)turmas, sendo o ensino fundamental 2ª fase, do 6º ao 9º ano, uma turma do 1º ano do ensino médio regular e uma turma especial que possibilita a conclusão de duas séries por ano acessível por pessoas com idade superior à media da escola. b.3. Turno noturno: são 08 (oito) turmas de ensino médio no sistema Profen – Programa de Fortalecimento do Ensino Médio Noturno. As decisões são tomadas em conjunto, sempre com a participação da equipe gestora, professores, administrativos e coordenação regional de educação. c) Como tem funcionado o horário destinado à permanência dos professores na escola (horas atividade, reuniões)? Quem coordena essa parte do trabalho? Os professores, via de regra, permanecem em sala de aula ministrando aula, todavia, durante o decorrer do bimestre ocorrem paradas pedagógicas que são coordenadas pela coordenação pedagógica e equipe gestora. d) Como são elaborados os planos de ensino? São orientados pela coordenação pedagógica e equipe gestora, porém, cada professor elabora seu plano de ensino de acordo com sua disciplina. e) Como funciona o sistema de avaliação e recuperação dos alunos? A avaliação é feita de forma contínua, de forma que várias atividades avaliativas irão compor a nota final. A recuperação é feita também de forma contínua. f) Como se dá a comunicação da escola com as famílias dos alunos? Há reunião de pais? A comunidade costuma vir à escola? E as informações sobre a aprendizagem dos alunos, como são feitas? Os pais são convidados a comparecem à escola para tratarem de assuntos pedagógicos específicos de seu filho. A participação dos pais não é muito efetiva e a comunidade não vai à escola. g) Há comentários relevantes sobre outros aspectos? A escola não possui um sistema de acompanhamento de seus alunos em processos avaliativos, tais como o ENEM, pois seria de grande valia mensurar o desempenho dos alunos até mesmo como forma de avaliar a qualidade do ensino ministrado. 5. Outras atividades desenvolvidas pela escola? Em relação aos itens de “a” a “c” as respostas são negativas, exceto ao item “c” já respondido anteriormente. Conforme informado pela coordenação há um projeto chamado “Projeto Zen”, que visa estimular os alunos à meditação, porém, o mesmo não é executado por ausência de espaço. Em relação ao item “d”, vale registrar que é lamentável a inexistência de uma associação de pais e de um grêmio estudantil, pois seriam importantes instrumentos de avaliação da qualidade do ensino, na melhoria da escola e até mesmo seria uma forma de fortalecer os laços da comunidade com a escola. 6. Levantamento das expectativas dos alunos em relação à escola: Neste item foi realizada uma entrevista com dois alunos cedidos pela coordenação da escola. a) Aluna: GEOVANA LUÍZA NOGUEIRA SOUZA, possui 14 (quatorze) anos e cursa o 1º ano do ensino médio, pertence à turma 1º ano C. a. A escola lhe fornece material didático? Sim. b. Esse material fornecido é novo ou usado? Novo. c. Esse material didático em sua opinião tem lhe proporcionado uma boa aprendizagem? Sim. O material é bem didático, possui comentários, e os exercícios são relacionados aos conteúdos que são cobrados em vestibulares e no ENEM. d. Os professores ministram as aulas com base nesse material didático? Eles utilizam algum material complementar? Qual? Sim. Alguns utilizam textos e outros livros, se valem de vídeos, musicas, brincadeiras relacionadas ao conteúdo, analogias etc. e. Os professores indicam algum material complementar para auxiliar no estudo? Sim. Eles indicam livros, filmes, peças de teatro e outros. f. Você acredita que a escola está lhe preparando para o ENEM ou para o vestibular que você pretende prestar de forma satisfatória? Sim. Todavia, a escola poderia incluir um simulado uma vez por semestre para consolidar o conteúdo ministrado e nos dar uma melhor noção de como está o nosso desempenho nas disciplinas. g. Você tem o hábito de estudar em casa? Sim. Estudo 04 (quatro) horas por dia em casa para o ENEM. A aluna foi submetida a uma segunda série de perguntas relacionadas a estrutura da escola. a. A quantidade de alunos é compatível com o tamanho de sua sala de aula? Sim. Não há problema com lotação na sala de aula. b. A escola costuma cumprir os horários de aula? Ou há liberação dos alunos antes do horário? Sim, a escola cumpre os horários. É bem difícil liberação antes do horário, somente quando falta algum professor. c. Há algo que você gostaria que tivesse na escola? Sim. Seria muito bom se tivesse um laboratório de química e biologia. d. Na sua opinião, o ensino que você recebe é de boa qualidade? Sim. A escola possui ótimos professores. b) Aluna: AMANDA DUARTE DA SILVA, possui 15 (quinze) anos e cursa o 1º ano do ensino médio, pertence à turma 1º ano C. a. A escola lhe fornece material didático? Sim. b. Esse material fornecido é novo ou usado? Novo. c. Esse material didático em sua opinião tem lhe proporcionado uma boa aprendizagem? Sim. Complementou com as mesmas observações da aluna anterior. d. Os professores ministram as aulas com base nesse material didático? Eles utilizam algum material complementar? Qual? Sim. Mesmas observações da aluna anterior. e. Os professores indicam algum material complementar para auxiliar no estudo? Sim. Mesmas observações da aluna anterior. f. Você acredita que a escola está lhe preparando para o ENEM ou para o vestibular que você pretende prestar de forma satisfatória? Sim. g. Você tem o hábito de estudar em casa? Sim. Estudo 01 (uma) hora por dia em casa para o ENEM. A aluna foi submetida a uma segunda série de perguntas relacionadas a estrutura da escola. e. A quantidade de alunos é compatível com o tamanho de sua sala de aula? Sim. Não há problema com lotação na sala de aula. f. A escola costuma cumprir os horários de aula? Ou há liberação dos alunos antes do horário? Sim, a escola cumpre os horários. É bem difícil liberação antes do horário, somente quando falta algum professor. g. Há algo que você gostaria que tivesse na escola? Sim. Laboratórios e uma quadra de esportes. h. Na sua opinião, o ensino que você recebe é de boa qualidade? Sim. A escola possui bons professores. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE A escola, como dito, está localizada em uma região com os seguintes bairros que atende: Vila São João; Residencial Valéria Perillo; Conjunto Margarida Procópio; Vila Galvão; Condomínio Portugal; e Residencial Marília. Desses bairros, há dois que ficam fora do raio de 2 mil metros: Residencial Valéria Perillo e Condomínio Portugal. A imagem abaixo demonstra a disposição da escola e dos bairros: FIGURA 1 1. Localização Geográfica da Escola A escola está situada na região oeste de Senador Canedo e à leste da capital de Goiás, Goiânia. Na realidade está localizada na divisa dos municípios de Goiânia e Senador Canedo, sendo que ambos são separados pelo Rio Meia Ponte, conforme se extrai da figura 2 acima. Como já informado, a escola está localizada no Bairro Vila São João, na Rua 30 de Maio, município de Senador Canedo, Goiás. 2. Equipamentos Sociais Para melhor compreensão, indicaremos os equipamentos sociais conforme o tipo de serviço prestado: a) Escolas: na região há outras três escolas municipais: Escola Municipal Elias Rocha Ribeiro (Vila Galvão e Condomínio Portugal); Escola Municipal Irmã Catarina (Vila São João); Escola Valéria Perillo (Residencial Valeria Perillo); b) Postos de Saúde: há três postos de saúde que atende a comunidade dos seis bairros (Residencial Valéria Perillo, Conjunto Margarida Procópio, Vila São João, Vila Galvão, CondomínioPortugal e Residencial Marília), sendo o PSF Vila São João, localizado no Bairro Vila São João; o PSF Vila Galvão, que está localizado no Bairro Vila Galvão; e o PSF Residencial Valéria Perillo, localizado no Residencial Valéria Perillo. c) Laser: no bairro Residencial Valéria Perillo possui uma praça com quadra de esportes e equipamentos para atividade física; na divisa dos bairros Conjunto Margarida Procópio e Vila São João possui uma praça onde há quadra de esportes com equipamentos para atividades físicas; de igual modo, na divisa dos bairros Vila São João e Vila Galvão há uma construção de um grande parque com área de bosque, lagos e pista de caminhada. Na região não há delegacias, cinemas ou teatros e nenhum outro equipamento digno de registro. 3. Densidade demográfica: a região pode ser caracterizada como populosa, pois em conversas com alguns servidores públicos do município há cerca de 15.000 (quinze mil) habitantes na mesma. 4. Perfil econômico da população: a população da região é de baixa renda. 5. Uso predominante do solo: o solo e predominantemente utilizado por residências. 6. Levantamento das expectativas da comunidade em relação ao trabalho da escola: em conversas informais com alguns moradores dos bairros vizinhos à escola, constatou-se um certo distanciamento da comunidade para com a escola. Alguns se limitaram a dizer que seu filho ou algum parente estuda na escola caracterizada e que não se envolve muito com as atividades da escola. Talvez esse distanciamento entre a escola e a comunidade se dê em decorrência de uma postura tímida da escola que não vai ao encontro da comunidade. LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE (PE:IEC) POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE ELIANE TEIXEIRA DA SILVA PIMENTEL RA 1754349 PÓLO SENADOR CANEDO/GO 2018 ELIANE TEIXEIRA DA SILVA PIMENTEL RA 1754349 POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE Trabalho apresentado à Universidade Paulista – UNIP INTERATIVA, referente ao curso de graduação em Artes Visuais, como um dos requisitos para a avaliação na disciplina de cunho prático Prática de Ensino: Integração Escola x Comunidade. PÓLO SENADOR CANEDO/GO 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................15 2. Objetivos.........................................................................................................16 3. Justificativas....................................................................................................16 4. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................17 3.1. Referencial Teórico...............................................................................17 3.2. Método..................................................................................................18 3.3. Resultados esperados..........................................................................19 3.4. Considerações finais.............................................................................20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................20 15 1. INTRODUÇÃO A escola deve ser um ambiente onde a educação é promovida na forma mais ampla possível. Para isso, é importante observar que ela não pode se limitar às atividades internas, ou seja, aquelas atividades habituais geralmente desenvolvidas dentro da sala de aula, é necessária uma interação entre a escola e a comunidade na qual ela está inserida, por isso é importante essa disciplina Integração Escola x Comunidade. Visando viabilizar essa integração, o presente trabalho tem por objetivo apresentar um proposta viável que tem dois pilares: atividades internas e envolvimento da comunidade. É importante mencionar que o projeto de integração escolheu o tema Teatro na Escola como atividade a ser desenvolvida pelos alunos nas atividades internas e externas da escola. As atividades internas a serem propostas almejarão estimular os alunos a trabalharem com temas do cotidiano da comunidade, tais como corrupção, saúde pública (dengue, por exemplo), política, educação e diversos assuntos que podem ser explorados. Essas atividades consistem em dividir a classe em grupos que receberão os temas já mencionados e com base nesse tema, contando sempre com o auxilio do professor, desenvolverão peças teatrais a serem apresentadas para a escola e a comunidade que será representada pela família dos alunos em datas determinadas. Outrossim, em relação ao envolvimento da comunidade cumpre expor que todo o trabalho que os alunos desenvolverão nas atividades internas tem por objetivo levar a comunidade à escola para que prestigiem as apresentações das peças teatrais. Ressalte-se, as peças teatrais terão objetivos a serem alcançados tanto em relação aos alunos, quanto em relação a comunidade. No que diz respeito aos alunos, os mesmos terão a capacidade de desenvolverem suas habilidades criativas, perceptivas, artísticas, relações interpessoais e também a capacidade de se expressar, de se comunicar com o público. Por sua vez, em relação à comunidade, almeja-se incentivar a comunidade a se envolverem nas atividades desenvolvidas pela escola, levar informações relacionadas a assuntos do cotidiano, tais como corrupção, saúde pública, política, educação, conforme já mencionado anteriormente. 16 Portanto, o projeto Teatro na Escola buscará promover a integração entre escola e comunidade de modo a explorar o potencial dos alunos, estimulando-os a abordarem assuntos do dia a dia da comunidade. Os ganhos são os mais variados, pois ganham os alunos com a experiência a ser vivenciada no desenvolvimento das atividades e a comunidade será beneficiada pelo conhecimento e a informação que será transmitida pelos alunos na abordagem dos temas a serem trabalhados e apresentados pelos alunos. 2. Objetivos Conforme já mencionado, o presente trabalho tem como objetivo levar à direção da escola observada a presente proposta visando fornecer à mesma todas as informações referentes ao projeto que tem como tema o Teatro na Escola. A finalidade do projeto é estimular os alunos a se envolverem com a arte por meio do teatro, bem como permitir aos mesmos desenvolver uma gama de competências que contribuirão com o seu processo de formação. Dentre as competências, destaca-se: relacionamento interpessoal, trabalho em equipe, desenvolvimento da capacidade criativa, percepção visual, a capacidade de se expressar, de se comunicar com o público. Aliado a isso, uma finalidade importante do presente projeto é induzir os alunos a desenvolverem um senso crítico sobre os temas das peças teatrais, tais como a corrupção, saúde pública e diversos outros a serem trabalhados. 3. Justificativa A elaboração do presente projeto se justifica se considerarmos que a rede pública de ensino não possui atividades voltadas para essa importante área da arte. Assim, identificada essa carência, o projeto Teatro na Escola se justifica, pois ao contribuir com a formação dos alunos e também ao fomentar o estreitamento da relação existente entre escola e comunidade. Cumpre observar que a Lei 13.278 de 03 de maio de 2016 incluiuo teatro, as artes visuais e dança no currículo do ensino básico brasileiro. Assim, o projeto tem uma importância social, pois visa contribuir com a formação dos novos cidadãos: os alunos. Deste modo, além de ter esse importante papel, o projeto é uma ótima forma de colocar em prática os conhecimentos teóricos obtidos no curso de Licenciatura em Artes Visuais. 17 4. DESENVOLVIMENTO 4.1. Referencial teórico Nas palavras de Alessandro de Melo, “a discussão em torno da caracterização da comunidade sempre foi um objeto privilegiado em determinado campo da sociologia. Podemos vê-la nos autores clássicos da sociologia, como Francisco de Paula Ferreira (1968), Martin Buber (1987), Émile Durkheim (1988)”.1 Percebe-se que não é de hoje que a comunidade, enquanto uma forma de sociedade, é objeto de estudos. Isso se justifica, pois homem vive em comunidade, estudá-la é conhecer o homem e suas iterações. Nessa ordem de ideias, o ilustre Alessandro de Melo segue dizendo que: A comunidade, para Tonnies, representa o tipo de sociabilidade existente nas antigas formas de vida social, caracterizadas pelo seu tamanho diminuto territorialmente, como as aldeias, cuja base se dava na família. As relações ocorriam com origem na localidade, expressas por sentimentos pessoais, até mesmo afetivos, e pessoalmente, por meio do encontro das pessoas (tête-à-tête).2 As ideias do autor são completamente pertinentes com o presente trabalho. Ao caracterizar a comunidade, busca-se justamente compreender seus membros de modo a analisar suas interações nos diversos seguimentos, social, político, religioso e também em relação à escola. A comunidade pode ter as características que a escola lhe dá. Nesse sentido, vale destacar a importante obra de Ruben Alves, Aprendiz de mim: um bairro que virou escola. Diz o ilustre autor que “a Cidade Escola Aprendiz é um laboratório que realiza a experiência do bairro-escola, dedicada ao aprimoramento simultâneo da comunidade e da educação”.3 Dando suporte teórico ao presente trabalho, o mencionado autor expõe com propriedade esse ganho mútuo entre escola e comunidade. A escola ganha ao poder estimular seus alunos a abordarem temas que são de grande relevância social, como por exemplo, temas relacionados à política, saúde, drogas, corrupção e diversos outros. Não se limitando a isso, já que a escola tem como missão 1 MELO, Alessandro de. Relações entre escola e comunidade (livro eletrônico). Curitiba. Ed. Inter Saberes: 2012. 2 ____________ 3 ALVES, Ruben. Aprendiz de mim: Um bairro que virou escola. Campinas, SP: Papirus, 2014. Pág. 07. 18 institucional participar do processo de formação do cidadão, nesse processo de integração os alunos ganham com a oportunidade de desenvolverem seu potencial criativo, sua percepção, seus relacionamentos interpessoais e também sua capacidade de expressão. Por sua vez, a comunidade é beneficiada de diversas formas, pois os alunos estarão envolvidos em atividades relacionadas a diversos temas, principalmente em relação a conscientização sobre os danos causados pelo uso de drogas, por exemplo. Seus jovens passam a ter uma visão mais critica sobre diversos assuntos que os fazem melhores cidadãos. Assim, dessa relação estabelecida entre escola e comunidade a comunidade ao se envolver nas atividades teatrais que poderão ser desenvolvidas na escola irá se beneficiar de informações relacionadas a área da saúde, política e diversos outros assuntos de importância ímpar na vida da sociedade. Como bem falou Alessandro de Melo, a proposta é estabelecer um verdadeiro tête-à-tête entre escola e comunidade. A escola e a comunidade precisam “conversar” e nada melhor do que utilizar o teatro como mediador. A comunidade possui suas demandas que, atualmente, destacam-se as na área da saúde pública, drasticamente afetada pela proliferação das drogas, a criminalidade e diversas outras. Da leitura da obra de Ruben Alves, Aprendiz de Mim: um bairro que virou escola, observamos a importância da arte na vida de uma comunidade e como a escola pode ser ativa nesse ambiente coletivo. Portanto, utilizar o teatro na escola como forma de integrar escola e comunidade, além de ser uma ferramenta para a educação, também é uma ação que atende a exigências legais, pois a Lei 13.278/2016 passou a incluir no currículo da educação básica brasileira o teatro. 4.2. Método Para colocar o projeto em prática foi escolhida a Escola Estadual Dr. Henrique Santilo, localizada no Bairro Vila São João, Senador Canedo-GO. A comunidade envolvida abrange os bairros: Valéria Perillo, Vila São João, Conjunto Margarida Procópio, Vila Galvão, Residencial Marília e Condomínio Portugal. Os alunos serão responsáveis por divulgar o projeto e convidar parentes, vizinhos e amigos a prestigiarem as apresentações na escola. 19 Deste modo, a proposta é incluir o projeto Teatro na Escola dentro da disciplina de artes. Assim, serão estabelecidas atividades relacionadas a elaboração de peças teatrais com temas previamente definidos e relacionados com demandas da comunidade, tais como as consequências do uso das drogas, violência, corrupção, política, saúde e diversos outros assuntos do dia a dia da comunidade. Considerando que a proposta de implantação do teatro na escola é continua e permanente. O provável cronograma das atividades, considerando o período semestral, seria o que segue abaixo: CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES Fevereiro Março Abril Maio Junho * Período de apresentação e conceitos sobre o teatro. * Elaboração das peças teatrais pelos grupos. * Definição de figurinos e elenco. Apresentações Avaliações de desempenho. * Desenvolvimento dos temas, formação de grupos em classe e sorteio dos temas. * Supervisão/auxílio do Professora/Estagiário na elaboração da peça. * Adaptações e correções pelo Professor/Estagiário. Os alunos serão avaliados de forma continua. Será fator determinante em sua avaliação que o aluno participe de todas as atividades, ou seja, esteja presente nas aulas teóricas, participe da elaboração das peças, definição de figurinos e na apresentação. Deste modo, o aluno poderá receber nota de 0 (zero) a 10 (dez), tendo sempre como fator de avaliação a presença às aulas, participação na elaboração das peças, definição de figurinos e na apresentação. 4.3. Resultados esperados Conforme foi constatado relatório de caracterização da escola e da comunidade, foi observado que a escola não possui nenhuma atividade relacionada ao teatro e que não há um envolvimento da comunidade com as atividades da escola. Portanto, visando viabilizar uma nova experiência aos alunos estimulando-os a desenvolverem suas habilidades cognitivas, seus relacionamentos interpessoais, suas capacidades de expressar e de se comunicar em público, a implementação do projeto Teatro na Escola irá possibilitar tanto que os alunos desenvolvam as mencionadas habilidades quanto que seja estabelecida uma melhor interação entre a escola e a comunidade. 20 4.4. Considerações finais Diante de todo o exposto, o presente projeto terá como objetivo implementar a prática do teatro na escola escolhida de modo que ele seja uma ferramenta que possa ser utilizada com a finalidade de fomentar um envolvimento da comunidade com as atividades da escola. Conforme observado no trabalho de caracterização da escola e da comunidade, a escola escolhida não possui projetos nessa área. A mesma se limita a colocar em prática um projeto chamado Zen, o qual apenas estimula os alunos à pratica da meditação. É uma atividade interessante, porém, é uma atividade que limita o potencial da própria escola que pode oferecer muitas outraspropostas que envolvam outras áreas do saber e que possam contribuir com o processo de formação dos alunos. Desta forma, o teatro se mostra como uma ferramenta viável a proporcionar aos alunos, à escola e à comunidade experiências únicas e que acarretará em um envolvimento entre esses três atores (alunos, escola e comunidade). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Ruben. Aprendiz de mim: Um bairro que virou escola. Campinas, SP: Papirus, 2014. Pág. 07. BRASIL. Lei nº 13.278, de 2 de maio de 2016. Altera o § 6o do art. 26 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional, referente ao ensino da arte. Publicado no Diário Oficial da União em 03.5.2016. Consultado em 13.6.2018. MELO, Alessandro de. Relações entre escola e comunidade (livro eletrônico). Curitiba. Ed. Inter Saberes: 2012
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